Imagina uma canção gravada por Sinatra e Pavarotti, Julio Iglesias e Luis Miguel, Gal e Bethânia, Emílio e Fagner, Caetano e João Gilberto, Maysa e Nara. Tal canção existe e é um clássico nacional e que ultrapassou as fronteiras desse país, tornando-se uma das mais conhecidas internacionalmente: Manhã de Carnaval.
Uma das poucas canções do filme Orfeu Negro que não era de Tom e Vinícius, Manhã de carnaval se popularizou como a canção do filme, interpretada por Agostinho dos Santos. E é nessa hora que a gente entende como surge um clássico, pois com mais de 50 anos, essa canção continua sendo atual e cultuada como uma das mais belas canções da música brasileira.
Curioso é que ela tem três versões de letras diferentes. Dizem que a esposa de Luiz Bonfá, Maria Helena Toledo, alterou a primeira versão para o filme. Percebi também nos encontros de Pavarotti com Caetano e depois com Gal e Bethânia, que era apresentado uma versão diferente, mais extensa. Segue as versões, todas românticas, desde a mais tradicional até as outras versões com seus primeiros registros:
Manhã de carnaval
(Antônio Maria e Luiz Bonfá)
(Versão tradicional)
Manhã, tão bonita manhã
Na vida uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso e tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que verás
Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábio teus
Canta o meu coração,
Alegria voltou
Tão feliz a manhã desse amor
Versão gravada pela Maysa
Manhã, tão bonita manhã
De um dia feliz que chegou
O sol no céu no surgiu
E em cada cor brilhou
Voltou o sonho então
Ao coração
Depois desse dia feliz
Não sei se outro dia haverá
É nossa manhã
Tão bela afinal
Manhã de carnaval
Canta o meu coração,
Alegria voltou
Tão feliz a manhã desse amor
Versão gravada por Pery Ribeiro
Manhã, tão bonita manhã
Na vida uma nova canção
Em cada flor, o amor
Em cada amor, o bem
O bem do amor faz bem
Ao coração
Então vamos juntos cantar
O azul da manhã que nasceu
O dia já vem
E o seu lindo olhar
Também amanheceu
Canta o meu coração,
Alegria voltou
Tão feliz a manhã desse amor
Um forte abraço a todos!
Um comentário:
Que lindo! Eu só conhecia duas das três versões! Ouvi a primeira no filme "Orfeu da Conceição", baseado na peça teatral escrita por Vinícius de Moraes em 1954. A segunda, no encontro entre Pavarotti e Caetano (um dos duetos mais belos e encantadores que eu já ouvi). A terceira também é maravilhosa e, por isso, não sei dizer qual delas me agrada mais!
Beijos!
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