Este é um tema que não traz nenhuma verdade absoluta. Ao contrário disso, ele chama a atenção de que em música também nenhuma verdade é absoluta. Como explicar o que determinada música ou determinado repertório de um artista ou algum estilo musical provoca em nós e não nos outros? A música tem disso: ela mexe com uns e com outros não! Ou então, ela não mexe hoje, mas vai mexer lá na frente. Se gosto musical é algo particular, pergunto, como vencer essa barreira ou isso é uma barreira invencível e devem sempre ser respeitados os limites de cada um?
Penso que tudo depende das necessidades que cada ser traz em si, pois em termos de música e principalmente brasileira, de tão rica, ela preenche várias situações: se estamos tristes, felizes, críticos, melancólicos, apaixonados, sofridos, em paz, em guerra, saudosos, se quisermos viver o presente ou o passado, viver grandes harmonias ou apenas dançar sob ritmos passageiros, não ficamos sem opções. Mesmo assim, não compreendo como tal música causa muita emoção em uns e não mexe com outros e aí volto a pensar que tudo depende das peculiaridades que cada um carrega e de seus momentos.
Portanto, imagino que o "estalo" que tal música ou tal artista causa em nós depende mesmo de nossas necessidades internas e como também somos frutos do meio, acabamos por permitir que a música nos transforme em algo melhor e nisso consiste a química da música, uma magia inexplicável, uma bebida que provamos e jamais esquecemos o gosto. Entretanto, esse tema é tão extenso que não caberia em uma única postagem, sendo necessárias várias doses (de músicas) para concluirmos algo, porém sabendo que as doses dependem mesmo da vontade de cada um de tomá-las agora ou adiante!
Um forte abraço a todos!
Um comentário:
Everaldo,
Falar sobre isso é ótimo! Nada como um debate sobre o que nos constrói como seres humanos. Como você disse, é um grande debate. Precisaria de muitas postagens e, se você for se utilizar de base acadêmica, isso se estende mais ainda, já há diversas linhas de pesquisas, opiniões, etc.
Essa conclusão responde tudo: "depende mesmo de nossas necessidades internas e como também somos frutos do meio".
Abraço,
H.
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