Escutar, tocar ou cantar Tom Jobim é algo muito prazeroso. E, neste clássico, podemos também meditar Tom Jobim. Pensar, viver e reviver o amor é uma tarefa para corajosos. Tantos amores são feitos, desfeitos, refeitos por aí e a canção de Tom parece que cabe bem nesta reflexão que fazemos sobre este sentimento bonito, mas que precisa ser decifrado, pois aparece de forma distinta e particular para cada um.
Gravada por Frank Sinatra ainda em 1967, ano de sua composição, Caetano a regravou mais recentemente de forma maravilhosa. E o mais bonito da letra é que o amor gera este ciclo de paixão, dor, encontro, desencontro, reencontro, novo encontro, sempre com o mesmo brilho que faz tanto bem aos corajosos que se permitem amar e amam de verdade e são felizes de verdade com as nuances deste sentimento e com clássicos como este de nosso maestro soberano.
Meditação
Tom Jobim e Newton Mendonça
Quem acreditou
No amor, no sorriso, na flor
Então sonhou, sonhou
E perdeu a paz
O amor, o sorriso e à flor
Se transformam depressa demais
Quem no coração
Abrigou a tristeza de ver
Tudo isso se perder
E na solidão
Procurou um caminho a seguir
Já descrente de um dia feliz
Quem chorou, chorou
E tanto que seu pranto já secou
Quem depois voltou
Ao amor, ao sorriso e à flor
Então tudo encontrou
Pois a própria dor
Revelou o caminho do amor e a tristeza acabou
Nenhum comentário:
Postar um comentário