terça-feira, 4 de outubro de 2011

Eu não sei como apagar o que você foi pra mim...

Alguns grupos surgiram nos últimos anos. Entre eles, gostaria de destacar o KLB, formado pelos irmãos Kiko, Leandro e Bruno. Filhos do empresário Franco Scorvanacca, se lançaram na carreira musical em 2000, quando lançaram seu primeiro cd e contaram já com os sucessos radiofônicos A dor desse amor e Ela não está aqui.

E daí em diante emplacaram vários sucessos como Te amar ainda mais, Por que tem que ser assim, Minha timidez, A cada dez palavras, Muito estranho, Olhar 43, Seu nome, Por causa de você, Amor de verdade, Todo azul do mar, Só dessa vez, Um sonho a dois, etc.

Eu gosto da banda que anda meio sumida, mas creio que estejam preparando algo novo para nós. Nesses anos, eles evoluiram bastante como músicos e não costumo ver com preconceitos alguém que faz algo valioso, em que acredita e é por isso que o KLB é uma banda que conquista novos fãs país afora nesses mais de dez anos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de outubro de 2011

Os Intépretes do Brasil - 11

E a Série que homenageia os grandes intépretes chega a décima primeira edição, trazendo um grande cantor e compositor romântico que, quando intepreta canções de outros autores, dá à canção um tratameto especial, semelhante ao que dá às suas criações: José Augusto!

Com um vasto repertório de belíssimas canções, fica difícil escolher uma ou outra apenas que se destaca como grande interpretação. Mas, podemos citar algumas delas como foi o caso do clássico de seu repertório Fui eu, da dupla Sullivan e Massadas, mas que foi imortalizado por ele.

Chuvas de verão, Aguenta coração, Eu e você e Sonho por sonho são outros clássicos do Zé, que não foram compostas por ele. Gosto muito das releituras que ele deu para Te amo (imortalizada pela Wanderléa) e Vida cigana, gravadas recentemente, bem como Coisas do coração que, embora lembre muito a versão do Roberto, sentimos a marca José Augusto presente, como o grande intérprete que é!

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de outubro de 2011

Letras negras

Mais uma belíssima canção do Geraldo Azevedo, em parceria com o grande compositor Fausto Nilo e regravada de forma brilhante pelo Fagner: Letras negras. Uma composição com uma longa letra que descreve um sonho relembrado ao se folhear o jornal. Considero também uma letra de difícil interpretação, pois expõe algumas metáforas, coisas típicas de sonhos que lembramos e que muitas vezes parecem confusos em nossa mente, apresentando elementos sem ligação com o tema central do sonho. Interpretar uma canção como essas é como interpretar um sonho, algo bastante difícil e particular.

Em minha singela opinião fica a ideia de um amor forte, mas que está apenas na lembrança, a ponto de ignorar as letras do jornal ou até buscar nelas a saudade que se sente! É como se houvesse uma comparação entre o que sempre existiu de maravilhoso e o vazio que restou naquelas letras do jornal. E a frase: "O sonho é um sinal que tem fruta madura no quintal do vizinho" chegou a mim como se o autor apontasse que o sonho do retorno será realizado mediante a autorização alheia, da pessoa amada. É um risco que se corre ao expor as interpretações particulares, pois você apenas demonstra humildemente como aquelas frases chegaram a você, sem a certeza que foi essa a vontade do autor, mas é assim que descrevo essa belíssima canção que tanto aprecio:

Letras negras
(Geraldo Azevedo e Fausto Nilo)

Pelo jornal o dia chega
Com as letras negras
Do que está por vir
Pelo meu sonho era tudo bem
Você passava e olhava pra mim

Seu olhar selvagem
Perdido na paisagem
De fumaça e luz
No paraíso amor um dia
Imaginamos cidades azuis

Oh meu amor
Meu grande amor
E agora?

Serenai! Serenai! Oh verde mar
A madrugada chegou
Começa o dia e você me incendeia
Amor me incendeia até florescer

E nada mais bonito
Que o grito selvagem
Do subúrbio lado blue
Desconstruindo os muros
Até o sonho amanhecer

Oh, meu amor
Meu grande amor
E agora?

A voz na sacada
Da casa rosada
A solidão da voz
E na varanda branca da alvorada
O tempo cansa de esperar por nós

Será que é preciso imaginar o cosmo pra compreender
que esse bebê no colo tenta resistir
Essa madona quer sobreviver

Oh meu amor
Meu grande amor
E agora?

De lá das estrelas
Eles querem ver esse mundo explodir
Lágrimas na rua de verdade
Tudo pode acontecer

Afinal o sonho é um sinal
Que tem fruta madura no quintal do vizinho
Por tanto tempo eu fiquei sozinho
Pelo jornal o mundo acabou

Oh meu amor
Meu grande amor
E agora?

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mas, a filosofia hoje me auxilia...

E finalizamos o mês de setembro com um retorno à Era do rádio, com esse artista autêntico desse momento: Mário da Silveira Meireles Reis. Natural do Rio de Janeiro, Mário Reis é considerado um dos melhores de seu tempo, sendo também lembrado como um dos precursores da Bossa Nova, pois seu canto manso teria influenciado João Gilberto. Lançou seu primeiro LP em 1928.

Considerado o Bacharel do Samba, lançou vários sucessos como Eva querida, Filosofia, Gosto que me enrosco, A razão dá-se a quem tem, O que será de mim, etc. Consagrou-se como um dos principais intérpretes de Francisco Alves e Noel Rosa em seu tempo.

Mário partiu para a eternidade em 1981, mas será sempre um marco na Era do rádio. Gravou o primeiro sucesso popular de Ary Barroso e, além dos citados, foi intéprete de nomes como Ismael Silva, João de Barro e até Chico Buarque. Em 1995 foi lançado um filme que focou a música do século 20, destacando sobretudo sua obra - O mandarim.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Os Músicos do Brasil - 25

E não só de músicos antigos vive o país. Apesar de poucos incentivos e uma educação deficiente também nessa área, podemos nos orgulhar de bons nomes contemporâneos para essa arte. E um deles é Yamandú Costa. Natural de Passo fundo/RS e filho de musicista, Yamandu já tocava aos 4 anos de idade, sendo um garoto prodígio.

Atualmente esse garoto toca violão de seis, sete e oito cordas. Isso não é pra qualquer um e quem é da área sabe do talento dele, elogiado por grandes nomes da nossa música com os quais trabalhou como Baden Powell, Nelson Ayres, Paulo Moura, Armandinho, Dominguinhos, entre outros. Já lançou alguns trabalhos onde podemos comprovar sua desenvoltura, além de encontros com alguns desses nomes que tanto o elogiaram.

Tido como um mestre nas improvisações, Yamandu conquista o respeito e admiração do público brasileiro por seu talento e dedicação à música. E é prova de que se existissem mais incentivos, com certeza, teríamos mais músicos brasileiros talentosos como esse. Será que alguém ainda duvida que a música é uma ótima chave para combater muitos problemas sociais?

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de setembro de 2011

Olhando as estrelas - 18

Quando comecei essa série, falando dos grandes encontros de nossas estrelas, um dos primeiros que me veio à mente foi esse: Fafá de Belém e Nelson Gonçalves. Com certeza, um foi ídolo e influenciou a carreira da outra, mas a verdade é que os seus encontros e duetos foram dos mais simpáticos que a música brasileira tem para nos apresentar.

Eles gravaram juntos em dois momentos: na canção O negócio é amar (Carlos Lyra e Dolores Duran), em 1984 para o disco Ele e elas vol. 1 e, em 1989, no disco Auto-retrato, na faixa Falando de amor (Tom Jobim). O encontro mais marcante e inesquecível foi mesmo com a canção O negócio é amar, de Dolores Duran, que Carlos Lyra pôs letra para Nelson gravar junto com Fafá. Talvez o maior sucesso daquele disco, retrata um encontro fantástico que uniu toda a paíxão dos dois, com direito a um diálogo descontraído e risadas no solo da canção.

Vale lembrar que no dvd Eternamente Nelson, comentado aqui esse ano, temos esse encontro, com direito a clipe do Fantástico em imagens que vocês vêem ao lado. Fafá também gravou Nem às paredes confesso, sucesso imortalizado no Brasil pelo Nelson. Talvez fosse interessante para ela lançar um disco só com clássicos desse amigo inesquecível, afinal, como ele mesmo afirma no dueto: "Tô contigo e não abro...". E nós estamos com eles e com esses encontros inesquecíveis!

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de setembro de 2011

Começaria tudo outra vez

Considero esse um dos boleros mais perfeitos composto por um artista brasileiro, além de se tratar de um clássico do Gonzaguinha e da música brasileira, interpretada também por Cauby Peixoto,  Maria Bethânia, Emílio Santiago, Ângela Maria, entre outros bons cantores nacionais e até internacionais, como foi o caso do pianista Richard Clayderman.

Com uma paixão avassaladora e uma mescla de outros bons sentimentos como o otimismo, típicos de canções do Gonzaguinha, essa canção enaltece um relacionamento tão perfeito que se fosse possível, o intérprete voltaria e viveria tudo exatamente do mesmo jeito. E quantas vezes desejamos reviver tudo como foi? Talvez por isso e por tantas interpretações geniais, além da beleza da música é que essa canção pode ser classificada como clássica do nosso cancioneiro popular.

Começaria tudo outra vez
(Gonzaga Jr.)

Começaria tudo outra vez
Se preciso fosse, meu amor
A chama em meu peito ainda queima saiba
Nada foi em vão

A cuba-libre dá coragem em minhas mãos
A dama de lilás me machucando o coração
A sede de querer teu corpo inteiro
Coladinho ao meu

Então eu cantaria a noite inteira
Como já cantei e cantarei
As coisas todas que eu tive e tenho
E um dia terei

A fé no que virá
E a alegria de poder olhar pra trás
E, ver que voltaria com você
De novo viver neste imenso salão

Ao som deste bolero! vida vamos nós
E não estamos sós
Veja, meu bem
A orquestra nos espera
Por favor mais uma vez, recomeçar

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nosso amor estava escrito nas estrelas...

Natural de Campo grande/MS, essa é Teresinha Maria Miranda Espíndola, mais conhecida como Tetê Espíndola. Irmã de músicos com os quais montou um grupo e iniciou sua carreira, Tetê tem uma voz aguda incrível. Lançou seus primeiros discos ainda no final da década de 70 e início dos anos 80, com uma temática regionalista e influência de ritmos paraguaios.

Mas, ainda hoje é lembrada por seu grande sucesso Escrito nas estrelas, canção que a tornou conhecida do grande público, por ter vencido um Festival da Globo. E outras canções foram sucesso em sua voz como Galopeira, Meu primeiro amor, Índia, Carinhoso, Refazenda, Adeus Pantanal, Sertaneja, Na chapada, etc.

Tetê continua fazendo shows e relembrando seus grandes sucessos. Acredito que muitos que torciam o nariz para sua Escrito nas estrelas não conheciam o talento da intérprete de outras canções que a consagraram no decorrer de todo esse tempo, atraindo para ela um público cada vez mais fiel!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os Compositores do Brasil - 41

Este é José Antônio de Freitas Mucci, mais conhecido como Tunai. Apesar de cantar, Tunai se destaca mais na composição de grandes sucessos que ele mesmo interpreta e também nas vozes de outros nomes da nossa música. Natural de Ponte Nova/MG, é irmão do também cantor e compositor João Bosco.

Entre os intérpretes de seus sucessos temos Elis Regina, Simone, Gal Costa, Nana Caymmi, Milton Nascimento, Roupa Nova, Fafá de Belém, João Bosco, Fagner, Emílio Santiago, Zizi Possi, Sandra de Sá, Ney Matogrosso, Ivete Sangalo, Elba Ramalho, entre outros, em sucessos como Certas canções, Frisson, Se eu disser, As aparências enganam, Trovoada, Saudades do Brasil, Agora tá, Depois das dez, Olhos do coração, Eternamente, Rádio experiência, etc.

Tunai já lançou discos com alguns de seus sucessos, obtendo sempre êxitos naquilo que faz. Continua país afora fazendo shows e divulgando seu trabalho e com isso, aguardamos apenas mais canções vindo desse grande artista que temos em nossa música e os intépretes agradecem!

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de setembro de 2011

CD Adilson Ramos – Alegrando corações

Para comemorar seus cinqüenta anos de carreira, Adilson Ramos presenteou seus fãs com um trabalho onde mescla canções inéditas com regravações de grandes sucessos, todos feitos em estúdio, resultando em um grande trabalho para quem curte a voz e as eternas canções desse grande romântico.

Das inéditas temos a continuidade do estilo Adilson Ramos em canções mais agitadas como Um toque de recordação e Planeta sedução, até as mais lentas Me telefona e Fala sério (a minha preferida, com uma levada bem pop e letra mais que romântica). Os clássicos aparecem em A chuva me lembrou você, Só liguei porque te amo e nos medleys que trazem Leda/Solidão/Matinê/Olga, Fim de festa/Erro perfeito e Sonhar contigo/Sonhei com você/Duas flores/O relógio/Tão somente uma vez.

Completam o trabalho outras canções menos clássicas, mas não menos interessantes como Lá vou eu, Vem, Até que amanheça, Vai anoitecer, Porta-retrato (ao vivo), Corpo alma e coração, Seguindo você e uma regravação de O que você quiser, do repertório do José Augusto. Com esse trabalho, Adilson perpetua seu trabalho entre nós, mesclando sua animação típica desde a Jovem Guarda, inclusive em algumas canções que têm essa levada, com seu romantismo inquestionável e sempre agradável a todos que freqüentam seus shows e curtem seus cds.

Um forte abraço a todos!