terça-feira, 25 de maio de 2010

Os compositores do Brasil - 27

Carlos Eduardo Carneiro de Albuquerque Falcão, natural de Recife/PE, este é o nome completo de Dudu Falcão, que também é cantor e reside atualmente no Rio de Janeiro. Seu primeiro registro como compositor aconteceu em 1988, com Nana Caymmi nas canções Deixa eu cantar e Era tudo verdade. Com mais de 200 canções gravadas pelos mais variados intérpretes, Dudu lançou ano passado um cd onde mostra o lado intérprete de suas criações.

Entre as pessoas que já gravaram Dudu, estão nomes como Ana Carolina (de quem também é parceiro em várias canções), Maria Bethânia, José Augusto, Milton Nascimento, Simone, Lenine (com quem também divide grandes parcerias), Gal Costa, Maria Rita, Daniela Mercury, Roupa Nova, Alexandre Pires, Alcione, Fábio Jr., Ivete Sangalo, Jorge Vercilo, Elba Ramalho, Ivan Lins, Sandy, Luiza Possi, Emílio Santiago, entre outros.

E com tantos maravilhosos intérpretes en seu currículo, só se poderia somar a isso grandes canções que tanto conhecemos como A medida da paixão, Caminhos do mar, Nem o sol nem a lua nem eu, Entre o céu e o mar, O silêncio das estrelas, Paciência, Limites da paixão, Um segredo e um amor, Tudo por acaso, Somente eu e você, Quem de nós dois, É o que me interessa,  entre tantos sucessos que nos fazem vir aqui e reconhecer o talento desse extraordinário criador de qual a música brasileira desfruta!

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de maio de 2010

Ângela Maria - Pela saudade que me invade

Esse ano pudemos conhecer um pouco mais sobre Dalva de Oliveira, na minissérie Dalva & Herivelto. Aqui no blog, já havíamos falado sobre a Dalva e abordamos o Herivelto e posteriormente, o Pery. Agora, temos esse tributo que a maior fã da Dalva, Ângela Maria a rendeu, em 1997, no cd Pela saudade que me invade, onde a sapoti explora os maiores sucessos da outra rainha do rádio, junto a alguns convidados.

Produzido por José Milton e direção artística de Miguel Plopschi, temos já na primeira faixa o clássico Que será com Ângela e Fagner. Clássicos é que não faltam como Olhos verdes, Ave Maria no morro (com Agnaldo Rayol), Mentira de amor, Estrela do mar, Tudo acabado (com Simone), Calúnia, Kalú, Palhaço (com Martinho da Vila), Segredo, Ave Maria (com Pery Ribeiro), Lencinho querido, Fim de comédia, Errei sim e Bandeira branca (numa montagem com Dalva de Oliveira).

É uma rainha rendendo graças a outra rainha então o que dizer? Que é de arrepiar ouvir os primeiros acordes do cd e Ângela e Fagner em Que será? Não, acho que isso todos imaginam! Dizer que o cd tem arranjos de grandes maestros como Cristóvão Bastos, Daniel Salinas, Eduardo Souto Neto, Lincoln Olivetti e Sivuca só reforça o desejo do leitor em buscar esse trabalho histórico que ainda nos presenteia com o dueto póstumo de Ângela, a intérprete do trabalho, e Dalva, a homenageada do cd.

Um forte abraço a todos!

sábado, 22 de maio de 2010

Papel machê

Um dos boleros mais lindos, uma das canções mais lindas do João Bosco, também gravada por Zizi Possi, Papel machê é também uma das canções mais executadas pelos cantores da noite. A interpretação do João especificamente deixa a canção imortalizada, sobretudo pelas alternâncias nos tons que ela apresenta, além dos jogos vocais, típicos desse extraordinário mineiro.

A letra é outro show a parte: romantismo à flor da pele, incomum em atuais sucessos. "Dormir no teu colo é tornar a nascer..." escutar uma canção como essa é mesmo ser feliz, é compreender que graças a Deus, temos o prazer de contemplar essa arte que tanto amamos no melhor estilo: ouvindo um compositor e um intérprete como João em um de seus maiores clássicos.

Papel machê
(João Bosco e Capinam)

Cores do mar, festa do sol
Vida é fazer todo o sonho brilhar
Ser feliz, no teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de papel machê

Dormir no teu colo é tornar a nascer
Violeta e azul, outro ser, luz do querer...

Não vai desbotar, lilás cor do mar
Seda cor de batom, arco-íris crepom
Nada vai desbotar
Brinquedo de papel machê...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Você pode entrar sem bater...

Este é Eduardo Gabor Dusek. Cantor, pianista, compositor, Eduardo é natural do Rio de Janeiro/RJ e começou sua carreira aos 15 anos como pianista em peças teatrais. Suas primeiras canções foram gravadas por outros artistas, como Ney Matogrosso e Frenéticas, no final dos anos 70 e seu primeiro disco foi lançado já nos início dos anos 80. Antes disso participou de festivais e lançou compactos.

Com um estilo irreverente, estão entre seus maiores sucessos Nostradamus, Barrados no baile, Cabelos negros, Rock da cachorra, Eu velejava em você, Brega-chique, Lua my love, Folia no matagal, Tudo em cima, Nem tanto tempo assim, Castigo, Amor e bombas, Que rei sou eu, Encontro das águas (que não é a mesma de Jorge Vercilo), entre outras.

Eduardo também se dedica ao teatro e já dirigiu shows de outros colegas no campo musical. E, claro, continua atuando em shows, revivendo seus grandes sucessos e reencontrando seu público fiel. Apadrinhado por Gilberto Gil, também já participou em songbooks de outros artistas como do próprio Gil, Tom, Djavan, Chico, entre outros. E já gravou com outros nomes como Erasmo Carlos e Sandra de Sá.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 18 de maio de 2010

É bom sonhar, sonhamos nós...

Um dos patrimônios desse país, meio esquecido pela mídia, mas não por quem aprecia um bom samba, daquele raiz, dos melhores estilos: Milton Santos de Almeida, ou simplesmente Miltinho. Natural do Rio de Janeiro, começou sua carreira ainda na década de 40, integrando grupos vocais. E de grupo em grupo, alcançou na década de 60 seu sucesso com a canção Mulher de 30, o maior de sua carreira.

E entre outros tantos sucessos de seu repertório podemos citar Poema das mãos, Palhaçada, Menina moça, Lembranças, Meu nome é ninguém, Devaneio, Eu quero um samba, Rosa morena, Estou só, Eu chorarei amanhã, Eu e o rio, Poema do adeus, Ri, A canção que virou você, Volta, Devaneio, Recado, Lamento, Múrmurio, etc.

É algo  curioso pensar que Miltinho é sim um grande patrimônio musical brasileiro, mas que anda esquecido da mídia. Lembro de tê-lo visto no especial 100 anos de música da globo em 1999, onde interpretou a canção Foi um rio que passou em minha vida, de forma empolgante. Pena que não seja mais aproveitado pelas rádios e tvs, mas sempre encontra seu público em seus shows país afora!

Um forte abraço a todos!

domingo, 16 de maio de 2010

Lenine - inCité

Assim como Chico Buarque, Lenine também gravou disco ao vivo na França, onde tem uma carreira sólida e considera este seu segundo país. Gravado em 2004, na Cité de la Musique em Paris, inCité foi lançado em cd e dvd que reuniu algumas das mais lindas canções desse mestre nesse ramo. Sob a produção do próprio Lenine, o repertório e as capas do cd e do dvd são diferentes.

No cd temos a capa acima, além das canções Do it (tema da novela América), Vivo, Ninguém faz ideia, Todos os caminhos, Rosebud, Virou areia, Relampiano, Todas elas juntas num só ser, Anna e eu, Caribenha nação/Tuareguê Nagô, Sentimental e O marco marciano. No dvd, com a capa apresentada abaixo, além das canções citadas, temos ainda Tomando el centro, Olho de peixe, Crença, Candeeiro encantado, Lá e lô, Jack soul brasileiro, Créditos, Sonhei e Paciência.

Dizer que escutar Lenine é algo pra lá de agradável é ser retundante, pois um artista com sua voz, suas melodias, suas harmonias provocam afirmações como essas. Ele tem seu espaço com frequência no coração de quem curte a boa música brasileira, seja através de seus clássicos mais intimistas ou regionalistas, pois sabe representar sua terra com canções como Leão do Norte, seu romantismo como O último pôr-do-sol, suas belíssimas mensagens como Paciência ou sua arte mais que bem sucedida em composições como Todas elas juntas num só ser. Considero que esse trabalho se une ao Acústico Mtv (já comentado aqui no Blog) e permite ao fãs conhecerem o talento nato desse showman da música brasileira.

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de maio de 2010

Um dia de domingo

Essa canção da década de 80, da grande dupla de compositores Michael Sullivan e Paulo Massadas e da grande dupla de intérpretes Gal Costa e Tim Maia deve ter embalado muitos romances e ainda permeia sob os corações apaixonados.

Contrariando alguns que criticam essa época como algo brega, com um som pasteurizado, gosto muito desse tipo de canção e acho até que são as que mais fazem falta às atuais programações de rádios. Um dia de domingo celebra o dia da paixão, do amor, dos enamorados. Em muitas celebrações de casamento já foi e é entoada. Além da Gal e do Tim, Roberta Miranda, Agnaldo Timóteo e Ângela Maria são alguns dos intérpretes que já a incluíram em seus respectivos repertórios. E como é legal imaginar uma vida só de amor, vivenciada em um dia da semana, pelo qual esperamos com ansiedade!

Um dia de domingo
(Michael Sullivan e Paulo Massadas)

Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar de encontro ao vento

Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol que te bronzeia

Eu preciso te tocar
E outra vez te ver sorrindo
Te encontrar num sonho lindo

Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo

Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo

Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixar falar a voz do coração

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Canções Marianas

Como devoto de Nossa Senhora que sou, hoje é um dia especial, pois celebramos a aparição em Fátima. Aproveitando o momento e sempre pensando em música, fico feliz em saber que somos abençoados pela Virgem com lindíssimas letras e grandes interpretações dos mais variados artistas da nossa música.

O que dizer de Romaria de Renato Teixeira, interpretado por tantos outros ilustres nomes como Fábio Jr., Maria Bethânia e Elis Regina? Lembro de quão lindo é Fafá de Belém interpretar a Ave Maria brasileira, de Vicente Paiva, também cantada por Ângela Maria, Agnaldo Rayol e Dalva de Oliveira. Dalva, Ângela e Agnaldo também interpretaram a Ave Maria do Morro, de Herivelto Martins. Temos também o clássico Nossa Senhora de Roberto e Erasmo, imortalizada pelo rei e regravada por outros nomes como Pe. Antônio Maria, Chitãozinho e Xororó, Joanna, Daniel, Agnaldo Timóteo, além de uma gravação coletiva. Roberto e Erasmo ainda nos presentearam com O Terço e Todas as Nossas Senhoras, provando por a mais b que todas são a mesma Mãe de Deus.

Pe. Antônio Maria rende graças à Virgem com canções como Mãe peregrina, No mar de Maria e Por que amo Maria. O Pe. Zezinho também é mestre em canções com essa temática e em todas as igrejas católicas desse país, já ecoou um de seus clássicos como Maria da minha infância, Maria de Nazaré, História de Maria, entre outras. Aliás, o Pe Zezinho e Joanna foram artistas que gravaram cds completos em torno desse tema. Joanna também já nos brindou com o resgate de A treze de maio e com sua A padroeira. Enfim, são muitas canções que rendem graças à Virgem e representam esses "murmúrios de luz" vindos de devotos como eu que cresci diante das belíssimas noites marianas que presenciava no interior!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Tu és divina e graciosa, estátua majestosa...

O cantor das multidões: Orlando Garcia Silva. Natural do Rio de Janeiro, Orlando Silva foi considerado o rei da era dos rádios, desde quando começou a participar dela, através do programa de Francisco Alves no começo da década de 30. Seu primeiro disco foi lançado em 1935. O título "O cantor das multidões" foi lhe conferido pelo locutor Oduvaldo Cozzi.

E entre tantos sucessos, podemos citar A jardineira, Alegria, Aos pés da cruz, Carinhoso, Lábios que beijei, Nada além, Rosa, Súplica, Risque, Pela primeira vez, Boêmio, Juramento falso, Enquanto houver saudade, Página de dor, Última estrofe, Três lágrimas, entre outros que se tornaram clássicos diante de suas leituras que foram as primeiras como é o caso de Carinhoso, Rosa e A jardineira.

Orlando partiu em 1978 sob reportagens da época: "coração cala o cantor das multidões", em alusão ao infarto que sofreu. Entretanto, a história não deixa partir grandes nomes como esses em que gritos eufóricos de fãs ecoam no passado e na imaginação de muitos que se deparam com sua história e contribuição à música brasileira!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de maio de 2010

Mãe, um pedaço do céu

E como foi dito essa semana, no post em que abordamos o intérprete dessa canção, o Leonardo Sullivan, eis um hino muito executado nesses dias em torno dessa figura santificada que é nossa mãe. Tenho certeza que muitos pensam assim em relação a sua mãe: é mesmo um presente de Deus, um pedaço do céu, o amor, a bondade, a alegria em nossa vida.

Nós crescemos diante de suas proteções. Enfrentamos obstáculos, nos ferimos, nos curamos, mas sempre somos vistos como meninos, como os filhinhos desses seres de luz que Deus nos apresenta para garantir que viver pode ser difícil, mas teremos anjos nessa passagem e, sem sombra de dúvidas, para a maioria, esse anjo atende por mãe, mãezinha, mainha, mamãe, e representa a parte mais linda do céu, como diz a canção.

Mãe, um pedaço do céu
(Ed Wilson e Carlos Colla)

Para mim sou grande
Mas pra ela, pequenino
Sou adulto, mas pra ela sou menino

Quando olha pra mim seus olhos brilham
Um amor feito de sonho
De alegria e de esperança

Se estou junto dela sou criança
O mundo é muito mais bonito
Sem pecado e sem perigo

E ninguém no mundo vai gostar de mim
Como ela gosta

Se eu estou errado ou certo não importa
Na alegria ou na tristeza
ela está sempre comigo

Na hora do prazer me lembro dela
Mas na hora da tristeza e da saudade
É meu abrigo

Por mim ela não mede sacrifícios
Pode parecer difícil
que alguém ame desse jeito

Acontece que ela é a minha mãe
E mãe é sempre assim

Mãe, palavra que Deus inventou
Um anjo que à Terra chegou
Voando nas asas do amor

Mãe, palavra mais doce que o mel
Talvez um pedaço do céu
Que Deus transformou em mulher

Um forte abraço a todos!