domingo, 22 de maio de 2011

CD Djavan Ária

Djavan é daqueles artistas completos, que representam bem uma perfeita referência na música brasileira, pois compõe, toca e interpreta de uma forma que imortaliza grandes sucessos, garantindo sua marca. No decorrer de sua carreira, sua discografia é composta por canções que, em sua maioria foram produzidas por seu próprio punho.

Mas, há poucas exceções e  essas  também chamam atenção, como as interpretações de Correnteza (Tom Jobim e Luiz Bonfá), Sorri (Charles Chaplin e João de Barro) e Coração leviano (Paulinho da Viola), todas do cd Malásia, de 1996. Disso, soma-se ao compositor, cantor e músico, o intérprete, e o resultado disso, temos nesse trabalho lançado em 2010, um dos poucos projetos interessantes desse ano.

Ária é composto de 12 interpretações escolhidas e produzidas pelo próprio Djavan, sendo acompanhado por dois violões, uma guitarra e percussão, onde desfila seu lado crooner ao visitar canções do repertório de Caetano Veloso, Cartola, Frank Sinatra, Ângela Maria, Gilberto Gil, Chico Buarque, Beto Guedes, Edu Lobo e Luiz Gonzaga em Disfarça e chora, Oração ao Tempo, Sabes Mentir, Apoteose ao samba, Luz e mistério, La noche, Treze de dezembro (instrumental), Valsa brasileira, Brigas nunca mais, Fly me to the moon, Nada a nos separar e Palco.

Um forte abraço a todos!

sábado, 21 de maio de 2011

Fim de tarde

Sempre alguém estoura com um grande sucesso romântico, o que comprova que a música romântica é eterna e os rótulos depreciativos que alguns tentam impor não passam de coisas menores e insignificantes, afinal, quem não é romântico, talvez gostaria de ser.

Essa canção é da década de 70, imortalizada pela Cláudia Telles e revivida na década de 90, com o grupo vocal Fat Family. Um amor partido que é revivido pela saudade, sobretudo naqueles momentos em que a paisagem grita a ausência de alguém para completá-la.

Fim de tarde
(Mauro Motta e Robson Jorge)

Hoje eu sinto tanto não ter você
E nem o tempo fez eu te esquecer
E prá que chorar se você não vem
Não vem...

Perdi você
Não tente entender ainda te amo
Perdi você
Sem razão, sem querer

Todo fim de tarde é sempre assim
E uma saudade vai nascendo em mim
Se eu já nem sei mais porque
Te amei

Perdi você
Não tente entender ainda te amo
Perdi você
Sem razão, sem querer

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fez do meu coração a sua moradia...

Ela é natural do Rio de Janeiro/RJ, mas foi criada em São Paulo. Sua relação com a música vem desde a infância e na adolescência, após estudar canto, foi crooner de boates de volta ao Rio de Janeiro, cantanto música norte-americana e bossa nova. Ela é Eliana Leite da Silva, conhecida como Eliana Pittman.

Nos anos 60, já excursionava pelo exterior, divulgando sua música e tornou-se conhecida nacionalmente em 65, quando excursionou pelo país. Entre os sucessos de seu repertório estão Tristeza, Esse mar é meu, Mistura de carimbó, Eu bebo sim, Dança do carimbó, Tô chegando já cheguei, Maré mansa, Capital do samba, Nem saudade, entre outras, que também garantiram a ela o título de Rainha do carimbó, por ser uma das pioneiras a divulgar esse ritmo.

Eliana também é atriz e segue fazendo shows país afora. Como uma das vozes brasileiras consagradas já pelos seus mais de 40 anos de carreira, sempre se reencontra com seu público fiel, a quem sempre reserva uma boa música, uma boa história pra contar, além de suas danças, sua arte!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fique mais uma estação...

Natural de Belém/PA, ele é referência quando o tema é o estouro que foi a lambada, ritmo contagiante sobretudo no final dos anos 80 e começo dos anos 90. Considerado o rei da lambada, Raimundo Roberto Morhy Barbosa, sempre foi conhecido por Beto Barbosa. Campeão de vendas no final dos anos 80, sobretudo pelo sucesso da canção Adocica.

Seu sucesso conquistou todo o país, com canções como Baila neguinha, Preta, Fruto proibido, Dançando lambada, Chamego, Meu amor não vá embora, etc. E uma febre fez esse ritmo renascer, pois anos antes, Sidney Magal também estourava com canções que remetiam a esse ritmo. No Nordeste Brasileiro, a lambada superou por um tempo o forró, chegando a substituí-lo em festas juninas.

Mas, como muitos modismos, a lambada também teve seu tempo e também sofreu seus preconceitos. Mas, acima disso estão artistas como Beto Barbosa, que até hoje continua lotando shows, levando suas músicas e fazendo o povo dançar sob o ritmo que domina tão bem.

Um forte abraço a todos!

domingo, 15 de maio de 2011

CD e DVD Agnaldo Rayol - 50 anos depois

Quem também comemorou 50 anos de carreira foi Agnaldo Rayol, nosso rei da voz, e para celebrar essa data presenteou seus fãs com esse trabalho: Cd e Dvd de um show especial gravado em São Paulo, que contou com as presenças de Pe. Marcelo Rossi (que apresentou o show), Marina Elali (dueto em Eu sei que vou te amar), Érika Rodrigues (dueto na inédita Vai me proteger), Roberto Justus (dueto em I´ve got you under my skin), Fafá de Belém (dueto na Ave Maria, de Vicente Paiva) e Wanessa (dueto em Tocando em frente).

Com produção de Afonso Nigro, após a apresentação do Pe. Marcelo, a orquestra formada por 40 músicos dá início ao show com um medley instrumental envolvendo sucessos da carreira do Agnaldo, que ao encontrar seu público entoa clássicos da música brasileira como Se todos fossem iguais a você, Maria Maria, Fascinação, Rosa, Carinhoso, Começaria tudo outra vez, Romaria e Sangrando.

Um dos pontos altos do show: Agnaldo, Fafá e a Ave Maria.
Temos ainda os medleys E a vida continua/Acorrentados/A praia, El dia que me quieras/La Puerta/La barca e Em nome do amor/Tormento D´Amore/Mia Gioconda, além de Nessun dorma, O princípio e o fim e Ave Maria (Gounod), e por fim Creio em Ti que entrou no bônus que apresenta making of e entrevista, completando esse que é um grande presente para a música brasileira que reverencia sua grande voz!

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de maio de 2011

Ângela

Essa canção é lindíssima e foi imortalizada pelo Neguinho da Beija-Flor, regravada pelo Belo e por Agnaldo Timóteo, mais recentemente. Mas, acredito que seja o maior sucesso do Neguinho, requisitada em todos seus shows. Um samba romântico, daqueles que a música brasileira oferece com maestria para o mundo. Vale lembrar que Ângela é o título de outra canção romântica da nossa música, de Tom Jobim e, talvez por isso, muitos se referem à que estamos abordando como Negra Ângela.

Essa canção remete a uma paixão cinematográfica. Isso mesmo, coisa de cinema, que a gente presencia e se magnetiza como algo que não vale ser interrompido por um piscar de olhos. Acho muito legal também ressaltar a beleza da mulher negra, ainda vítima de tantos preconceitos, e que encontra nessa letra que, inclusive aponta seu nome próprio e juntamente com o samba, é ofertada como uma de nossas riquezas naturais.

Ângela
(Serginho Meriti e Alexandre)

Eu prefiro acreditar que é mentira
É brilho demais para um só olhar
É inspiração demais, é muita lira
Mas meus velhos olhos não queriam me enganar

Ela é negra, negritude que fascina
Senhora menina, menina senhora me descontrolou
A distância e o lindo visual nesta retina
Sua voz que o próprio canto encantou

Hoje eu vi um lindo negro anjo
Anjo negro, lindo anjo
Negra Ângela...

Aquele corpo inteiro me deixou cabreiro
E este instinto masculino vive a me cobrar
Ah, se eu fosse o primeiro
Nem segundos, nem terceiros ocupariam meu lugar

É que eu vi um lindo negro anjo
Anjo negro, lindo anjo
Negra Ângela...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Há um alguém na multidão que vai te adorar com devoção...

Formação atual.
Um dos grupos vocais mais conhecidos e em maior tempo de atividade no Brasil, sucesso da Jovem Guarda: os Golden Boys. A formação original contava com os irmãos Roberto Corrêa, Ronaldo Corrêa, Renato Corrêa e o primo Valdir Anunciação. O grupo começou ainda no final dos anos 50, fazendo versões de suscessos americanos. Foi dessa época o primeiro êxito: Meu romance com Laura.

O grupo alcançou o sucesso nacional depois de fazer parte da Jovem Guarda. Além disso, os irmãos Corrêa se destacaram na composição de sucessos desse tempo como É papo firme, Anjo, Eu amo demais, Foi assim, Não precisa chorar, etc. Também participaram do Terceiro Festival da Canção, acompanhando Beth Carvalho na canção Andança.

Formação original dos anos 60.
Alguns dos sucessos do Golden Boys são Alguém na multidão, Se eu fosse você, Michelle, Mágoa, Pensando nela, Cabeção, etc. Além disso, o grupo participa de projetos de outros colegas como Jorge Benjor, Trio Esperança, Wanderléa, Erasmo Carlos, entre outros, além dos projetos comemorativos de aniversário da Jovem Guarda. Atualmente, a formação conta apenas com os três irmãos, que seguem levando os shows do grupo, país afora.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fazer canções como as que fez meu pai...

Ele é João Batista Nogueira Júnior, ou simplesmente João Nogueira. Natural do Rio de Janeiro, é referência entre os grandes sambistas e por ser filho de músico, esteve desde cedo em contato com grandes nomes como Pixinguinha, Donga e Jacob do Bandolim. Seu pai chegou a tocar com Noel Rosa e foi sua grande influência, pois foi acompanhando seu pai que aprendeu violão.

Nos anos 60, João já era compositor e gravou seu primeiro disco e seus primeiros sucessos. E de lá parte sua carreira que cumpriu até 2000, quando partiu para o andar de cima, mas continua na obra de seu filho, Diogo Nogueira, de quem falaremos adiante.

Entre os artistas que já o gravaram estão Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Eliana Pittman, Zeca Pagodinho, Dona Yvonne Lara, Emílio Santiago, Beth Carvalho, entre outros. Entre os sucessos de seu repertório, estão Espelho, Poder da criação, Nó na madeira, Súplica, Clube do samba, E lá vou eu, O passado da Portela, Amor de malandro, etc.

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de maio de 2011

Mãezinha querida

Mais um clássico da música brasileira em homenagem ao dia das mães. Mãezinha querida sempre foi entoada por grandes vozes, no passado por Carlos Galhardo e mais recentemente, por Agnaldo Timóteo e Ângela Maria. Com uma letra e melodia que remetem à doçura maternal, essa canção atravessa o tempo e se faz presente a cada dia das mães.

E o mais notório é que em poucas palavras e com uma simplicidade admirável, os autores conseguem transimitir essa mensagem terna e amorosa de um filho à sua mãe. Outro ponto favorável é que as vozes que até hoje entoaram essa canção souberam dar o tom certo de emoção e carisma, transformando essa em um clássico e por que não dizer, um hino a esse dia, sempre!

Mãezinha querida
(Getúlio Macedo e Lourival Faissal)

Minha mãezinha querida
Mãezinha do coração
Te adorarei toda vida
Com grande devoção

É tua esta valsinha,
Foste a inspiração
Canto, querida Mãezinha
A tua canção

Alegria... um prazer.
Uma grande emoção.
Neste dia te dizer
com muito amor e afeição.

Oh, minha Mãe,
Minha santa, querida
És o tesouro que eu tenho na vida
Eu te ofereço esta linda canção
Mãezinha do coração...

Um forte abraço a todos!

sábado, 7 de maio de 2011

CD Fábio Jr. Íntimo

Esse está saindo do forno, tido como um grande presente para o dia das mães é o Cd Íntimo, lançado por Fábio Jr, que conta com 13 regravações, produção de César Lemos e com a participação de dois de seus filhos. Nas entrevistas que tem dado, Fábio afirma que são canções que o tocam muito e que gostaria de ter ele mesmo composto tais obras primas.

Com seu filho Fiuk, divide as faixas 20 e poucos anos, do próprio Fábio e Carango, que foi sucesso na época da Jovem Guarda, gravada por Wilson Simonal e Erasmo Carlos. Mas, Fábio também passeia pelo rock moderno com As dores do mundo e Dias melhores, do repertório do Jota Quest, passando por Marina Lima em Fullgás, com quem divide o vocal com sua filha Tainá, e também Noite do prazer, de Cláudio Zoli. E essa levada pop rock se evidencia também nas versões de Casinha branca, do Gilson, Muito estranho, do Dalto e Paciência, do Lenine.

As baladas aparecem em Você é linda, do Caetano Veloso, Esquinas, do Djavan, Paixão, do Kleiton e Kledir e Do fundo do meu coração, de Roberto e Erasmo. Sem lançar canções inéditas há alguns anos, Fábio continua presenteando seus fãs com trabalhos onde seu lado intérprete aflora, para o delírio das mulheres e dos fãs da boa música. E, embora apareça dormindo na capa, prova com esse trabalho que não dorme em serviço, apresentando mais um trabalho excelente, onde impõe a marca Fábio Jr. e a empresta a grandes clássicos.

Um forte abraço a todos!