Clipe do especial de 1984. |
Em 1993 Roberto Carlos, através dessa composição com seu parceiro Erasmo Carlos, homenageou mais uma vez esses heróis da estrada. Hoje é dia do caminhoneiro e a canção que vem para enaltecer essa classe é O velho caminhoneiro, canção carro-chefe do cd de 1993 do rei. No especial daquele ano, Roberto interpreta a canção que tem uma levada country, com solos maravilhosos de guitarra.
Roberto já disse que se não fosse cantor, gostaria de ter seguido essa profissão. Nos especiais de 84, 95 e 2004, apareceu dirigindo um caminhão e cantando outra canção também do mesmo tema, já apresentada aqui: Caminhoneiro. Mas, considero O velho caminhoneiro, gravada nove anos após a primeira homenagem, mais temática e, enquanto a primeira destacava o grande amor e a saudade da pessoa amada, a segunda é mais detalhista não apenas quanto aos sentimentos do protagonista, mas em relação aos detalhes de sua vida profissional como sua camisa aberta, o painel com São Cristóvão (padroeiro da classe), sua experiência na estrada, sua hora incerta de trabalhar, a saudade da família, etc. Mas, não acho que uma seja melhor que a outra e sim, são complementares e brindam essa data.
Clipe do especial de 1995. |
Meu pai foi caminhoneiro e acho que isso foi decisivo para que eu compreendesse e admirasse ainda mais a classe e também começasse a me interessar pelas canções do Roberto, que passaria a ser o cantor número um na minha vida e de muitos brasileiros. Gostava de ver em meu pai um homem conseguir levar aquele veículo tão grande em suas mãos, o fornecendo a direção certa. Ele tinha um sonho de ser caminhoneiro e realizou. Eis a letra de O velho caminhoneiro, com a qual homenageamos todos os motoristas nesse dia:
O velho caminhoneiro
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
O velho caminhoneiro, comandante das estradas
Debaixo daquele toldo, já são tantas toneladas
Historias, experiências, por detrás de um pára-brisa
Tanta coisa que machuca, mas o tempo cicatriza
Existe em algum lugar, numa curva do caminho
Uma ponta de saudade de quando ele era mocinho
Reduz a velocidade, e lembra da namorada
Que ficou no seu passado na poeira de uma estrada
Já pegou pelo caminho chuva fina e tempestade
Asfalto, terra molhada, lamaceiro de verdade
No inverno ele se abriga, no verão abre a camisa
Pronto pra qualquer parada, porque o tempo não avisa
Seu coração viaja em paz
Carregado de emoção, demais, demais
Dia, noite madrugada ele sai, não tem hora de partida
No caminhão o que ele traz
É a coragem que ele tem que é sempre mais
Pulso firme no volante em frente vai pela estrada e pela vida
Na solidão da boleia ele pensa na família
Na mulher a sua espera e um leve sorriso brilha
Olha o céu e olha a estrada, acelera e vai embora
No painel tem São Cristóvão, Jesus e Nossa Senhora
Um forte abraço a todos!
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