domingo, 23 de dezembro de 2018

Roberto Carlos especial 2018


E na última sexta-feira tivemos mais uma edição do Roberto Carlos especial que a Globo exibe desde 1974 como presente para os fãs da música romântica do Brasil inteiro. Tentando ser diferente das últimas edições tão criticadas pelo engessamento do repertório, o programa começou diferente com Detalhes (com orquestra, em contraste àquela velha fórmula voz e violão), Se você pensa e Como dois e dois (nunca ele havia a cantado sozinho sem a presença do Caetano em um especial).

Michel Teló foi o primeiro convidado e até discordei de sua escolha novamente (penso que seja coisa do plim plim), mas até que ficou bonito o número Caminhoneiro, com suas pinceladas de sanfona. A outra faixa Humilde residência, por mim, seria dispensável. Alejandro Sanz foi um dos grandes convidados, sobretudo por sua participação na faixa Esa mujer, no novo CD em espanhol do rei, que poderia ter sido mais explorado (por que não cantar Regreso ou Que yo te vea?). Alejandro também cantou, sua nova canção No tengo nada. Marina Ruy Barbosa foi outra convidada para cantar com o rei a faixa Na paz do seu sorriso. Vou repetir que preferia uma boa cantora lá, que uma atriz fazendo as vezes de uma. 

Zizi Possi foi, pra mim, a grande convidada e o grande momento da noite, onde cantaram juntos A paz (queria que Roberto tivesse cantado mais trechos da canção), além de uma belíssima canção No ti scordar di me, que já foi sucesso nas vozes de Pavarotti e Bocelli. Cheguei a pensar que seria a versão em italiano de Não se esqueça de mim, de Roberto e Erasmo, quando anunciaram as canções dos duetos. A banda RC na veia, que tem o Dudu Braga como baterista colocou o especial no ritmo de rock como Quando, Lobo mau, É proibido fumar, Eu sou terrível. Roberto ainda cantou sozinho Proposta, Ilegal imoral ou engorda, Negro gato e finalizou com Todos estão surdos. Pra nós que conhecemos o repertório que foi gravado, ficou de fora canções que estávamos esperando muito pra ouvir: Você em minha vida, Menina, Romântico (aquela de 1995 e não a de Caetano, Muito romântico, de 1977) e Não vou ficar (além de O portão e Jesus Cristo). Tenho certeza que estas ao menos as três primeiras teriam feito todo o diferencial de um especial que se chamou Muito romântico, mas que, a meu ver, teve mais rock que romantismo.

Um forte abraço a todos!

3 comentários:

Robert Moura disse...

Eu nem achei que teve mais rock que romantismo, mas pelo título não poderia ter faltado no repertório a música de Caetano. A outra dele, Como Dois e Dois me surpreendeu até. Concordo com praticamente tudo em relação aos seus comentários. Ele podia ter cantando mais em A Paz e a Zizi foi mesmo a grande participação. Acho que faltou energia. O Especial para ter sido feito de forma corriqueira. Você em minha vida e Não Vou Ficar, não poderiam ter faltado. Aliás, essa última teve um dueto com Tim Maia em 1985 nunca levado ao ar pela emissora.

No mais, um grande abraço, amigo Everaldo!

Baratta disse...

Por mais que a gente discorde da maioria dos convidados (como tem sido nos últimos anos) a gente ainda corre para a TV, para tudo que estiver fazendo pra assistir o especial do rei. Concordo na parte que na participação do Michel Teló, teria sido melhor cantar Caminhoneiro e só! E estendo essa fórmula para as outras apresentações dos convidados. Isso teria mais tempo para não ficar tanta música de fora como ficou dessa vez. Romântico, Menina, Não Vou Ficar, Você Em Minha Vida, poxa, quanta música bacana de fora.

Baratta disse...

Abraço do Baratta