Aprecio bastante os boleros, sobretudo aqueles compostos em espanhol. Gravá-los em português é um desafio como toda versão que é feita e que pode não apresentar um bom resultado. Mas, não é o caso desse clássico hispânico, que ganhou versão de Lamartine Babo e que tem, a meu ver, a melhor interpretação em Adilson Ramos.
Nas apresentações ao vivo que faz, país afora, com um show sempre contagiante, Adilson emociona bastante quando interpreta grandes boleros e este é meu preferido, sobretudo por ter uma alta linha de identificação com o trabalho dele em uma canção que celebra um amor partido, mas com a força de clamar um perdão que oferece junto um recomeço e, junto a ele, a verdadeira felicidade!
Perfídia
(Alberto Dominguez e Lamartine Babo)
Sofre, a tua dor resignadamente
Sofre, como eu sofri por ti também
Sofre, e a dor vai ensinando a gente
Amar e um dia querer bem
Amei, como ninguém te amou querida
De ti o menor gesto adorei
Esquecido da própria vida
Perfídia, mandaste em troca, não esqueci
Das rosas, das orquídeas e das violetas
Que eu dava a ti
Distraída no ambiente luxuoso
Em que sempre vivias
Tu deixaste que murchassem minhas flores
Meu buquê de fantasias
E agora que adoras a quem te magoa
Perdoa pelo bem que eu te quis
Perdoa e serás feliz!
Um forte abraço a todos!
Um comentário:
Meu Preclaro Amigo, Everaldo
Talvez seja algo vaidoso na forma como a gente coloca, mas creia-me que não poderia deixar de externar o quanto eu amava cantar esta música nas noites do Pandeiro de Prata, nos anos 80. Enternecia-me sobremaneira, ainda mais quando na verdade eu a cantava com o coração cheio de amor pela música e pelo clássico bolero: Perfídia.
Obrigado meu caro, por nos proporcionar esta oportunidade de adentrar ao seu blog e poder absorver este conteúdo maravilhoso acerca da boa música, da qual você escreve maravilhosamente bem.
Um grandioso abraço,
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