Lembro que quando criança, lá em Limoeiro/PE, o sucesso dessa canção foi tanto que fizeram um palhoção (aquele espaço retangular cercado com bambu e coberto com palhas de coco, para as pessoas dançarem forró) com o título dessa canção, porque o propósito era esse mesmo: dançar bastante até a tanga voar, uma expressão usada com muito bom humor pelo Gonzaga.
Sua letra conta a história de um matuto se deparando com a praia, até então desconhecida para este personagem que se admira com a beleza do lugar e com o figurino das meninas que por lá encontra, surgindo uma implicância com a canga, que a letra cita como rabichola, pois o matuto ficou com ânsia de ver a mulher sem a canga e com a tanga voando. Uma parceria de Gonzaga com seu terceiro grande compositor, João Silva. Eu sempre tive dúvidas se o Clodovil citado era aquele apresentador, mas creio que fosse uma menção a outro parceiro de composições, Hervê Clodovil.
Deixa a tanga voar
(Luiz Gonzaga e João Silva)
Zé matuto foi a praia, só pra ver como é que é
Mas voltou ruim da bola de ver tanta rabichola
nas cadeira das muié
Zé matuto matutou, matutou e escreveu pra Clodovil
Ele logo respostou, e atacou, isso é atraso do Brasil
Uma tanga, minitanga, tão pequena, pititinha,
miudinha não precisa amarrar
Ora pomba, ora bolas, jogue fora a rabichola
e deixa a tanga voar
E deixa a tanga voar, deixa a tanga voar
Ora pomba, ora bolas, jogue fora a rabichola
e deixe a tanga voar...
Um forte abraço a todos!
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