domingo, 26 de dezembro de 2010

Roberto Carlos Especial 2010!

Rei no especial 2010 cantando Emoções
Como faz desde 1974, recebemos ontem o presente de Natal vindo diretamente do papai Noel da Música do Brasil: Roberto Carlos e seu tradicional especial de fim de ano, que aconteceu para nós telespectadores, quase ao vivo da praia de Copacabana no Rio de Janeiro. Apesar de parecer abatido por conta de problemas no joelho, o que o fez cantar quase todo show em um banquinho, o rei não perdeu a majestade e mais uma vez emocionou seu público!

O melhor número da noite. Cortesia do Zé Jeimis.
Após a abertura instrumental, o rei manda ver em Emoções, Além do horizonte e para surpresa de muitos, o rei reverencia a praia, cantando Copacabana (princesinha do mar) do João de Barro, e afirmando sonhar morar em Copacabana quando veio de Cachoeiro do Itapemirim/ES. Na sequência, Eu te amo te amo te amo, Amor perfeito e Cama e mesa, até chamar ao palco a primeira convidada: Paula Fernandes, com quem fez o melhor número da noite, a meu ver onde travaram uma espécie de diálogo musical com Eu te adoro meu amor, Eu sou terrível, Eu te darei o céu, Na paz do seu sorriso, Ciúme de você, Não quero ver você triste e Nossa canção.

Sentado ao banquinho por problemas no joelho.
O rei teve seus momentos solos em números como Detalhes, Lady Laura, Mulher pequena, Proposta, O côncavo e o convexo e Todos estão surdos. Também dividiu o microfone mais uma vez com Bruno e Marrone em Dormi na praça, da dupla que também cantaram sozinhos Desabafo, numa alusão ao projeto Emoções sertanejas; e Exaltasamba em um medley que envolvia canções da banda como Tô vendo aquela lua e Fugidinha, e Nêga e Além do horizonte do Roberto, em ritmo de samba, passo para chamar a Beija-flor com sua bateria e com Neguinho, que cantou o tema da Escola em 2011, em homenagem ao rei.

Por fim, tivemos Noite Feliz com o Coral da Escola de Música da Rocinha e Jesus Cristo, finalizando a noite com a tradicional chuva de flores. Com todo esforço possível e levando paz ao Rio, ao Brasil, ao Mundo, Roberto Carlos nos dá mais uma vez esse grande presente, essa tradição de anos, sempre com muitas emoções aos nossos corações apaixonados! Junto a sua equipe, ao maestro, aos músicos, à toda parte técnica, nos dá um exemplo de dedicação e profissionalismo e só posso oferecer em troca meu humilde agradecimento de fã!

Um forte abraço a todos!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Noite feliz

Essa sim está entre os dez maiores clássicos natalinos e não pode faltar em qualquer cd que se queira falar sobre essa época. Talvez seja a canção mais famosa dessa época, Noite feliz foi composta em 1818 na Áustria, pelo padre Joseph Mohr e sua tradução em português mais conhecida e divulgada (pois houveram outras), foi feito pelo frei Pedro Sinzig, tornando-se por seu tempo Domínio público.

Noite feliz é cantada em toda a parte do mundo. Lembro que na infância, aprendemos essa canção na escola e sempre foi muito lindo ver crianças cantando essa canção dentre os corais apresentados nessa época. Curioso é que além de Simone, Chitãozinho e Xororó e Roupa Nova, diversos artistas já registraram suas versões para esse clássico como Andrea Bocelli, Dionne Warwick, José Carreras, Luciano Pavarotti, Plácido Domingos, Nat King Cole, Whitney Houston, entre outros.

Natal simboliza reflexão, esperança, paz, amor fraterno, respeito humano e todos os elementos que Jesus Cristo nos dedica com esse gesto de se fazer homem para nos salvar, nascendo na forma mais humilde possível. Desejo a todos que esses e outros elementos cristãos estejam em todas as famílias hoje e que todos os dias possam ser Natal em nossos corações!

Noite feliz (Silent Night)
(Joseph Mohr, Franz Gruber e Frei Pedro Sinzig)

Noite Feliz, Noite Feliz
Oh! Senhor, Deus de amor
Pobrezinho, nasceu em Belém
Eis na lapa, Jesus, nosso bem
Dorme em paz, oh! Jesus!
Dorme em paz, oh! Jesus!

Noite Feliz, Noite Feliz
Oh! Jesus, Deus da luz!
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar!
E a nós todos salvar!

Noite Feliz, Noite Feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores, os anjos no céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador!
De Jesus Salvador!

Feliz Natal e um forte abraço a todos!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Olhando as estrelas - 11

Na gravação do dvd da marrom em 2003.
Essa série nasceu esse ano, retratando encontro entre grandes nomes, estrelas, divas, astros da nossa música. E finalizamos com a décima primeira edição onde resgatamos os encontros entre Maria Bethânia e Alcione. Uma, diva da música brasileira, outra, diva do samba nacional, já se encontraram em alguns momentos de suas carreiras em shows e discos.

Em discos, por exemplo, estão os melhores momentos desses encontros como nos duetos das canções O meu amor, de Chico Buarque, no cd Álibi da Bethânia em 1978, ou Ternura Antiga, de Dolores Duran, mais recentemente no Dvd Alcione ao vivo 2, de 2003. Temos ainda outros duetos em discos como Linda flor em 1998, no cd Celebração da Alcione e Roda ciranda, no cd Da cor do Brasil de 1984, da mesma.

Em 2009, na festa de D. Canô.
Segundo relatos que encontramos sobre esses encontros na internet, Bethânia gravar com Alcione foi muito importante para quebrar algumas cadeias de preconceitos existentes em relação a sambistas como ela. Bethânia sempre soube das coisas e a Marrom é mesmo aquela estrela de voz inconfundível, então a música brasileira só tem a ganhar com a grandeza dessas duas em suas respectivas carreiras e também em momentos ímpares, quando estiveram juntas, nos premiando com isso!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Os compositores do Brasil - 34

E a Série chega a sua última edição de 2010 com um dos maiores nomes da nossa música brasileira: Roberto Zenóbio Affonso de Carvalho, ou simplesmente Roberto de Carvalho como é conhecido no meio artístico. Natural do Rio de Janeiro/RJ, é o esposo e parceiro principal nas composições de Rita Lee. Como músico é guitarrista, pianista e maestro da banda que acompanha Rita, além de ter trabalhado também com outros nomes como Ney Matogrosso, Jorge Mautner e Arnaldo Antunes.

É nas composições que mais contribui na música brasileira, em parcerias históricas com a Rita em canções como Lança perfume, Saúde, Jardins da Babilônia, Doce vampiro, Nem luxo nem lixo, Flagra, Desculpe o auê, Mania de você, Caso sério, Baila comigo, Amor e sexo, Alô alô marciano, Banho de espuma, Chega mais, Coisas da vida, Mutante, Pega rapaz, Só de você, Ti ti ti, entre outras.

Roberto além de sensacional músico talentoso, é dono dessas canções não apenas interpretadas pela Rita, mas por outros artistas como Kid Abelha, Fábio Jr., Maria Bethânia, Frejat, Milton Nascimento, Ed Motta, Elis Regina, Roupa Nova, Daniela Mercury, Hebe, entre outros que só ressaltam em seus respectivos repertórios o talento de mais um grande compositor que o Brasil possui!

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de dezembro de 2010

CD e DVD Emoções Sertanejas

Fim de ano no Brasil é sinônimo de novo disco de Roberto Carlos, como falei nos outros anos. Esse ano temos o cd e dvd Emoções sertanejas, resultado do show gravado em março, proporcionando o cd duplo, lançado em abril e o dvd, lançado em setembro. Ambos com o mesmo repertório, tratam-se de um projeto em que o rei da música brasileira reverencia os astros da música sertaneja, que tanto já lhe renderam homenagens ao longo de suas carreiras, nas quais Roberto é uma referência marcante.

O repertório é todo com canções de sua majestade com A distância (Milionário e Zé Rico), Proposta (Cesar Menotti e Fabiano), As curvas da estrada de Santos (Nalva Aguiar), Eu te amo te amo te amo (Gian e Giovani), Alô (Martinha), Desabafo (Bruno e Marrone), Caminhoneiro (Dominguinhos e Paula Fernandes), Todas as manhãs (Sérgio Reis), O quintal do vizinho (Almir Sater), Esqueça (Elba Ramalho), Jesus Cristo (Victor e Léo), Eu disse adeus (Roberta Miranda), O portão (Zezé di Camargo e Luciano), Quando (Zezé di Camargo e Luciano e Daniel), Do fundo do meu coração (Daniel), Sentado à beira do caminho (Rio Negro e Solimões), Por amor (Leonardo), Eu preciso de você (Chitãozinho e Xororó) e É preciso saber viver (Leonardo e Chitãozinho e Xororó).

No dvd temos extras como a abertura instrumental com o maestro Eduardo Lages, que também produz o trabalho, além de trechos dos ensaios, depoimentos dos artistas, uma homenagem a Tinoco e claro, o encerramento (também no cd) com Roberto cantando Como é grande o meu amor por você e Eu quero apenas com todas as vozes juntas. Destaco como faixas mais emocionantes O quintal do vizinho, Eu disse adeus, Por amor e Caminhoneiro, que me levou às lágrimas com Paula e Dominguinhos. Esse é o produto do rei, que mesmo não saindo no final do ano como tradicionalmente acontecia é o trabalho que ele oferta a seus fãs sempre com "muitas emoções", dessa vez com um tom de interior do Brasil!

Um forte abraço a todos!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Então é Natal

Eu ainda devo aos meus leitores algumas postagens sobre os Beatles. Prometo isso para 2011. Por enquanto, vamos a mais um clássico do Natal, e porque não dizer também um clássico do John Lennon em parceria com a Yoko Ono. Simone a gravou em 1995 numa versão bem sucedida de Cláudio Rabello, posteriormente também gravada pelo Pe. Marcelo Rossi e Roupa Nova.

Composta em 1971, essa canção tinha a função de pedir pela paz no Vietnã. E só veio ganhar sucesso mundial depois de 1980, quando seu autor já partira para a eternidade. Sua letra questiona nossas atitudes, nossa união, enfatizando que se trata de uma festa para todos sem distinção, coisas que só o Natal oferece para a humanidade, com uma festa repleta de sinos, brilho, iluminação, elementos que remetem à paz sonhada pelo John e por todos nós!

Então é Natal (Happy Christmas)
(John Lennon, Yoko Ono e Cláudio Rabello)

Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina e nasce outra vez
Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo, do amor como um todo.

Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem

Então é Natal, pro enfermo e pro são
Pro rico e pro pobre, num só coração
Então bom Natal, pro branco e pro negro
Amarelo e vermelho, pra paz afinal

Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem

Então é Natal, o que a gente fez?
O ano termina, e começa outra vez
E Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo, o amor como um todo

Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem
Harehama, Há quem ama, Harehama, ha...
Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez
Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...
É Natal, É Natal, É Natal!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fui eu que consegui ficar e ir embora...

Os artistas da Jovem Guarda também receberam destaque em diversas postagens esse ano e fechamos com uma grande cantora dessa época: Vanusa Santos Flores. Natural de Cruzeiro/SP, quem presenciou nos últimos meses polêmicas envolvendo essa cantora talvez nem saiba de seu talento, que vem de muito cedo pois aprendeu violão muito jovem e aos 16 anos já cantava em conjuntos de rock.

Iniciou sua carreira em 1966 já nos últimos momentos da Jovem Guarda, quando cantou seu primeiro sucesso Pra nunca mais chorar. Mas, seu maior sucesso foi Manhãs de setembro, já nos anos 70. Outros sucessos de seu repertório são: Paralelas, Mudanças, Hino ao amor, Como vai você, Sonho de um palhaço, Caminhemos, Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones, O Homem de Nazareth, etc.

Com uma grande voz, Vanusa tem um público fiel, alheio a todas essas polêmicas envolvendo seu nome. Afinal, quem nunca errou em uma canção ou desafinou ou se apresentou sem estar 100%? É triste que em momentos assim, as pessoas preferem abrilhantar os erros, ofuscando os acertos que cobrem a carreira do artista que também é um ser humano e os admiradores da Vanusa sabem muito bem disso!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tornei-me um ébrio...

Esse ano, comentamos bastante sobre os artistas da Era do rádio, nomes que de repente nunca foram ouvidos pelas novas gerações, mas que ajudaram a construir a música brasileira que tanto apreciamos. E um deles foi Antônio Vicente Felipe Celestino ou simplesmente Vicente Celestino. Natural do Rio de Janeiro/RJ, ele foi um dos maiores nomes do gênero romântico da primeira metade do século passado.

Com uma voz de tenor e uma pinta de galã, Vicente Celestino emplacou vários sucessos radiofônicos de sua época como O ébrio, sua canção mais lembrada até hoje. E, além dessa, também cantou Conceição, Creio em ti, Se todos fossem iguais a você, Ai ioiô (Linda flor), Coração materno, Porta aberta, Patativa, Noite cheia de estrelas, Mia Gioconda, Ontem ao luar, entre outras.

Vicente partiu para a eternidade em 1968, quando participaria de uma homenagem realizada pelo pessoal da Tropicália. Será sempre lembrado não apenas por seu vozeirão ou por seu clássico O ébrio, mas sobretudo por sua contribuição à música brasileira como um todo e por suas influências aos artistas posteriores que o citam como uma inspiração em seus trabalhos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de dezembro de 2010

CD duetos com o mestre Lua

E amanhã comemoramos mais um aniversário do eterno rei do baião e nosso Blog, de forma singela, o homenageia com esse cd lançado em 2001. Produzido pelo compositor Paulo Debétio, uniu à voz do rei do baião, vários de seus súditos, com arranjos novos e modernos. Algumas dessas faixas foram extraídas de gravações originais realizadas pelo mestre e outras, produzidas póstumas.

A faixa de abertura fica em família, pois temos Gonzagão, Gonzaguinha e Daniel Gonzaga, filho de Gonzaga Jr. Na sequência, temos Súplica cearense (com Jorge Aragão), Procissão (com Chico Buarque), Respeita Januário/Riacho do navio/Forró no escuro (com Fagner), A volta da Asa branca (com Chitãozinho e Xororó), No dia em que eu vim-me embora (com Lenine), Fica mal com Deus (com Zé Ramalho), Farinhada (com Elba Ramalho), Forró n°1 (com Gal Gosta), Depois da derradeira (com Dominguinhos), Luar do sertão (com Milton Nascimento), Paraíba (com Emilinha Borba) e Hora do adeus (com Falamansa).

Gonzaga é a eterna voz do sertão e isso se torna repetitivo quando um nordestino enfatiza essa dádiva. Entretanto, é pouco diante do sucesso que esse homem alcançou cantando as tradições desse lugar, o amor a essa terra, cantando seus detalhes como ninguém e alcançando a todos os moradores, oferecendo um pouco do que é felicidade em termos de músicas. Uma saudade ímpar na minha vida, especificamente que envolve Gonzagão é a lembrança de ver meu avô e seu irmão cantando e tocando aquele repertório inesquecível, representando em parte nessa coletânea!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Natal Branco

Outra canção clássica dessa época, gravada por Simone, Roupa nova e Chitãozinho e Xororó em seus respectivos discos de Natal. E o curioso é que, embora aqui no Brasil não exista a neve, a canção também tornou-se um clássico na versão de Marino Pinto, caracterizando algumas das poucas versões que obtiveram êxito.

Acho interessante imaginar que essa canção une Natal ao sentimento de paz, diante de tantas guerras, tantos sentimentos egoístas, tanta ambição. O trecho "Os pinheiros brancos de neve são como torres de uma catedral...'' enfatiza esse sentimento de que é uma noite de reflexão, em busca da alma regenerada e que reforça o desejo de que todos os dias poderiam ser Natais.

Natal branco (White Christmas)
(Irving Berlin e Marino Pinto) 

Lá,onde a neve cai
Sinos festejam a noite de Natal
Os pinheiros brancos de neve
São como torres de uma catedral

Lá,onde a neve cai sempre
Por sobre a lua tropical
O Natal é sempre oração
Oração de paz universal!

Um forte abraço a todos!