Amigos, em virtude do feriado de Independência do Brasil, que esse ano já caiu em um feriado, domingo, vamos comentar sobre canções que trazem como tema central o Brasil, sejam carregadas de protestos, sejam com algumas conotações mais ufanistas.
A primeira que me vem à mente é sem dúvida a mais linda, mais famosa, mais lembrada em toda a parte do mundo. Composta por Ary Barroso em meados dos anos 39-41 ( ninguém sabe ao certo a data exata), é o samba exaltação mais famoso do mundo. Já foi intepretada por quase todos os grandes nomes da nossa canção e por alguns artistas estrangeiros quando desejam reverenciar nosso país verde e amarelo. Gal Costa a imortalizou, cantou também com o rei Roberto Carlos, que também a cantou com Martinho da Vila em outro especial. Julio Iglesias já a interpretou, bem como os tenores Pavarotti, Carreras e Domingo, e por aí vai em um côro só, todo mundo repetindo: "Brasil, meu Brasil brasileiro..."
Na época da ditadura e pós-ditadura, anos 60 e 70, a música brasileira flertou com o conflito entre as canções de protesto e as canções de exaltação à pátria. Mesmo sem poder citar certas palavras, filtradas pela censura, tivemos coisas como "Eu te amo meu Brasil, eu te amo..." ou "Pra frente Brasil, Brasil, Salve a seleção..." em confronto com coisas como " Caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento, no sol de quase dezembro, eu vou..." ou " Quem sabe faz a hora não espera acontecer..." Um pouco depois, os Novos Baianos já cantavam "Brasil, esquentai vossos pandeiros, iluminai os terreiros que nós queremos sambar" em samba de Assis Valente.
Nos anos 80 tivemos um irreverente Cazuza disparando um desafio: "Brasil, mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim, ... Qual o teu negócio, o nome do teu sócio?, confia em mim..." E a mesma Gal, que também imortalizou esses versos veio com "No céu, no mar, na terra! Canta Brasil!". Ivan Lins também já mostrava os novos ares que aterrissavam no país com "No novo tempo, apesar dos castigos, estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas pra nos socorrer..." Mas, achou pouco e anos mais tardes, mandou " Aqui é o meu país, nos seios da minha amada... Vitórias, ponteios e desafios no peito do Brasil". E o rei Roberto também mandou ver em "Só quem leva no peito, esse amor, esse jeito, sabe bem o que é ser brasileiro..."
Nos anos 90, tivemos um país cantado também pelo gênero sertanejo com Zezé di Camargo em "Tem alguém levando lucro, tem alguém colhendo fruto sem saber o que é plantar, tá faltando consciência, tá sobrando paciência, tá faltando alguém gritar..." E você, lembra de alguma canção ufanista que podemos citar como comemoração da data de hoje? Afinal, não importa se a canção é de protesto ou de exaltação, e sim que sabemos cantar esse país e todos os seus problemas e riquezas que nos oferece!
Um forte abraço a todos e Viva ao Brasil!
A primeira que me vem à mente é sem dúvida a mais linda, mais famosa, mais lembrada em toda a parte do mundo. Composta por Ary Barroso em meados dos anos 39-41 ( ninguém sabe ao certo a data exata), é o samba exaltação mais famoso do mundo. Já foi intepretada por quase todos os grandes nomes da nossa canção e por alguns artistas estrangeiros quando desejam reverenciar nosso país verde e amarelo. Gal Costa a imortalizou, cantou também com o rei Roberto Carlos, que também a cantou com Martinho da Vila em outro especial. Julio Iglesias já a interpretou, bem como os tenores Pavarotti, Carreras e Domingo, e por aí vai em um côro só, todo mundo repetindo: "Brasil, meu Brasil brasileiro..."
Na época da ditadura e pós-ditadura, anos 60 e 70, a música brasileira flertou com o conflito entre as canções de protesto e as canções de exaltação à pátria. Mesmo sem poder citar certas palavras, filtradas pela censura, tivemos coisas como "Eu te amo meu Brasil, eu te amo..." ou "Pra frente Brasil, Brasil, Salve a seleção..." em confronto com coisas como " Caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento, no sol de quase dezembro, eu vou..." ou " Quem sabe faz a hora não espera acontecer..." Um pouco depois, os Novos Baianos já cantavam "Brasil, esquentai vossos pandeiros, iluminai os terreiros que nós queremos sambar" em samba de Assis Valente.
Nos anos 80 tivemos um irreverente Cazuza disparando um desafio: "Brasil, mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim, ... Qual o teu negócio, o nome do teu sócio?, confia em mim..." E a mesma Gal, que também imortalizou esses versos veio com "No céu, no mar, na terra! Canta Brasil!". Ivan Lins também já mostrava os novos ares que aterrissavam no país com "No novo tempo, apesar dos castigos, estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas pra nos socorrer..." Mas, achou pouco e anos mais tardes, mandou " Aqui é o meu país, nos seios da minha amada... Vitórias, ponteios e desafios no peito do Brasil". E o rei Roberto também mandou ver em "Só quem leva no peito, esse amor, esse jeito, sabe bem o que é ser brasileiro..."
Nos anos 90, tivemos um país cantado também pelo gênero sertanejo com Zezé di Camargo em "Tem alguém levando lucro, tem alguém colhendo fruto sem saber o que é plantar, tá faltando consciência, tá sobrando paciência, tá faltando alguém gritar..." E você, lembra de alguma canção ufanista que podemos citar como comemoração da data de hoje? Afinal, não importa se a canção é de protesto ou de exaltação, e sim que sabemos cantar esse país e todos os seus problemas e riquezas que nos oferece!
Um forte abraço a todos e Viva ao Brasil!
5 comentários:
A questão das canções ufanistas no Brasil é um assunto extremamente delicado, e já rendeu alguns momentos de injustiça musical. A dupla Dom & Ravel, que gravou "Eu te amo, meu Brasil" e o cantor Ivan Lins, que escreveu "O amor é o meu país" foram fortemente achincalhados por fazerem músicas para nossa terra. Muitos diziam, infelizmente, que eram "propagandas do governo". Fazer o que, se as questões políticas às vezes aparecem à frente da inspiração dos artistas.
Me recordo de no livro "Poeira de estrelas", o Miéle ter relatado que aconselhou o Roberto a não cantar em shows a música "Verde e amarelo". O medo era de que a canção fosse vista da mesma forma que aconteceu com Ivan Lins e Dom & Ravel. Na época, RC disse que o público dele sabe que ele não levanta bandeiras. Felizmente, ele não teve problemas de patrulhamento.
Temos muitas músicas bonitas sobre esta terra bonita na qual vivemos. E só mesmo compositores daqui podem enxergar a maravilha em letra e música que é o nosso país.
Abraços, homem!
Vinícius Faustini
www.emocoesrc.blogspot.com
Bicho, com sinceridade.
As canções que falam do Brasil, de um modo geral, são muito bonitas, muito pra cima. Todas elas.
Seja de protesto ou de exaltação, todas nos fazem amar, a cada dia mais esse país.
Destauqe para a interpretação de Erasmo Carlos para o samba de Ary Barroso, Aquarela do Brasil.
Um forte abraço, homem !
James Lima
www.robertocarlos.vai.la (Próxima sexta, falando sobre o novo disco do maestro.)
Olá, Everaldo!
Excelente tema.
Das músicas que conheço de exaltação ao Brasil e aos brasileiros, a minha eleita é "Verde e amarelo" do RC. Não por ser do Roberto, mas porque quer a música, quer a letra, são um autêntico hino ao Brasil e aos brasileiros.
Gostei da matéria.
Gramde abraço, pá!
Os tópicos estão ficando cada vez mais criativos e interessantes!
Considero a nossa pátria riquíssima em termos de criação musical. O potencial artístico do país é admirável, até porque reunimos um pouco de várias nações em uma só. Tudo isso, é claro, com características e aspectos únicos, que conseguimos adicionar à construção (e reconstrução) de nossa cultura.
Beijos!
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