Roberto Carlos especial 1994 |
Exibido em 20 de dezembro, esse foi o único especial totalmente gravado em Minas Gerais, no Ginásio do Mineirinho e também foi a única vez que vi o rei de paletó cor salmão. A abertura mostra cenas de Ouro preto, dando o tom daquelas obras religiosas ao programa e em seguida, Roberto se dirigindo de helicóptero ao ginásio com a simulação de um fã bêbado invadindo o camarim, representado por Tom Cavalcante, que entra no meio do show e logo que é apresentado como o grande humorista faz imitações musicais de Fagner, Maria Bethânia, Gal Costa, Julio Iglesias e do próprio Roberto, que depois de tantas gargalhadas ainda canta junto com o humorista trecho de Emoções.
Roberto, Zezé e Luciano |
Baseado no show Luz, turnê iniciada naquele ano, ao entrar no palco, o ginásio todo fica de pé, numa cena das mais emocionantes, lembrando os bons tempos em que Roberto fazia shows populares e os ginásios se enchiam do povão para vê-lo e cantar junto as canções A montanha/Fé/A guerra dos meninos/Ele está pra chegar/Luz divina, Emoções e Obsessão. O primeiro convidado foi o tremendão Erasmo Carlos, que cantou o medley Mesmo que seja eu e Pega na mentira e junto ao rei comentaram sobre a homenagem que receberam dos roqueiros em um CD que foi representado por Cássia Eller com Parei na contramão, Barão vermelho com Quando e Skank com É proibido fumar. Ao final, todos cantaram Lobo mau.
Tom Cavalcante e Roberto Carlos |
Única canção que teve clipe, o grande hit do CD daquele ano, Alô foi apresentada e ovacionada, para em seguida chamar a dupla Zezé di Camargo e Luciano para cantarem sozinho seu sucesso Você vai ver e na sequência, Sentado à beira do caminho em dueto com o rei. Antes da passagem de Tom Cavalcante, como já comentado, Roberto simula reger a orquestra e um trecho de Um novo tempo (Hoje a festa é sua...). Em seguida, mais uma canção nova, O taxista. O bloco seguinte é dedicado a Fábio Jr. que, emocionado canta Alma gêmea e em dueto com o rei, Esqueça.
Roberto Carlos e Fábio Jr. |
O último bloco do especial traz o teor religioso que aquela turnê apresentava com o novo sucesso daquele ano Jesus Salvador e Nossa Senhora, com direito àquela belíssima cascata de fogo que caía, após o rei pedir as bênçãos de Nossa Senhora sobre todos nós. Após trecho instrumental de Luzes da Ribalta, Roberto encerra com Luz divina que naquela apresentação foi apresentada com um playback que na época eu não entendi. Roberto parecia chorar quando foi distribuir as rosas e depois as jogou sem cantar a canção. Imagino que isso aconteceu porque Dudu, seu filho ainda estava se recuperando dos problemas de visão que se agravava naqueles dois últimos anos. Nas chamadas aparecia ele cantando Quero lhe falar do meu amor, pena que não foi exibido. Um especial simples, sem cenas de estúdio, mas que trazia a emoção do rei junto a seu público, o grande povão, por isso gostei tanto.
Um forte abraço a todos!