terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Quem não se comunica se trumbica

Alô, alô Teresinha, é um barato o Cassino do Chacrinha. Pois é, até o final dos anos 80, Chacrinha reinou na televisão brasileira. Até hoje é figura inesquecível e imprescindível quando se quer contar a história das artes do entretenimento nacional.

Vários artistas surgiram e mantiveram seus sucessos por intermédio dele. Basta perguntar à biografia de nomes como Roberto Carlos, Fábio Jr., Gilberto Gil, Gilliard, Paulo Sérgio, Fagner, Baby Consuelo, Alceu Valença, Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Ângela Maria, Gal Costa, Elba Ramalho, Aracy de Almeida, Clara Nunes, Elis Regina, Wanderlea e tantos outros que passaram pelo Cassino e pela Buzina do Chacrinha, programas que fizeram parte da nossa TV, comandados pelo "velho guerreiro".

Biografia lançada em 1996 pela Editora Globo, escrita por sua viúva Florinda Barbosa e pela ex-jurada Lúcia Rito, Quem não se comunica se trumbica traz toda a história desse pernambucano ilustre, desde seu nascimento em Surubim/PE, passagem por Caruaru/PE, até sua ida ao sul do país e tornar-se uma lenda, primeiro do rádio nacional e depois, da televisão brasileira, em todos os tempos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de dezembro de 2012

Um anjo muito especial

Dezembro chegou e abordamos por aqui clássicos natalinos e algumas que talvez nem sejam clássicos, mas que contribuem com esse momento para que ele seja cada vez mais nobre no coração dos brasileiros. Um anjo muito especial é uma canção presente no CD de Natal do Roupa Nova, Natal todo dia.

Sua letra tem tudo a ver com a época natalina, onde imperam elementos típicos como sinos, árvores, guirlandas e também Anjos. E anjo é algo que tem tudo a ver com a banda, que tem entre seus maiores clássicos outra canção chamada de Anjo. É bom ter a sensação de que fazemos o bem a alguém a ponto de esse alguém nos considerar um anjo, pois o milagre mesmo é existir esse alguém a quem se protege!

Um anjo muito especial
(Jimmy Duncan / Versão: Dudu Falcão)

Eu vim pra ser seu Anjo
Pra lhe proteger
Do céu de onde eu desci
Eu vim cuidar de você

Quem sabe ouvir um Anjo
Sabe adivinhar
E ver o caminho
Por onde deve andar

Sorrir é melhor
Quando soma e traz
Um outro sorriso em alguém

O que você dá
O mal e o bem
Que vai, mas volta também

Por isso eu sou seu Anjo
Só pra você ver
Por mais que eu seja um Anjo
Meu milagre é você...

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de dezembro de 2012

Dezembro é o mês de Roberto Carlos

Em termos de calendário, todos nós sabemos que dezembro é o mês do Natal, onde comemoramos a grande festa da humanidade, renovando nossas energias diante do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, Nosso Salvador. Musicalmente falando, aqui no Brasil, temos um cantor oficial para essa data, fato quase unânime entre os brasileiros, pois não podemos desconsiderar aqueles que não curtem esse momento, ou esse artista.

Mas, para muitos, nos quais me incluo, dezembro é o mês de Roberto Carlos, como já disse a capa e a reportagem da revista Veja, em 1978. É o tempo em que presenciamos seu novo disco e seu especial de fim de ano e unimos isso às tradições natalinas, ou seja, é algo tão pontual e tradicional quanto a árvore, o presépio, o queijo borboleta, o peru, as luzes, etc. Para nós, Roberto é uma espécie de Noel e nos enche de presentes musicais, sendo a trilha sonora brasileira desse momento mágico para a humanidade. Seus fãs ficam antenados, garimpando alguma novidade, alguma surpresa que nosso Noel sempre traz!

Aqui no Brasil, como em nenhuma parte do planeta, a sensação é a mesma de que esse é o tempo de Roberto Carlos, pois basta você ouvir Esse cara sou eu ou Furdúncio, suas mais novas canções ou pegar algum cd da época que mais aprecia, dos mais de 45 discos lançados e sentir aquela tradicional e inesquecível sensação que sua voz nos proporciona. É assim mesmo, sempre reclamarão do mesmo azul e branco, das mesmas canções repetidas, mas poucos compreendem o bem que isso significa no coração daquele que capta isso como a trilha sonora desse e de todos os meses do ano, porque isso são detalhes pequenos, mas coisas muito grandes para esquecer! Conclue-se que Deus foi muito generoso com o Brasil, nos oferecendo um cantor desse porte, que expressa através de suas letras e melodias que o amor existe e está conosco, em nós sempre!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Os compositores do Brasil - 57

Adelino Moreira de Castro foi um dos melhores compositores de todos os tempos da nossa música. Natural de Portugal, veio para o Brasil com um ano de idade. Grande parte de suas músicas foram gravadas por Nelson Gonçalves. A primeira foi Última seresta e, a partir daí, Nelson gravou mais de 300, entre elas, seu maior sucesso A volta do boêmio.

Outros sucessos compostos por ele são Devolvi, Solidão, Perdoar é divino, Negue, Fica comigo esta noite, Meu dilema, Escultura, Meu vício é você, Deusa do asfalto, Cinderela, entre outras. Mas, Negue foi mesmo seu grande sucesso, regravada por vários nomes da nossa música.

Adelino coleciona em seu currículo nomes como Ângela Maria, Núbia Lafayete, Cauby Peixoto, Maria Bethânia, Adilson Ramos, Ney Matogrosso, Ângela Rô Rô, Peri Ribeiro, Simone, entre outros. Adelino partiu para a eternidade em 2002 e deixou cerca de 1200 canções de herança para nossa música, sendo essa postagem uma singela homenagem por sua imensurável colaboração!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Filme Gonzaga De pai para filho

Estreou recentemente o filme Gonzaga de pai para filho, de Breno Silveira, em comemoração ao centenário de Luiz Gonzaga. O filme mostra a trajetória do rei do baião, desde pequeno até tornar-se um dos mitos desse país, imprescindível para quem conta a história da música brasileira.

Mas, o filme não é um documentário, nem uma biografia a risca, pois foca principalmente na relação de turbulência que existiu entre Gonzagão e Gonzaguinha, até se unirem e realizarem vários projetos juntos! Gonzaguinha é vivido por Júlio Andrade. Gonzagão é vivido por três personagens, de acordo com a ordem cronológica: Land Vieira, Chambinho do acordeon e Adélio Lima.

Conheci pessoalmente Adélio Lima, que é guia turístico do museu de Caruaru, que tem uma parte dedicada a Gonzagão e ele pareceu muito satisfeito com o resultado do filme que ainda estava sendo construído. Quanto ao filme, gostei bastante e recomendo, sobretudo por retratar um pouco da história de dois grandes homens desse país que colaboraram para nossa cultura, como poucos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de novembro de 2012

Olhando as estrelas - 30

Aqui temos um encontro inicialmente de um ídolo e uma fã, já que é assim que Marisa Monte se define quando se refere a Jorge Benjor, uma de suas maiores influências. Mas, Benjor também tornou-se fã de Marisa, sem falar que vez por outra, figura como compositor de algumas canções gravadas pela musa.

Como é o caso das canções Cinco minutos, Balança a pema que ela vem gravando em seus projetos e em seu mais recente CD, temos Descalço no parque, todas de Benjor, que também contará com a participação da musa em seu próximo CD/DVD Lual MTV.

Como dito acima, Marisa é fã de Benjor e com certeza continuará gravando canções de seu repertório, com as quais mais tem afinidade. E aguardamos ansiosos a participação dela no projeto dele, que deve ser emocionante, pois são duas estrelas que juntas, brilham ainda mais!

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de novembro de 2012

Chovendo na roseira

Mais um clássico de Tom Jobim, que teve gravações memoráveis dele com Elis e também de Gal Costa, mais recentemente. Um verdadeiro clássico dos que já não se produzem mais na nossa música, infelizmente, Chovendo na roseira traz um ar de pureza, que poderia até ser classificada como uma música infantil.

Sua letra destaca essas coisas puras da natureza, paisagens que muitas vezes nem percebemos que estão ao nosso redor, como uma roseira, gotas úmidas, pétalas levadas pelo vento, chuvinha miúda e tantos outros elementos que o lado natureza apuradíssimo do Tom oferta pra nós.

Chovendo na roseira
(Tom Jobim)

Olha, está chovendo na roseira
Que só dá rosa mas não cheira
A frescura das gotas úmidas
Que é de Luiza, que é de Paulinho, que é de João
Que é de ninguém!

Pétalas de rosas espalhadas pelo vento
Um amor tão puro carregou meu pensamento

Olha, um tico-tico mora ao lado
E passeando no molhado
Adivinhou a primavera

Olha, que chuva boa, prazenteira
Que vem molhar minha roseira
Chuva boa, criadeira
Que molha a terra, que enche o rio, que lava o céu
Que traz o azul!

Olha, o jasmineiro está florido
E o riachinho de água esperta
Se lança embaixo do rio de águas calmas
Ah, você é de ninguém!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Os Músicos do Brasil - 37

Tá aqui um cara que merece o maior respeito em termos de músicos e compositores desse país. Natural de Veneto, na Itália, emigrou ainda criança para o Brasil e se firmou no interior paulista. Seu nome Mário João Zandomeneghi, o acordeonista conhecido apenas como Mário Zan.

Começou a tocar aos treze anos e tornou-se uma referência no país em seu instrumento, animando as festas juninas do interior centro-sul do país, com canções como Quadrilha completa, Balão bonito, Noites de junho ou Pula a fogueira. Outros sucessos seus são Chalana, Quarto centenário de São Paulo, Arroz a carreteiro, Meu primeiro beijo, entre outros.

Luiz Gonzaga afirmou que Mário Zan era o verdadeiro rei da sanfona. Outros três reis gravaram seu maior sucesso, Os homens não devem chorar (Nova flor): Frank Sinatra, Julio Iglesias e Roberto Carlos, cada um à sua maneira. Mário partiu para o andar de cima em 2006, deixando mais de 1000 composições e uma biografia musical de muito respeito!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Eu deixei meu coração em San Francisco...

Esse cara está, com certeza, entre os melhores do mundo em termos de música popular, de todos os tempos. Sua voz, suas emocionantes interpretações e sua bem sucedida carreira comprovam essas simples palavras que escreverei aqui sobre Anthony Dominick Benedetto, o novaiorquino que todos conhecem como Tony Bennett.

Pois é, nada do que for dito pode acrescentar a essa lenda viva da música popular que coleciona êxitos desde os anos 50. Entre seus sucessos, podemos destacar  I left my heart in San Francisco, Because of you, Rags to riches, The lady is a tramp, The way you look tonight, For once in my life,  Cold, cold heart, etc.

Bennett tem uma ligação interessante com a música brasileira, embora tenha feito poucas apresentações em nosso país. Em sua mais recente produção, constam duetos com brasileiros e ao que tudo indica, teremos Maria Gadú, Ana Carolina e Roberto Carlos. É esperar pra ver, pois não são poucos os brasileiros, artistas ou não, que reverenciam a obra desse astro internacional!

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de novembro de 2012

CD e DVD Zé Ramalho canta Raul Seixas

Em 2002 Zé Ramalho revive o seu colega de profecias, como ele mesmo define, ao realizar o projeto ao vivo em que canta alguns clássicos de Raul Seixas. E como Zé mesmo define, não é um trabalho de cover, pois ele acaba mesclando sucessos do "maluco beleza", com clássicos seus, realizando um show tributo a esse artista inesquecível da nossa música.

No CD, temos As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor, Metamorfose ambulante, O trem das 7, Ouro de tolo, S.o.s, Dentadura postiça (só no CD), How could I know(só no CD), Prelúdio (com participação de Roberta de Recife, só no CD), Você ainda pode sonhar (só no CD), Planos de papel (só no CD) e Para Raul. No DVD, temos ainda Jardim das Acácias, Beira mar, Amar quem eu já amei, Kriptnônia, Avohai, Vila do sossego, Chão de giz, Admirável gado novo, Pra não dizer que não falei das flores, Frevo Mulher, Não quero mais andar na contramão e um bis de Metamorfose ambulante.

Nos extras, entrevista com Zé Ramalho descrevendo o projeto e sua amizade com Raul, além do Making of e clipe de Metamorfose ambulante. E no Canecão, palco da história da música brasileira, hoje fechado, esse show histórico aconteceu e ficou de brinde para os amantes da música brasileira, a voz inconfudível e o jeito místico e profético de Zé Ramalho unido às maluquices belezas do eterno Raul Seixas.

Um forte abraço a todos!