terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Músicas para Ano Novo

Ano novo é sempre igual, quer dizer, festa de reveillon é sempre a mesma. E as tradições também se mantém durante essa época. Vista apenas como uma passagem numérica e ao mesmo tempo como um recomeço, onde abandonamos o passado e projetamos o futuro, essa festividade é muito comemorada aqui no Brasil. No quesito canções para ano novo, fica uma observação um tanto curiosa: quase não temos canções para essa festividade. O que realmente ouvimos são ritmos típicos de festas carnavalescas. É como se a festa de ano novo por si só não sobrevivesse, herdando tradições do Natal, que passou já há uma semana, e servisse apenas de trampolim para que as pessoas possam começar a frevar ou sambar.

É claro que temos as surradas Adeus ano velho, Está chegando a hora e Marcas do que se foi (esse ano, quero paz no meu coração...). E, também uma chuva de machinhas carnavalescas e frevos (aqui é a terra do frevo) como Taí, Cidade maravilhosa, Vassourinhas, Me dá um dinheiro aí, As águas vão rolar, Chiquita bacana, Aurora, A jardineira, Saca-rolhas, entre outras que levam a pensar se não é esse um post sobre músicas carnavalescas (que já aconteceu anteriormente). Mas, nada que caracterize de uma forma autêntica e original essa festa de término de um ano e começo do outro.

Acho que poucos ousaram fazer canções para essa festividade. E quem tentou ficou apenas na tentativa, pois penetrar em uma tradição não é mesmo fácil. Nem explicável. Nunca entendi porque a canção Vou festejar, de Jorge Aragão, na voz de Beth Carvalho, que gosto muito, toca sem parar durante essa passagem. Acredito que seja por seu ritmo de desejar uma festa, pois a letra evoca uma vingança amorosa e um sentimento nada bom para se começar o ano. Mas, tudo deve mesmo se explicar com o ritmo carnavalesco em torno de um povo que adora carnaval e vê essa passagem apenas como uma prévia de outras que virão nos intervalos do suado trabalho.

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Os Músicos do Brasil - 5

Um dos mais conceituados músicos desse país chamas-se Jaques Morelenbaum, natural do Rio de Janeiro e o homenageado da série Os Músicos do Brasil. Filho de maestro e de professora de piano, irmão de clarinetista e também de maestro e casado com cantora, Jaques respira música desde o berço, o que proporciona à música brasileira, um de seus mais refinados trabalhos apresentados por ele.

Iniciou sua carreira como integrante do grupo musical A barca do sol. Mas, foi trabalhando na banda de Tom Jobim, de 84 a 94, que se consolidou. Paralelo a isso, também trabalhou com Egberto Gismonti e posteriormente com Caetano Veloso. Além destes, também atuou em discos de artistas como Gal Costa, Milton Nascimento, Chico Buarque, Ivan Lins, Paula Morelenbaum, Roberto Carlos, Skank, Barão Vermelho, Titãs, Marisa Monte, Beto Guedes, Gilberto Gil, Tim Maia, entre outros.

Maestro, violoncelista, arranjador, produtor musical e compositor, Jaques também foi destaque em trilhas sonoras de filmes do cinema nacional como O quatrilho, Tieta do Agreste, Orfeu do Carnaval e Central do Brasil, sendo bastante premiado por essas atuações. Após a morte de Tom, formou com Daniel e Paulo Jobim e com sua esposa Paula Morelenbaum, o quarteto Jobim Morelenbaum, apresentando vários shows com repertório do mestre, nos anos 90. E tudo isso é apenas um amostra onde são citados fatos envolvendo esse extraordinário nome da nossa música, que vem hoje para enriquecer nossa série.

Um forte abraço a todos!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Roberto Carlos especial 2009!!!

E como a tradição manda, em festas brasileiras, papai noel é Roberto Carlos. Vestido de azul, com o mesmo repertório, com o mesmo sorriso, com as mesmas palavras, os mesmos suspiros, os mesmos gestos, como dizem os mesmos críticos e com a mesma emoção, Roberto nos emociona há 50 anos, embora, tivemos o especial de número 35, pois o primeiro foi ao ar em 1974. Quando ele pisou no palco, me emocionei muito, chegando até aquelas lágrimas azuis que derramamos de alegria por vê-lo mais uma vez ali!

Roberto não lançou produto de final de ano. Segundo a mídia, ficou na dúvida entre o cd de inéditas e o cd/dvd do maracanã e acabou não lançando nenhum deles. Mas, os cds/dvds Elas cantam Roberto estão vendendo bem e são tidos como produto de final de ano e parte dos presentes que sua majestade oferece ao povo brasileiro, há anos. A outra parte foi esse especial que trouxe como convidada Ana Carolina, uma das presentes naquele show gravado em maio. Os dois mandaram muito bem em Encostar na tua, sucesso do repertório dela, e Como vai você, sucesso do repertório dele.

Daniel também se apresentou com sua reverência a seu grande ídolo. Fizeram um belíssimo dueto na canção Quando eu quero falar com Deus. Roberto gosta de novelas e isso foi um capítulo a parte em seu especial, pois além de apresentar sua única canção inédita, lançada como trilha da novela Viver a vida, A mulher que eu amo, também cantou e dançou com Dira Paes, que se destacou esse ano em outra novela global: Caminho das Índias. Isso foi a deixa para entrar no palco, os últimos convidados, a Banda Calcinha Preta, que cantaram seu grande sucesso Você não vale nada e juntos com o rei, a canção que gravaram deste: Eu amo demais.

Roberto Carlos encerra sua turnê comemorativa pelos seus cinquenta anos de carreira como um rei. Um rei que não possui preconceitos ou discrimina estilos musicais diferentes ou ditos por alguns como menores, como é o caso da banda Calcinha Preta. Um rei que possui força e pensa em seu público, pois mesmo não conseguindo lançar algum trabalho, cd ou dvd, ultrapassou seus problemas de saúde para presenteá-los com seu especial que apresenta seus eternos clássicos como Emoções, Detalhes, É preciso saber viver, Jesus Cristo, Eu te amo te amo te amo, Como é grande o meu amor por você, Além do horizonte, entre outros, e também Do fundo do meu coração, Proposta e As curvas da estrada de Santos, com direito a solo. E nos perguntamos: quem vive sem essas canções? e qual fã vive sem Roberto no especial de final de ano? Agradeço Roberto seu esforço e seu belíssimo presente e que Jesus te dê toda saúde para que possamos durante muito tempo contemplar o cantor que Ele escolheu para celebrar seu aniversário no Brasil.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal 2009!!!

E nessa Noite Feliz comemoramos o Natal, a maior festa da humanidade e que saúda Àquele que veio para salvar o mundo, para plantar a paz e despertá-la em cada ser, em seu coração. Jesus veio ao mundo de forma humilde, lembrando a todos que esse é um dos maiores sentimentos que devamos cultivar em nossas vidas e em nossos relacionamentos humanos.

E, no Brasil, escolheu um artista para ser o cantor oficial de sua festa e que há 50 anos cumpre esse papel majestoso: Roberto Carlos. A canção escolhida foi composta em 1998 especialmente para essa festividade. Um desejo de paz e amor a cada lar, independente de sua condição financeira. Saúde, amor e paz, felicidade também:

Meu menino Jesus
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Oh! Meu Menino Jesus
Na noite desse Natal
São as estrelas que brilham no céu
Do seu amor, um sinal

Que em toda casa a alegria
Seja pra todos igual
Brisa de flor perfumando o jardim
Chuva de amor no quintal

E nessa noite feliz
Noite de paz e de amor
Todos veremos no céu
A estrela do Salvador

Te peço, Menino Jesus
Ponha na mesa de alguém
O que esse alguém sempre quis e não tem
Felicidade também
 
Um forte abraço a todos!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Os compositores do Brasil - 22

Natural de Quixeramobim (CE), mais um dos maiores nomes da nossa composição: Fausto Nilo Costa Júnior. E, talvez mais um nome desconhecido com grandes clássicos na mente do povo brasileiro. Saiu de sua cidade natal aos onze anos de idade, indo para Fortaleza e se dedicando à outra paixão: a arquitetura. Seu primeiro sucesso viria em 1972 com a canção Fim do mundo e é atualmente um dos campeões de sucessos na voz de grandes nomes, alguns dividindo composições com eles.

É o autor de canções como Tudo com você, Letras negras, Amor nas estrelas, Santa fé, Pedra sobre pedra, Astro vagabundo, Retrovisor, Retrato marrom, Jardim dos animais, Bloco do prazer, Cartaz, Chorando e cantando, Dona da minha cabeça, Lua no Leblon, Você se lembra, Mil e uma noites de amor, Companheira de alta luz, entre outras que brilham em algumas das vozes mais conhecidas desse país.

Simplesmente interpretado por gente como Fagner, Gal Costa, Nara Leão, Ney Matogrosso, Simone, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Dominguinhos, Zé Ramalho, Lulu Santos, Luiz Gonzaga, Moraes Moreira, Maria Bethânia, Chico Buarque, Caetano Veloso, entre outros, Fausto é um dos mais requisitados por esses e outros grandes intérpretes e sem sombra de dúvidas, é ótimo poder encerrar essa série, que volta em 2010, com grandes nomes como esse!

Um forte abraço a todos!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Dominguinhos ao vivo

Tá aqui uma ótima pedida para esse Natal. O primeiro dvd de Dominguinhos, gravado no maior teatro ao ar livre do mundo, em Nova Jerusalém/PE. Gravado no dia 13 de dezembro de 2008, justamente na data de aniversário do rei do baião, esse trabalho também é uma homenagem a esse ilustre nordestino, a quem Seu Domingos acompanhou e herdou sua maior influência.  Com a participação dos amigos Cezinha, Waldonys, Renato Teixeira, Elba Ramalho, Jorge de Altinho e de Guadalupe e Liv, suas esposa e filha respectivamente, Seu Domingos começa com uma homenagem a Gonzaga, vestido igual ao rei do baião, com direito a chapéu de couro e gibão e contando como o conheceu e tudo começou, além de entoar o clássico Hora do adeus do mestre Lua.

Comemorando seus cinquenta anos de carreira, o show segue com as instrumentais Nilopolitano, Guada e Liv no forró e Lé, quando Dominguinhos logo desfila canções que se tornaram inesquecíveis e que descrevem tão bem nosso Nordeste como Respeita Januário, Sabiá, Riacho do navio, Forró no escuro, Nem se despediu de mim, Pau de arara, Sala de reboco, Vida de viajante, além de clássicos de seu repertório como Sete meninas, Doidinho doidinho, Tenho sede, Lamento sertanejo, Enchendo o saco, Casa tudo azul, Retrato tudo azul, Princesinha no choro, Forró em Fazenda Nova, Plantio de amor e Eu só quero um xodó, e a inédita Faz tempo.

Isso mesmo, em pouco mais de duas horas de show, Seu Domingos não deixa ninguém parado e ainda nos emociona com os convidados que interpretam com o mestre que empresta sua sanfona ou sua voz em Feira de Mangaio, Petrolina Juazeiro, Anjo querubim, Bicho de sete cabeças, Amizade sincera, Romaria, De volta pro aconchego e Onde está você. O show chega ao fim com todos no palco interpretando o hino do Nordeste Asa branca, além de Isso aqui tá bom demais e Pedras que cantam. Seu Domingos, pelo extraordinário músico que representa em nossa mpb merecia um trabalho como esse, onde reverencia e é reverenciado como um ser ímpar e respeitado por todos nós, proporcionando esse excelente presente de Natal!

Um forte abraço a todos!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Tema da Árvore de Natal

Iniciamos a semana natalina com um de seus principais símbolos: a Árvore de Natal. E apresentamos uma letra muito linda de dois grandes mestres da composição e que muito emociona. Embora alguns grandes clássicos natalinos venham lá de fora, no Brasil também temos canções lindíssimas para essa época. E também recentes!

Essa canção foi composta para ser tema de inauguração da Árvore de Natal da Lagoa Rodrigues de Freitas, no Rio de Janeiro. E a cada ano é entoada durante todo o mês de dezembro e torço para que a divulgação dessa belíssima canção seja cada vez maior para que se torne, quem sabe, um hino à essa data. De uma forma peculiar, essa canção exalta que estejamos mais unidos, "se encontrando mais". Gosto muito dessa época, essas canções são muito tocantes e profundas na alma nacional de um povo generoso.

Tema da Árvore de Natal
(Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)

Hoje é dia prá deixar aberto o coração
É preciso amor, é preciso fé
Fé na esperança, fé nos homens e sonhar
Um mundo melhor, só prá gente amar

Quem dera essa festa nunca mais tivesse fim
Que a gente passe a vida festejando sempre assim

Com sinos celebrando a paz
Com a gente se encontrando mais
No coração uma alegria sem igual

Da árvore venham sinais
Que o céu e a terra estão em paz
Prá segurança em família no Natal

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tocar suave a sua mão, sentir a emoção...

Natural de Belém do Pará, Jane Duboc Waquer canta desde os treze anos, se apresentando na escola, televisão e festivais. Morou um tempo nos Estados Unidos onde estudou música e quando retornou, fundou o grupo Fein que se apresentava cantando em inglês. Seu primeiro disco com esse grupo foi produzido por Raul Seixas em 1977 e teve pouca repercussão, inclusive tendo algumas censuras.

Seu primeiro disco solo nasceu em 1980, com a participação de músicos como Djavan, Sivuca, Oswaldo Montenegro e Toninho Horta. Com esse trabalho, finalmente se encontra com o sucesso que posteriormente também viria em canções como Meu homem, Cachoeira, Que outro dia amanheça, Minas em mim, Eu no sol, Som pra sumir, Água, Chama da paixão, Sonhos, Como se deixa passar, Só nós dois, De corpo inteiro, Louco amor, Vem pra mim, entre outras.

Quem curtiu seu trabalho, sobretudo nos anos 80 e 90 há de concordar que ela é daquelas artistas que fazem muita falta na mídia, nas rádios. Com um gênero romântico, Jane tem um público forte e fiel que não falta a seus shows, nos locais onde pode-se comprovar todo seu talento e sua musicalidade e atualmente divulga seu novo trabalho dedicado a Ella Fitzgerald!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Como a gente achou que ia ser...

Jorge Mário da Silva é um dos nomes mais comentados da nova música brasileira. Natural do Rio de Janeiro/RJ e primo do cantor Dudu Nobre, Seu Jorge, como é conhecido, trabalhou como descascador de batatas e ainda viveu nas ruas na adolescência durante três anos e posteriormente morou no Teatro da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde começou sua carreira artística como ator a convite de Paulo Moura.

Ganhou o apelido de Seu Jorge do ex-baterista do Rappa Marcelo Yuka. Participou de filmes como Cidade de Deus e Casa de areia. Como cantor, iniciou com o grupo Farofa carioca, formado em 1997. Já em 1999 segue carreira solo, lançando seu primeiro disco solo em 2001. Em 2005, participou de um show com Ana Carolina que gerou o dvd Ana & Jorge que o tornou mais conhecido nacionalmente, além de emplacar um de seus maiores sucessos desse projeto: a canção É isso aí, versão de Ana para "Blower's daughter", sucesso de Damien Rice.

Entre vários sucessos, podemos citar A carne, A lei da bala, Carolina, A massa, Burguesinha, Tive razão, Seu olhar, Pretinha, Cuidar de mim, Mariana, Diz que fui por aí, Coqueiro verde, entre outras. Não conheço muito o trabalho de Seu Jorge. Já o vi em algumas apresentações na tv e me pareceu um bom músico. E por essa pesquisa, conclui que ele é um exemplo de superação e de luta na música brasileira e isso é muito positivo para todos nós!

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Gonzagão & Gonzaguinha Juntos

Como todos sabem, hoje é aniversário de Luiz Gonzaga, o eterno rei do baião e a figura artística mais importante do Nordeste Brasileiro. Por isso, comemoramos essa lembrança com uma postagem dedicada à eterna saudade da voz do Nordeste, do homem que cantou suas raízes, que descreve o Sertão como ninguém e que o amor sempre foi seu rumo. Através dessa coletânea lançada em 1991, com canções de Gonzaga e algumas gravações com, e do seu filho mais ilustre Gonzaguinha!

Nesse título encontramos canções que pai e filho gravaram juntos como A vida de viajante, Mariana, Não vendo nem troco, Eu e minha branca, Pense n´eu e A triste partida. Algumas dessas foram compostas pelas quatro mãos abençoadas de ambos como é o caso de Não vendo nem troco, Mariana e Eu e minha branca. Temos também pai interpretando filho em Festa, Pobreza por pobreza, Diz que vai virar, Erva rasteira, Lembrança de primavera e From United States of Piauí.

Não é uma coletânea de clássicos do Gonzaga, muito menos do Gonzaguinha. Mas, é algo que retrata um encontro clássico de duas figuras clássicas na nossa música brasileira, reconhecidos por vários artistas que seguem essa escola. E Gonzaga é tudo isso e muito mais, um homem simples, um gênio do sertão que faz todos conhecerem a paisagem geográfica e os sentimentos desse local, mesmo a quem nunca pôs o pé nesse lugar e tudo isso é muito mágico, como é a saudade que ele desperta em todos nós!

Um forte abraço a todos!