quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu ficaria bem na sua estante...

Um dos grandes nomes da atualidade no rock nacional: Priscilla Leoni Mello, ou simplesmente Pitty. Mais uma roqueira, mais uma baiana no cenário nacional, Pitty fez parte de duas outras bandas antes de ingressar carreira solo, onde é considerada uma nova Rita Lee, recebendo elogios da própria Rita.

Seu estilo roqueira conquistou vários fãs e a fez emplacar canções como Admirável chip novo, Máscara, Teto de vidro, Equalize, Anacrônico, Deja vu, Na sua estante, Pulsos, Me adora, Fracasso, etc. que renderam a Pitty e sua banda vários prêmios entre clipes e topos da parada de sucesso país afora.

Pitty tem um público jovem, pois representa o lado moderno do rock nacional e por seu trabalho sempre premiado já recebeu reconhecimento de diversos artistas do ramo. Seja nos clipes apresentados na MTV ou em suas entrevistas, em seu jeito de falar, você percebe essa representatividade da juventude moderna, através de sua linguagem sem papas na língua. Acredito que seja daquelas artistas que ou você adora ou não, mas, pensando bem, todos são assim, certo?

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sei que vou sentir saudade ao lado do meu violão...

Esse é também daqueles que já deveriam ter figurado por aqui: Nelson Antônio da Silva, o nosso Nelson  Cavaquinho. Referência das mais importantes no mundo do samba, teve a música nas veias, pois seu pai e seu tio eram músicos e organizavam rodas de samba nos finais de semana. Sua primeira canção, Não faça vontade a ela, passou desapercebida pelo público. 

Mas, sucessos posteriormente surgiram e emplacaram na memória da música brasileira e entre eles podemos destacar Palhaço, Amor que morreu, A flor e o  espinho, Pranto de poeta, Degraus da vida, Folhas secas, Luz negra, Rugas, entre tantos outros, interpretados também por outros artistas como Chico Buarque, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Dalva de Oliveira, Martinho da Vila, Leci Brandão, Cazuza, Emílio Santiago, Clara Nunes, Alcione, Elis Regina, Nelson Gonçalves, Orlando Silva, etc.

Entre seus principais parceiros na composição estão Guilherme de Brito, Cartola e Paulo César Pinheiro. Nelson partiu para a eternidade em 1986, mas possui cadeira cativa na música brasileira, sobretudo no mundo do samba onde sempre será uma perfeita referência de boa música!

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de agosto de 2010

Olhando as estrelas - 7

A Série Olhando as estrelas apresenta dois grandes mestres da música brasileira que já trabalharam juntos em diversos momentos de sua carreira: Simone e Ivan Lins tiveram encontros memoráveis, em gravações de discos, shows, etc. No especial de 1993 da cigarra na tv Globo por seus vinte anos de carreira, Ivan foi um dos convidados principais e sempre em suas entrevistas, ela frisa a importância fundamental dele e do Milton em sua carreira. Ivan, por sua vez, destaca a cigarra como grande intérprete de alguns de seus clássicos, imortalizando alguns deles.

Simone imortalizou Começar de novo, tanto que até o Ivan ficou preocupado em interpretá-la depois da cigarra. Além desta, já gravou Vitoriosa, Novo tempo, Desesperar jamais, É festa, Dandara, Saravá Saravá, Parei contigo e todo o repertório do cd Baiana da gema, de 2004, só com composições inéditas de Ivan. Além disso, são inúmeros os encontros de ambos em shows, ou dvds, como é o caso dos dvds já abordados aqui: Cantando histórias do Ivan, em que eles cantam Começar de novo, ou no dvd Simone ao vivo de 2005, em que cantam Dandara e Vitoriosa, em foto que você vê acima.

Simone está certíssima quando afirma que Ivan é uma das pessoas fundamentais para sua carreira, não apenas pelas canções que já ofereceu como compositor, mas também por suas participações e contribuições mais que diretas nos trabalhos da cigarra que retribui sendo uma de suas principais intérpretes e com toda essa amizade e parceria musical, ganhamos nós, apreciadores da boa música brasileira, aqui representada por esses mestres!

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de agosto de 2010

Oceano

Dizer que essa canção é um clássico da música brasileira é chover no molhado. Mas, é sempre bom lembrar o quanto é gostoso de se apreciar esse tipo de canção. Oceano foi lançada em 1989 e foi tema da novela global Top Model. Mas, ela se tornou maior que tudo isso, sendo talvez o maior sucesso do Djavan.

Muitos cantores da noite geralmente a incluem em seu repertório, já gravada também por Caetano Veloso, Richard Clayderman e Tim Maia. Apesar de ter grande parte da sua letra voltada para um amor partido, doído, temos grandes declarações românticas em um amor infinito e imensurável:

Oceano
(Djavan)

Assim que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão,
Dava prá ver o tempo ruir
Cadê você? Que solidão!
Esquecera de mim?

Enfim, de tudo o que há na terra
Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar
Longe de ti tudo parou
Ninguém sabe o que eu sofri

Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar me dá teu calor

Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você deságua em mim e eu oceano
E esqueço que amar é quase uma dor

Só sei viver se for por você...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quem chora no meu ombro, eu juro que não vai embora...

A música brasileira é riquíssima sobretudo pela versatilidade de artistas e ritmos que oferece a seu público também eclético, como esses ritmos aos quais me refiro. No caso da música raiz, sertaneja, temos uma dupla com mais de sessenta anos de carreira, uma dupla feminina, As Irmãs Galvão, hoje, conhecidas apenas como As Galvão.

Formada pelas irmãs Mary Zuil Galvão, natural de Ourinhos/SP e Marilene Galvão, de Palmital/SP, a dupla tem a música em sua vida desde cedo, quando aprenderam a tocar violão. Passaram em várias rádios e em 1952 gravaram seu primeiro disco. E engana-se quem pensa que a dupla só canta moda de viola ou algo do gênero sertanejo raiz, pois já gravaram outros compositores como Chico Buarque, Raul Seixas, Cartola, Baden Powell, João Bosco e Vinícius de Moraes.

Mas, é no repertório sertanejo que a dupla preenche a maior parte dos seus sucessos em clássicos como Tristeza do Jeca, Beijinho doce, No calor dos teus braços, Pedacinhos, Galopeira, Chico mineiro, Cabecinha no ombro, Cabocla Teresa, Chalana, Meu primeiro amor, entre outros sucessos que só perpetuam uma dupla que tem um público fiel e um dever sempre cumprido com a música raiz do Brasil!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Os Músicos do Brasil - 13

Recentemente, partiu para a eternidade um dos maiores músicos não apenas desse país, mas do planeta: o arranjador, clarinetista e saxofonista Paulo Moura. Natural de São José do Rio Preto/SP, herdou da família a paixão por instrumentos de sopros, pois era filho de clarinetista e irmão de trombonista e trompetistas. Seu primeiro registro fonográfico foi com a orquestra que acompanhou Dalva de Oliveira na gravação de Palhaço, de Nelson Cavaquinho.

A lista de artistas que já trabalharam com Paulo Moura em seus shows, cds ou simples apresentações é vasta e entre eles, encontramos Dolores Duran, Wagner Tiso, Marisa Monte, Roberto Carlos, Milton Nascimento, João Bosco, Ney Matogrosso, João Donato, Tom Jobim, entre outros.

Paulo nos deixou em julho desse ano, mas a lembrança de seu trabalho genial, perfeccionista e refinado está presente nos discos e na memória da música brasileira que tem nele um dos mestres a ser estudado pelas futuras gerações!

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de agosto de 2010

CD Julio Iglesias - Romances

Em 1989, Roberto Carlos e Julio Iglesias planejavam gravar um disco juntos, idéia vinda do Julio, que sempre admirou nosso cantor, inclusive regravando 20 anos antes a canção Sentado à beira do caminho. Mas, por motivos contratuais entre o rei do Brasil e gravadora, o projeto foi adiado. Julio então gravou o projeto Raízes, que aqui no Brasil foi lançado pelo título de Romances.

São seis faixas, seis medleys voltados para seis estilos parecidos e unidos por um de seus maiores intérpretes. É o caso do primeiro medley intitulado Latino e que traz os clássicos em espanhol: Tres palabras, Perfídia, Amapola, Noche de ronda, Quizas quizas quizas, Adios e El manicero. Ainda nesse idioma, temos Caballo viejo e Bamboleo, na segunda faixa e, exclusivamente em homenagem ao México, temos: Media vuelta, Se me olvido otra vez, Y, Mexico lindo, Al jalico no te rajes e La bamba, na terceira faixa.

A quarta faixa traz um medley brasileiro com Desafinado, Mas que nada, Manhã de carnaval, Aquarela do Brasil, Tristeza, Maria ninguém e Samba do orfeu. A quinta faixa homenageia a Itália com Torna a surriento, Quando m´innamoro, T´ho voluto bene, O sole mio e Quando quando quando. Por fim, a sexta faixa apresenta a cultura francesa com Ne me quitte pas, Que c´est triste Venise, Et maintenant e La vie en rose.

Trata-se de um cd lindo, gostoso de ouvir, cheio de clássicos e com aquela sonoridade ímpar de um cantor que não é clássico apenas nesses países aos quais prestou homenagem, mas no mundo todo que ama o trabalho do Julio e sonha realmente em um dia presenciar esse acontecimento em cd entre ele e o rei Roberto Carlos, digo em cd, porque cantar, eles já cantaram juntos, mas isso é assunto para um futuro capítulo da série Olhando as estrelas. E que estrelas, hein?

Um forte abraço a todos!

sábado, 21 de agosto de 2010

O que é que há

Todos já sabem que sinto muita falta das canções românticas da década de 80, pois vez por outra temos relembrados juntos algumas das mais belas letras que fizeram dessa década a melhor, a meu ver, em termos de paixão. E todos concordam em afirmar que Fábio Jr. é mestre em canções desse tipo, sobretudo nessa fase da música brasileira.

O que é que há é um clássico do repertório do Fábio e também da música brasileira. Quase não pode ficar de fora  de seus shows e, consequentemente dos seus dvds. Trata-se de um casal que parece estar se distanciando, mas que de repente, um chama a atenção do outro para os segredos do amor de quais são cumplices!

O que é que há
(Fábio Jr. e Sérgio Sá)

O que é que há?
O que é que tá
Se passando com essa cabeça?

O que é que há?
O que é que tá
Me faltando prá que eu te conheça melhor?

Prá que eu te receba sem choque
Prá que eu te perceba no toque das mãos
O teu coração

O que é que há?
Porque é que há tanto tempo
Você não procura meu ombro?

Porque será?
Porque será que esse fogo
Não queima o que tem prá queimar?

Que a gente não ama
O que tem prá se amar
Que o sol tá se pondo
E a gente não larga essa angústia do olhar?

Ah! Telefona!
Não deixa que eu fuja
Me ocupa os espaços vazios

Me arranca dessa ansiedade
Me acolhe, me acalma
Em teus braços macios
Macios...

O que é que há?...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Eu quis fugir, baby, daqui...

Na década de 90, em meio a tantas febres de ritmos que estouravam em todo o país, surgiram alguns artistas que poderiam ter ficado conosco sempre em nossas rádios e em nossa música. Uma delas é Vanessa Teixeira Rangel, ou simplesmente Vanessa Rangel. Tô falando "poderiam ter ficado conosco" porque hoje em dia não sei dela, o que faz, se ainda canta, etc. Mas, o certo é que contribuiu com alguns hits para a música brasileira em determinados momentos.

Vanessa é cantora, compositora, violonista e estourou no país em 1997 com a canção Palpite, tema da novela Por amor. Dois anos antes, já iniciava a carreira artística, cantando em espaços culturais cariocas. Natural de Niterói, a criadora de Palpite, viu sua canção subir o topo das paradas de várias rádios país afora, em seu primeiro trabalho que também trazia a regravação de Acontece, do Cartola. Palpite também fez sucesso no axé, regravada pelo grupo Terra Samba.

Em 2000, com seu segundo cd, emplacou na novela Vila Madalena, sua canção Do avesso, além de apresentar nesse trabalho outras canções como Paisagem na janela. Lembro também de ouvir outro sucesso dela que foi Leve-me daqui. Depois disso se pergunta: por onde anda Vanessa Rangel, pois em um país onde tantos ritmos, estilos e artistas dos mais variados fazem e continuam suas carreiras, sempre com seus públicos, não parece ser justo se esquecer no passado uma artista assim!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Os compositores do Brasil - 30

Ele é conhecido por ser o Negro gato, por conta de sua principal criação. Tornou-se um dos maiores compositores da Jovem guarda e referência desse movimento para intérpretes que, posteriormente resolveram o gravar: Getúlio Francisco Côrtes, o Getúlio Côrtes. Natural do Rio de Janeiro, começou dublando artistas norte-americanos e depois passou a atuar como violonista, até ser descoberto como compositor já na Jovem Guarda.

Entre vários intérpretes de seus sucessos, além de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, temos Luiz Melodia, Marisa Monte, Renato e seus blue caps, Eduardo Araújo, José Augusto, Eduardo Lages, Leonardo, Paulo Ricardo, Fagner, Golden boys, etc. E que sucessos são se sua autoria? Você já deve ter ouvido coisas como Quase fui lhe procurar, Esqueça e perdoe, Noite de terror, O feio, O sósia, O tempo vai apagar, Atitudes, O gênio, Eu só tenho um caminho, Por motivo de força maior, Pega ladrão, Nada tenho a perder, Uma palavra amiga, entre outras.

Getúlio continua sendo o eterno Negro gato e faz shows, concedendo entrevistas simpáticas, país afora. Suas canções estão na boca do povo e nos principais shows dos mais variados artistas citados acima, como uma prova de que o bom compositor continua na memória da música brasileira, sempre onde suas melodias e letras são entoadas!

Um forte abraço a todos!