quinta-feira, 22 de maio de 2008

O pianista Richard Clayderman

Richard Clayderman é o nome artístico do pianista francês Philippe Pagés. A música instrumental sente-se abençoada pelas notas elegantes emitidas por esse músico mundialmente conhecido.

Romântico, popular e clássico, é assim que se define o pianista que conquistou todos os continentes com mais de 65 milhões de discos vendidos e um carisma reconhecido em cada nota de suas interpretações. "Eu me alegro de ter um público e poder fazer concertos pelo mundo todo, é o que realmente me importa", afirma o francês que tinha pai professor de piano e que já com seis anos de idade lia as canções com mais facilidade.

Aos 12 anos de idade fez conservatório e em 1976 lançou seu primeiro e grande sucesso Ballade pour Adeline, reconhecida e executada no mundo inteiro, sobretudo em eventos de casamentos e festas de 15 anos. A partir daí, Richard interpretou todos os grandes compositores do mundo, passeando por Beatles, Sinatra, trilhas sonoras de filmes, tangos, boleros, músicas italianas, francesas, enfim, clássicos da melodia mundial.

A relação de Richard com o Brasil é muito forte. Existe uma admiração muito grande pelos compositores do Brasil. Já gravou discos sobre bossa nova e com vários outros compositores como Roberto Carlos e Erasmo Carlos, Djavan, Pixinguinha, Tom Jobim, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Ivan Lins, entre outros, sendo mais um porta-voz da música instrumental ao mundo.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de maio de 2008

O show tem que continuar...

O show tem que continuar com o samba fascinante de Beth Carvalho, essa grande intérprete que emociona o Brasil há décadas. Desde criança já era fascinada pela música, quando ouvia Aracy de Almeida, Silvio Caldas e Elizeth Cardoso, todos amigos de seu pai, advogado. A avó tocava bandolim e a mãe, piano clássico, o que levou Beth a alguns anos depois tornar-se professora de música.

Nos anos 60 teve destaque nos festivais de música, ficando em 1968, em terceiro lugar no Festival Internacional da canção com a música Andanças de Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi e Edmundo Souto. Nascia aí um clássico brasileiro, uma voz talentosa e inconfundível e uma grande sambisa, exploradora desse estilo, navegando por nomes como Nelson Sargento, Cartola, Chico Buarque e Jorge Aragão.

Alguns dos sucessos de Beth, se tornaram clássicos da música brasileira, alcançando até outros planetas como Coisinha do pai (Jorge Aragão e Nelson Cavaquinho), que aterrissou em Marte através do robô da Nasa. Outros sucessos da Beth são A jardineira, Acontece, Ainda é tempo pra ser feliz, Apesar de você, As rosas não falam, Carinhoso, Do fundo do nosso quintal, Folhas secas, Mel na boca, Meu guri, Triste madrugada, Vou festejar entre tantas outras.

Beth Carvalho também é tida como madrinha de muitos artistas reconhecidos hoje em dia como Jorge Aragão, Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Sombrinha, Arlindo Cruz, Quinteto em Branco e Preto, Zeca Pagodinho, Yamandú Costa e Alessandro Penezzi. Em 2007 lançou um dvd com os sambas da Bahia e a participação de grandes nomes como Gil, Caetano, Bethânia, Margerth, Ivete, Daniela, entre outros.

Beth Carvalho é daquelas vozes que esperamos sempre ouví-la cantando e encantando esse país, pois quando ouvimos suas canções sabemos que vamos festejar, que vai ter mel em nossa boca e que o show vai sempre continuar...

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de maio de 2008

Se eu digo pare, você não repare...

Zeca Baleiro é um dos nomes da música contemporânea. José Ribamar Coelho dos Santos é natural de São Luís, mas foi em São Paulo que obteve seu reconhecimento nacional. O apelido surgiu porque desde criança sempre gostou de balas, daí surgiu o termo "baleiro".

Compositor de sucessos como Flor da pele, Lenha, Proibida pra mim e Palavras e silêncio, respectivamente gravadas por Gal Costa, Simone, Charles Brown Jr. e Fagner, Zeca também interpreta outros artistas como Roberto Carlos, Zé Ramalho e Fagner, com quem já gravou um disco recentemente.

Ele já participou de discos de diversos artistas, tidos como ídolos seus como Gal Costa, em acústico mtv, com a canção Flor da pele, que fez inspirado em Vapor barato, sucesso da baiana; Alceu Valença, no recente dvd do pernambucano, divide a faixa Vassourinha aquatica e com Elba Ramalho, no cd Cirandeira, em que também toca violão na faixa Alma nua.

Mas, a parceria mais marcante, no quesito trabalhos realizados é com Fagner. O cearense que é veterano em discos com outros artistas e duetos, como os dois discos que fez com Luiz Gonzaga, foi generoso e, após regravar algumas composições e duetos com Zeca, partiu para um projeto mais ambicioso, um disco com composições da dupla e gravado pelos dois, em 2003, onde mesclamos a genialidade e experiencia do cearense com a modernidade do maranhense e dois artistas do Nordeste do Brasil para o mundo.
Zeca, com seu violão afinado e seu jeito calmo de interpretar as canções só vem mostrar que se ele disser pare, não reparemos o que possa parecer, porque com certeza, do Zeca, sempre virá uma musicalidade respeitável.



Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de maio de 2008

Eu vejo um museu de grandes novidades...

Cazuza é sem sombra de dúvida um dos grandes nomes do rock brasileiro de todos os tempos. Do início dos anos 80, com o Barão Vermelho até o final da década com sua carreira solo, conseguiu deixar na música brasileira sua marca de irreverente, romântico e polêmico. Tentou desmascarar o país, numa época pós-ditadura.

No início dos anos 80, junto com Frejat, Dé, Maurício e Guto, fundaram a banda Barão Vermelho. Gravaram um disco simples em 1982, com o pai de Cazuza - João Araújo, diretor da Som livre que, relutante não pensou muito numa carreira assim para seu filho. Entretanto o primeiro reconhecimento veio rápido e por parte de Caetano Veloso que incluiu o sucesso Todo amor que houver nessa vida em show e criticou as rádios por não tocarem aquela banda. Começava aí a carreira curta e marcante de Agenor de Miranda Araújo Neto, que só aceitou seu primeiro nome quando soube que Cartola, um de seus ídolos, também tinha esse nome.

O segundo disco da banda foi mais marcante, mas ainda não vendeu tanto, embora viesse com o clássico Pro dia nascer feliz, regravado por Ney Matogrosso. Em 1984 com o filme Bete Balanço e a música feita por encomenda, o Barão chegou ao grande público, com sucessos como Maior abandonado. Em 1985, Cazuza segue carreira solo e deixa a banda após a primeira edição do Rock in Rio.

E a carreira solo apresenta o Cazuza de corpo e alma com canções arrasadoras como Exagerado, Codinome Beija-flor, O nosso amor a gente inventa, Ideologia, Brasil, Faz parte do meu show, O tempo não pára, Preciso dizer que te amo, e interpretações fantásticas como O mundo é um moinho do Cartola.

Cazuza está no andar de cima, mas sua canção é sempre atual, marcante, tanto é que outros roqueiros seguiram sua linha como Cassia Eller, que interpretou como ninguém a canção Malandragem. E até outros intérpretes como Nelson Gonçalves que interpretou Faz parte do meu show ou Simone, que imortalizou Codinome Beija-flor e tantos outros se renderam ao seu trabalho memorável. Em 2004 foi lançado o filme Cazuza (o tempo não pára) relatando a carreira desse grande astro da música brasileira.

E muitas são as frases reflexivas deixadas como "Tuas idéias não correspondem aos fatos, o tempo não pára..." ou "Nessa novela não quero ser seu amigo, eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem enganos..." ou "Meu cartão de crédito é uma navalha, Brasil mostra tua cara..." ou "Pra quê usar de tanta educação pra destilar terceiras intensões...?" enfim, letras inesquecíveis relembradas sempre por outros intérpretes como Gal Costa, Maria Bethânia, Luiz Melodia, Fábio Jr., entre outros. Ficamos com a letra de Preciso dizer que te amo, uma das minhas favoritas dele, interpretadas por ele mesmo, Marina Lima e Emílio Santiago:

Preciso Dizer Que Te Amo
(Dé/Bebel Gilberto/Cazuza)

Q
uando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo!
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo ,tanto...

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo

E nessa novela eu não quero ser teu amigo, que amigo!?
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo, tanto...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Os ao vivos do Chico 2...

Continuando a falar dos grandes discos ao vivo do Chico Buarque, hoje abordaremos o Chico Buarque - As cidades ao vivo de 1999. Gravado durante a turnê As cidades, explora canções mais recentes e também grandes clássicos do Chico em um disco duplo!

O cd começa com o Chico homenageando a classe artística de quem tanto se orgulha com a faixa Paratodos. Depois segue uma sequência de sambas de sua safra como Amor barato, A noiva da cidade, A volta do malandro e Homenagem ao malandro. A ostra e o vento traz essa lindíssima valsa composta pelo Chico para o filme de mesmo nome. O lado intérprete aflora em Sem você de Tom e Vinícius, uma das poucas regravações que o Chico fez em sua carreira.

Com arranjos do maestro Luis Cláudio Ramos, e parceiro na composição da faixa Cecília, o disco conta com músicos de peso como a pianista Bia Paes Leme e o baterista Wilson das Neves, que sempre acompanha o Chico em suas turnês. A partir de Aquela mulher, uma sequência de clássicos interpretados pela alma feminina como Sob medida, O meu amor, Teresinha, além de Injuriado e Quem te viu, quem te vê, grande clássico que emociona pela lembrança!

O segundo disco abre com As vitrines, seguindo por Iracema Voou, Assentamento, Como se fosse a primavera e o clássico Cotidiano, contrariando quem diz que o Chico todo dia faz tudo sempre igual. Em seguida, apresenta a banda com a faixa Bancarrota blues, seguindo Xote de navegação e o grande clássico Construção, com um novo arranjo de arrasar!

E o show se finaliza com Sonhos sonhos são, Carioca, Capital do samba/Chão de esmeraldas e Futuros amantes, numa homenagem à cidade do Rio de Janeiro. Não poderiam faltar clássicos consagrados do Chico como Vai passar e João e Maria.

É um grande disco que figura entre os melhores do Chico Buarque. Um fato curioso é que esse disco saiu em duas versões, duas capas diferentes, apresentadas nesse post. Foi também lançada uma versão em dvd, com o Chico comentando algumas passagens de sua vida e muitas dessas canções mencionadas do cd cantadas ao vivo. Um disco que resgata alguns clássicos não interpretados no ao vivo anterior e apresenta outras canções também candidatas a clássicas no repertório desse grande compositor da história da música brasileira.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Eu me criei matando a fome com tareco e mariola...

Mês de junho tá chegando e com ele os acordes apaixonados das sanfonas do Nordeste brasileiro. Entre esses, destaco um dos grandes discípulos de Dominguinhos e Luiz Gonzaga - Flávio José.

Natural de Monteiro, na Paraíba, Flávio já dava os primeiros acordes na sanfona aos sete anos de idade, tornando-se mais tarde um artesão do forró, alcançando todas as classes, desde a elite até as camadas mais populares.

Sua carreira começou no final dos anos 70, vindo a firmar-se e tornar-se indispensável às festas juninas nos anos 90, e não apenas durante essas comemorações, mas toda vez que se deseja ouvir e dançar um forró pé-de-serra ou um xote abraçado a quem se ama! E não podem faltar em seus shows muitos sucessos que interpreta de compositores da região como Petrúcio Amorim, Accioly Neto, Vital Farias, entre outros que sempre o presenteiam com canções como A casa da saudade, A natureza das coisas, Anjo querubim, Caboclo sonhador, Caia por cima de mim, Cidade grande, De mala e cuia, Espumas ao vento, Filho do dono, Lembrança de um beijo, Me diz amor, Nordestino Lutador, Sem ferrolho e sem tramela, Seu olhar não mente, Tareco e mariola, Terra prometida, entre outras que destacarei em breve, quando falarmos sobre as festas juninas aqui do Nordeste.

Sempre aquecendo os corações românticos como em Espumas ao vento ou despertando a reflexão de todos para os problemas da região como em Filho do dono, Flávio segue a linha Gonzagão onde canta o amor e problemas sociais de seu povo e de sua terra, com muita determinação e profissionalismo, tornando-se um forrozeiro indispensável nas grandes festas onde o forró é o pai da alegria!

Um forte abraço a todos!

domingo, 11 de maio de 2008

Obrigado, mãe...

Esse blog vem hoje homenagear todas as mães, o grande presente que Deus nos dá, um presente eterno. É através de Agnaldo Timóteo, com o disco
Obrigado, mãe que vamos fazer essa singela homenagem.

Agnaldo Timóteo começou seu sucesso ainda em Minas Gerais. Ao mudar-se para o Rio, trabalhou como motorista da Ângela Maria. Alcançou fama com seu primeiro grande sucesso - Meu grito, de Roberto Carlos, a quem prestou uma homenagem anos depois com um disco todo temático - Em nome do amor, dedicado ao rei da música brasileira. Timóteo emplacou vários outros sucessos românticos como Os brutos também amam, A praia, Fascinação, De igual pra igual, Quem é, Ronda, Sombras, Sonhar contigo, Tristeza danada, entre outros.

Em 1995, com a participação luxuosa de Ângela Maria em várias faixas, fez esse disco temático em homenagem às mães, reeditado em 2007 com a capa acima, diferente da original. Timóteo reuniu em um só projeto canções populares da música brasileira, dedicadas às mamães: Obrigado mãe, Flor mamãe, Fogão de lenha, Nossa Senhora, Mamãe, Maezinha querida, etc.

Ficamos com a letra do clássico Mamãe de Herivelto Martins, canção cantada pelas escolas do país afora para homenagear esse anjo de Deus:

Mamãe
(Herivelto Martins/David Nasser/Washington Harline)

Ela é a dona de tudo
Ela é a rainha do lar
Ela vale mais para mim
Que o céu, que a terra, que o mar

Ela é a palavra mais linda
Que um dia o poeta escreveu
Ela é o tesouro que o pobre
Das mãos do senhor recebeu

Mamãe, mamãe, mamãe,
Tu és a razão dos meus dias
Tu és feita de amor e esperança

Ai, ai, mamãe
Eu te lembro chinelo na mão
O avental todo sujo de ovo
Se eu pudesse eu queria outra vez mamãe,
Começar tudo, tudo de novo...

Um forte abraço a todos e feliz dia das mães!

sábado, 10 de maio de 2008

Abra a janela e veja eu sou sol...

Ivete Maria Dias de Sangalo nasceu na Bahia, lá no interior, em Juazeiro, numa família de músicos. Seu irmão ensinou algumas canções em violão. Cantou na noite e fez parte da Banda Eva. Essas foram as duas raízes que fizeram de Ivete a musa que hoje representa nesse país.

Na Banda, Ivete assumiu seu lado axé e despontou como grande cantora e vendedora de discos, com hits como Beleza rara, Levada louca, Arerê, Carro velho, Eva, Tá tudo bem, entre outras curtidas sobretudo nos carnavais de Salvador e naqueles fora de época que acontece país afora.

Ivete deixou a banda em 1999, seguindo carreira solo ainda mais bem sucedida. Com sua voz grave e um pouco rouca, mostrou que não veio apenas para cantar axé, buscando sempre interpretar vários estilos e compositores, escola que aprendeu na noite. E continua a emplacar grandes sucessos que alcançam todas as rádios, todos os públicos: A lua que eu te dei, Se eu não te amasse tanto assim, Abalou, Back at one, Coleção, Deixo, Frisson, Penso, Quando a chuva passar, Sá Marina, Festa, Sorte grande, Somente eu e você, Soy loco por ti América, entre outros.

Ivete é a maior vendedora de discos (cd e dvd) na atualidade. O projeto Multishow ao vivo no Maracanã bateu recordes de vendagens em uma época em que a pirataria limita as vendas. Seus shows possuem uma energia e alto astral que contagiam a todos. Além disso, está constatemente na mída, em comerciais e programas televisivos. Já fez filmes e tem um programa musical na grade da Rede Globo no final de ano, o Estação Globo. Mas, quem disse que seus fãs não gostam disso? Por esse motivo, abra a janela e veja, Ivete é o sol na música brasileira...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Festival da Seresta no Recife

Amigos, hoje falarei de um acontecimento muito importante no calendário de uma das principais cidades do Brasil. É que de ontem até sábado, acontece no Recife o Festival da Seresta, quando a cidade se transforma na capital da música romântica.

A seresta foi um nome surgido no século XX no Rio de Janeiro para rebatizar a mais antiga tradição de cantoria popular das cidades: a serenata. Ato de cantar canções de caráter sentimental à noite, pelas ruas, com parada obrigatória diante das casas das namoradas. Com o tempo, a seresta também plantou seus clássicos na música brasileira como A deusa da minha rua, A noite do meu bem, Que será, A namorada que sonhei, A última canção, Alguém como tu, As rosas não falam, Cabecinha no ombro, Carinhoso, Chão de estrelas, Da cor do pecado, Gente humilde, Matriz ou filial, Meu primeiro amor, Nada além, Quem é, Onde anda você, Ronda, Rosa, Ternura antiga, entre outras.

Aqui no Recife, já estamos na 14º edição desse evento que já apresentou vários artistas como Núbia Lafayete, a homenageada dessa edição, José Augusto, Joanna, Moacir Franco, Fafá de Belém, Cauby Peixoto, entre outros. Esse ano, a programação é dividida em blocos temáticos por noite. Abaixo a programação completa:

Quarta-feira (07) - Noite da Jovem Guarda
  • Tânia Santos
  • Mozart
  • Wanderléa
  • Renato e Seus Blue Caps
  • Reginaldo Rossi

Quinta-feira (08) - Noite do Bolero

  • Mevinha Queiroga
  • Leonardo Sullivan
  • Ângela Maria
  • Agnaldo Timóteo
  • Adilson Ramos

Sexta-feira (09) - Noite do Samba

  • Arthur Philipe
  • Nadja Maria
  • Roberto Silva
  • Pery Ribeiro
  • Antônio Carlos & Jocáfi
  • Alcione

Sábado (10) - Noite das Mães

  • Roberto Júnior
  • Augusto César
  • Altemar Dutra Jr.
  • Nilton César
  • Raimundo Fagner

Por já ter contemplado as outras edições desse evento maravilhoso, indico aos amigos. Pra quem gosta de dançar agarradinho, relembrando os sucesos inesquecíveis da música romântica, Recife é uma ótima pedida! Acima a foto do Marco Zero, espaço onde acontecerão todos esses eventos. A entrada é franca. Vem curtir essa cidade linda e cheia de romantismo...

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Meu sangue latino minh´alma cativa...

Esse é Ney de Sousa Pereira, o nosso Ney Matogrosso. É mais uma artista que caracteriza a versatilidade dos músicos brasileiros. Um timbre de voz único, interpretação e arte ímpares fazem dele uma figura unânime na música brasileira.

Remanescente do grupo Secos e molhados, um fenômeno da década de 70, Ney ainda pensou em ingressar para a aeronáutica antes de se inclinar para o campo artístico. Ao conhecer João Ricardo, já em São Paulo, que buscava um cantor de voz aguda para um conjunto musical foi convidado para ser o cantor do grupo Secos & Molhados e bateu todos os recordes de vendagens e sucesso na época.

Em 1975, Ney saiu do grupo e lançou seu primeiro disco solo, mas só obteve reconhecimento com seu disco de 1976, Bandido quando estreou um show de mesmo nome tendo como número principal a faixa Bandido Corazón, composto especialmente para ele por Rita Lee. Numa época em que o regime militar perseguia, sobretudo os artistas, Ney apresenta em shows coreografias erotizantes e expondo sua masculinidade como um contraponto à ousadia nos tempos de chumbo, acabando por influenciar toda uma geração de artistas e enveredando para outras artes. Hoje é coreógrafo, iluminador e dançarino, atuando como diretor geral de seus espetáculos musicais. Já dirigiu outros artistas como Chico Buarque, iluminação do show As cidades, e também a cantora Simone, entre outros.

Ney também é campeão em homenagear astros em discos como fez com Ângela Maria, Chico Buarque e Cartola. Também já fez duetos memoráveis com Ângela Maria, Fagner, Chitãozinho e Xororó e o grupo carioca Pedro Luís e a Parede. Atualmente está em cartaz com o elogiadíssimo show Inclássificáveis, lançado em cd e dvd.

Suas maiores interpretações são Não existe pecado ao sul do Equador, Homem com H, Pro dia nascer feliz, Vereda tropical, Maria escandalosa, Coubanakan, Acontece, Amendoim Torrado, Babalu, Balada do louco, Bambolêo, Retrato marrom, Rosa de Hiroshima, Mesmo que seja eu, Sangue latino, Cálix bento, entre outros que fazem do Ney um artista ímpar na música brasileira, um grande sangue latino...

Um forte abraço a todos!