domingo, 11 de novembro de 2012

CD Chitãozinho e Xororó Pura emoção

Em 1998, Chitãozinho e Xororó lançaram essa coletânea que reunia alguns de seus grandes sucessos. É claro que de lá pra cá, outras grandes canções surgiram, como também até aquele ano, outros clássicos haviam que ficaram de fora. Mas, não podemos negar que esse CD é pura emoção, pelo repertório que apresenta.

Pura emoção é uma canção que vem em duas versões: lenta, com voz e violão e, country tradicional. Além dela, temos Evidências, Bailão de peão, Brincar de ser feliz, Coração sertanejo, Feito eu, Caminhoneiro, Página virada, Nuvem de lágrimas, Um homem quando ama, Pode ser pra valer, Página de amigos e Vez em quando vem me ver.

Bom, outras coletâneas surgiram e foram até mais generosas com outros clássicos que faltaram aqui, a exemplo de Fio de cabelo e No rancho rundo, só pra citar algumas. Mas, essa dupla tem tantas maravilhosas canções que um disco como esses é sempre muito bem vindo, pelas prazeirosas canções que reune!

Um forte abraço a todos!

sábado, 10 de novembro de 2012

O show tem que continuar

Essa canção foi gravada por vários sambistas, entre eles Arlindo Cruz, Sombrinha, Grupo Fundo de quintal, Grupo Revelação e, para mim, a melhor leitura: Beth Carvalho. Com uma cadência gostosa, com aquele indispensável la la laia dos grandes sambas e com uma letra pra cima, é um verdadeiro clássico do nosso samba, da nossa música brasileira.

Sua letra aponta para um amor que teve fim e que por isso não mais contagia a música, especialmente elementos do samba. Mas, ao contrário do que muitos pensam que fim de amor rima com tristeza, essa canção aponta para um recomeço, à procura de um novo tom, afinal, o show tem que continuar e deve ser por essas e outras que dizem que o samba é o pai da alegria, pois supera a tristeza até em momentos quando ela poderia reinar!

O show tem que continuar
(Luiz Carlos Da Vila/ Sombrinha/ Arlindo Cruz)

O teu choro já não toca meu bandolim
Diz que minha voz sufoca teu violão
Afrouxaram-se as cordas e assim desafina
E pobre das rímas da nossa canção

Se hoje somos folha morta
Metais em surdina
Fechada a cortina
Vazio o salão

Se os duetos não se encontram mais
E os olhos perderam emoção
Se acabou o gás pra cantar o mais
Simples refrão

Se a gente toca
em uma só nota
Já nos esgota
O show perde a razão

Mas iremos achar o tom
Um acorde com um lindo som
E fazer com que fique bom
Outra vez, o nosso cantar

E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O Show Tem Que Continuar

Nós iremos até Paris
Arrasar no Olímpia
O Show Tem Que Continuar

Olha o povo pedindo bis
Os ingressos vão se esgotar
O Show Tem Que Continuar
Lalaiá! Lalaiá!...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Receba as flores que lhe dou...

Esse país oferece em sua biografia musical vários cantores populares que, com seus sucessos, conseguiram alcançar e conquistar um público fiel, nos mais diferentes locais. Entre eles, temos Nilton César, natural de Ituiutaba/MG, um cantor que fez muito sucesso nos anos 70 e continua com sua carreira e seu público.

Entre seus grandes sucessos temos A namorada que sonhei, Amor amor amor, Professor apaixonado, Espere um pouco, São tantas coisas, Muito eu chorei, Alguém me disse, Onde andarás amor? Canção do motorista e Férias na Índia, talvez seu maior sucesso.

É certo que poucos da nova geração o conheça, mas muitos vovôs e vovós ouviram e cantaram seus sucessos e muitos filhos também cresceram ouvindo ele, em um tempo em que a música poderia até parecer cafona, mas que apresentava uma forma diferente e mais respeitosa de apresentar o amor!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Miele & Bôscoli

Eles não são duplas sertanejas, nem muito menos gravaram discos juntos, mas são indispensáveis quando se quer contar a história da música brasileira nos últimos 50 anos. Luis Carlos Miele foi radialista e produtor de vários musicais dos anos 60 em diante. Chegou a gravar discos e fazer shows, mas o lado apresentador e produtor foi mais forte em sua vida.

Ronaldo Fernando Esquerdo e Bôscoli, ou simplesmente Ronaldo Bôscoli foi compositor e produtor musical, assim como Miele. É dele, clássicos da Bossa Nova como O barquinho (com Roberto Menescal) e Lobo bobo (com Carlos Lyra), ambas gravadas por João Gilberto. Foi casado com Elis, com quem teve João Marcelo Bôscoli. Foi também um dos poucos a dividir parceria com Roberto Carlos, na faixa Procura-se. E foi produzindo musicais que conheceu Miele, com quem produziria vários espetáculos de vários artistas.

Entre os nomes produzidos pela dupla, estão espetáculos de gente como Roberto Carlos, Elis Regina, Wilson Simonal, Sérgio Mendes, Sarah Vaughan, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Taiguara, Claudette Soares, Milton Nascimento, Marcos Valle, Joyce, Wanda Sá, Alcione, Agnaldo Timóteo, Joanna, Ângela Maria, Família Caymmi, etc. Mielle continua na ativa, mesmo com menos produções atualmente. Bôscoli foi para o andar de cima em 1994, mas é indiscutível a contribuição dessa dupla para a história dos grandes espetáculos da música brasileira.

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de novembro de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 22

Escolher apenas três canções da Simone é covardia e eu sei que isso pode ser dito em relação a vários intérpretes da nossa música que afinal é riquíssima em variedades e em talentos como este. Mas, no caso dela é algo ainda mais evidente, porque trata-se de uma intérprete por natureza, que está em várias listas de especialistas que resolvem enumerar os 10 mais desse país.

Começar de novo, de Ivan Lins, por exemplo é um fato. Ninguém se atreve a fazer essa canção. Até mesmo o autor reconhece que, mesmo com o talento e profissionalismo que lhe é peculiar, essa canção é a cara e a alma da Simone. Mais recentemente, eu destaco Migalhas, que Erasmo fez só pra ela. Ficou perfeita! E, usando o gosto particular, também destaco uma esquecida de seu repertório: Uma nova mulher, de Paulo Debétio que é linda demais e ali está sua marca registrada!

E como o espírito da postagem é esse, fico por aqui, mas muitos discordariam das três que escolhi e outras listas seriam apresentadas contendo, por exemplo, Jura Secreta, Então é Natal, O amanhã, Iolanda, Lenha, Caçador de mim, À distância, O que será, A cigarra, Outra vez, entre tantas que acontecem só com intérpretes do patamar dessa artista!

Um forte abraço a todos!

sábado, 3 de novembro de 2012

Qualquer jeito

Roberto e Erasmo têm muitas canções que outras pessoas gravaram e que pouco é associdado a eles, como acontece também com muitos outros compositores. Essa canção foi um enorme sucesso com Kátia no final dos anos 80 e também com muitos outros intérpretes que a regravaram daí em diante, inclusive muitos cantores da noite!

Qualquer jeito traz uma letra emocionante que mostra que nada adianta fazer para resistir àquele amor, e conclui que se não dá para esquecê-lo, o melhor é revivê-lo, da forma como for. Um piano belíssimo. Erasmo já a regravou, Roberto nunca. Mas, acho que o rei poderia fazer uma belíssima versão dela. Quem sabe um dia?

Qualquer jeito (It Should Have Been Easy)
(Bob McDill, Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Todo dia, ao amanhecer
quanto mais tento te esquecer,
mais me lembro, não tem jeito.

Desde quando eu te conheci,
nunca mais te tirei daqui, do meu peito
De que jeito?

Não está sendo fácil,
não está sendo fácil,
Não está sendo fácil viver assim
Você está grudado em mim

Quando tento me divertir
nos lugares que eu quero ir
você sempre está
De algum jeito está.

Eu te encontro em qualquer canção
você vive em meu coração e eu aceito
Não tem jeito.

Não está sendo fácil,
não está sendo fácil.
Não está sendo fácil viver assim
Você está grudado em mim.

Se você ainda quiser voltar
não demore, eu não sei ficar desse jeito
Não tem jeito.

Não precisa nem me avisar,
basta, apenas, você chegar do seu jeito.
Qualquer jeito

Não está sendo fácil,
não está sendo fácil.
Não está sendo fácil viver assim.
Você está grudado em mim.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Quatro semanas de amor...

Imagem recente da dupla dos anos 80.
Luan e Vanessa foram um dupla de cantores do fim dos anos 80 que embalaram muitos casais apaixonados com seu hit Quatro semanas de amor. Até hoje, essa canção é revivida por muitos e os que a descobrem não deixam de curti-la.

Vanessa era apenas uma garotinha que saía do grupo infantil Trem da alegria para formar a dupla, que mesmo tendo acabado, frutificou o casamento dos dois, que moram nos Estados Unidos e trabalham com música gospel, do universo católico, segundo reportagens recentes que constam na internet.

Vanessa também gravou com outros artistas como José Augusto na faixa Coisinha estúpida. E, com a dupla, outros sucessos aconteceram como Estrada do sol, Segredo, Só pra nós dois, Cenas de ciúme, Além da imaginação, etc. O sucesso deles foi momentâneo, mas não podemos dizer que durou apenas quatro semanas, pois muitos ainda lembram de seus hits e os revivem com o mesmo romantismo!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Os compositores do Brasil - 55

Muita gente no mundo todo conhece o escritor Paulo Coelho de Souza, autor de livros campeões de vendas como Brida, Maktub, O diário de um mago e O alquimista. Mas, Paulo também é dono de clássicos da nossa música, a maioria em parceria com Raul Seixas e é nesse ponto que vamos focar, dentro da série Os compositores do Brasil.

Com o "maluco beleza" temos simplesmente Eu nasci há dez mil anos atrás, Gitã, Al Capone, Sociedade alternativa, A maçã, Medo da chuva, Tente outra vez, entre outros. Paulo também fez versão de algumas canções como Eu sobrevivo (gravada por Vanusa), Me deixas louca (gravada por Elis Regina) e Sou rebelde (gravada por Lillian).

Compôs com Rita Lee as canções Arrombou a festa e O toque. Uma das canções mais marcantes de Sidney Magal, sobretudo no início de sua carreira, Sandra Rosa Madalena, é de Paulo. E, mesmo sabendo que o escritor premiado em todo o mundo por sua literatura, ofusca um pouco o compositor, não podemos deixar de destacar esse seu lado que também contribuiu positivamente para nossa música!

Um forte abraço a todos! 

domingo, 28 de outubro de 2012

Olhando as estrelas - 29

Estrelas da maior grandeza, Elis Regina e Milton Nascimento são histórias que não podem ser contadas sem um ser citado na biografia do outro e vice-versa. Elis revelou o mineiro no Festival Internacional da Canção, em 1967, como o compositor de Travessia, que ficou em 2º lugar na premiação.

E a partir daí, Milton compôs várias canções tendo Elis como musa inspiradora. E, apesar de ter sido gravado por tantas outras intérpretes, é essa característica que enquadra Elis como "a sua intérprete favorita", porque ele escrevia pensando nela e pra ela. Disso temos clássicos da nossa música sob interpretações fascinantes de ambos como Morro velho, Cais, Credo, Canção do sal, Nada será como antes, Maria Maria, Caxangá, Canção da América, Ponta de areia, Fé cega faca amolada, Para Lennon e MacCartney, O que foi feito de vera, Conversando no bar e Vera Cruz.

Milton e Elis escreveram belas páginas na nossa música e juntos conseguiram brilhar ainda mais suas carreiras com essa bem sucedida parceria. Elis é saudade há trinta anos. Milton continua nos encantando, ficando a indagação de como seriam outras interpretações que Elis ainda daria à uma obra tao rica como é a desse mineiro!

Um forte abraço a todos!

sábado, 27 de outubro de 2012

Meu país

Ivan Lins sempre nos presenteou com grandes canções e alguns de seus maiores sucessos foram canções românticas. Aqui temos uma canção onde ele demonstra todo seu amor por seu país, descrevendo com uma riqueza de detalhes impressionante, a pluralidade que nosso país apresenta e que ele conseguiu reunir nessa canção.

E o curioso é que mesmo sendo uma canção que, creio que podemos classificar como ufanista, não faltam os elementos românticos típicos da obra do Ivan que, enaltece o amor por sua terra, seus costumes, folclore e, claro, por sua amada. Realmente, como ser feliz em outro lugar que não o Brasil, pois apesar de tantos problemas, nós amamos esse lugar com tantas paisagens desenhadas por Deus!

Meu país
(Ivan Lins e Vítor Martins)

Aqui é o meu país
Nos seios da minha amada
Nos olhos da perdiz
Na lua, na invernada
Nas trilhas, estradas e veias que vão
Do céu ao coração

Aqui é o meu país
De botas, cavalos, estórias
De yaras e sacis
Violas cantando glórias
Vitórias, ponteios e desafios
No peito do Brasil

Me diz, me diz
Como ser feliz em outro lugar?

Aqui é o meu país
Dos sonhos sem cabimento
Aqui sou um passarim
Que as penas estão por dentro
Por isso aprendi a cantar,
Voar, voar, voar

Me diz, me diz
Como ser feliz em outro lugar?

Um forte abraço a todos!