segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

♫Chega de saudade♫

Hoje é aniversário de São Paulo e também aniversário de nosso inesquecível maestro Tom Jobim. Também é comemorado o dia da Bossa nova, em homenagem ao maestro soberano. E, embora seja um ritmo que nos remete mais ao Rio de Janeiro, vamos comemorar o aniversário de Sampa com esse clássico, afinal, São Paulo já foi cantada em tema da série As cidades cantadas. E Tom é e sempre será lembrado por uma obra tão linda, reconhecida no mundo todo. O maestro também penou para encontrar o sucesso e penso que este só começou a ser devidamente reconhecido quando João Gilberto, outro inesquecível nome, gravou o disco Chega de saudade, com a canção homônima.

Daí pra diante, toda uma boa geração se influenciou pelo canto de João, pela obra de Tom e Vinícius e pelo clássico Chega de saudade, já gravada por nomes como Gal Costa, Caetano Veloso, Roberto Carlos, dentre tantos, que fala de um amor que se foi e saúda sua possível volta, como o remédio exato para a melancolia. Tudo dito de forma simples e sofisticada, com uma levada que seria um carinho ao samba, chamada de Bossa nova. Com uma riqueza harmônica e melódica, a maioria dos clássicos desse estilo são do maestro soberano que faz festa no céu. E chega de saudade... 

Chega de saudade 
Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Vai minha tristeza e diz a ela 
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece que ela regresse 
Porque eu não posso mais sofrer 

Chega de saudade, a realidade é que sem ela 
Não há paz, não há beleza, é só 
Tristeza e a melancolia 
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai 

Mas se ela voltar, se ela voltar 
Que coisa linda, que coisa louca 
Pois há menos peixinhos a nadar no mar 
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca 

Dentro dos meus braços os abraços 
Hão de ser milhões de abraços 
Apertado assim, colado assim, calado assim 
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim 

Que é pra acabar com esse negócio de viver longe de mim 
Não quero mais esse negócio de você viver assim 
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Os trapalhões no reino da fantasia

Janeiro sempre me remete à época da infância, quando nas férias, assistia aos filmes desse inesquecível quarteto: Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias se juntavam para garantir a diversão, junto às gargalhadas. Neste título, temos ainda Xuxa (o famoso filme em que ela é a madre e dirige uma Rural), Beto Carreiro (que dava início ali a ideia que no futuro originaria seu parque temático) e Maurício do Valle, entre outros. 

Também foi nesse filme que passou cerca de 20 minutos de desenho dos trapalhões fugindo no tal bruxo, criação dos estúdios Maurício de Souza e que, posteriormente, lançaria Os trapalhões no rabo do cometa. A história é ambientada quase como um faroeste onde o quarteto faz um espetáculo para ajudar um orfanato em que a irmã Maria (Xuxa) dirige e passa por dificuldades. Didi e Dedé vão atrás dos ladrões da bilheteria, enquanto Mussum e Zacarias continuam o espetáculo para que as crianças não desconfiem do que acontece.

Dessa vez não tivemos nenhum artista da música brasileira compondo ou participando da trilha sonora, como geralmente acontece. Gosto deste título, pois pra nossa época era sinônimo de diversão, aventura, comédia, drama e tudo acabava bem, num reino onde a fantasia era simples, muito modesta, mas que trazia um bem imensurável.

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

♫Assim caminha a humanidade♫

Durante muitos anos, essa canção foi tema de Malhação e, por tabela, de muitos jovens. É típico do trabalho do Lulu Santos produzir coisas sempre atuais e joviais. Lançada em 1994, tornou-se um clássico de seu repertório, sendo regravada em vários projetos ao vivo e acústico de Lulu e também recebeu uma releitura de Emílio Santiago.

A letra dessa canção saúda uma relação que terminou, uma ferida que se abriu e que terá seu tempo para atingir a cura. Que é natural a dor, a tristeza, pois são coisas humanas e cada um tem seu tempo de cicatrização. Muito interessante ressaltar que a humanidade caminha lentamente e sem muita vontade de evoluir, ou sem focar muito isso. E pra quer desejar o mal? Não ter esse sentimento já seria uma evolução da humanidade, trabalhar isso é prosperidade.


Assim caminha a humanidade
Lulu Santos

Ainda vai levar um tempo
Pra fechar o que feriu por dentro
Natural que seja assim
Tanto pra você quanto pra mim

Ainda leva uma cara
Pra gente poder dar risada
Assim caminha a humanidade
Com passos de formiga e sem vontade

Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais


Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Sonhos musicais para 2021

Um feliz 2021 a todos! Naquela cesta onde desejamos paz, amor, dinheiro, felicidade, saúde, acrescentamos mais um elemento concreto da saúde: a vacina. Embora haja quem não atente ou até seja contra, a vacina contra essa pandemia é um desejo de uma grande maioria, para seguirmos nossos caminhos com um pouco mais de tranquilidade.

E no mundo da música que, em 2020 viveu um colapso com shows parados, poucas gravações, torçamos para que esta mudança de ano não seja apenas um número e, sim uma mudança para melhor, que alcance a todos. Não apenas os artistas, mas muitos outros que vivem nos bastidores ou até fora deles, precisam que o mercado de música se recupere. E, artisticamente falando, torçamos para que os bons artistas continuem criando, gravando e lançando boas canções.

Como bom colecionador e apreciador de música, torço para que essa área se recupere e até o mercado físico de CD´s e DVD´s possa dar uma ressurgida. De qualquer forma, desde o astro que se apresenta no show, até o vendedor de cachorro-quente e bebidas da entrada do espetáculo precisam trabalhar e é isso que podemos desejar para 2021: a retomada dos trabalhos e a superação dos desafios, também em prol da nossa boa música!

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Live especial de fim de ano!

Esse ano foi mesmo o ano das lives. Começaram tímidas, de repente explodiram e todo mundo, famoso e até anônimos, fizeram as suas. Agora no final do ano tivemos algumas presenças e algumas ausências. Como fã, fiquei triste por não ter uma live de Roberto Carlos, citado em todas as outras lives que presenciei e até nas que nem vi (como a do respeitado Dj Alok). Aquela reprise de especial repetido não me animou e nem vi. Ainda bem que outros artistas não nos deixaram na mão.

É o caso da live do Caetano, no último dia 19. Muito bonita, com apenas ele ao violão e voz, algumas participações de seus filhos e seus grandes sucessos, escolhidos pelos fãs. Tudo muito perfeito. Simone, rainha das lives dos domingos, também fez uma live emocionante no dia de seu aniversário, dia 25, cantando também alguns clássicos de seu esquecido disco temático de 1995. Se não tivemos o rei, não faltou seu maestro, pois Eduardo Lages também fez muitas lives neste ano e, no Natal, emocionou muito com canções deste tema.

Teresa Cristina tem feitos lives maravilhosas quase todas as noites. Assisti a que fez em homenagem ao rei. Também vi várias da Leila Pinheiro este ano. Penso que, embora não atraiam tanto, as lives ainda são interessantes em momentos que a TV já não apresenta bons musicais. Sinto falta não apenas do tradicional especial de sua majestade, mas também de outros programas da TV voltados para a MPB. Já houve uma época em que as TVs rivalizavam com grandes especiais e agora, tudo isso faz falta. Agora no final do ano, ainda tivemos duas boas notícias, dois grandes nomes lançaram trabalho inéditos e  CD´s físicos: Fagner e Joanna. Isso, conto em 2021. 

Um feliz ano novo a todos!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Feliz Natal 2020!

Nesta postagem quero desejar um abençoado Natal a quem passa por esse espaço e lê as coisas que escrevo sobre nossa música. Obrigado pela companhia que produz a sensação de não estar sozinho nesse trabalho de divulgação de nossa arte, sob a ótica de meu gosto pessoal.

Em termos de música, durante o ano não temos muito o que festejar, a não ser por algumas boas lives, que falarei na próxima semana. Também agora no final do ano tivemos alguns bons lançamentos que comentarei mais adiante. E se estamos por aqui, muito temos que agradecer por essa dádiva que é a vida.

Dádiva também é ter uma música como a nossa, que nos permite navegar em busca de nossas identificações, e que são tantas, com tão grandes nomes e obras. E temos também os eternos clássicos natalinos para nos brindar com a esperança de sempre dias melhores! Muita música, muita Luz na vida de todos!

Um Feliz Natal a todos!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

♫2000 velinhas♫

Em 1999, Fábio Jr. também lançou seu projeto de canções natalinas, já comentado neste Blog anteriormente. Uma das canções mais lindas, que só o tempo dirá se será um clássico natalino ou não é esta, com o título de 2000 velinhas (lembrando que beirávamos o anos 2000 quando houve este lançamento).

Composta por Carlos Colla e Marinho Marcos (irmão do Antônio Marcos), a canção celebra o nascimento de Jesus, com toda a alegria e bons sentimentos que o aniversariante traz e que deve sempre ser vivenciado por nós. A gratidão, um dos sentimentos mais nobres, está presente no refrão e em um ano difícil como este, eis o sentimento ao qual mais devemos nos apegar!

2000 velinhas
Carlos Colla e Marinho Marcos

Duas mil velinhas pra comemorar
O aniversário de Nosso Senhor
Vamos todos nesse dia celebrar
A mais linda manifestação de amor

Duas mil velinhas vamos acender
Com carinho, com respeito e gratidão
Vamos todos num só canto agradecer
Ao Nosso Senhor com muito amor no coração

Jesus, muito obrigado
Abençoai e protegei a humanidade
Jesus, muito obrigado
Que seja feita sempre a Vossa vontade

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Blog Música do Brasil - 13º aniversário

E no próximo dia 09 este Blog completa 13 anos. E, novamente, repetitivo, digo que nunca imaginei ir tão longe em termos de tempo. Dizem que 13 é um número de azar. A tirar por um ano difícil para nossa música, poderíamos coincidir a data com este pensamento. Mas, não me apego a isso e penso que é apenas um número.

É claro que é de se lamentar um ano difícil como este. Para nossa música também não foi diferente. Artistas parados e, público que dependem deles para sobreviver também! Quase nenhuma boa canção nova lançada. Foi o ano das lives, algumas continuam semanais. Aqui neste espaço visitei o passado muito mais que o que já é comum acontecer.

Mas, sigamos firmes, porque mesmo que percamos toda a esperança no presente ou futuro da nossa música (o que não é o caso), temos um passado brilhante para abordar nesse espaço simples, mas feito com dedicação, para a melhor música do planeta. E torçamos para que o vírus da inspiração encoste em nossos artistas e nossa música possa se renovar cada vez mais em futuras criações! Viva à música brasileira!

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

♫Noites com sol♫

Essa belíssima canção, clássico nacional atraca hoje neste espaço para comentarmos um pouco sobre tanta suavidade, sensibilidade, romantismo, poesia, música que acalma e preenche a alma. Isto e muito mais nos oferece essa criação de Flávio Venturini e Ronaldo Bastos, gravada pelo Flávio e também pela Rosana.

Como já dito, é uma letra profunda, que aponta para um amor supremo, que produz coisas inacreditáveis, improváveis e que são magníficas. Daquele sentimento que pensamos não existir na prática por conta de nossas limitações, mas que se pensarmos e atuarmos bem, teremos momentos assim e com pessoas certas que estarão em nossos caminhos. E não estamos falando em momentos, mas em continuidade, desde que saiba doar e receber amor de forma intensa e profunda com o par certo.

Noites com sol
Flávio Venturini e Ronaldo Bastos.

Ouvi dizer que são milagres
Noites com sol
Mas hoje eu sei não são miragens
Noites com sol

Posso entender o que diz a rosa
Ao rouxinol
Peço um amor que me conceda
Noites com sol

Onde só tem o breu
Vem me trazer o sol
Vem me trazer amor

Pode abrir a janela
Noites com sol e neblina
Deixa rolar nas retinas
Deixa entrar o sol

Livre será se não te prendem
Constelações
Então verás que não se vendem
Ilusões

Vem que eu estou tão só
Vamos fazer amor
Vem me trazer o sol

Vem me livrar do abandono
Meu coração não tem dono
Vem me aquecer nesse outono
Deixa o sol entrar

Pode abrir a janela
Noites com sol são mais belas
Certas canções são eternas
Deixa o sol entrar

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

CD Fagner - Pedras que cantam

Um dos melhores trabalhos do Fagner foi lançado em 1991, com o título de Pedras que cantam, canção esta que foi um grande sucesso e tema de novela em 1992. Mas, ainda em 1991, o grande sucesso deste disco e talvez do ano foi a versão de Ferreira Gullar para Borbulhas de amor, se tornando um dos clássicos de seu repertório.

Outro tema da mesma novela foi Cabecinha no ombro, clássico sertanejo e dueto com Roberta Miranda. Aliás, o CD traz alguns convidados e duetos memoráveis, pois além deste já citado com Roberta, tivemos também Joanna em Meu primeiro amor. Roupa nova também participa da faixa Rio deserto. Foi incluído também o medley com Gonzagão: Riacho do navio/Forró no escuro. A canção Somos todos índios foi tema da novela Amazônia, da Manchete.

Temos ainda as faixas Tudo está contigo, Me diz, Outra estória, No Ceará é assim, Cariribe, Saudade, Cavaleiro solitário, Foi Deus, Menos a mim e Verso de boleiro (esta incluída posteriormente em uma nova edição). Um belíssimo trabalho onde unimos as interpretações ímpares do cearense a composições de grandes nomes como Gonzaga Jr., Ferreira Gullar, Dominguinhos, Fausto Nilo, Moraes Moreira, Abel Silva, Nonato Luiz, Evandro Mesquita, Vinícius Cantuária, nesse projeto histórico de nossa música.

Um forte abraço a todos!