Canta, canta minha gente...

"Quem quiser saber meu nome não precisa perguntar, sou Martinho lá da Vila, partideiro devagar, quem quiser falar comigo não precisa procurar, vá onde tiver samba que eu devo estar por lá..." É com esses versos da canção Quem é do mar não enjoa, que o próprio Martinho da Vila se autodefine! E pra que melhor? Ele tem toda razão! Desde que participou do III Festival da Record em 1967 que o samba brasileiro adotou, sempre devagarinho, esse Pai da alegria!

Definitivo na mpb, Martinho entoa seus sucessos que viraram clássicos do samba como Casa de Bamba, O pequeno burguês, Batuque na cozinha, Canta canta minha gente, Madalena do jucu, Ex-amor, Pra que dinheiro, Tá delicia tá gostoso, Devagar devagarinho, Mulheres, O pai da alegria, Feitiço da Vila, Além do mais te amo, etc.

Em 1995 tornou-se o primeiro sambista a vender mais de um milhão de cópias com o disco Tá delícia, tá gostoso, esse da foto, que o trouxe de volta a mídia, depois de algum tempo, embora seus sucessos sempre o garantam nas paradas e nas rodas de samba!

Seu envolvimento com a escola de samba Vila Isabel vem desde 1965! De lá pra cá, assinou vários sambas-enredo da escola, inclusive o "Kizomba A festa da raça" que garantiu o título de 1988 para a escola!

Martinho já teve um disco todo em sua homenagem feito pela Simone (Café com leite) e já teve música sua gravada até por Julio Iglesias no disco Calor! Toda sua discografia e obra mostra o respeito nacional e internacional que esse grande artista do samba possui e nós contemplamos, devagar, devagarinho!

Um forte abraço a todos!