terça-feira, 21 de setembro de 2010

Foi assim que meu amor me prendeu...

Através das estatísticas do Blog Música do Brasil, pude perceber que depois do Brasil, Portugal é o país que mais nos visita. Sinto-me envaidecido de receber as visitas dos irmãos portugueses, sobretudo por saber que os "culpados" por essas visitas são meus amigos Armindo (do Splish, splash) e Paula (do Um farol chamado amizade), entre outros. Então, em homenagem a estes e a todos os Portugueses que nos presenteiam com sua passagem, eis uma postagem dedicada a um de seus e nossos principais ídolos: Antônio Joaquim Fernandes, o Roberto Leal.

Ele é um artista tão presente em nossas terras e na mémoria musical do povo brasileiro, que muitos pensam que trata-se de um brasileiro, assim como é o caso do Julio Iglesias. Chegou ao Brasil ainda na década de 60, mas foi nos anos 70 que estourou como o cantor português mais famoso em nosso país, por suas interpretações únicas de fados e músicas românticas.

Entre seus sucessos, desde o primeiro Arrebita, temos Bate o pé, Verde vinho, Cavalgada, A fada dos meus fados, Canto a Portugal, Desencontro de primavera, Bonita lenda, Céu azul, Conta outra vez, entre outros. Roberto está presente no cotidiano da música brasileira e nos faz lembrar que somos descendentes deste povo tão gentil, representado aqui pelas visitas dos amigos aos quais me referi acima e a todos que fazem parte dessa nação chamada Portugal, terra natal de Roberto Leal!

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de setembro de 2010

CD e DVD Fagner - Amigos e canções

Mais um dos grandes trabalhos do cearense Fagner, o cd duplo e o dvd Amigos e canções. Gravados em 1998 e 1999, respectivamente, o projeto recebe o mesmo nome e capa, embora apresentem sutis diferenças tanto nos convidados quanto no repertório que prezam por grandes sucessos do cearense em seus até então aproximados 25 anos de carreira, alguns em duetos inéditos em sua carreira dele. Ambos os projetos, com a produção de José Milton.

No cd temos as canções Custe o que custar, Eternas ondas (com Fábio Jr.), Astro vagabundo (com Zé Ramalho), Fracasso (com Fafá de Belém), Espere por mim morena, Retrato marrom (com Ney Matogrosso), Traduzir-se (com Chico Buarque), Noves fora (com Emílio Santiago), Horas azuis, Revelação, Mucuripe (com Djavan), Morro velho (com Milton Nascimento), Retrovisor (com Zezé di Camargo e Luciano), Semente, Saudade (com Joanna), Sangue e pudins (com Luiz Melodia), Monte castelo (com Ângela Maria), Quarto escuro (com Ivan Lins) e Distância.

O dvd saiu no ano seguinte e foi fruto de um show realizado no Canecão para celebrar o cd, com as seguintes canções: Revelação, Noturno, Deslizes, Custe o que custar, Borbulhas de amor, Mucuripe e As rosas não falam (com Dori Caymmi), Lábios de mel (com Ângela Maria), Saudade e Meu primeiro amor (com Joanna), Eternas ondas (com Fábio Jr.), Astro vagabundo e Dois querer (com Zé Ramalho), Gostoso demais e Pedras que cantam (com Dominguinhos). Fica apenas a pergunta: dá pra faltar na coleção de alguém que curte esse tipo de música?

Um forte abraço a todos!

sábado, 18 de setembro de 2010

Azul da cor do mar

A saudade da voz grave do Tim Maia nos faz visitar seu repertório e nos depararmos com essa filosofia triste, mas de grande reflexão para a humanidade: Azul da cor do mar. Composta pelo próprio Tim, essa canção deve ter feito muitas lágrimas rolarem das pessoas que a sentiram na pele, pois revela os sofrimentos sentidos pela alma por conta das desigualdades que encontramos na vida.

Dificuldades, todos encontram, mas sabemos que realmente existe um abismo enorme entre os seres humanos, sobretudo quando o assunto é classe social, status, dinheiro, etc. Acredito que o Tim nos brindou com esse clássico e foi certeiro na mira quando mencionou o mar, afinal é uma das belezas que Deus concedeu a todos, sem fazer distinção. E como o próprio Tim afirma, quem sofre tem que sonhar da cor do mar, para poder seguir, pois já foi dito que o mar nada mais é que o espelho do céu!

Azul da cor do mar
(Tim Maia)

Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar,
Dizer que aprendi

Que na vida a gente tem que entender
Que um nasce pra sofrer
Enquanto o outro ri

Mas, quem sofre sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver

Ver na vida algum motivo pra sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu sou tão menina pra me enamorar...

E ainda nesse clima de Jovem Guarda, pois falamos do Eduardo Araújo, esposo dela e agora vamos falar dela: Silvia Maria Vieira Peixoto Araújo, a cantora Sylvinha  Araújo. Natural de Mariana/MG, Sylvinha nos deixou há pouco tempo, em 2008, mas não é apenas um grande nome da Jovem Guarda a se recordar, pois em trabalhos posteriores, participou de várias gravações de outros nomes da nossa música, fazendo vocais.

Começou ainda na infância em corais e, posteriormente, na Jovem Guarda, onde se apresentava já aos 14 anos. Em 1967 grava seu primeiro disco com as canções Vou botar pra quebrar e Feitiço de broto. Depois do movimento, Sylvinha tornou-se a maior gravadora de jingles desse país, destacando-se em comerciais de grandes empresas como McDonald’s, Pomodoro, Coca-Cola, Varig, Estrela. Mas, volta aos palcos e aos discos em 2001, com o cd Suave é a noite.

Sylvinha participou de gravações dos mais variados artistas, fazendo backing vocal. E entre outros sucessos gravados por ela, temos Prometo te amar pra sempre, Minha primeira desilusão, Splish splash, Suave é a noite, Custe o que custar, Playboy, Professor particular, entre tantos que pregam na saudade o anjo dourado da Jovem Guarda.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pertenço aos dez mais...

Esse é Eduardo Oliveira Araújo, o eterno "Bom" que tem um carro vermelho, pertence aos dez mais, enfim, mais um grande nome da Jovem Guarda. Natural de Juaíma/MG, Eduardo fez parte das caravanas de Carlos Imperial, no início dos anos 60, com quem compôs alguns de seus primeiros sucessos.

Passou a ser conhecido nacionalmente com a canção O bom e foi justamente com Imperial que compôs outro grande sucesso: Pode vir quente que eu estou fervendo, imortalizada por Erasmo Carlos e posteriormente pelo Barão Vermelho. Mesmo depois do fim da Jovem Guarda, continuou divulgado o rock e posteriormente enveredou para o estilo country, finalmente unindo os dois estilos e criando o country rock. Entre sucessos de seu repertório estão composições suas e de outros artistas em canções como Com muito amor e carinho, Construção, Pra saber, Coração de luto, Boi barnabé, Rua Augusta, Goiabão, etc.

Trata-se de uma referência para o rock e para o country nacional. Um grande músico, ídolo de muitos, sobretudo pelos clássicos O bom e Pode vir quente que estou fervendo, por sua ligação com a Jovem Guarda e por ser um personagem diferenciado nesse movimento!

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de setembro de 2010

CD Tribalistas

Em 2002 Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown deram um tempo em suas carreiras solos para, juntos, produzirem esse trabalho adorado por muitos que o adquiriram: O Projeto Tribalistas, que unia os três artistas em composições e gravações próprias, proporcionando um dos melhores trabalhos da década e das carreiras de cada músico envolvido.

Feito a seis mãos, o cd caiu no gosto do público com grandes hits radiofônicos como Já sei namorar, Velha infância e É você, além de Carnavália, Um a um, Passe em casa, O amor é feio, Carnalismo, Mary Cristo, Anjo da guarda, Lá de longe, Pecado é lhe deixar de molho e Tribalistas, garantindo uma alta vendagem, embora a pirataria já reinasse.

Um trabalho ímpar é uma frase redundante, mas com certeza é um momento único de qual desfrutamos ao presenciar grandes músicos modernos em um trabalho bastante atual e que garante que a música brasileira contemporânea tem qualidade e não é apenas lixo como alguns teimam em afirmar! Eis aqui um trabalho que garante isso!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de setembro de 2010

Além do horizonte

Bom, com o rei perto de nós, pois ele está fazendo shows aqui no Recife, não dá para não pensar em outras canções que as tantas que compuseram nossa trilha sonora. Entre elas, está Além do horizonte, lançada originalmente em 1975 e regravada de forma acústica em 2001, pelo rei em seu projeto com a MTV. Essa canção também teve a releitura rara do único dueto entre Erasmo Carlos e Tim Maia e, mais recentemente, uma releitura de muito sucesso com o grupo J Quest, além da versão instrumental do meu amigo Eduardo Lages.

É uma canção que imprime um sabor de paz, de esperança, de amor, um hino altamente hippie que emana a natureza e a direciona a todos os corações que absorvem sua letra e seu la, ra, ra, ra. Uma contemplação máxima do mundo bucólico, apresentando os prazeres que o amor nos proporciona no verde da fé que presenciamos em belíssimas paisagens! Coisas de Roberto e Erasmo, que são mestres em unir amor e paz em canções como essa!

Além do horizonte
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Além do horizonte deve ter
Algum lugar bonito pra viver em paz
Onde eu possa encontrar a natureza
Alegria e felicidade, com certeza

Lá nesse lugar o amanhecer é lindo, com flores festejando
Mais um dia que vem vindo
Onde a gente pode se deitar no campo
Se amar na relva escutando o canto dos pássaros

Aproveitar a tarde sem pensar na vida
Andar despreocupado sem saber a hora de voltar
Bronzear o corpo todo sem censura
Gozar a liberdade de uma vida sem frescura

Porque você vem comigo, tudo isso existe lá
No horizonte esperando por nós dois
Porque você vem comigo, tudo isso tem valor
Pois só vale o paraíso com amor

Além do Horizonte existe um lugar
Bonito e tranqüilo pra gente se amar

La, ra, ra, la,....

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um homem em volta do mundo...

Com certeza o Brasil é um país tão maravilhoso que, em se tratando de música, essa verdade é ainda maior. Basta ver o caso de artistas que são abrigados por nosso país e de tanto sucesso que alcançam em nossas terras acabam se "abrasileirando" e se adaptando de uma maneira que fica difícil não confundir sua nacionalidade original. É o caso de Richard David Court, que nos anos 80 estourou em nossas rádios. Claro que estou falando do inesquecível Ritchie.

Natural de Beckenham, Inglaterra, Ritchie morou em vários países europeus até chegar ao Brasil por intermédio de amigos como Rita Lee e Liminha, ainda na década de 70. Fixou residência em nossas terras e, mais que isso, sucessos de sua carreira solo a partir dos anos 80, quando emplacou em nossas rádios canções como Menina veneno, Pelo interfone, Pra conversar, Casanova, Voo do coração, A vida tem dessas coisas, Transas, Um homem em volta do mundo, entre outras.

Ritchie se entrosou bem com músicos brasileiros, pois trabalhou com Lulu Santos, Lobão, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Cazuza, Kid Abelha, Erasmo Carlos e tantos outros. Passou um tempo fora da mídia, mas tem um público muito fiel ao seu sucesso, que o encontra sempre quando realiza alguma apresentação país afora!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Isto aqui, o que é?

Ary Barroso é clássico em termos de Brasil, pois basta mencionar sua mais célebre composição: Aquarela do Brasil, conhecida no mundo todo e tida como um hino de exaltação às belezas de nossa terra tupiniquim. Mas, engana-se quem pensa que ele ficou por aí! Temos outro clássico na mesma levada, com o mesmo tema, algo até inusitado para muitos compositores, mas não para ele. É o caso da canção Isto aqui o que é, outro clássico ufanista não apenas do seu repertório, mas de todo um país que é o tema principal.

Já gravada por João Gilberto, Emílio Santiago e principalmente por Caetano Veloso que deu seu toque mais popular e, podemos dizer, que a imortalizou. Aproveitando o feriado de hoje, presenteamos nosso leitor com a letra dessa canção que nos proporciona nossa terra, orgulho de nossos ritmos, nossas cores, nosso povo. Não é um ufanismo barato, pois o brasileiro sabe exatamente o que precisa para ser feliz com tudo que Deus nos dá, e em termos de músicas, nos encontramos com clássicos como esses que nos leva à reflexão de como é grande o nosso amor à essa pátria verde e amarela:

Isto aqui, o que é?
(Ary Barroso)

Isto aqui, ô ô
É um pouquinho de Brasil iá iá
Deste Brasil que canta e é feliz,
Feliz, feliz

É também um pouco de uma raça
Que não tem medo de fumaça ai, ai
E não se entrega não

Olha o jeito nas 'cadeira' que ela sabe dar
Olha só o remelexo que ela sabe dar
Morena boa, que me faz penar,
Bota a sandália de prata
E vem pro samba sambar

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de setembro de 2010

Dvd Tom Jobim, Toquinho, Miúcha e Vinícius de Moraes

São poucos os registros em vídeo do eterno poeta Vinícius de Moraes. Entre eles, esse dvd que ainda traz grandes parceiros juntos em cerca de 54 minutos de um trabalho fruto de um show realizado em outubro de 1978, na Itália e relançado recentemente, com um preço bastante acessível para quem ama a boa música e o trabalho desses grandes músicos brasileiros.

No repertório, temos Samba de Orly, Tributo a Caymmi, Tarde em Itapoã, Desafinado, Wave, Samba de uma nota só, Águas de março, Samba do avião, O que será (à flor da pele), Samba pra Vinícius, Vai levando, A felicidade, Água de beber, Garota de Ipanema/Sei lá, Chega de saudade/Berimbau/Canto de ossanha.

Como já foi dito, trata-se de um trabalho raro, saudosista e peça indispensável na prateleira de quem ama música e não vive sem assobiar alguns desses clássicos citados acima e presentes nesse trabalho que consegue reunir quatro vozes que encantam a história da música brasileira, com suas belíssimas contribuições.

Um forte abraço a todos!