domingo, 12 de dezembro de 2010

CD duetos com o mestre Lua

E amanhã comemoramos mais um aniversário do eterno rei do baião e nosso Blog, de forma singela, o homenageia com esse cd lançado em 2001. Produzido pelo compositor Paulo Debétio, uniu à voz do rei do baião, vários de seus súditos, com arranjos novos e modernos. Algumas dessas faixas foram extraídas de gravações originais realizadas pelo mestre e outras, produzidas póstumas.

A faixa de abertura fica em família, pois temos Gonzagão, Gonzaguinha e Daniel Gonzaga, filho de Gonzaga Jr. Na sequência, temos Súplica cearense (com Jorge Aragão), Procissão (com Chico Buarque), Respeita Januário/Riacho do navio/Forró no escuro (com Fagner), A volta da Asa branca (com Chitãozinho e Xororó), No dia em que eu vim-me embora (com Lenine), Fica mal com Deus (com Zé Ramalho), Farinhada (com Elba Ramalho), Forró n°1 (com Gal Gosta), Depois da derradeira (com Dominguinhos), Luar do sertão (com Milton Nascimento), Paraíba (com Emilinha Borba) e Hora do adeus (com Falamansa).

Gonzaga é a eterna voz do sertão e isso se torna repetitivo quando um nordestino enfatiza essa dádiva. Entretanto, é pouco diante do sucesso que esse homem alcançou cantando as tradições desse lugar, o amor a essa terra, cantando seus detalhes como ninguém e alcançando a todos os moradores, oferecendo um pouco do que é felicidade em termos de músicas. Uma saudade ímpar na minha vida, especificamente que envolve Gonzagão é a lembrança de ver meu avô e seu irmão cantando e tocando aquele repertório inesquecível, representando em parte nessa coletânea!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Natal Branco

Outra canção clássica dessa época, gravada por Simone, Roupa nova e Chitãozinho e Xororó em seus respectivos discos de Natal. E o curioso é que, embora aqui no Brasil não exista a neve, a canção também tornou-se um clássico na versão de Marino Pinto, caracterizando algumas das poucas versões que obtiveram êxito.

Acho interessante imaginar que essa canção une Natal ao sentimento de paz, diante de tantas guerras, tantos sentimentos egoístas, tanta ambição. O trecho "Os pinheiros brancos de neve são como torres de uma catedral...'' enfatiza esse sentimento de que é uma noite de reflexão, em busca da alma regenerada e que reforça o desejo de que todos os dias poderiam ser Natais.

Natal branco (White Christmas)
(Irving Berlin e Marino Pinto) 

Lá,onde a neve cai
Sinos festejam a noite de Natal
Os pinheiros brancos de neve
São como torres de uma catedral

Lá,onde a neve cai sempre
Por sobre a lua tropical
O Natal é sempre oração
Oração de paz universal!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Blog Música do Brasil - 3º aniversário!!!

Dia de festa virtual na internet: esse Blog chega ao terceiro aniversário e isso muito me gratifica, pois além de ser uma terapia, com ele  busco colaborar de forma simples com a Música do Brasil que é uma das minhas paixões. E toda festa tem bolo, então fatias e mais fatias a todos que também compartilham com essa paixão, um brinde à música brasileira.

Como professor de matemática, não posso esquecer dos números, pois eles incentivam a continuar acreditando que o trabalho está seguindo de forma certa e alcançando àqueles que gostam desse tema: desde sua criação são mais de 150 mil acessos, mais de 1700 comentários dos mais variados visitantes, mais de 650 postagens, acesso de mais de 30 países no mundo todo, mais de 300 personalidades abordadas entre cantoras, cantores, bandas e duplas, mais de 100 letras de canções apresentadas, mais de 100 cd´s e dvd´s indicados. Isso pode até parecer pouco porque muitas outras ideias surgem, entretanto significa  que este espaço continua alcançando seu objetivo número um: falar da música brasileira sobre vários aspectos, sem preconceito, a todos que amam esse tema.

Continuaremos a falar sobre artistas que surgem, que possuem carreira sólida ou que já não estão conosco, em nosso plano. Vamos explorar alguns menos conhecidos, esquecidos pela mídia, mas que compõem a história dessa tão eclética e por isso, tão maravilhosa música brasileira. Textos musicais, cd´s, dvd´s, programas, séries, e outras novidades virão nesse próximo momento, sempre passeando pelo presente e pelo passado da nossa música. Obrigado a todos pelo companherismo, pelo apoio, pela compreensão, pela contribuição. Vamos nos deliciar por mais este ano e com este bolo virtual que dedico a todos que por aqui passarem! Viva à Música do Brasil!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eles são cariocas...

Eles são Os cariocas, grupo vocal importantíssimo na música brasileira, sobretudo para o gênero Bossa Nova. A atual formação é com Severino Filho, Elói Vicente, Neil Carlos Teixeira e Hernane Castro. Já participaram em outras versões: Ismael Netto, Ari Mesquita, Salvador e Tarquínio, Badeco, Waldir Viviani e Quartera.

O grupo foi criado em 1942 por Ismael Netto e a partir daí houveram várias formações até o que conhecemos atualmente. Participaram de vários programas das rádios e seguiram suas carreiras realizando vocais para gravações e shows dos mais variados artistas como Marlene, Erasmo Carlos, Tom Jobim, João Gilberto, Elis Regina, Vinicius de Moraes, Wanda Sá, Gilberto Gil, Milton Nascimento, etc.

Entre os sucessos interpretados pelo grupo estão Samba de uma nota só, Samba do avião, Desafinado, Ela é carioca, Minha namorada, Inútil paisagem, Só tinha de ser com você, Corcovado, Preciso aprender a ser só, Samba de Verão, Águas de março, Sampa, Qui nem jiló, Wave, etc. Eles são simplesmente exemplos de um trabalho refinado e com uma qualidade ímpar em trabalhos vocais!

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de dezembro de 2010

CD e DVD Cauby sings Sinatra

Um dos melhores presentes para esse fim de ano, para quem gosta, claro: Cauby sings Sinatra, cd e dvd gravado ao vivo em que Cauby Peixoto interpreta clássicos de Frank Sinatra. Desde que fez o dvd Eternamente Cauby Peixoto, que o intérprete de Conceição, mostra que a cada dia acalentava o desejo de interpretar um projeto assim, só com canções do Sinatra. Já havia feito algo parecido nos anos 90 quando fez um disco com versões em português das canções do Sinatra.

Ano passado, Cauby apresentou um projeto diferenciado, interpretando as canções do rei Roberto Carlos. Esse ano, trocou o rei do Brasil pelo rei dos Estados Unidos e mandou ver em canções escolhidas pelo próprio Cauby e com produção de Thiago Marques Luiz. Baseado em um show realizado em maio/2010, o repertório passeia pelas mais clássicas do Sinatra, com direito à interpretação da melhor voz do país.

Estão lá I've got you under my skin, All the way, All the things you are, Strangers in the night, Something, The world we knew, Let me try again, Fly me to the moon, Moon river, Laura, 'S Wonderful, Night and day, My way e Theme from New York New York, tanto no cd quanto no dvd, onde Cauby realiza não apenas seu sonho pessoal, mas o de vários amantes da boa música brasileira, inclusive o meu que sempre enfatizei a necessidade de alguém retratar esse repertório para nós, entendendo que, por sua paixão com esse tipo de canção, não poderíamos pensar em outro nome que o eterno professor Cauby Peixoto!

Um forte abraço a todos!

sábado, 4 de dezembro de 2010

O Velhinho

Dezembro é sempre assim: muitas luzes brilhando, árvores, guirlandas, presépios, presentes e outras tradições, além de música, muita música. E algumas canções dessa época se tornam clássicos, como já comentado em anos anteriores, tornando-se atemporais. É o caso de O velhinho, canção já interpretada por artistas como Simone, Fernanda Takai, Chitãozinho e Xororó e Roupa Nova.

A figura do Papai Noel é das mais populares no mundo e reside em uma fantasia que agrada a muitos e desagrada a outros. Polêmicas a parte, sabemos que infelizmente não é bem como a letra fala, pois para os mais pobres não existe a ilusão que a outros até faz bem escrever ao bom velhinho Noel e esperar que na véspera do Natal, ele apareça e se lembre dos que mantiveram bom comportamento.

Também não acho que deveriam se misturar o lado religioso com o lado da ilusão do bom velhinho que só faz bem às crianças que recebem sua visita, pois dizem que a figura do Noel se inspirou em São Nicolau Taumaturgo, que no ano 300 na Turquia, presenteava as pessoas com sacos colocados na chaminé. E O velhinho é um dos clássicos natalinos brasileiros, pois seu compositor é carioca.

O velhinho
(Otávio Babo Filho)

Botei meu sapatinho
Na janela do quintal
Papai Noel deixou
Meu presente de Natal

Como é que Papai Noel
Não se esquece de ninguém
Seja rico ou seja pobre
O velhinho sempre vem

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Logo eu com meu sorriso aberto...

O mundo do samba é formado também por grandes nomes femininos a exemplo de D. Yvone Lara, Beth Carvalho, Alcione, Clara Nunes, Leci Brandão e Jovelina Faria Belfort, ou como foi conhecida: Jovelina Pérola Negra. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Jovelina integrou o grupo de sambistas que valorizariam esse estilo nos anos 80 e 90, abrindo espaço para novas gerações que estão aí.

Voltada para o partido-alto, Jovelina lançou seus primeiros sucessos em 1985 com Bagaço da laranja e Feirinha da Pavuna. E depois vieram outros sucessos como Pagode no Serrado, Menina você bebeu, Banho de felicidade, Falso malandro, Sorriso aberto, Não tem embaraço, Luz do repente, etc. Teve também um disco gravado com D. Yvone Lara em 1986.

Jovelina partiu para a eternidade em 1998, deixando o mundo do samba menos alegre, pois representava a melhor partideira carioca, além de ser um grande nome não apenas nesse estilo, mas na música brasileira, reverenciada por vários colegas como uma grande referência musical!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cantador não escolhe o seu cantar...

Demorei bastante para fazer uma postagem em homenagem a Dori Caymmi. Não por falta de reconhecimento de seu trabalho valioso e histórico para a música brasileira, mas nunca quis polemizar suas declarações que atingem talvez não os artistas, mas os fãs. Até compreender que Dori é assim mesmo, fala o que quer e não poupa ninguém, rsrs. Democracia é também respeitar as diferenças.

Natural do Rio de Janeiro/RJ, Dorival Tostes Caymmi integra uma família de peso: filho de Caymmi, irmão da Nana e do Danilo. Além disso é dos músicos mais renomados que esse país possui, já tendo trabalhado, além da sua família, com Nara Leão, Edu Lobo, Elis Regina, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Fagner, Milton Nascimento, Chico Buarque, Ivan Lins, Tom Jobim, entre outros e compôs canções memoráveis para a música brasileira como É o amor outra vez, Saudade da Bahia, Alegre menina, Chutando lata, O cantador, Saveiros, Posto, Desenredo, Sem poupar coração, etc.

Que ele é um músico refinado, que busca uma construção harmônica bem trabalhada para seus arranjos é louvável e seria legal se tivéssemos mais Doris por aí. Mas, não é fácil compreender a forma como ele emite suas declarações, usando palavras pesadas como submúsica (como fez com Roberto Carlos e Sandy e Jr.) que soa muito grosseiro e dissonante demais para quem tem uma representatividade musical como a dele. Acaba ferindo fãs como eu que aprecia o Roberto e seu repertório, que me ensinou a reconhecer o talento de pessoas como o próprio Dori, embora creio que ele mesmo nunca acreditasse, se um dia lesse isso.

O próprio Caymmi tem coisas simples e belíssimas e o simples nesse caso não parece ser fácil porque não temos outros Caymmis por aí. Roberto também não deve dar bola a isso, pois já cantou divinamente obras de Caymmi como Acalanto e Rosa morena, esta última em um especial. Nana e Danilo também já gravaram Roberto, provando que é apenas uma opinião particular do Dori, que tem mesmo esse jeito de falar não apenas do Roberto, mas até de colegas pelos quais nutre afeto, por isso acabo aprendendo que o devo respeitar por ser assim, até porque recorro à nobreza do próprio Roberto, que já afirmou em canção: "Se as cores se misturam pelos campos, é que flores diferentes vivem juntas!

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de novembro de 2010

Olhando as estrelas - 10


Show no Maracanã em 11/07/2009.
 E a Série Olhando as estrelas chega a décima edição de uma forma dez, com a dupla de maior sucesso nacional de todos os tempos em canções no topo das paradas: Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Essa dupla é sucesso desde 1958 quando se conheceram e firmaram uma parceria histórica na música brasileira com mais de quinhentas composições, dentre elas, muitos topos das paradas de sucessos, além de encontros memoráveis na música brasileira.

Basta citar que entre essas composições estão clássicos como Emoções, Detalhes, As curvas da estrada de Santos, A distância, Desabafo, Sentado à beira do caminho, Café da manhã, Caminhoneiro, Fera ferida, Amigo, Cavalgada, Além do horizonte, O portão, Sua estupidez, Amada amante, Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, A montanha, O côncavo e o convexo, Proposta, Minha superestar, Panorama ecológico, Gatinha manhosa, Jesus Cristo, Eu quero apenas, À distância, Eu te amo te amo te amo, Quero que tudo vá pro inferno, A volta, Nossa Senhora, É proibido fumar, Minha fama de mau, e tantas outras que não caberiam em apenas um parágrafo de postagem.


Erasmo e Roberto nos anos 70.
 Além de figuras fundamentais da Jovem Guarda, Roberto e Erasmo proporcionaram encontros memoráveis em discos e nas telinhas. Em discos, temos em 1980, a gravação de Sentado à beira do caminho no projeto Erasmo Convida. Já em 1988, tivemos outro dueto, dessa vez em disco do rei, onde dividem a faixa Papo de esquina. Tivemos também os dois atuando no cinema, onde os maiores destaques foram os filmes Roberto Carlos e o diamante cor-de-rosa (1969) e Roberto Carlos a 300 km/h (1971).

E entre tantos encontros em especiais do rei (Erasmo foi o convidado que mais apareceu por lá), temos alguns mais marcantes como por exemplo em 1977 quando, vestidos a caráter, homenageram Elvis em um medley que pode ser encontrado no cd/dvd Duetos do Roberto de 2006. Ainda em 1977, tivemos a apresentação da canção Amigo feita para Erasmo e um abraço apertado e emocionado inesquecível. Em 2009 no show do Maracanã, pelos 50 anos de carreira do rei, outro encontro emocionado da dupla.

Anos 60.
E eles são estrelas não apenas por tudo de grandioso que já fizeram, mas também pela enorme contribuição que deram a seus seguidores que colheram grandes valores sobre amor, paz, natureza, religião, dor, drogas, paixão, fé, esperança, animais, auto-estima, educação, cortesia, elegância e tantos outros sentimentos pelos quais suas estrelas brilham cada vez mais forte, pois quem admira essa dupla, com certeza, se emociona e se arrepia quando escuta Roberto gritar: "o meu amigo Erasmo Carlos" e este adentra o palco com a mão simbolizando o coração pulsando, o coração de todos nós!

Um forte abraço a todos!

sábado, 27 de novembro de 2010

Eu sei que vou te amar

Essa não é apenas uma das mais lindas de Tom e Vinícius, mas é uma das mais lindas e românticas do mundo. Todos os apaixonados sonham em cantar ou ter essa canção como trilha sonora de suas vidas. Muitos artistas já gravaram essa canção e entre eles temos Roberto Carlos, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Fagner, João Gilberto, Cauby Peixoto, Emílio Santiago, Eduardo Lages e quase todos os grandes intérpretes desse país.

Desde que foi composta em 1958, só comprova que boas canções, bons clássicos não se perdem com o passar do tempo e, ao contrário, alcançam a façanha da imortalidade no pensamento, na lembrança e na voz das pessoas. Há quem afirme que não se trata de uma canção de um amor imortal, embora alguns como eu prefere a versão da interpretação desse amor eterno que pressupõe frases como "Por toda minha vida".

Eu sei que vou te amar
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar

E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

Um forte abraço a todos!