quinta-feira, 5 de julho de 2012

CD Roberto Carlos 1981 em inglês

Capa do CD Roberto Carlos em inglês 1981
Esse é o único disco de Roberto Carlos todo em inglês. Depois dele, o rei cantou algumas faixas em alguns trabalhos, mas não voltou a gravar todo na língua de Tio Sam. Lançado em 17/07/1981 também no Brasil, o disco mescla sucessos do Roberto versionado para o inglês e também canções originalmente gravadas naquela língua. Acredito que faltou um pouco mais de empenho da gravadora na divulgação dessa obra e fazer o rei penetrar de vez no mercado americano. O próprio Roberto comentou isso anos depois em uma entrevista a Amaury Jr. O rei sempre planejou lançar outro disco em inglês e trabalhar melhor isso, mas com a intensidade de seu trabalho nos anos 80 e 90 e outros acontecimentos o impossibilitaram até então de concretizar essa ideia.

Mas, voltando ao disco de 1981, versionadas para o inglês e com novos arranjos temos Honestly (Falando sério), At peace in your smile (Na paz do seu sorriso), Bottons on your blouse (Os seus botões), Breakfast (Café da manhã) e You will remember me (Detalhes). Mas, é nas canções inéditas que está o melhor do disco, a meu ver, pois temos canções belíssimas como Loneliness, Niagara e It´s me again (a minha favorita). A capa não era dupla, como vinha sendo desde os anos 70 e mais constantemente nos anos 80, entretanto, internamente, vinha uma folha azul com as letras e os créditos das canções deste trabalho.

Foto da contracapa
E também duas canções se destacaram nas rádios, na mídia em geral: Sail away (que ganhou clipe exibido no Fantástico) e Come to me tonight (que levou Roberto a interpretá-la no programa Globo de ouro). O Roberto intérprete se supera até em inglês, por isso destaquei as inéditas, pois gosto muito de sua voz, de sua leitura nas canções desse disco, até quando relê seus sucessos originalmente gravados em português. Passei a gostar bastante de It´s me again depois que prestei atenção à sua tradução feita por um amigo e também pela interpretação de sua majestade que é, sem sombra de dúvidas o intérprete número um desse país e em qualquer língua!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 3 de julho de 2012

CD Roberto Carlos 1980

Capa do CD Roberto Carlos 1980
Como aconteceu ano passado, mês de julho, além de meu aniversário é o momento que escolho pra falar da discografia de sua majestade Roberto Carlos. Comentar um pouco sobre esses CD´s que são os melhores da minha coleção e com os quais aprendi o que é música e outros bons elementos de um ser. Vamos falar sobre os CD´s dos anos 80. Eu nasci em 1980 e acho que no Natal daquele ano, embora tivesse apenas meses, creio que fiz côro no la, ra, la, ra, la que a canção A guerra dos meninos entoava.


Foto interna do CD RC 1980

Lançado em 30 de novembro, esse disco trouxe mais alguns clássicos para a obra do Roberto, como A guerra dos meninos e Amante à moda antiga, que vez por outra ele canta em algum show ou especial. Outros sucessos atualmente esquecidos de seu repertório foram Não se afaste de mim e O gosto de tudo. Não sei se as demais obtiveram êxito, mas são igualmente lindas: Eu me vi tão só, Passatempo e Confissão. Adoro essas e acho que estão entre as melhores do disco. Aliás, fica difícil escolher entre Confissão e Eu me vi tão só.

Contracapa do CD RC 1980
Roberto gravou Djavan em A ilha, que o alagoano fez pra ele. Dividiu parceria com Ronaldo Bôscoli em Procura-se (é raro ele dividir parceria com outro que não seja Erasmo). Gravou novamente Márcio Greyck em Tentativa. A capa dupla ainda não trazia as letras das canções, mas fotos belíssimas e também nomes das canções, seus compositores e alguns créditos do disco. E, embora começasse a lançar discos apenas com dez canções (na maior parte da década de 70, eram doze faixas), continuava o mesmo romântico de sempre e, se me permitem, a partir desse ano, contava com mais um fã que se apaixonaria por sua obra como tantos que entraram no exército daquela guerra de meninos, que lutaram pelo amor conquistado através da música!

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de julho de 2012

Olhando as estrelas - 26

Eles são parentes, parceiros musicais em tantos momentos de suas carreiras. Eles tem as mesmas origens e muitas influências musicais em comum. Eles são compositor e intérpretes. Zé Ramalho e Elba Ramalho. O encontro dessas duas estrelas passa pelo fato dela ser uma das principais intérpretes da obra dele, inclusive já tendo prometido um CD todo com o trabalho do primo.

Elba já imortalizou algumas canções de Zé, como por exemplo Chão de giz que, solo ou em dueto com o próprio, emocionou muitos brasileiros. Mas, outras canções do Zé mereceram sua lapidação, como Táxi lunar, Frevo mulher, Banquete dos signos, Bicho de sete cabeças, Admirável gado novo, Eternas ondas, entre outras.

Sem falar nos shows que eles já fizeram e já se encontraram país afora e também no Projeto O grande encontro, que já abordamos anteriormente, Elba e Zé Ramalho tem em Luiz Gonzaga, em Jackson do Pandeiro e em tantos outros as mesmas origens musicais e torcemos para que mais encontros em discos, shows e em qualquer modalidade que essas estrelas possam mostrar o brilho na música brasileira que escrevem com seus trabalhos!

Um forte abraço a todos!

sábado, 30 de junho de 2012

Riacho do navio

Ah, esta é também das mais lindas do repertório "gonzagueano". Mesmo terminando esse mês festivo com essa canção, não dá pra parar por aqui com suas canções, pois sempre faltará essa ou aquela canção de sua trajetória musical. Riacho do navio pode ser vista como uma belíssima filosofia de vida, pois se fosse permitido andar contra o rio e voltar do mar até sua nascente, o personagem de sua letra assim o faria. É como se fosse possível voltar na vida até aquele ponto lá na nascente do rio, onde tudo é paz com a fauna e a flora deste lugar.

Não tenho certeza, mas acho que Gonzaga talvez tenha pensado várias vezes nele mesmo, em poder voltar ao passado, à sua terra como sempre desejou durante toda sua carreira. E o mais bonito dessa letra é a parte onde ele descreve como é no Riacho do navio, um verdadeiro paraíso, principalmente para aqueles que gostam de interior, como Gonzaga, como eu e como tantos que se identificam com esse clássico que já recebeu tantas releituras como as de Dominguinhos, Fagner e até Maria Bethânia.

Riacho do navio
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

Riacho do navio corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar no São Francisco
O rio São Francisco vai bater no "mei" do mar
O rio São Francisco vai bater no "mei" do mar

Ah! se eu fosse um peixe, ao contrário do rio
Nadava contra as águas e nesse desafio
Saía lá do mar pro riacho do navio
Eu ia direitinho pro riacho do navio

Pra ver o meu brejinho, fazer umas caçada
Ver as "pegá" de boi, andar nas vaquejada
Dormir ao som do chocalho e acordar com a passarada
Sem rádio e nem notícia das terra civilizada
Sem rádio e nem notícia das terra civilizada.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Mas um sorriso ajuda a melhorar...

Tá aqui um grupo recente que admiro bastante, pois é difícil termos uma banda excursionando por um ritmo que já tem raízes fortes e uma fórmula conhecida com o zabumba, triângulo e a sanfona como é o forró. Formada em 1998, é composta por Ricardo Ramos Cruz, o Tato; Douglas Capalbo, o Alemão; André Canônico, o Dezinho e Josivaldo Leite, o Waldir do acordeão, que juntos compõem o Grupo Falamansa.

Este ano a banda lançou um trabalho homenageando o rei do baião. Mas, lá no início dessa década, depois de participarem de festivais, já conheciam o sucesso com canções como Rindo à toa, Xote dos milagres, Hora do adeus, Xote da alegria, A falta, 100 anos, Medo de chuva, Sapatilha 37, O dia perfeito, Forró de Tókio, etc.

Credito ao Falamansa a redescoberta do forró nas regiões sul e sudeste no início dos anos 2000. Aqui no Nordeste, esse ritmo tem raízes profundas deixadas por Gonzaga e seus seguidores, mas tava meio esquecido "lá pras bandas do sul", quando esse grupo começou e alcançou êxito nacional com seus sucessos. Gostaria que eles tivessem mais espaço na mídia, pois o trabalho deles é valioso, tanto de composição, quanto de interpretação!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Os Músicos do Brasil - 33

Ele é natural de Brejo da Madre de Deus/PE, município conhecido pela cidade cenográfica de Nova Jerusalém. Seu nome: Reginaldo Alves Ferreira. Mas, no meio musical, é conhecido por Mestre Camarão, uma das referências entre os sanfoneiros. Começou a tocar sanfona aos sete anos de idade, com a sanfona de seu pai, que também tocava.

O apelido veio de Jacinto Silva, por conta de suas bochechas avermelhadas. E, além deste, trabalhou com nomes como Hermeto Pascoal, Sivuca, Trio Nordestino, Santanna, Marinês, Dominguinhos e teve discos produzidos por Luiz Gonzaga. Ele também é compositor e já lançou alguns discos com suas canções.

Camarão é Patrimônio Vivo de Pernambuco, título concedido pelo Governo de Pernambuco, desde 2002. E não apenas em Pernambuco, mas é muito importante saber que em um país de grandes músicos e nos mais diversificados estilos, temos uma referência na sanfona e que tanto já formou outros seguidores de seu ofício!

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de junho de 2012

São João de Luiz Gonzaga

Hoje é um domingo diferente porque é dia de São João, um dos santos mais comemorados aqui no Nordeste. Temos danças típicas, comidas, figurinos, enfeites, decorações, tudo para que possamos comemorar bem essa data. A fogueira é acesa e o milho é assado. Fogos (cuidado com eles) são convidados par as festas. Na verdade, não sei direito porque apenas aqui no Nordeste brasileiro essa tradição é mais forte, mas confesso que é lindo perceber que essa data é como uma fogueira que acendemos e se aquece em nosso coração a cada edição.

Já falei em outras vezes e não me canso de repetir, sobretudo por ser um ano que gira em torno dele: Luiz Gonzaga foi, é e sempre será a melhor pedida para esta data, pois suas canções cantaram tudo isso e não apenas sobre esses temas, mas sobre todos nossos costumes, tradições, atitudes, comportamentos e ambientes que cultuamos sempre. Até mesmo quando outro artista está no palco, mesmo que não seja em ano de centenário, vem um ou mais clássicos de Gonzaga e o público dança e canta junto.

Esse ano, por conta de seu centenário, poderia dizer que trata-se do São João de Luiz Gonzaga, mesmo o leitor achando que é um exagero tanta citação e comemoração em torno desse nome. Mas, posso afirmar que desde o início de seu sucesso e de quando começou a descrever sua terra com toda a propriedade que lhe é típica, que todas as festas juninas de ontem, de hoje e de sempre terão esse título porque sempre alguém em algum ponto cantará algum de seu clássico ou o associará a todas essas festas e tradições tão nordestinas, tão brasileiras. Alguém sempre se lembrará desse clássico da roça, do nordeste, do Brasil:

São João da Roça
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

A fogueira ta queimando
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamos gente, rapa-pé nesse salão

Dança Joaquim com Zabé
Luiz com Yaiá
Dança Janjão com Raqué
E eu com Sinhá

Traz a cachaça, Mané!
Que eu quero ver
Quero ver paia avuar

Um forte abraço a todos!

sábado, 23 de junho de 2012

Forró nº 1

Bom, eu não tenho dúvidas e creio que o Brasil também não tem dúvidas que Luiz Gonzaga fez e faz, também através de seus seguidores, o forró número um desse país. Mesmo depois de tanto tempo de sua partida para a eternidade, são com seus clássicos que essa festa se torna perfeita, sobretudo para nós, nordestinos.

Forró número um foi composta por Cecéu, compositora homenageada essa semana pela série Os compositores do Brasil. É uma canção que destaca também o lado intérprete de Gonzaga que sempre ajudava outros nomes da composição. Foi um dueto inusitado e belíssimo com Gal Costa que também se definiu como fã de Gonzaga e o divulgou na época da Tropicália. Fagner também regravou essa canção anos depois.

Sua letra traz a festa descrita com todas as suas peculiaridades: mesmo com uma sanfona velha, o sanfoneiro dá seu recado e o cavalheiro e a mocinha também, através da dança e do namoro sob o som do mais perfeito forró. Aliás, essa é a mensagem principal da canção, o sanfoneiro, a sanfona, o forró podem ser tidos como velhos, mas sempre serão os pais da alegria em festas juninas!

Forró nº 1
(Cecéu)

Sanfona velha do fole furado só faz fum, só faz fum
mesmo assim o cavalheiro faz um refungado
e o coração da morena faz tum, tum

O sanfoneiro animado puxa o fole
depois de tomar um gole de rum

E haja fum, haja fum, haja fum,
forró com esse fole é forró número 1

Vem gente de todo lado conhecer o sanfoneiro
porque ele é o primeiro a tocar com o fole furado
Com pouco tempo já começa o zum, zum, zum
sanfona véia assim não se vê em canto nenhum

E haja fum, haja fum, fhaja fum,
forró com esse fole é forró número 1

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Já tá fazendo parte da minha vida...

O forró é um ritmo genuínamente do povo brasileiro e como tal apresenta sua miscigenação. Sem preconceitos, é um estilo de homens e mulheres. E são grandes cantoras como Nádia Maia que renovam e continuam levando esse ritmo de alegria para todos. Natural do Recife/PE, Nádia foi vocalista de banda de sua cidade natal e também participou de festival regional em 1995, vencendo com a canção Meninos do sertão, de Petrúcio Amorim.

No ano seguinte lançou seus primeiros discos e sucessos como Fuxico, Se tu quiser, Parte da minha vida, A cura, Desfazendo a mala, Anjo protetor, Apaixonada por você, Foi bom te amar, Deitar no teu colo, No toque da sanfona, Que saudade de você, Forró no escuro, etc.

Nádia também deve estar viajando Nordeste afora, com uma agenda bastante requisitada, pois a cada momento conquista novos fãs e leva sua música raiz para todos que apreciam trabalhos como estes e também gostam de dançar ao som de novos nomes do forró nordestino.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Os compositores do Brasil - 49

Hoje, o Blog Música do Brasil, sob a série Os compositores do Brasil presta homenagem dupla: natural de Campina Grande/PB, esta é uma das mais requisitadas compositoras da música nordestina. Mary Maciel Ribeiro, mas que todos a conhecem nos discos por Cecéu. Casada com outro compositor, Antônio Barros Silva, o Antônio Barros, natural de Queimados/PB, formam uma parceria de grandes sucessos não apenas aqui no Nordeste, mas em todo o país.

Basta dizer que artistas como Jorge de Altinho, Marinês, Flávio José, Trio Nordestino, Genival Lacerda e também Alcione, Ivete Sangalo, Ney Matogrosso, Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Dominguinhos, Sivuca, Elymar Santos, Zé Ramalho, Jackson do Pandeiro, Gilberto Gil, Gal Costa e Fagner já imortalizaram seus sucessos, muitos, frutos da parceria artísticas deles e outros, solos.

E os sucessos? São tantos e tão reconhecidos e executados: Homem com H, Por debaixo dos panos, Bate coração, Procurando tu, Casamento da Maria, É proibido cochilar, Sou o estopim, Amor com café, Forró do poeirão, Forró do xenhenhém, Óia eu aqui de novo, Chameguinho, Forró nº 1, etc. Depois de tudo, só me resta a frase de admiração: esses dois são craques e a música nordestina e brasileira agradece!

Um forte abraço a todos!