Essa é mais um clássico da música brasileira, imortalizada pelo autor, Cazuza, e por outras vozes femininas como Simone e Joanna, além do Barão Vermelho, Luiz Melodia e outros intérpretes país afora. Fala de um amor partido, mas com elementos bastante particulares do personagem central da canção que, com certeza, plantou essa identificação com o povo brasileiro que tanto amou essa música.
As coisas particulares estão presentes na forma como o personagem se refere à pessoa amada, à qual se refere apenas como Beija-flor, fala ao seu ouvido segredos de liquidificador (que, embora existam tantas teorias para essa expressão, o próprio autor afirma que são apenas os movimentos circulares com a língua) e expõe todos os esforços para que o sentimento oculto entre eles finalizassem em sucesso, lamentando pelo fracasso e pelas rusgas deixadas com essa dor que parece anular todo o esforço e a dedicação ofertada.
(Cazuza, Reinaldo Arias e Ezequiel Neves)
Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Um forte abraço a todos!
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