sábado, 4 de agosto de 2012

À primeira vista

Essa canção é belíssima e lembro quando foi lançada, em 1996, como tema da novela global O rei do gado. Daniela Mercury explodia com esse sucesso, abrindo espaço para um dos melhores compositores lançados naquele momento: Chico César, que depois interpetou também a canção que se tornaria clássico de seu repertório e presença constante em seus shows.

À primeira vista apresenta uma letra que fala do amor como um momento mágico, um piscar de olhos. Um show à parte foi o arranjo que Daniela apresentou em sua leitura que fazia a música crescer com suas frases de guitarras, até o momento que o sentimento finalmente era revelado e o motivo principal de tudo existir, inclusive a própria canção que embalou muitos apaixonados naquele ano e por que não hoje?

À primeira vista
(Chico César)

Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Prince dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Salif Keita dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mexe comigo de um jeito tão raro...

Já falamos do patriarca da família Wilson Simonal e também de um de seus filhos Wilson Simoninha. Completamos a família com Maximiliano Simonal Pugliese de Castro, ou Max de Castro, como é conhecido no meio artístico. Natural do Rio de Janeiro/RJ, além de cantor, Max é instrumentista (guitarrista), compositor, arranjador e produtor musical.

Iniciou sua carreira como integrante de uma banda, da qual também fazia parte Pedro Mariano. Como produtor ou instrumentista já trabalhou com nomes como Lobão, Frejat, Kid abelha, Pedro Mariano, Luciana Mello, Jairzinho Oliveira e seu irmão Simoninha, entre outros. Como compositor, já dividiu parcerias com nomes como Nelson Motta, Erasmo Carlos, Seu Jorge e Lulu Santos.

Entre seus sucessos, estão, Samba raro, Silêncio no Brooklin, Sempre aos domingos, Depois da festa, A história da morena nua que abalou as estruturas do esplendor do carnaval (essa tem um dos maiores títulos da música brasileira), Sonho de verão, Ela disse assim, O nêgo do cabelo bom, No balanço das horas, Afrosamba, Iluminismo, etc. É tido como um dos grandes nomes da nova geração e integra um grupo de artistas, nos quais se incluem Pedro Mariano, Jairzinho, Luciana, Simoninha e outros, sempre preocupados em fazerem boas músicas.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 31 de julho de 2012

Forró no escuro

Essa é uma postagem que mexe muito com minha emoção, pois demorei bastante pra falar sobre isso. Meu avô, Manoel Inácio de Albuquerque, nasceu em 31 de julho de 1920 e hoje faz aniversário, o primeiro fisicamente longe de nós, já que partiu para a eternidade no último 10/09/2011, deixando uma saudade imensurável em nossa estrada. Tenho saudades de seu sítio quando o visitava em minha infância. Preocupado com minha alegria, ele fazia um brinquedo pra eu me divertir: uma lata de doce em uma ponta de uma vareta, que eu andava a empurrar pelo sítio, todo feliz!

Mas, não tô falando dele apenas por ser uma das maiores saudades que tenho. Ele me ensinou a rezar e também gostava de tocar flautas. Quando jovem, tocava em uma banda de pífanos, junto com seu irmão Pedro, canções de Luiz Gonzaga. Nos domingos em que íamos ao sítio, ele revivia isso, tocando com Tio Pedro e era muito legal, embora eu não vivenciasse tanto música quanto hoje. Considero então meu avô como a gênese de minha paixão por música e essa é sua melhor herança deixada pra mim, além da bondade que esse homem pregou em meu e em tantos corações!

Por isso eu precisei de tempo pra contar essas coisas sem lágrimas, mas com alegria, com a felicidade de ter tido um homem dessa grandeza tão perto de mim, em mim e me mostrar feliz, como ele sempre dizia: "Seja feliz"! E uma das canções que mais tocava era Forró no escuro, de Gonzaga. Uma canção belíssima que destaca a genialidade de Sr. Luiz, quando diz que todo mundo cochilou, mas a sanfona e o forró continuaram. Uma ideia de continuidade que meu avô soube deixar pra mim também, pois mesmo doente, não parava de repetir pra que eu fosse feliz e curiosamente no dia de seu enterro, essa canção estava tocando na rua, assim que me direcionei a esse evento. Não sei se a internet tem esse poder de atravessar barreiras, mas se sim, espero que meu avô, onde estiver, entenda que ser feliz é lembrar dele hoje e sempre, com todas as coisas lindas que ele nos deixou e são por homens assim que agradecemos todos os dias a Deus pela vida! E de presente para todos nós, a canção de Gonzaga:

Forró no escuro
(Luiz Gonzaga)

O candeeiro se apagou
O sanfoneiro cochilou
A sanfona não parou
E o forró continuou

Meu amor não vá simbora
Não vá simbora
Fique mais um bucadinho
Um bucadinho

Se você for, seu nêgo chora
Seu nêgo chora
Vamos dançar mais um tiquinho
Mais um tiquinho

Quando eu entro numa farra
Num quero sair mais não
Vou inté quebrar a barra
E pegar o sol com a mão
Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de julho de 2012

CD Roberto Carlos 1989

Capa do CD Roberto Carlos 1989
Com este trabalho terminamos a série dos anos 80 dos discos de sua majestade que chegou ao final da década, em 15 de dezembro de 1989, com este lançamento que todos se referem como o disco de Amazônia. Prestei atenção a este disco anos depois, quando me tornei fã em definitivo do Roberto e passei a colecionar sua obra. Antes, pensava que se tratava de um disco todo de mensagens ecológicas, pela força com a qual a faixa Amazônia chegava em mim e acreditava que Águia dourada (que é do disco de 1987) também constava nesse disco, junto com Pássaro ferido, que só conhecia o refrão, que me levou a pensar assim.

Foto interna do CD RC 1989
Defino esse disco em um adjetivo: impactante! Isso porque, como já falei, Amazônia é um rock que traz impacto nas reflexões dos habitantes de nosso planeta e de nosso país, o que mostra que de alienado, Roberto nunca teve nada! Aqueles que tanto criticam sua obra, poderiam prestar mais atenção em seus ensinamentos e gritos de alerta tão comuns a todos nós. Quando ouvi pela primeira vez Pássaro ferido, fiquei bobo, apaixonado por essa canção, por sua letra. A capa do disco em si é impactante: Roberto sério, parecendo triste pelos problemas pessoais que o acompanharam naquele ano e com uma pena na orelha em um país machista como é o nosso e isso me faz crer que ele tem muita personalidade. Na parte interna do disco tínhamos apenas as letras e nada de créditos dos músicos ou técnicos participantes. Acredito que se fosse hoje, talvez esse disco não tivesse sido lançado, pois sua versão em espanhol é infinitamente melhor em termos de qualidade sonora e repertório, já que ele teve mais tempo pra lapidar essa obra, inclusive trazendo dez faixas e não apenas nove, como aconteceu com esse lançamento nacional. O perfeccionismo do rei me faz pensar assim e creio que naquele ano, ele sofreu com as pressões de ter que lançar seu disco de fim de ano, que considero um trabalho bom.

Contracapa do CD RC 1989
No disco de vinil, tinhamos a faixa O tolo no início, que depois passou a ser no CD a segunda faixa. Gosto dessa canção onde Roberto canta seu momento atual e quem dera, ele voltasse a cantar essa canção que deu uma interpretação profunda de sua alma. O tempo e o vento traz uma poesia belíssima e pouco valorizada por alguns. Só você não sabe trata da mesma dor, mas com o alento de um delicioso samba. Seu lado internacional está presente em Se você me esqueceu, versão de Se me vas al olvidar de Roberto Livi e, Sonrie, versão de Smille (clássico de Chaplin), além da regravação de Nem às paredes confesso, em uma alusão ao povo português que sempre o abraçou de forma calorosa. Completa a obra a canção Se você pretende, de um disco melancólico e com uma sonoridade não tão boa quanto os anteriores, mas que caracteriza um rei ferido, que encontrava na música a melhor forma de sarar essa dor e ainda força pra gritar pela dor do verde de nosso planeta! Ano que vem tem mais: os discos dos anos 70, que muitos consideram a melhor fase de sua majestade musical que sempre nos presenteou com essas pérolas em todos esses anos.

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de julho de 2012

Final feliz

Quando Jorge Vercillo surgiu, muitos confundiram sua voz com a de Djavan, de quem Jorge afirmou ter fortes influências, sobretudo quando cantava na noite. E um dia, os dois se encontraram na gravação desse sucesso que foi e é Final feliz, revivido anos mais tarde com Caetano Veloso e Alexandre Pires. Pois é, uma canção que já recebeu a leitura desses grandes nomes da nossa música só poderia mesmo ser classificada como sucesso.

Final feliz traz uma letra que aponta o amor como o desejo maior, como um bom final de novela, por exemplo. Um sentimento que não deve mais ser resguardado, escondido ou contido, pelo contrário, deve explodir proporcionalmente à sua grandeza, sem medo, acreditando sempre que dará certo, afinal, o amor é um sentimento lindo e nobre demais pra viver escondido e Jorge falou isso muito bem nessa canção!

Final feliz
(Jorge Vercillo)

Chega de fingir
Eu não tenho nada a esconder
Agora é pra valer, haja o que houver

Não tô nem aí
Eu não tô nem aqui pro que dizem
Eu quero é ser feliz, e viver pra ti

Pode me abraçar sem medo
Pode encostar tua mão na minha

Meu amor,
Deixa o tempo se arrastar sem fim
Meu amor,
Não há mal nenhum gostar assim
Oh, meu bem,
Acredite no final feliz
Meu amor, meu amor

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

CD Roberto Carlos 1988

Capa do CD Roberto Carlos 1988
Esse é o único disco do Roberto da década de 80 que não traz seu nome, nem mesmo título, o que acontece na minoria de seus discos (a maior parte vem com seu nome na capa). Mas, essa não é a única peculiaridade desse trabalho: temos um dueto do rei com seu amigo de fé, Erasmo Carlos, no country Papo de esquina; também um rei interpretando grandes compositores nacionais como Guilherme Arantes, em Toda vã filosofia, e Marcos Valle (e também seu irmão Paulo Sérgio Valle, que sempre está presente nos discos do Roberto), com a belíssima Como as ondas do mar, que particularmente, tenho uma tia que chorou muito com essa canção na época, transformando essa na canção do Roberto de sua vida.

Foto interna do CD RC 1988
Lançado em 23 de novembro, os sucessos radiofônios foram Se diverte e já não pensa em mim, Papo de esquina, Todo mundo é alguém, Se você disser que não me ama e Se o amor se vai, uma versão de Se el amor se va, de Roberto Livi, que o rei a gravou em espanhol e nesse trabalho versionou, com Carlos Colla, a canção responsável por sua premiação no Grammy em 1989. Ainda nessa safra de canções internacionais, Roberto interpretou novamente Carlos Gardel (já tinha feito isso em 1973, quando gravou El dia que me quieras), com a canção Volver, de forma impecável. Essas interpretações despertam a vontade de vê-lo gravar um disco só com grandes canções românticas de seu país, feitas por outros grandes compositores, o que não deve ser impossível, embora muito difícil de acontecer (fã realmente sonha muito com o trabalho de seu ídolo).

Contracapa do CD RC 1988
Não sei se as canções Eu sem você e O que é que eu faço foram sucessos de rádio, mas teriam tudo pra ser, já que a primeira é um belíssimo bolero e, a segunda, quase um samba. Gosto muito desse trabalho que traz uma sonoridade impecável e ainda grandes canções, que comprovam que na década de 80, ele também lançou trabalhos impecáveis. O bolero Se você disser que não me ama mostra isso, pois é simplesmente lindíssima e ainda sonho em ouví-la em algum novo show, o que seria ótimo seu resgate. Se el amor se va vez por outra figura no repertório de shows internacionais. O azul da capa e a mudança de pose nas fotos quebrou a sequência de "capas parecidas demais" que tanto criticavam. Na parte interna, novamente as letras, compositores e créditos das canções de um dos melhores discos dos anos 80.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 24 de julho de 2012

CD Roberto Carlos 1987

Capa do CD Roberto Carlos 1987
Esse é o polêmico e atualmente raro disco de Roberto Carlos, pois não o encontramos mais nas lojas. Quem deseja ter sua coleção, pode tentar a sorte de encontrar esse CD nos sebos e por preços elevados, ou no Box dos anos 80, porém incompleto (ele vem com apenas 9 faixas, sem a sexta). Tudo porque é esse trabalho que apresenta a faixa de maior polêmica na carreira do Roberto: O careta, canção que fala sobre as drogas e que rendeu ao rei um processo de plágio da música, que se arrastou por vários anos, fazendo com que esse disco simplesmente saisse do catálogo de sua discografia, que é a mais procurada do país.

Foto interna do CD RC 1987
Lançado em 15 de dezembro, trouxe os sucessos Tô chutando lata, Menina, Águia dourada e, depois, Coisas do coração. Acredito que Aventuras deve ter tocado, pois também rendeu clipe no Fantástico. Outras belíssimas canções desse disco são Canção do sonho bom, Antigamente era assim, Ingênuo e sonhador e Todo mundo está falando, uma belíssima versão de Everybody is talking. As fotos também trazem a sensação de repetição e alguns devem ter confundido os discos de 84 a 87, por apresentarem semelhanças nas poses e nos formatos. Na parte interna as já tradicionais letras e créditos das canções, porém em tons azul claro, que davam mais charme ao disco.

Contracapa do CD RC 1987
Gosto desse disco, das canções que foram e das que não foram sucessos de rádio. Uma sonoridade legal, que explorava mais as viradas com baixo, algo diferente em sua obra. Gosto de Tô chutando lata, embora alguns tenham criticado esse título e refrão. Curto muito a mensagem ecológica Águia dourada e também Coisas do coração, que rendeu um belíssimo clipe com Glória Pires no Fantástico. Canção do sonho bom, Ingênuo e sonhador e Antigamente era assim são impecáveis. E a canção Menina mostra mais uma vez que podemos falar de sexo sem vulgaridade, coisa que o rei sabe fazer tão bem. É pena você não o encontrar em CD e acho que isso não deveria ocorrer, porque sempre ficará uma lacuna para aquele que curte sua discografia e a deseje completa.

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de julho de 2012

CD Roberto Carlos 1986

Capa do CD Roberto Carlos 1986
Este é também um dos melhores discos de Roberto Carlos e não apenas da década de 80, mas de toda sua carreira. Eu diria que está entre os dez mais. Lançado em 19 de dezembro (dizem que atrasou por conta do envolvimento do rei com a Escola de Samba Unidos do Cabuçu, de qual seria enredo no ano seguinte), foi um dos lançamentos mais tardes dele, que sempre figurava no começo de dezembro. A faixa de abertura também bateu recordes de execução nas rádios: Apocalipse era um rock bastante atualizado com o momento musical do país e também com letra que fazia alusão ao fim do mundo. Seria um ótimo resgate para seus shows, sobretudo pelas frases de guitarras.

Foto interna do RC 1986
Canções românticas como Do fundo do meu coração e Amor perfeito dispensam comentários, pois figuram como verdadeiros clássicos de sua obra, redescobertos recentemente pelo próprio em seus recentes shows. Um humilde ou esquecido rei afirma atualmente que Cláudia Leitte fez mais sucesso com Amor perfeito, recentemente, mas quem viveu essa época sabe o que houve com essa canção, que foi uma verdadeira explosão, com direito a clipe no Fantástico e apresentação no Globo de ouro. O rei passeia numa boa pelo samba, com a lindíssima Nêga. E se mostra ainda mais para nós com a autobiográfica Naquela casa simples.

Contracapa do RC 1986
Até as canções que não foram sucesso como Quando vi você passar, Eu sem você, O nosso amor e Tente viver sem mim são belíssimas, podendo ser tema de qualquer novela. A canção Eu quero voltar pra você, de Eduardo e Paulo Sérgio é das minhas preferidas da dupla. Considero as fotos simples e que trazem um formato que se confundia, para alguns, com as dos anos anteriores, sobretudo na capa. Na parte interna, as letras das canções, seus compositores, músicos envolvidos e seus instrumentos em cada faixa, enfim, os créditos de um disco que não deixa a desejar em nada os grandes lançamentos de sua majestade durante todo esse tempo em que nos presenteou com discos inéditos.

Um forte abraço a todos!

sábado, 21 de julho de 2012

Sonhar contigo

Assisti recentemente mais um show do Adilson Ramos e comprovei mais uma vez que ele continua o mesmo romântico e atencioso com seus fãs, conquistados no decorrer de sua bem sucedida carreira. Certa vez, Adilson falou que seu maior sucesso continua sendo Sonhar contigo, grande clássico dos anos 60, pré-Jovem Guarda. Mesmo depois de tanto tempo e tantas outras canções, essa é sua marca registrada.

Gravada também por outros intérpretes como Agnaldo Timóteo e Elymar Santos, Sonhar contigo é aquela canção que fala daquele amor arrebatador, com um respeito e atenção que a gente parece encontrar apenas no passado, se pensarmos em algumas letras lançadas atualmente sobre a alma feminina. Tema da trilha sonora da minissérie global Hilda furacão, sua letra é dotada de um romantismo ímpar que a gente torce mesmo para que não fique no passado, que não seja tomado como cafona, mas redescoberto por todos que sabem que a alma feminina vem na escala da existência, abaixo apenas de Deus.

Sonhar contigo
(Adilson Ramos e Armelindo Leandro)

Sonhar contigo por toda vida
Sonhar contigo, meu amor, minha querida
Viver pensando em ti somente
Viver te amando, ser só teu eternamente

Este é o meu maior desejo
Tomar tuas mãos, calar tua voz
Num longo beijo
E ter-te sempre bem junto a mim
Viver te amando, ser só teu até o fim

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

CD Roberto Carlos 1985

Capa do CD Roberto Carlos 1985
Bom, esse disco mexeu no meu coração de menino pela faixa que abre esse trabalho: Verde e amarelo. Numa evocação ufanista, Roberto desperta um país sofrido, pós-ditadura e com graves problemas políticos, econômicos e sociais, para seu característico otimismo, de ver sempre a vida pelas coisas boas que ela apresenta e por que não o seu adorado país? Para aqueles que vinte anos antes já o cobravam fazer algo por seu país, ele dá seu recado, à sua maneira, divulgando o Brasil no exterior muito mais que tantos que o cobravam por isso. Lançado em 03 de dezembro daquele ano, esse disco traz uma sonoridade muito boa e canções belas, embora muitos apontem como o primeiro disco do Roberto que não trouxe clássicos a seu repertório.

Foto interna do CD RC 1985
Além do carro-chefe Verde e amarelo que também bateu recordes de execução nas rádios, tivemos os sucessos De coração pra coração, Paz na terra, A atriz e Símbolo sexual. Depois, tocou bastante Da boca pra fora, que levou o rei a algumas apresentações no Globo de ouro, com essa canção. Gosto muito de Pelas esquinas de nossa casa e Só vou se você for, mas não sei se foram sucessos radiofônicos. E ainda tivemos Contradições e Você na minha mente (esta última fazendo o rei excursionar em um ritmo meio funk). A faixa A atriz revela seu momento enquanto casado com Myrian Rios, numa conversa com seu público, onde revela seus ciúmes das atuações de sua amada nas telinhas, em uma intimidade inédita na música brasileira, só vista entre o rei e seus súditos.

Contracapa do CD RC 1985

A capa traz um Roberto com cabelos mais longos novamente (já que desde 76 estavam um pouco mais curtos), contracapa com um dos momentos (imagem azulada) marcantes de seus shows que são a entrega das rosas, além das letras das canções e a lista de músicos e técnicos que se envolveram nesse projeto. Considero também esse disco como um bom exemplo para aqueles que gostam de cobrar mudanças em sua carreira: ele reflete uma mudança de sons, ritmos e temas, antenados com a realidade musical da época. A gente pode até não gostar de tais mudanças, mas é indiscutível afirmar que sua majestade sempre tentou novas formas de cantar o amor, sempre atualizado com o som e com os dizeres de seu povo verde e amarelo.

Um forte abraço a todos!