Esta belíssima canção do Ivan Lins mostra, a meu ver, um pouco mais da sua genialidade em criar grandes obras, juntamente com seu grande parceiro, o Vitor Martins. Composta ainda na década de 70, época tida como bastante fértil entre nossos grandes gênios, sugere um ritmo duplo que ora nos remete a grande orquestra como se fosse um big band, ora nos remete aos mais perfeitos boleros, como a letra sugere em alguns trechos.
Em alguns momentos, a letra me faz pensar em algo romântico, um casal que dança ao viver a felicidade. Em outros momentos, parece falar do povo em geral, naquela opressão dos anos 70 e que hoje parece ser retomada, embora com um pouco de maquiagem por partes de alguns opressores modernos. Como curto o romantismo, prefiro pensar como a primeira ideia de interpretação desse clássico da obra do Ivan.
Somos todos iguais nesta noite
Ivan Lins e Vítor Martins
Somos todos iguais nesta noite
Na frieza de um riso pintado
Na certeza de um sonho acabado
É o circo de novo
Nós vivemos debaixo do pano
Entre espadas e rodas de fogo
Entre luzes e a dança das cores
Onde estão os atores
Pede a banda
Pra tocar um dobrado
Olha nós outra vez no picadeiro
Pede a banda
Pra tocar um dobrado
Vamos dançar mais uma vez
Somos todos iguais nesta noite
Pelo ensaio diário de um drama
Pelo medo da chuva e da lama
É o circo de novo
Nós vivemos debaixo do pano
Pelo truque malfeito dos magos
Pelo chicote dos domadores
E o rufar dos tambores
Somos todos iguais nesta noite
Na frieza de um riso pintado
Na certeza de um sonho acabado
É o circo de novo
Nós vivemos debaixo do pano
Entre espadas e rodas de fogo
Entre luzes e a dança das cores
Onde estão os atores
Pede a banda
Pra tocar um dobrado
Olha nós outra vez no picadeiro
Pede a banda
Pra tocar um dobrado
Vamos dançar mais uma vez
Somos todos iguais nesta noite
Pelo ensaio diário de um drama
Pelo medo da chuva e da lama
É o circo de novo
Nós vivemos debaixo do pano
Pelo truque malfeito dos magos
Pelo chicote dos domadores
E o rufar dos tambores
Um forte abraço a todos!
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