domingo, 8 de julho de 2018

♫Quer saber♫

Sempre apreciei o trabalho de Ana Carolina, sobretudo seu lado romântico, presente em clássicos de seu repertório como Encostar na tua, Entreolhares, Nua, Pra rua me levar, entre outros. Andava com saudades de novas canções assim, até que conheci esta canção, através de um belíssimo clipe e pensei ser uma nova música de trabalho. Fui pesquisar e descobri que Ana a lançou em 2016, juntamente com outras três para um projeto a parte.

Torço para que junte todas essas canções lançadas, em avulso, nos últimos anos e as lance em um CD físico (ainda sou desse tempo, embora existam tantas plataformas digitais) em breve. A letra e a levada são belíssimas, daquelas canções que nos fazem relaxar perante um amor avassalador que, nem sempre é relaxante, mas que pode proporcionar todas essas coisas lindas que esta canção da sempre maravilhosa Ana Carolina, em dueto com um compositor pernambucano, o Zé Manoel, assim o faz.

Quer saber
Ana Carolina e Zé Manoel

O seu olhar cruzou meu olhar
Me mandou os seus sinais
Te quero mais

Sou um rio em seu desvio
Tento em ti me percorrer
E quer saber...

Tanto faz
Por dentro de ti me tranquei
Vem me soltar
Ou venha me prender de vez

Você é uma ilha, minha armadilha
Tudo em volta é só seu
Onde estou eu

Me olhou assim
Mudou tudo em mim
O amor enfim aconteceu
Me ascendeu

Tanto faz
Por dentro de ti me tranquei
Vem me soltar
Ou venha me prender de vez

Vem comigo correr perigo
Ou então melhor que vá embora
O que foi passado é ontem
O que importa é o agora

Pra ser eterno, tem que esquecer do amanhã
Tem que fechar os olhos
Tem que morrer e renascer depois
Tem que ser a dois e eu estarei aqui
Pra te fazer feliz te ver sorrir

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 4 de julho de 2018

60! Década de arromba

No último sábado fui ver o documentário 60! Década de arromba que traz Wanderléa como estrela principal de um elenco repleto de grandes atores/cantores que dão o tom do que foi a riquíssima década de 60 para a nossa música. Um documentário musical que retrata uma verdadeira aula de história sobre a música daqueles anos, o espetáculo percorre ano após ano mostrando os principais acontecimentos nacionais e mundiais e, algumas das principais músicas que fizeram a trilha sonora daquela época.

De Gonzaga a Tom Jobim, passando por boleros e samba canção, a história tem como ênfase o rock internacional, com os Beatles, por exemplo e o nacional, com a Jovem Guarda, destacando a principal figura feminina do movimento, a Wandeca. Dividida em dois atos, o primeiro termina justamente com a diva cantando Ternura, um de seus clássicos. Na segunda parte, temos mais história e músicas e músicos marcantes como Caetano, Gil, Chico e Milton, intercalando com sucessos dela.

Wanderléa foi o ápice da apresentação, cantou com a plateia e atores as canções Exército do surf, Pare o casamento, Prova de fogo, Te amo e Foi assim. Nesta última, andou pela plateia e alguns a abordaram para ganharem abraços, fotos ou beijos. E eu, tímido como sempre, apenas soltei beijos pra ela, quando passou por perto de mim. E fiquei muito feliz, quando, ao ver meus beijos, ela também retribuiu. Uma verdadeira diva que merece todas as reverências e uma verdadeira obra de arte esta apresentação, que já desperta a vontade de ver as décadas seguintes!

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de julho de 2018

♫Meditação♫

Escutar, tocar ou cantar Tom Jobim é algo muito prazeroso. E, neste clássico, podemos também meditar Tom Jobim. Pensar, viver e reviver o amor é uma tarefa para corajosos. Tantos amores são feitos, desfeitos, refeitos por aí e a canção de Tom parece que cabe bem nesta reflexão que fazemos sobre este sentimento bonito, mas que precisa ser decifrado, pois aparece de forma distinta e particular para cada um.

Gravada por Frank Sinatra ainda em 1967, ano de sua composição, Caetano a regravou mais recentemente de forma maravilhosa. E o mais bonito da letra é que o amor gera este ciclo de paixão, dor, encontro, desencontro, reencontro, novo encontro, sempre com o mesmo brilho que faz tanto bem aos corajosos que se permitem amar e amam de verdade e são felizes de verdade com as nuances deste sentimento e com clássicos como este de nosso maestro soberano.

Meditação
Tom Jobim e Newton Mendonça

Quem acreditou 
No amor, no sorriso, na flor 
Então sonhou, sonhou 
E perdeu a paz 
O amor, o sorriso e à flor 
Se transformam depressa demais 

Quem no coração 
Abrigou a tristeza de ver 
Tudo isso se perder 
E na solidão 
Procurou um caminho a seguir 
Já descrente de um dia feliz 

Quem chorou, chorou 
E tanto que seu pranto já secou 

Quem depois voltou 
Ao amor, ao sorriso e à flor 
Então tudo encontrou 
Pois a própria dor 
Revelou o caminho do amor e a tristeza acabou

quarta-feira, 27 de junho de 2018

CD Quinteto Violado canta Dominguinhos

Uma das justas homenagens que nosso mestre Dominguinhos recebeu foi este trabalho, onde seus amigos do grupo Quinteto violado, com alguns convidados, cantaram alguns de seus maiores sucessos neste CD. As versões solo do grupo para os clássicos de nosso sanfoneiro estão em Sete meninas, A fé do lavrador, Menino tocador, Lamento sertanejo, Tenho sede e Quando chega o verão, além de uma versão com a participação do homenageado na faixa Moda de sanfona.

Cezinha e Liv Moraes aparecem em dueto na faixa Sanfona sentida e Cezinha com o Quinteto também aparecem em Quem me levará sou eu e Abri a porta, Lucy Alves em Eu só quero um xodó, Lenine aparece em De volta pro aconchego, enquanto que Marina Elali em Gostoso demais. Mônica Salmaso participou na faixa Retrato da vida e Santanna e Maciel Melo entram no medley formado por Pedras que cantam e Isso aqui tá bom demais.

Dominguinhos, assim como Luiz Gonzaga e tantos outros mestres merecem estas e outras homenagens e é sempre bom ter outros artistas regravando seus sucessos, apresentando às novas gerações clássicos inesquecíveis, sucessos eternos que fazem nossa alegria.

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de junho de 2018

♫Asa branca♫

E no dia de São João não poderia faltar este que é o hino do Nordeste e um dos maiores clássicos deste país. Achei curioso que até hoje nunca havia comentado sobre esta canção, a mais conhecida de Luiz Gonzaga. Assim como Gilberto Gil, também tenho outras dele das quais gosto mais, mas não podemos negar que Asa branca tornou-se uma verdadeira aula sobre o Sertão brasileiro por se tratar de um retrato cantado sobre as dores da terra e a saudade.

E este clássico (que já tem mais de 70 anos), já foi regravada por vários nomes, como Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Alcymar Monteiro, Gilberto Gil, até nomes não muito próximos deste ritmo como Maria Bethânia, Elis Regina, Caetano Veloso, Nelson Gonçalves, Lulu Santos, Raul Seixas, Chitãozinho e Xororó, Ney Matogrosso. Até os Beatles a regravariam, segundo boato da década de 60. A verdade é que sempre é cantada pelos cantores, não apenas nesta época, reforçando a ideia de que figura entre as 20 canções mais lembradas de nossa música, em qualquer lista criada sobre este tema.

Asa branca
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.

Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu preguntei, a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para mim vorta pro meu sertão

Quando o verde dos teus oios
Se espaiar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Se a gente lembra só por lembrar...

Sempre assisto ao The voice, pois se trata de um programa com novas vozes e grandes canções. Fico na expectativa de ver algum novo nome nacional, cantando nossa melhor música. Certa vez, uma moça entrou com uma sanfona e, após a introdução de Qui nem jiló, de Luiz Gonzaga, me debulhei em lágrimas, com tanta emoção diante daquele talento. Seu nome: Lucy Alves.

Lucyane Pereira Alves é natural de João Pessoa/PB e, mesmo não sendo campeã da temporada de 2013, ficou como grande sucesso nacional, divulgando a música raiz aqui do Nordeste, além de seguir carreira como atriz, obtendo bastante êxito na novela Velho Chico. Antes do sucesso solo, já havia tocado com artistas como Alceu Valença, Dominguinhos, Marinês, Sivuca, entre outros, além de fazer parte de uma banda com suas irmãs.

Torço para que ela construa cada vez mais sucesso em sua carreira, que grave novos trabalhos (um disco com canções de Dominguinhos, Luiz Gonzaga ou clássicos do forró nordestino, seriam boas pedidas) e que seus shows, que nesta época são bastante concorridos, estejam cada vez mais disputados por seus fãs e novos admiradores!

Um forte abraço a todos!

domingo, 17 de junho de 2018

♫Me diz amor♫


Flávio José é outro grande cantor e forrozeiro dos melhores, com agenda lotada por esta época. É que as melhores praças deste país, sobretudo as nordestinas, disputam para ter seu forró gostoso, pautado em seu romantismo e em sua sempre afinada sanfona.

Essa canção é um clássico em seu repertório e geralmente a canta em seus shows. Me diz amor é uma espécie de apelo feito àquela pessoa que se foi, sem se preocupar como ficaria quem deixou. A solidão que ficou não combina com o ritmo de forró, sempre tão alegre e a dois! Mais um clássico do saudoso poeta Accioly Neto.

Me diz amor
Accioly Neto

Me diz amor como é que vai ficar meu coração
Sem teu amor, sem teu calor, sem teu carinho
Na solidão

Só de pensar me dá um arrepio
Tudo é tão vazio, sem você amor
Não imagino nem por um segundo
Viver pelo mundo sem o teu calor

Quando me deito, quando me levanto
Procuro no canto e você não está
Não faça isso nem de brincadeira
Que a saudade é traiçoeira e vai matando devagar

Me diz amor como é que vai ficar meu coração
Sem teu amor, sem teu calor, sem teu carinho
Na solidão

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 13 de junho de 2018

CD Santanna, o cantador, 10 anos de carreira

Ao completar 10 anos de carreira, em 2003, Santanna o cantador lançou este trabalho que é mais uma boa pedida para quem aprecia o forró pé de serra e um dos melhores e mais modernos divulgadores desta cultura tão nordestina.

Basta dizer que neste CD estão verdadeiras pérolas de sua interpretação como Meu cenário, Lembrança de um beijo, Canção da saudade, Nos tempos de menino, Bateu saudade, além de Siá Filiça, D´estar, Estrela menina, Caminhos de sonho, Veneza Veneza, Bom que chega dói, Feito mel no melão, Jeito cativo, Santo fingido, Debaixo do chapéu de couro, Homem passarinho, Casa amarela, Um aparecer feliz e Xote universitário.

Com uma agenda apertada nesta época, frequentando os melhores espaços que proporcionam o autêntico forró nordestino, Santanna tem neste CD um dos melhores de sua carreira, que é capaz de garantir mais uma bela trilha sonora de nossa tão tradicional festa junina.

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Os Intérpretes do Brasil - 57

Zeca Baleiro, além de ser um grande compositor, dos melhores dos últimos 20 anos, é também um excelente intérprete. Haja vista que, vez por outra, somos surpreendidos com muitas dessas maravilhosas lapidações que ele produz. Recentemente, lançou um trabalho com algumas dessas interpretações. Só pra citar algumas, gosto muito da leitura que ele deu à canção Maresia, de Adriana Calcanhoto. Parece até (imagino que não) que ela fez essa música já há muito tempo pensando numa voz como a dele a gravando.

Tenho ouvido muito nos rádios a canção clássica do Jota Quest Só hoje que, na interpretação dele, ficou ainda mais viva, com mais sabor de vontade de cantar. Gosto muito também da leitura que ele deu a Ai que saudade d´ocê, que já foi sucesso nas vozes de Elba Ramalho e Fagner. Inclusive, a amizade com Fagner é tanta, pois já gravaram e compuseram juntos, que penso que ele poderia fazer um disco totalmente com sucessos deste cearense, assim como fez com Zé Ramalho.

Também seria um ótimo nome para regravar sucessos do Gonzaguinha ou do pai Gonzagão, o que dariam bons trabalhos, coisas que só são possíveis com intérpretes como ele que, parecem que trazem ouro na garganta, pronto para lapidar toda boa pérola da nossa música!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Olhando as estrelas - 67

Aqui temos o encontro de um extraordinário compositor e sua maior intérprete. Jorge Aragão e Beth Carvalho tem uma amizade antiga e uma afinidade musical muito significante dentro da música brasileira. E um dos frutos disso foi até para fora do planeta, afinal, Coisinha do pai, composição dele, interpretada por ela, tocou em Marte!

Vou festejar é outro clássico sempre entoado no final e começo do ano para lembrar o carnaval, dele, imortalizado por ela. Outros sucessos gravados por ela, dele, são Pedaço de ilusão, Não sou mais disso, Boa noite, entre outras. E ambos já participaram de shows, CD´s e DVD´s um do outro, sempre com o respeito e reverência que uma amizade musical assim desperta.

Por esses e tantos motivos não poderiam ficar de fora desta série que homenageia nossas grandes estrelas, em seus encontros, a grande intérprete do samba Beth Carvalho e um dos maiores compositores, descoberto e imortalizado por ela, nosso poeta do samba Jorge Aragão!

Um forte abraço a todos!