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domingo, 7 de outubro de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 21

Esse é um dos melhores intérpretes desse país e não dá pra não começar essa postagem com essa frase, pois Caetano é conhecido pelo compositor, pelo músico, pelo escritor, poeta e também pelo intérprete que é dentro da nossa música. Não bastasse compor clássicos, ser um formador de opinião e um dos mentores do movimento Tropicália, Caetano ainda intepreta os mais variados sucessos de outros artistas, dando toques próprios, criando e deixando sua marca nas canções.

Recentemente, comentamos sobre esse aspecto, quando postamos a coletânea Caetano canta, onde temos três CD´s com suas mais variadas interpretações. E desde o começo de sua carreira e década a década, ele reaparece, surpreendendo com uma gravação que, por muitas vezes, se não supera o original, o revive de forma ímpar.

Destacar três canções interpretadas por ele é tarefa dificílima, mesmo usando o gosto pessoal, mas a número um é mesmo Sozinho, de Peninha, que fez ele vender bastante além de carimbar seu estilo meio joãogilbertiano (perdoem pelo neologismo) de tocar e cantar. Nessa mesma levada, antes ele reviveu Debaixo dos caracóis de seus cabelos (que o rei fez em homenagem ao próprio Caetano) e, depois, Você não me ensinou a te esquecer, de Fernando Mendes que é considerado "brega" pelas novas gerações, mas que Caetano mostra que não há discriminação em sua arte. Mesmo tendo que parar por aqui, me pergunto por que  não pensar em outras marcantes interpretações como Mimar você, Eu sei que vou te amar, Drão, Samba de verão, etc.?

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de setembro de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 20

Que Luiz Gonzaga é o rei do baião, do xote, do forró e de todos estes estilos, não há dúvidas, sobretudo neste ano comemorativo, onde tudo isso vem à tona. Mas, outras características de seu sucesso podem ser percebidos quando nos voltamos para o Gonzaga intérprete, que gravava algo não composto por ele, mas carimbava sua marca, deixando a canção com a "sua cara".

É o caso por exemplo de A triste partida, de Patativa do Assaré, mas que todos, ao ouvirem essa extensa e melancólica canção, associam a Gonzaga. É o caso de Súplica cearense (de Gordurinha e Nelinho), que muitos já ousaram gravar, mas que sempre percebemos um pouquinho de Gonzaga em cada leitura. É o caso de Aproveita gente, que Onildo Almeida fez e Gonzaga arrebentou.

Essas e muitas outras, já que Gonzaga gravou mais de 300 canções de outros compositores, formam mais um perfeito intérprete que nossa música conheceu. É claro que seus compositores conheciam bem sua linha e se esforçaram para sempre enviar o que de melhor possuíam, pois devia ser um prazer imensurável ter uma canção na voz de um rei na música, como Gonzaga era e sempre será tido!

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de agosto de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 19

Além de grande compositor, Fábio Jr. é um excepcional intérprete e essa vertente tem tomado frente em sua carreira nos últimos anos, o que podemos verificar em seus mais recentes lançamentos, como foi o caso do CD Fábio Jr. Íntimo, que já comentamos anteriormente. Destacar apenas três interpretações de seu repertório é realmente tarefa difícil, mas vamos tentar, pois esse é o espírito dessa série.

Desde muito tempo que Fábio é um excelente intérprete, mesmo quando seu lado compositor estava mais presente em sua carreira. Em 1989, por exemplo, deu uma interpretação fantástica à Romaria, sucesso de Renato Teixeira que Elis Regina já havia imortalizado antes, portanto, uma tarefa difícil que Fábio soube levar uma boa, com seu talento. Na década de 90, Fábio também se destacou em várias canções e entre elas, gosto muito da interpretação definitiva, a meu ver, para Impossível acreditar que perdi você, de Márcio Greyck.

E viajando no tempo quem não se emocionou quando ele soltou a voz para reviver Volta, clássico de Lupicínio Rodrigues, que já havia recebido versão de Gal Costa no passado? Bom, poderíamos citar mais tantas outras que não seriam incoerentes nessa postagem como Só você, Alma gêmea, Pareço um menino, Esquinas, Transas, Esqueça, Ai que saude d´ocê, etc. Mas, vamos parar por aqui para respeitar o tópico, porém o grande intérprete continua, ainda bem!

Um forte abraço a todos!

domingo, 3 de junho de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 18

Gosto de divulgar o trabalho do sanfoneiro Flávio José, pois o considero um dos melhores da atualidade. Ele tem uma bela voz, toca muito bem e interpreta de forma toda particular. Por isso, resolvi o abordar nessa série, destacando as melhores faixas interpretadas de seu repertório, algo que não é fácil, mesmo usando um gosto particular.

Começo pela canção O meu país, que não foi composta por ele, mas o credito uma interpretação definita por responder bem, com sua potente voz a essa crítica social moderna. Uma das filosofias mais lindas da música brasileira também foi lapidada por sua voz. É a canção A natureza das coisas, que ganha um xa,la,la,lá todo próprio do Flávio.

E por fim, destacaria a romântica e dançante Caia por cima de mim, que não pode faltar em qualquer apresentação sua e também cantada por vários colegas. Mas, como disse, Flávio tem tantas outras coisas lindas como Caboclo sonhador, Seu olhar não mente, Filho do dono, Tareco e mariola, Me diz amor, De mala e cuia, enfim, vou parar por aqui pois, caso contrário, não poderia encerrar essa postagem.

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de maio de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 17

Primeiro domingo de maio e a série Os Intérpretes volta com nada mais, nada menos que Joanna, uma das melhores intérpretes desse país e que o digam grandes compositores como Milton, Roberto, Chico, Caetano, Sullivan e Massadas, Isolda e tantos outros que têm nela uma das mais constantes parceiras no ramo da interpretação.

E, como o espírito dessa postagem é destacar três (no caso dela, é difícil) grandes interpretações, começo com Um sonho a dois,  (que você pode conferir a Letra de Um sonho a dois) gravada em dueto com Roupa Nova e com KLB, mais recentemente. É uma das mais românticas, daquelas que a gente pensa que foi Joanna quem compôs. Ainda na década de 80, Joanna também imortalizou outro clássico: Amanhã talvez, que também parece ter sido composta por seu próprio punho.

Mais recentemente, no  CD Samba canção gosto demais do medley Não quero ver você triste/De tanto amor, mas não apenas deste, mas todo o CD é maravilhoso e é mais um feito apenas de interpretações. Em seu mais recente CD, Joanna presta homenagem ao maior compositor católico desse país, Pe. Zezinho, comprovando que continua fazendo justiça a merecer postagens como esta, que ressalta também o lado intérprete dessa grande compositora e artista desse país!

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de abril de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 16

Hoje é dia primeiro de abril, dia da mentira. Mas, uma verdade musical incontestável é que este país apresenta grandes intérpretes e hoje essa série mostra mais um: Agnaldo Rayol. Dono de uma belíssima e inconfundível voz, Agnaldo é intérprete por excelência, pois durante toda sua carreira, interpretou e imortalizou canções de outros compositores.

E como o espírito dessa postagem é destacar três grandes composições suas, começo pela Ave Maria, que seja a de Gounod ou a de Schubert´s, ou a brasileira de Vicente de Paiva ou a do morro, de Herivelton Martins (pior é que eu já citei mais de três interpretações), creio que não há algum devoto da Virgem, nesse país, que não segure a lágrima ou a deixe rolar diante de suas interpretações para estas canções!

Mas, Agnaldo não se restringe apenas ao repertório religioso. É o brasileiro mais italiano em interpretações de canções como a belíssima Tormento di amore. E eu também adoro vê-lo cantar clássicos brasileiros, a exemplo de Eu sei que vou te amar. E como manda a regra dessa postagem, paro por aqui, mas deixo o leitor a imaginar quais canções são belas em sua voz, pois tenho certeza que serão inúmeras!

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de março de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 15

Milton Nascimento é dono de grandes pérolas da nossa música. Sabemos disso ao ouvir Canção da América, Coração de estudante, Morro velho, Travessia, Cais e tantas outras. Mas, Milton começou como crooner e isso chegou até a gerar um CD com esse tema, que já comentamos aqui: Milton Nascimento Crooner. E hoje vamos comentar um pouco sobre o intérprete, porque Milton vem de um tempo em que o artista também aprendia a interpretar as canções que cantava de outros compositores.

Costumo destacar três faixas de destaque do artista em questão e, embora com Milton Nascimento, isso seja difícil, destaco Resposta, do Samuel Rosa e Nando Reis, que Milton interpretou no CD acima mencionado, onde realiza dueto com Lô Borges. Mas, não paramos por aí e chegamos em Chico Buarque, de quem e com quem Milton já tinha interpretado tão bem O que será (À flor da pele e À flor da terra) e deu um show a parte interpretando Beatriz, que também é de Edu Lobo.

Milton interpreta Tom de uma forma fascinante. Depois de canções como Eu sei que vou te amar, fez em 2008 um CD temático dedicado ao Tom que você pode ler mais em Milton Nascimento e Jobim Trio em Novas Bossas  e desse belíssimo CD, destaco a faixa Dias azuis. Sem falar de participações dele em trabalhos de outros artistas como Emoções (Erasmo Carlos convida 2), Balada triste (Ângela Maria amigos), etc. o que só comprova que um grande intérprete não se resume apenas a uma postagem e é esse o caso de Milton e tantos outros bons intérpretes que o Brasil oferece à sua música.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 14

E a Série que homenageia os grandes intérpretes desse país volta em 2012 em grande estilo com uma das mais belas vozes desse país: Beth Carvalho. Afinal, quem escuta Vou festejar, O show vai continuar, Mel na boca, Andança, Coisinha do pai e tantas outras e não as associa à interprete que imortalizou estes e outros clássicos?

Mas, como o espírito dessa série é elencar em torno de três grandes interpretações do artista em questão e, mesmo esse trabalho sendo uma tarefa difícil, vou elencar de acordo com meu gosto particular: A primeira é Mas quem disse que eu te esqueço, um samba gosto de Dona Yvone Lara, que recebeu uma interpretação definitiva com a Beth, inclusive com aquele luxuoso la, ra, la, ra.

Beth também dá uma interpretação fantástica à canção Meu guri, do Chico Buarque, sobretudo por esta ter sido feita com uma personagem principal feminina. Como uma das maiores intérpretes de Cartola (se não é a maior), temos em As rosas não falam a terceira grande canção em sua voz, de tantas que Beth sempre dedica um tratamento especial, como lhe é de costume.

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 13

Essa série nasceu esse ano e chega a dezembro com Alcione, uma das intérpretes que mais emociona em sua releituras. As canções ganham sua marca, sua voz, sua leitura ímpar e se tornam inesquecíveis. O que dizer de Estranha loucura, da dupla Sullivan e Massadas? Há alguém que a escute e ainda não pense: a canção da Alcione? O mesmo pode ser dito de Mulher ideal.

A "marrom" também fez uma leitura inesquecível de O meu amor, de Chico Buarque, junto com outra pérola de nossa música, a Maria Bethânia. Gosto muito de Pior é que eu gosto, da Isolda, que também ganhou a marca Alcione, assim como Faz uma loucura por mim, O surdo, Sufoco, O mundo é de nós dois, Nem morta, Olha, e mais recentemente, Sua estupidez, do repertório do Roberto.

É, sem sombra de dúvidas, Alcione é uma intérprete que está no topo das estrelas nacionais e, creio que todo compositor nacional gostaria de ver o que aconteceria se ela gravasse algo seu, como faria, pois quase sempre, a surpresa é agradável e inesquecível!

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de novembro de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 12

Marisa Monte não é por acaso uma das maiores estrelas da nossa música em todos os tempos. Destacam-se a cantora, a compositora, a musicista e por que não dizer, a intérprete? Basta observar que nem todas as canções que canta são de sua autoria, mas todas são sucessos e recebem o carimbo, a marca MM, ficando difícil dissociar a canção de sua intérprete.

É o caso por exemplo de Bem que se quis, um de seus primeiros sucessos, uma versão de Nelson Motta. Outro exemplo é a interpretação que ela dá a Rosa, sucesso da Era do rádio. Diariamente, do Nando Reis caiu como uma luva para sua voz. Suas releituras ao vivo também merecem destaque e aí podemos incluir De noite na cama, Xote das meninas e Panis et circences, que também receberam seu toque todo particular.

Mas, adiante, temos Dança da solidão de Paulinho da Viola, que ficou bárbaro. E o que dizer de Seu sabiá de Caetano e Eu te amo te amo te amo do rei Roberto? Chocolate e O que me importa devem ter emocionado muito ao Tim Maia e a seus fãs!  E nas participações em trabalhos de colegas, isso também se verifica, pois é só observar Não quero ver você triste no Erasmo convida 2. E se ainda há alguma dúvida, temos um cd todo de samba, com várias interpretações para analisarmos essa tendência de perfeita intérprete dessa grande estrela da nossa música!

Um forte abraço a todos! 

domingo, 2 de outubro de 2011

Os Intépretes do Brasil - 11

E a Série que homenageia os grandes intépretes chega a décima primeira edição, trazendo um grande cantor e compositor romântico que, quando intepreta canções de outros autores, dá à canção um tratameto especial, semelhante ao que dá às suas criações: José Augusto!

Com um vasto repertório de belíssimas canções, fica difícil escolher uma ou outra apenas que se destaca como grande interpretação. Mas, podemos citar algumas delas como foi o caso do clássico de seu repertório Fui eu, da dupla Sullivan e Massadas, mas que foi imortalizado por ele.

Chuvas de verão, Aguenta coração, Eu e você e Sonho por sonho são outros clássicos do Zé, que não foram compostas por ele. Gosto muito das releituras que ele deu para Te amo (imortalizada pela Wanderléa) e Vida cigana, gravadas recentemente, bem como Coisas do coração que, embora lembre muito a versão do Roberto, sentimos a marca José Augusto presente, como o grande intérprete que é!

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de setembro de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 10

Zé Ramalho é conhecido pelo seu vozeirão e também por grandes composições com as quais presenteia a música brasileira, através de suas próprias leituras, ou quando oferece à alguma outra voz, geralmente feminina. Meio incomum em seu repertório é ouví-lo interpretar outros compositores. Mas, mesmo assim, encontramos em sua discografia, interpretações de outros autores, nas quais carimba sua marca.

É o caso por exemplo de canções como Trem das sete, do Raul Seixas, que considero ter dado uma leitura própria e mais interessante que a original. Ou quando grava algum clássico de Gonzaga como foram as canções Asa branca, Qui nem giló, Sabiá, Baião, Xote das meninas, No meu pé de serra, etc.

Aliás, foram essas e outras canções que fizeram Zé lançar a coletânea Zé Ramalho canta Luiz Gonzaga, que faz parte da série Zé Ramalho canta (Jackson do Pandeiro, Bob Dylan e Beatles). Vale lembrar que já tinha lançado antes o cd/dvd em que explora o repertório do Raul Seixas e também o Cd Estação Brasil, em que canta outros autores como Tom Jobim, Milton Nascimento, Gonzaguinha, Djavan, Cazuza e Roberto e Erasmo, entre outros, o que caracteriza o lado intérprete desse grande músico que temos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 7 de agosto de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 9

Essa é para muitos a Intéprete número um desse país. Vários compositores ainda sonham em ter alguma canção em sua voz e outros muitos já foram premiados com esse presente. Falar em interpretação no Brasil em termos de vozes femininas é não esquecer de Maria Bethânia, afinal seria uma longa discussão sobre qual sua melhor interpretação, de tantas que já fez.

Bethânia é, sem sombra de dúvidas, daquelas artistas que quando resolvem gravar algo, pode ter certeza que a obra estará ainda mais lapidada. Esse é seu ofício, lapidar pérolas com sua voz e interpretação ímpares. Quem interpretou Gonzaguinha melhor que ela em canções como Grito de alerta, Começaria tudo outra vez e principalmente em Explode coração, que imortalizou? E ao esnobar o preconceito contra o mundo sertanejo e nos apunhalar com as interpretações de Romaria, É o amor e Tocando em frente?

Mas, ela não para por aí. Quem se atreve a gravar Roberto Carlos e deixar tão bom quanto o rei? Ela fez isso e basta ouvir todo o CD As canções que você fez pra mim e se deliciar com pérolas como Palavras e Você. Ela poderia ser a preferida de Chico, do mano Caetano, de Guilherme, de Tom e Vinícius, de Rita, de Nando, de Djavan e de tantos outros, pois comprovaríamos isso ao ouvir Olhos nos olhos, Reconvexo, Brincar de viver, Eu não existo sem você, Baila comigo, Gosto demais, Álibi, etc. Mas, ela navega por todas as faixas e diversidades como em outros clássicos que imortalizou como Sonho meu, Negue, Ronda, Depois de ter você, e tantos outros que não caberiam aqui mas que têm igual dedicação de sua arte inigualável.

Um forte abraço a todos!

domingo, 3 de julho de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 8

Olha, em se tratando de intérpretes, o Brasil não tem o que reclamar, pois disfrutamos de grandes vozes, sejam masculinas ou femininas. Emílio Santiago é sem dúvida um dos nomes que integram o topo dos melhores no quesito interpretação. Em diversos ritmos, por diversos autores, Emílio navega apresentando sempre uma qualidade sonora de poucos artistas brasileiros, além de sua privilegiada e inconfundível voz.

Apesar de já ter navegado pela praia de Tom Jobim, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, Ivan Lins, Gonzaga Jr., João Bosco, Djavan, Caymmi, e todos os melhores compositores da música brasileira, gostaria de destacar as interpretações que ele fez para três de suas muitas pérolas, pois esse sim é um artista que alguém não se aventura regravar algo que ele já fez.

A primeira é Saigon, pois essa é daquelas que alguém desconhece o compositor (é do Claudio Cartier, Paulo Feital e Carlão) atribuindo ser a canção do Emílio e talvez seu maior clássico. A segunda, igual a primeira é Verdade chinesa, (do Gilson e do Carlos Colla) e digo igual porque todos também a atribuem ao Emílio. E a terceira é Preciso dizer que te amo (de Cazuza, Dé e Bebel Gilberto), que considero ter a interpretação definitiva na voz desse astro da nossa música. É claro que poderíamos falar de muitas outras, pois a voz do Emílio é como poucas que consegue lapidar ainda mais canções como Um chopp pra distrair, Eu sei que vou te amar, Papel machê, Coisas do coração, Cadê juízo, Essa fase do amor, Um dia desses, etc.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 7

Em tempos juninos, época de festas no Nordeste Brasileiro, uma das intérpretes de maior destaque é a Elba Ramalho. Com vários shows marcados em terras nordestinas, Elba desfila seu vasto e rico repertório, com vários clássicos dançantes ou não, mas que se tornaram imortais em sua voz e inesquecíveis para os fãs da música brasileira e que apreciam seu trabalho, ficando dificil para outro intérprete ousar interpretar a canção depois dela.

Quem se aventurou a cantar De volta pro aconchego, do Nando Cordel, depois da leitura que ela fez em 1985? E o mais interessante é que ela mesmo se supera, quando regrava essa canção, a lapidando sempre. Outra coisa maravilhosa foi ouvir Elba interpretando Lamento sertanejo, do Dominguinhos e do Gilberto Gil, em 2005. Elba cantando Você se lembra, do Geraldo Azevedo é divino, emocionante, demais...

Eu citei três grandes interpretações da Elba, usando critérios particulares, que julgo ter identificação com o de muitos amigos do blog, mas poderia falar de sua voz emprestada a outros clássicos como Dia branco ou Chão de giz, ou Bate coração, ou Veja (Margarida), ou outra de tantas Elbas que se tornam a intérprete preferida do Geraldo, do Zé, do Dominguinhos, do Mestre Lua, do Alceu, do Petrúcio, de tantos compositores que sonham com aquela voz em suas criações!

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de maio de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 6

E hoje, dia do trabalhador, vamos homenagear mais um trabalhador da arte da interpretação musical: Gal Costa. Sim, seu nome é Gal e ela mostra em sua carreira, com seu repertório, que é uma das intérpretes preferidas dos compositores nacionais, desde a década de 60, quando emplacou seus primeiros sucessos Baby, Meu nome é Gal e Que pena.

Gal é intérprete por natureza e é difícil destacar duas ou três canções de seu repertório. Acredito que ela tenha gravado mais Caetano Veloso que a irmã dele, Maria Bethânia. Li que seu próximo projeto vem com canções inéditas dele e das que já gravou do Caetano destaco Baby que, embora apresente várias versões,  sempre nos remete à marca Gal Costa. E o que dizer de Meu bem meu mal, do mesmo artista? Do Doryval Caymmi, Gal imortalizou Só louco, entre outras.

De Chico Buarque, quem não lembra de Folhetim em sua voz? A Aquarela do Brasil é outra se não for interpretada pela Gal. Sua estupidez de Roberto e Erasmo tem um toque de Gal. Mas, a baiana também é craque em Dia de domingo de Sullivan e Massadas, Chuva de prata de Ed Wilson e Ronaldo Bastos, Alguém me disse de Jair e Evaldo. O que dizer de Nuvem negra do Djavan em sua voz? E Caminhos cruzados de Tom Jobim, ao qual gravou um disco impecável? Dá pra negar que essas e outras mostram que Gal Costa é mesmo preferida entre os compositores e uma das maiores intérpretes dessa nação?

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 5

E nessa série em que homenageamos os maiores intérpretes que esse país oferece, destacando suas maiores interpretações, trazemos hoje um cara que é o rei da voz, um professor da música brasileira, uma referência para tantos outros grandes intérpretes, 80 anos de emoção de Cauby Peixoto. Durante toda sua carreira, Cauby mostrou que é intérprete por natureza, não apresentando composições e dessa forma, todos os sucessos de seu repertório são interpretações de outros criadores.

Algumas dessas interpretações receberam destaque em projetos como Cauby interpreta Roberto de 2009, onde visita a obra do rei, ou Cauby sings Sinatra de 2010 onde navega na obra do ídolo Frank Sinatra, ou Cauby canta Baden de 2006. E em termos de canções, destacaria três de seu repertório como pérolas que o levam ao patamar de intérprete por excelência: Conceição, Bastidores e É tão sublime o amor.

Esta última é mais particular de seu repertório e envolve meu gosto pessoal. Conceição é o primeiro clássico do Cauby e virou sua marca registrada, ficando difícil alguém se aventurar a interpretá-la depois dele, inclusive destaco a versão feita para a série 20 super sucessos. E Bastidores é tão Cauby, que não seria pecado dizer que é a canção dele, feita pra ele e chego afirmar que foi uma das maiores inspirações do Chico Buarque em termos de música por encomenda, o que afirma tudo que pude dizer nessa postagem: Cauby é um mestre nessa área e um verdadeiro intérprete da nossa música, habitando a nobreza desta!

Um forte abraço a todos!

domingo, 3 de abril de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 4

E a Série sobre os grandes intérpretes e suas marcas registradas destaca uma figura feminina, já que muitos afirmam que hoje o Brasil é o país das cantoras, precisamos destacar uma que pode ser dita como referência para muitas que estão aí hoje e outras que ainda surgirão: Elis Regina, considerada por vários como a melhor cantora do Brasil de seu tempo.

Elis se destaca em todas as canções que interpretou, e entre elas, gostaria de dar enfâse a Casa no campo, Romaria, Como nossos pais, Águas de março, As curvas da estrada de Santos, O bêbado e a equilibrista, Fascinação, Alô alô marciano, Atrás da porta, Arrastão e Madalena. Esses não são apenas sucessos de seu repertório, pois poderíamos citar mais uma centena deles, mas são interpertações dos mais variados compositores desse país que ganharam sua marca.

Canções que ao ouvirmos, sabemos que se trata da Elis. São interpretações que, mesmo com outras releituras também tão geniais de seus mesmos compositores e de outros intérpretes, a gênese de seu sucesso se encontra em um único nome: Elis Regina e por isso temos nela uma eterna referência para tantas gerações.

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de março de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 3

E no domingo de carnaval, vamos relembrar aquele que foi referência, sobretudo nessa época em grandes interpretações de sambas inesquecíveis: José Bispo Clementino dos Santos, mais conhecido por Jamelão. Natural do Rio de Janeiro, Jamelão é figura facilmente associada à Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, por ser seu mais tradicional intérprete.

Mas, engana-se quem pensa que Jamelão foi apenas intérprete de escola de samba. Entre outras interpretações de seus discos temos os sucessos: Fechei a porta, Leviana, Folha morta, Não põe a mão, Matriz ou filial, Exaltação à Mangueira, Eu agora sou feliz, Ai que saudade da Amélia, Nunca, Ronda, Vingança, A voz do morro, Castigo, Nervos de aço, Esses moços, etc.

Esse cara foi Intérprete por excelência e não só o samba, mas a música brasileira deve muito a seu jeito ímpar de interpretar e de se apropriar da música, ficando difícil alguém se arriscar a dar uma versão àquela canção depois dele. Como intérprete da Mangueira, foi ativo de 1949 até 2006, partindo para a eternidade em 2008.

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 2

Começando essa série, resolvi falar mais uma vez do João Gilberto, coisa que já tinha feito antes em uma postagem geral sobre ele e depois, quando falei de um de seus discos, Eu sei que vou te amar, de 1994. Mas, falar sobre o João nunca é demais e o intérprete e lendário João Gilberto não cabe em uma, duas ou três postagens apenas. Ele, com seu violão único, com sua voz mansa que quebrou a ideia de que cantor só aquele que possui vozeirão, é simplesmente a maior influência para a maioria dos outros grandes intérpretes que ainda abordaremos por aqui.

O papa da Bossa Nova é citada por uma geração que, posteriormente daria continuidade não à sua escola, mas a essa universidade que se credita ao estilo manso, sereno, carregado de harmonias dissonantes e de uma forma ímpar de interpretar as canções que ganham o prêmio de passar por sua voz. João compôs pouco e talvez por isso mesmo tenha se destacado como intérprete, solidificando a Bossa Nova ainda nos anos 50 no mundo inteiro e sendo uma referência dela.

Como intérprete navega fluentemente no repertório do Tom Jobim, imortalizando canções como Desafinado, Eu sei que vou te amar, Wave, Fotografia, Garota de Ipanema e a mais marcante Chega de saudade, entre outras. Mas, João também deixa sua marca na obra do Caymmi, levando os ouvintes ao delíro quando interpreta coisas como Você não sabe amar, Rosa Morena e Saudade da Bahia. Só por aí, já lhe renderia o posto máximo da interpretação nacional. Mas, navega em uma faixa que vai da obra do Caetano, passando pelo Carlos Lyra e chegando até o Lobão.

Que João é uma lenda da nossa música, isso já é de praxe para todos. Mas, o que mais chama atenção é a sua forma de interpretação, numa musicalidade diferenciada e única. Às vezes, parece omitir notas, outras vezes, lapidá-las. Às vezes pensamos que só ele mesmo se acompanharia daquela forma e para uns passa a impressão de que ele está cantando rápido demais. Eu sei que há que não o entenda, há quem não o suporte. Mas, existe um time que ouve, se fascina e nunca mais se esquece e eu faço parte deste!

Um forte abraço a todos!