quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Meu Brasil brasileiro...

E após homenagearmos alguns grandes nomes de nossa composição, vamos apresentar um dos sucessos mais conhecidos no mundo todo: Aquarela do Brasil! Na verdade, vamos detalhar um pouco a história e contribuição musical de seu criador: Ary de Resende Barroso!

Mineiro de Ubá e, aos oito anos, órfão de pai e mãe, Ary Barroso foi adotado pela avó materna. Estudou teoria, solfejo e piano com sua tia e aos doze anos já trabalhava como pianista auxiliar em sua cidade natal. Compôs sua primeira canção aos quinze anos: "De longe".

Cursou Direito quando já residia no Rio de Janeiro, aos 17 anos. E foi na faculdade que consolidou sua veia artística, esportiva e política. Mais tarde, abandona o curso e volta a se dedicar ao piano, chegando então a trabalhar em grandes orquestras de sua época.

Seu primeiro sucesso popular como compositor foi Vamos deixar de intimidade, gravado por Mário Reis em 1929 , que era seu colega de faculdade e que também gravou Vou a Penha! Seu maior sucesso mundial seria, sem sombra de dúvidas, Aquarela do Brasil, composta em 1939 e até hoje, considerada um hino brasileiro, seja no esporte, na música, na saudade da terra querida! Foi composta numa noite chuvosa em que Ary sentiu-se proibido de sair às ruas! De lá pra cá, foi regravada ou simplesmente interpretada por grandes nomes do mundo todo como Frank Sinatra, Ray Conniff, Paul Anka, Tom Jobim, Erasmo Carlos, Elis Regina, Emílio Santiago, João Gilberto, Simone, Gal Costa, Ney Matogrosso, Dionne Warwick, Martinho da Vila, Daniela Mercury, entre outros!

Outros sucessos do Ary Barroso são Tabuleiro da baiana, No rancho fundo, Camisa amarela, Faixa de cetim, Folha morta, Isto aqui o que é, Na baixa do sapateiro, Pra machucar meu coração, entre tantas que o qualificaram como um eterno clássico brasileiro!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Dia do compositor

Hoje é dia do compositor e o Blog Música do Brasil presta sua homenagem a grandes nomes de nossa música brasileira que colaboram com sua arte para um mundo melhor! Seria uma vasta lista, a de grandes nomes em nossa música que atuaram ou atuam de forma fascinante nesse universo!

Compor é uma arte, um privilégio de poucos, dentro do universo da música. Construir partituras, unindo harmonia, melodia e letra e ainda alcançar o público certo não é tarefa fácil. Com acordes simples ou dissonantes, nos mais variados ritmos, levadas, com os assuntos mais diversos, os compositores trabalham sua arte em benefício de uma sociedade mais culta, mais consciente de sua realidade e cultura!

A nossa música se orgulha de apresentar criações fantásticas sobretudo no século passado, em todas as décadas! Como já foi dito, vários nomes podem ser citados como os mais famosos Noel Rosa, Ary Barroso, Pixinguinha, Cartola, Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Luiz Gonzaga, Erasmo Carlos, Eduardo Lages, Gilberto Gil, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Bosco, Ivan Lins, Djavan, Fagner, Dorival Caymmi, Milton Nascimento, Jorge Aragão, Zé Ramalho, Nando Cordel, etc. até aqueles que só conhecemos nos créditos dos discos como Michael Sullivan, Altay Veloso, Paulo Sérgio Valle, Paulo Debétio, Vital Farias, Petrúcio Amorim, Fernando Brandt, Vítor Martins, Aldir Blanc, Carlos Colla, Isolda, Chico Roque, Peninha, Abel Silva, Fausto Nilo, entre tantos outros, que esquecerei de um grande nome, mas serão relembrados aqui na série Os compositores do Brasil que apresentamos periodicamente e, mais que isso, esses anônimos seres culturais estarão presentes em cada nota das canções que encantam nosso cotidiano!

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de outubro de 2008

E vamos à luta...

Nada mais atual no dia de hoje, em que escolhemos nossos "representantes municipais", como essa letra da canção do Gonzaguinha, sempre tão evidente em nossa atualidade! Uma canção que reflete esse povo sofrido que festeja o dia eleitoral e no dia seguinte sabe pegar no pesado, sabe se pendurar nos ônibus e sabe que o suor é o preço do sofrido salário no final do mês! E que, mesmo diante de tantas adversidades, sabe festejar seu carnaval com muita dignidade!

Gonzaguinha sempe foi muito autêntico em suas canções, sobretudo nas que protestou por nossa realidade! Essa canção foi tema recente de novela global e pode ser encontrada facilmente na coletânea perfil do mesmo autor! Sem dúvida alguma, a vitória é do povo que sabe enfrentar suas crises e atravessar todas as dificuldades cotidianas, levando aquele sorriso escondido e que aparece no momento certo, na conversa entre amigos, na cerveja, no momento de amor, etc. Teria algo mais comum à nossa atual realidade?

E vamos à luta
(Gonzaga Jr.)

Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou à luta é com essa juventude
Que não corre da raia à troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada...

Aquele que sabe que é negro o coro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro

Aquele que sai da batalha, entra no botequim
Pede uma cerva gelada e agita na mesa uma batucada
Aquele que manda o pagode e sacode a poeira
Suada da luta e faz a brincadeira, pois o resto é besteira
E nós estamos por aí...

Um forte abraço a todos!

sábado, 4 de outubro de 2008

Raimundo Fagner ao vivo

Indicarei hoje um dos melhores discos ao vivo e que, esse ano ganhou sua versão em dvd: Raimundo Fagner, gravado em Fortaleza, em 2000. Produzido por José Milton e pelo próprio Fagner, esse projeto reune os sucessos mais populares e expressivos de um dos maiores intérpretes da nossa música!

O show começa com Sinal fechado, clássico de Paulinho da Viola, escolhido para saudar a enorme platéia do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura de Fortaleza. Em seguida, Conflito (presente apenas no cd), sucesso do início da carreira do Fagner e Jura secreta, clássico de Sueli Costa e Abel Silva. Asa partida vem na sequência como mais um sucesso de início de carreira.

Os grandes clássicos do Fagner aparecem com Noturno, seguida de Mucuripe, Lua do Leblon (presente apenas no dvd), Guerreiro Menino, Fanatismo, Eternas ondas (também presente apenas no dvd), Revelação, Deslizes e Borbulhas de amor, trazendo uma sequência arrebatadora de hits radiofônicos de todas as décadas do Fagner!

O grande sucesso Canteiros ganha nova releitura, após período de entendimento entre Fagner e a família da escritora Cecília Meireles, com direito a inscidental de Águas de março (de Tom e Vinícius) e Na hora do almoço (Belchior)! Na sequência, a lindíssima Espumas ao vento e o momento São João da Roça de Fagner, com sucessos como Ai que saudade d´ocê, Súplica cearense, Lembrança de um beijo, A vida de viajante/Riacho do navio, Cebola cortada (presente apenas no cd), Último pau-de-arara e Pedras que cantam! O cd ainda apresenta duas faixas inéditas e gravadas em estúdio: Último trem e Chama quente! No dvd, extra com entrevista cedida pelo Fagner.

É sem dúvida o maior trabalho ao vivo do Fagner que ainda possue mais dois dvds na praça e um gravado em parceria com Zeca Baleiro! Foi decidido lançar o dvd apenas esse ano e embora apresente algumas falhas na edição de imagens é altamente recomendável para quem curte a obra desse artista que marca a música brasileira com suas belíssimas interpretações e composições!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

É agua no mar, é maré cheia...

Visitamos o mundo do samba para falar de um dos maiores nomes que esse país já conheceu: Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, a eterna Clara Nunes. Oculta das novas gerações, Clara foi um dos principais nomes de seu tempo! Natural de Caetanópolis - MG, trabalhou em uma fábrica de tecidos enquanto tentava concursos musicais de sua região.

Seu primeiro disco saiu em 1966, A voz adorável de Clara Nunes. Já residindo no Rio de Janeiro, não obteve êxito com esse trabalho de boleros e samba-canções! Só obteve sucesso a partir de seu segundo álbum, quando começou a cantar samba e dedicar-se a esse ritmo. Em 1972 lançou um álbum antológico para a música brasileira: Clara Clarice Clara com grandes compositores como Caetano Veloso e Dorival Caymmi.

Clara quebrou o tabu de que mulher não vendia discos, na década de 70, sendo campeã de vendagens e vencendo outro preconceito: o de sambistas no mundo mercadológico do disco e na mídia! A exemplo disso temos o disco Claridade de 1975, apontado por alguns como seu maior êxito. Em 1980, com o álbum Brasil Mestiço é tida como um monumento da mpb, sendo a primeira cantora a vender um milhão de cópias.

Embora seja considerada sambista por excelência, poucos sabem que Clara chegou a tentar jovem guarda, no início de sua carreira, enquanto buscava uma identidade musical mais sólida. Sua crença e fé refletia na sua criação, estilo e moda: vestidos longos brancos, colares e miçangas de origem africana. Canções sobre o sincretismo religioso são: Tributo aos Orixás, A Deusa dos Orixás, Guerreira, Banho de manjericão, Coroa de areia, entre outras. Outros sucessos são Você passa e eu acho graça, Misticismo da África ao Brasil, Ê baiana, Ilu ayê - Terra da vida, Tristeza pé no chão, Conto de areia, Menino Deus, O mar serenou, Canto das três raças, Lama, As forças da natureza, Coração leviano, Na linha do mar, Feira de mangaio, Morena de Angola, Sem companhia, Portela na avenida, Minha missão, Nação, Serrinha, Ijexá, etc.

Clara foi ao andar de cima em 1983, mas será sempre lembrada por sua importante contribuição ao mundo do samba e da música brasileira, fazendo parte da história dessa arte!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Os compositores do Brasil - 7

Arnaldo Antunes entra na série de compositores, apesar de também atuar como cantor, obtendo êxitos em tudo que faz! Tornou-se conhecido como integrante da banda Titãs onde iniciou nos anos 80 até 1992, quando se desligou da banda. Mesmo ausente, continua sua carreira compondo não apenas para sua antiga banda, mas para outros grandes nomes da nossa música como Marisa Monte, com quem trabalha mais assiduamente. Além dela, outros grandes intérpretes já regravaram algo seu como Sandra de Sá, Jorge Ben, Gal Costa, Cazuza, Marina Lima, Adriana Calcanhoto, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Cássia Eller, Margareth Menezes, Maria Bethânia, Rita Lee, entre tantos!

Arnaldo conseguiu compor com grandes nomes, alguns seus ídolos como Gil, Lenine, Marisa, Adriana, entre outros. Suas composições mais conhecidas são Música para ouvir, Água também é mar, Comida, Alma, Cabelo, É você, Já sei namorar, Lente, Não é fácil, Não vá embora, O pulso, Socorro, Televisão, Socorro, Velha infância, Volte para o seu lar, etc.

Arnaldo é desses grandes gênios, grandes músicos que mereceriam mais atenção da mídia e mais reconhecimento em seu trabalho, não apenas de composição, pincelado nesse post, mas também por sua contribuição em trabalhos da literatura e artes, sendo uma figura muito importante na cultura moderna contemporânea.

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de setembro de 2008

A felicidade

A letra que abordaremos hoje traz um questionamento muito comum a todos os seres humanos: A felicidade! São muitas as definições, muitos artistas da música brasileira já tentaram definir o que é felicidade!

Tom e Vinícius fizeram isso com bastante perfeição e criaram esse clássico da música brasileira! Composta para o filme Orfeu do Carnaval e gravada por Agostinho dos Santos em 1959, A felicidade já teve diversas releituras em nossa música. É considerada clássico dos compositores, clássico brasileiro e clássico da Bossa Nova!

Mas, voltando ao seu tema central, A felicidade aborda o cotidiano comum do pobre que vê no carnaval sua felicidade contínua em três dias e que se finaliza na quarta-feira de cinzas. Além disso, a letra apresenta várias definições para esse tema, sempre finalizando em cada estrofe como um reforço de que é apenas algo passageiro e de tempo menor ao de sua ausência. É como podemos verificar em "Voa tão leve, mas tem a vida breve, precisa que haja vento sem parar..."

Felicidade é um daqueles conceitos simples e ao mesmo tempo, complexo. É subjetivo e é consenso de que é momentâneo como reforça a canção de Tom e Vinícius. Felicidade para nós, amantes da boa música é contemplar uma canção como essa, interpretada por dois grandes nomes de nossa música: Hoje a noite Roberto Carlos e Caetano Veloso cantando Tom Jobim em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova! Tá aí um grande exemplo de felicidade, afinal de contas, o show também vai terminar e outros virão! E a grande lição que absorvemos é aproveitarmos ao extremo os momentos que definimos como felizes e nos esforçarmos para estarmos aptos a passar por aqueles momentos em que julgamos ausentes de felicidade, preparando caminho para outros momentos felizes!

A felicidade
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila, depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve, mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

Um forte abraço a todos!

sábado, 27 de setembro de 2008

Ângela Maria Amigos

Amigos, hoje abordaremos um dos discos mais lindos dos últimos vinte anos e que reuniu alguns dos maiores nomes da nossa música. Esse disco existe? Sim: Ângela Maria - Amigos, lançado em 1996. Com a direção artística de Miguel Plopschi, produção de José Milton, arranjos dos maestros Daniel Salinas, Lincoln Olivetti, Cristóvão Bastos, Luis Cláudio Ramos, Eduardo Souto Neto e Jaime Alem, e duetos com grandes nomes da música brasileira com os clássicos da eterna "sapoti".

O disco começa com Desabafo, clássico do rei em um dueto inédito: Ângela Maria, a rainha da voz e Roberto Carlos, o rei da música brasileira! Arrasador e arrepiante, repetido no especial do rei em 1995 e no progama Som Brasil em homenagem à cantora! Depois do maior artista da música brasileira, veio o maior compositor, Chico Buarque com Gente humilde, clássico enternizado na voz da Ângela, que logo em seguida traz a maior intérprete brasileira: Maria Bethânia, em Orgulho, outro clássico de seu repertório.

Lábios de mel não pode faltar em qualquer show da Ângela, com direito a grandes vocais ao final da canção e não poderia faltar nesse projeto, ao lado do maior cearense Fagner. A maior dupla sertaneja do Brasil cantou um bolero com Ângela: Falhaste Coração trouxe Zezé di Camargo e Luciano, traduzindo um certo eclétismo da sapoti, que em seguida traz o maior intérprete da música brasileira: Emílio Santigado divide os vocais em Escuta de Ivon Curi. A maior sambista desse país aparece em Fósforo Queimado: a marrom Alcione solta a voz ao lado da diva Ângela.

O maior amigo e ex-funcionário Agnaldo Timóteo aparece em Tango pra Tereza. O maior nome da Tropicália aparece em Noite chuvosa, simplesmente um dueto fantástico com Caetano Veloso. O maior clássico de Ângela, Babalu aparece com Ney Matogrosso que, anos antes, presta homenagem com disco em homenagem à sapoti, caracterizando então o maior intérprete de seu repertório, depois dela própria. O maior compositor baiano também aparece: Dorival Caymmi está representado por outra baiana de talento inquestionável, Gal Costa, a voz mais doce da música brasileira, divide os vocais no clássico Nem eu.

O maior Alagoano da música brasileira se faz presente com sua canção preferida do repertório da diva: Djavan e Ângela em Vida de bailarina. A maior gargalhada do país está no talento de Fafá de Belém e no bolero Abandono. A maior voz do país, Milton Nascimento se faz presente em Balada triste! E para encerrar o projeto, Estava escrito que a grande Nana Caymmi não poderia faltar nesse clássico de Lourival Faissal.

Bom, o que falar, um disco onde estão os maiores juntos à maior voz feminina que o Brasil já teve em toda sua história? O disco rendeu especial para globo onde só Gal, Chico e Bethânia estiveram ausentes. E rendeu mais ainda um prêmio para Ângela: o reconhecimento tardio da mídia para seu trabalho feito com muita dedicação e admiração por parte de todos os astros da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Dá um tempo que a tristeza vai passar...

Já dediquei post a um disco do Emílio, mas pela importância do seu trabalho, ele será tema de vários como esse que se segue. Considero este "o intérprete" da música brasileira, embora de temos vários grandes intérpretes, Emílio está, sem dúvida no topo dessa nossa rica pirâmide!

Emílio Vitalino Santiago é carioca e cursou Direito na década de 70, quando paralelamente frequentava festivais universitários e programas de calouros, chegando a final do mais importante de sua trajetória: no programa de Flávio Cavalcanti. Seu primeiro compacto saiu em 1973 e o primeiro Lp em 1975, com compositores consagrados como Ivan Lins, João Donato, Marcos e Paulo Sérgio Valle. Entretando até 1984, seus discos tiveram pouca repercussão, diante do grande músico que despontava.

Em 1988 lançou o disco Aquarela Brasileira, surgindo um projeto especial de sete volumes, todos com expressivas vendagens e interpretações dos maiores compositores do país! Emílio também gravou projetos com homenagens a Dick Farney, Gonzaguinha, João Donato, Bossa Nova e mais recentemente lançou o cd/dvd com O melhor das Aquarelas, onde fez um apanhado de toda sua carreira! Em 2008, ousou ao lançar um disco inédito - De um jeito diferente, numa época em que o mercado anda na contramão desses projetos!

Reforço a idéia que ele é um dos melhores intérpretes por excelência! Canções de compositores menos renomados tornam-se clássicos sofisticados em sua interpretações! Como exemplo, poderíamos citar: Anos dourados, Eu sei que vou te amar, Alguém me disse, Aquarela do Brasil, Beija-flor, Brigas, Cadê juízo, Copacabana, De volta ao começo, Essa fase do amor, Lesões corporais, Logo agora, Mania de você, Margarida perfumada, Mulher, No compasso do criador, Pelo amor de Deus, Preciso dizer que te amo, Ronda, Saigon, Tudo que se quer, Coisas do coração, Você é linda, Um chopp pra distrair, Pingos de amor, Um dia desses, Verdade chinesa, entre tantos que deixam a música brasileira lapidada com sua preciosa voz e interpretação ímpar!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Flores musicais

Hoje oficialmente iniciamos a Primavera, a estação das flores! A nossa música apresenta algumas canções que abordam esse tema! Seja falando sobre a estação ou sobre o símbolo desta, as flores. Vamos recordar algumas:

Tom Jobim e Dolores Duran falaram das flores da janela que sorriam e cantavam por causa de você! Vinícius, Garoto e Chico Buarque citaram as flores na varanda da Gente humilde, "Pela varanda, flores tristes e baldias..." Nas canções de protesto, elas estavam lá como um bálsamo, o que verifica-se na canção Pra não dizer que não falei das flores de Geraldo Vandré - "Ainda fazem da flor seu mais forte refrão e acreditam nas flores vencendo o canhão".

O rei Roberto e seu parceiro Erasmo trouxeram As flores do jardim da nossa casa como símbolo de saudade de alguém que estava distante! Também plantaram uma flor no Quintal do vizinho, como gesto de paz! E clamaram pela Amazônia, por toda a fauna e flora desse país verde no coração!

Tim Maia cantou uma das mais famosas Primaveras, com todo seu romantismo: "É primavera, te amo..." Trago essa rosa para lhe dar, meu amor..." O mundo do rock também mostra intimidade com o assunto através dos Titãs com Flores: "Há flores por todos os lados, há flores em tudo que eu vejo". O mundo do samba também apresenta suas pétalas como observamos em duas canções interpetadas pelo Zeca Pagodinho: "Numa estrada dessa vida, eu te conheci, oh flor..." e "Fui a beira de um rio e você, uma ceia com pão, vinho e flor..."

E o que observamos é que em todas as esferas musicais, a Primavera é saudada como estação das flores, como nessa canção do Beto Guedes: "Sol de primavera abre as janelas do meu peito, a lição sabemos de cor..." ou com Djavan em Pétala: "O seu amor reluz que nem riqueza, asa do meu destino, clareza do tino, pétala de estrela caindo bem devagar..." E concluímos que muito mais poderíamos apresentar por nossa música tão rica e perfumada pelas flores dessa estação! Talvez os colegas possam continuar a nos lembrar trechos carregados de Primavera!

Um forte abraço a todos!