domingo, 30 de maio de 2010

Olhando as estrelas - 4

A Série aporta hoje na Bahia e de lá apresenta o encontro entre duas das maiores estrelas desse país, duas divas, que tiveram a mesma origem e construíram suas carreiras apoiadas no alicerce da Tropicália. Estamos falando de Gal Costa e Maria Bethânia. Duas Marias (Gal é Maria da Graça), duas baianas, duas divas, duas das maiores intérpretes de Caetano, Gil, Chico, Tom, Roberto, Erasmo, Milton e tantos outros compositores da nossa música.

Gal e Bethânia não tiveram apenas um início em comum. Se encontraram algumas vezes no decorrer de suas carreiras, seja em gravações inesquecíveis como foi o caso de Sonho meu, de Dona Yvonne Lara em 1978 e Oração de mãe menininha, de Dorival Caymmi, ou no show com Pavarotti em 2000, na Bahia. Também gravaram, cada uma a seu estilo, mesmas canções em tempos diferentes, como é o caso de Olha, Tá combinado, Anos dourados, Se todos fossem iguais a você, entre outras.

Além do show dos Doces bárbaros em 1976, que também contava com Gil e Caetano, Gal e Bethânia fizeram parte de mesmos projetos como o Chega de mágoa em 1985 e também do programa Mulher 80, da Rede Globo. Seria interessante termos um show ou um cd gravados por ambas. E um encontro como esse, dispensa qualquer outro comentário pois por si só mostra o que é a grandeza de duas estrelas juntas ou cada uma em seu espaço.

Um forte abraço a todos!

sábado, 29 de maio de 2010

Casinha branca

Não é sempre que nos identificamos com alguma canção. Existe aquela ou muitas que dizem exatamente o que queremos dizer, expressam o que sentimos. E quando essa identificação se dá com várias pessoas é que chegamos a conclusão que trata-se de um grande sucesso. Pensando assim, me pergunto se vários, sobretudo, tantos brasileiros que adoram o campo, suas paisagens e sua calma não se identificam com Casinha branca, um dos maiores clássicos bucólicos que a música brasileira dispõe.

Canção já interpretada por Maria Bethânia (de uma forma linda, no show Maricotinha), José Augusto, Altemar Dutra, Neguinho da Beija-flor,  e outros nomes, Casinha branca foi sugerida pelo leitor e amigo Láercio Oliveira, do Rio Grande do Norte, terra de um dos autores da canção, o Gilson. Trata-se de uma linda poesia dos anos 70 que é sempre atual e eterna, que nos remete a cantá-la, ouvi-la e viajar nas belíssimas paisagens que descreve e nas reflexões profundas que desperta em nossa sensibilidade.

Casinha Branca
(Gilson e Joran)

Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo a minha frente
Nada que me dê prazer

Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer

Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher

Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer

Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizades
Vou seguindo a multidão

Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão

Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher

Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Os Músicos do Brasil - 10

Um dos grandes talentos desse país, um músico que dá muito orgulho a quem presta seu talentosíssimo trabalho, um conterrâneo que honra sua terra com seu profissionalismo reconhecido por grandes nomes da nossa música: o guitarrista Robertinho de Recife.

Em seu currículo, constam trabalhos para discos e shows dos artistas mais variados como Cauby Peixoto, Fagner, Jane Duboc, Emilinha Borba, Phil Collin, Zé Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Roberto Carlos, Dominguinhos, Elba Ramalho, Lenine, Luiz Melodia, Nelson Gonçalves, Zeca Pagodinho, Lulu Santos, Martinho da Vila, José Augusto, Gal Costa, Marisa Monte, dentre outros tantos.

Carlos Roberto Cavalcanti, natural do Recife é considerado por muitos o mais versátil guitarrista brasileiro. Atualmente também trabalha em seu estúdio e não poderia passar imune dessas singelas homenagens que fazemos, quando abordamos, nessa série, músicos talentosíssimos que o Brasil possui e que ele representa um deles, de forma tão genial!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Os compositores do Brasil - 27

Carlos Eduardo Carneiro de Albuquerque Falcão, natural de Recife/PE, este é o nome completo de Dudu Falcão, que também é cantor e reside atualmente no Rio de Janeiro. Seu primeiro registro como compositor aconteceu em 1988, com Nana Caymmi nas canções Deixa eu cantar e Era tudo verdade. Com mais de 200 canções gravadas pelos mais variados intérpretes, Dudu lançou ano passado um cd onde mostra o lado intérprete de suas criações.

Entre as pessoas que já gravaram Dudu, estão nomes como Ana Carolina (de quem também é parceiro em várias canções), Maria Bethânia, José Augusto, Milton Nascimento, Simone, Lenine (com quem também divide grandes parcerias), Gal Costa, Maria Rita, Daniela Mercury, Roupa Nova, Alexandre Pires, Alcione, Fábio Jr., Ivete Sangalo, Jorge Vercilo, Elba Ramalho, Ivan Lins, Sandy, Luiza Possi, Emílio Santiago, entre outros.

E com tantos maravilhosos intérpretes en seu currículo, só se poderia somar a isso grandes canções que tanto conhecemos como A medida da paixão, Caminhos do mar, Nem o sol nem a lua nem eu, Entre o céu e o mar, O silêncio das estrelas, Paciência, Limites da paixão, Um segredo e um amor, Tudo por acaso, Somente eu e você, Quem de nós dois, É o que me interessa,  entre tantos sucessos que nos fazem vir aqui e reconhecer o talento desse extraordinário criador de qual a música brasileira desfruta!

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de maio de 2010

Ângela Maria - Pela saudade que me invade

Esse ano pudemos conhecer um pouco mais sobre Dalva de Oliveira, na minissérie Dalva & Herivelto. Aqui no blog, já havíamos falado sobre a Dalva e abordamos o Herivelto e posteriormente, o Pery. Agora, temos esse tributo que a maior fã da Dalva, Ângela Maria a rendeu, em 1997, no cd Pela saudade que me invade, onde a sapoti explora os maiores sucessos da outra rainha do rádio, junto a alguns convidados.

Produzido por José Milton e direção artística de Miguel Plopschi, temos já na primeira faixa o clássico Que será com Ângela e Fagner. Clássicos é que não faltam como Olhos verdes, Ave Maria no morro (com Agnaldo Rayol), Mentira de amor, Estrela do mar, Tudo acabado (com Simone), Calúnia, Kalú, Palhaço (com Martinho da Vila), Segredo, Ave Maria (com Pery Ribeiro), Lencinho querido, Fim de comédia, Errei sim e Bandeira branca (numa montagem com Dalva de Oliveira).

É uma rainha rendendo graças a outra rainha então o que dizer? Que é de arrepiar ouvir os primeiros acordes do cd e Ângela e Fagner em Que será? Não, acho que isso todos imaginam! Dizer que o cd tem arranjos de grandes maestros como Cristóvão Bastos, Daniel Salinas, Eduardo Souto Neto, Lincoln Olivetti e Sivuca só reforça o desejo do leitor em buscar esse trabalho histórico que ainda nos presenteia com o dueto póstumo de Ângela, a intérprete do trabalho, e Dalva, a homenageada do cd.

Um forte abraço a todos!

sábado, 22 de maio de 2010

Papel machê

Um dos boleros mais lindos, uma das canções mais lindas do João Bosco, também gravada por Zizi Possi, Papel machê é também uma das canções mais executadas pelos cantores da noite. A interpretação do João especificamente deixa a canção imortalizada, sobretudo pelas alternâncias nos tons que ela apresenta, além dos jogos vocais, típicos desse extraordinário mineiro.

A letra é outro show a parte: romantismo à flor da pele, incomum em atuais sucessos. "Dormir no teu colo é tornar a nascer..." escutar uma canção como essa é mesmo ser feliz, é compreender que graças a Deus, temos o prazer de contemplar essa arte que tanto amamos no melhor estilo: ouvindo um compositor e um intérprete como João em um de seus maiores clássicos.

Papel machê
(João Bosco e Capinam)

Cores do mar, festa do sol
Vida é fazer todo o sonho brilhar
Ser feliz, no teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de papel machê

Dormir no teu colo é tornar a nascer
Violeta e azul, outro ser, luz do querer...

Não vai desbotar, lilás cor do mar
Seda cor de batom, arco-íris crepom
Nada vai desbotar
Brinquedo de papel machê...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Você pode entrar sem bater...

Este é Eduardo Gabor Dusek. Cantor, pianista, compositor, Eduardo é natural do Rio de Janeiro/RJ e começou sua carreira aos 15 anos como pianista em peças teatrais. Suas primeiras canções foram gravadas por outros artistas, como Ney Matogrosso e Frenéticas, no final dos anos 70 e seu primeiro disco foi lançado já nos início dos anos 80. Antes disso participou de festivais e lançou compactos.

Com um estilo irreverente, estão entre seus maiores sucessos Nostradamus, Barrados no baile, Cabelos negros, Rock da cachorra, Eu velejava em você, Brega-chique, Lua my love, Folia no matagal, Tudo em cima, Nem tanto tempo assim, Castigo, Amor e bombas, Que rei sou eu, Encontro das águas (que não é a mesma de Jorge Vercilo), entre outras.

Eduardo também se dedica ao teatro e já dirigiu shows de outros colegas no campo musical. E, claro, continua atuando em shows, revivendo seus grandes sucessos e reencontrando seu público fiel. Apadrinhado por Gilberto Gil, também já participou em songbooks de outros artistas como do próprio Gil, Tom, Djavan, Chico, entre outros. E já gravou com outros nomes como Erasmo Carlos e Sandra de Sá.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 18 de maio de 2010

É bom sonhar, sonhamos nós...

Um dos patrimônios desse país, meio esquecido pela mídia, mas não por quem aprecia um bom samba, daquele raiz, dos melhores estilos: Milton Santos de Almeida, ou simplesmente Miltinho. Natural do Rio de Janeiro, começou sua carreira ainda na década de 40, integrando grupos vocais. E de grupo em grupo, alcançou na década de 60 seu sucesso com a canção Mulher de 30, o maior de sua carreira.

E entre outros tantos sucessos de seu repertório podemos citar Poema das mãos, Palhaçada, Menina moça, Lembranças, Meu nome é ninguém, Devaneio, Eu quero um samba, Rosa morena, Estou só, Eu chorarei amanhã, Eu e o rio, Poema do adeus, Ri, A canção que virou você, Volta, Devaneio, Recado, Lamento, Múrmurio, etc.

É algo  curioso pensar que Miltinho é sim um grande patrimônio musical brasileiro, mas que anda esquecido da mídia. Lembro de tê-lo visto no especial 100 anos de música da globo em 1999, onde interpretou a canção Foi um rio que passou em minha vida, de forma empolgante. Pena que não seja mais aproveitado pelas rádios e tvs, mas sempre encontra seu público em seus shows país afora!

Um forte abraço a todos!

domingo, 16 de maio de 2010

Lenine - inCité

Assim como Chico Buarque, Lenine também gravou disco ao vivo na França, onde tem uma carreira sólida e considera este seu segundo país. Gravado em 2004, na Cité de la Musique em Paris, inCité foi lançado em cd e dvd que reuniu algumas das mais lindas canções desse mestre nesse ramo. Sob a produção do próprio Lenine, o repertório e as capas do cd e do dvd são diferentes.

No cd temos a capa acima, além das canções Do it (tema da novela América), Vivo, Ninguém faz ideia, Todos os caminhos, Rosebud, Virou areia, Relampiano, Todas elas juntas num só ser, Anna e eu, Caribenha nação/Tuareguê Nagô, Sentimental e O marco marciano. No dvd, com a capa apresentada abaixo, além das canções citadas, temos ainda Tomando el centro, Olho de peixe, Crença, Candeeiro encantado, Lá e lô, Jack soul brasileiro, Créditos, Sonhei e Paciência.

Dizer que escutar Lenine é algo pra lá de agradável é ser retundante, pois um artista com sua voz, suas melodias, suas harmonias provocam afirmações como essas. Ele tem seu espaço com frequência no coração de quem curte a boa música brasileira, seja através de seus clássicos mais intimistas ou regionalistas, pois sabe representar sua terra com canções como Leão do Norte, seu romantismo como O último pôr-do-sol, suas belíssimas mensagens como Paciência ou sua arte mais que bem sucedida em composições como Todas elas juntas num só ser. Considero que esse trabalho se une ao Acústico Mtv (já comentado aqui no Blog) e permite ao fãs conhecerem o talento nato desse showman da música brasileira.

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de maio de 2010

Um dia de domingo

Essa canção da década de 80, da grande dupla de compositores Michael Sullivan e Paulo Massadas e da grande dupla de intérpretes Gal Costa e Tim Maia deve ter embalado muitos romances e ainda permeia sob os corações apaixonados.

Contrariando alguns que criticam essa época como algo brega, com um som pasteurizado, gosto muito desse tipo de canção e acho até que são as que mais fazem falta às atuais programações de rádios. Um dia de domingo celebra o dia da paixão, do amor, dos enamorados. Em muitas celebrações de casamento já foi e é entoada. Além da Gal e do Tim, Roberta Miranda, Agnaldo Timóteo e Ângela Maria são alguns dos intérpretes que já a incluíram em seus respectivos repertórios. E como é legal imaginar uma vida só de amor, vivenciada em um dia da semana, pelo qual esperamos com ansiedade!

Um dia de domingo
(Michael Sullivan e Paulo Massadas)

Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar de encontro ao vento

Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol que te bronzeia

Eu preciso te tocar
E outra vez te ver sorrindo
Te encontrar num sonho lindo

Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo

Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo

Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixar falar a voz do coração

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Canções Marianas

Como devoto de Nossa Senhora que sou, hoje é um dia especial, pois celebramos a aparição em Fátima. Aproveitando o momento e sempre pensando em música, fico feliz em saber que somos abençoados pela Virgem com lindíssimas letras e grandes interpretações dos mais variados artistas da nossa música.

O que dizer de Romaria de Renato Teixeira, interpretado por tantos outros ilustres nomes como Fábio Jr., Maria Bethânia e Elis Regina? Lembro de quão lindo é Fafá de Belém interpretar a Ave Maria brasileira, de Vicente Paiva, também cantada por Ângela Maria, Agnaldo Rayol e Dalva de Oliveira. Dalva, Ângela e Agnaldo também interpretaram a Ave Maria do Morro, de Herivelto Martins. Temos também o clássico Nossa Senhora de Roberto e Erasmo, imortalizada pelo rei e regravada por outros nomes como Pe. Antônio Maria, Chitãozinho e Xororó, Joanna, Daniel, Agnaldo Timóteo, além de uma gravação coletiva. Roberto e Erasmo ainda nos presentearam com O Terço e Todas as Nossas Senhoras, provando por a mais b que todas são a mesma Mãe de Deus.

Pe. Antônio Maria rende graças à Virgem com canções como Mãe peregrina, No mar de Maria e Por que amo Maria. O Pe. Zezinho também é mestre em canções com essa temática e em todas as igrejas católicas desse país, já ecoou um de seus clássicos como Maria da minha infância, Maria de Nazaré, História de Maria, entre outras. Aliás, o Pe Zezinho e Joanna foram artistas que gravaram cds completos em torno desse tema. Joanna também já nos brindou com o resgate de A treze de maio e com sua A padroeira. Enfim, são muitas canções que rendem graças à Virgem e representam esses "murmúrios de luz" vindos de devotos como eu que cresci diante das belíssimas noites marianas que presenciava no interior!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Tu és divina e graciosa, estátua majestosa...

O cantor das multidões: Orlando Garcia Silva. Natural do Rio de Janeiro, Orlando Silva foi considerado o rei da era dos rádios, desde quando começou a participar dela, através do programa de Francisco Alves no começo da década de 30. Seu primeiro disco foi lançado em 1935. O título "O cantor das multidões" foi lhe conferido pelo locutor Oduvaldo Cozzi.

E entre tantos sucessos, podemos citar A jardineira, Alegria, Aos pés da cruz, Carinhoso, Lábios que beijei, Nada além, Rosa, Súplica, Risque, Pela primeira vez, Boêmio, Juramento falso, Enquanto houver saudade, Página de dor, Última estrofe, Três lágrimas, entre outros que se tornaram clássicos diante de suas leituras que foram as primeiras como é o caso de Carinhoso, Rosa e A jardineira.

Orlando partiu em 1978 sob reportagens da época: "coração cala o cantor das multidões", em alusão ao infarto que sofreu. Entretanto, a história não deixa partir grandes nomes como esses em que gritos eufóricos de fãs ecoam no passado e na imaginação de muitos que se deparam com sua história e contribuição à música brasileira!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de maio de 2010

Mãe, um pedaço do céu

E como foi dito essa semana, no post em que abordamos o intérprete dessa canção, o Leonardo Sullivan, eis um hino muito executado nesses dias em torno dessa figura santificada que é nossa mãe. Tenho certeza que muitos pensam assim em relação a sua mãe: é mesmo um presente de Deus, um pedaço do céu, o amor, a bondade, a alegria em nossa vida.

Nós crescemos diante de suas proteções. Enfrentamos obstáculos, nos ferimos, nos curamos, mas sempre somos vistos como meninos, como os filhinhos desses seres de luz que Deus nos apresenta para garantir que viver pode ser difícil, mas teremos anjos nessa passagem e, sem sombra de dúvidas, para a maioria, esse anjo atende por mãe, mãezinha, mainha, mamãe, e representa a parte mais linda do céu, como diz a canção.

Mãe, um pedaço do céu
(Ed Wilson e Carlos Colla)

Para mim sou grande
Mas pra ela, pequenino
Sou adulto, mas pra ela sou menino

Quando olha pra mim seus olhos brilham
Um amor feito de sonho
De alegria e de esperança

Se estou junto dela sou criança
O mundo é muito mais bonito
Sem pecado e sem perigo

E ninguém no mundo vai gostar de mim
Como ela gosta

Se eu estou errado ou certo não importa
Na alegria ou na tristeza
ela está sempre comigo

Na hora do prazer me lembro dela
Mas na hora da tristeza e da saudade
É meu abrigo

Por mim ela não mede sacrifícios
Pode parecer difícil
que alguém ame desse jeito

Acontece que ela é a minha mãe
E mãe é sempre assim

Mãe, palavra que Deus inventou
Um anjo que à Terra chegou
Voando nas asas do amor

Mãe, palavra mais doce que o mel
Talvez um pedaço do céu
Que Deus transformou em mulher

Um forte abraço a todos!

sábado, 8 de maio de 2010

Perfil Luis Miguel

A coletânea Perfil também explora nomes internacionais que tiveram grandes sucessos em nossas terras. É o caso desse título e desse artista: Luis Miguel, com suas grandes interpretações, com seus grandes boleros que embalaram tantos casais apaixonados. Lançado em 2005, esse projeto traz não apenas clássicos do repertório do Luis, mas da música latina de um modo geral.

O que dizer de canções como La barca, La puerta, Solamente una vez, Usted, Voy apagar a luz, Contigo aprendi, Bésame mucho, El dia que me quieras, No me platiques más, Perfídia, Amarte es un placer, Noche de ronda, Sabor a mi, Hasta que me olvides, Suave, todas nesse trabalho, que nos faz viajar pelo passado onde belíssimas canções enalteciam casais eternamente apaixonados.

Algumas dessas interpretações entraram aqui no Brasil como tema de novelas. E, claro que Miguel tem outras grandes interpretações que não figuram nesse projeto, coisas de coletânea mesmo. Mas, é fato que temos um grande disco, com letra e com a voz apaixonada e inconfundível de um dos maiores intérpretes latinos que conhecemos!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Hoje eu quero luz de sol e mar...

Natural de João Pessoa/PB, temos hoje no Música do Brasil a cantora e compositora Renata Arruda. Iniciou sua carreira cantando no Coral Universitário da Paraíba. Mas, sua carreira solo como cantora começou mesmo quando morava em Brasília, onde durante dois anos consecutivos recebeu o prêmio de cantora revelação da cidade. Em uma apresentação com Altamiro Carrilho, recebeu elogios de Elizeth Cardoso. Quer mais?

Em 1993, já no Rio de Janeiro, lançou seu primeiro cd, que contou com as participações de Alceu Valença, Jorge Benjor e Ney Matogrosso. Entre seus sucessos, citamos Sangue latino, Na primeira manhã, É ouro pra mim, Templo, Castigo, Um jeito estúpido de te amar, Eu sei, Mentiras, Cidade de isopor, Ninguém vai tirar você de mim, Hoje eu quero sair só, entre outras.

Estamos diante de uma nova e grande compositora e também uma expressiva intérprete que a música brasileira recebe e precisa reforçar entre os novos nomes, contrariando àqueles que dizem que a nova música não tem mais bons nomes: eis um novo e ótimo talento!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Vou tentar sorrir na despedida...

Talvez nem todos lembrem, mas na década de 80 um cantor pernambucano foi sucesso nacional com suas interpretações e em vozes de outros intérpretes. Seu nome artístico: Leonardo Sullivan. Natural de Vicência/PE, seu verdadeiro nome é Iveraldo de Souza Lima e é irmão do compositor Michael Sullivan. Aqui em Pernambuco continua sendo um dos nomes referências da música romântica e mais recentemente, do estilo gospel.

Leonardo tornou-se nacionalmente conhecido por hits gravados originalmente por ele e posteriormente por outras vozes como foi o caso de Memórias e Meu dilema, gravados por Fafá de Belém e Não diga nada, gravada por Gilliard. Outros sucessos de seu repertório são Evidências, Pensamentos meus, Obrigado, Só Jesus me guia, Quando você foi embora, entre outras.

Acredito que o maior clássico do Leonardo seja Mãe um pedaço do céu, executada com exaustão durante todos os dias das mães, todos os anos, pela belíssima mensagem que apresenta. Até 2002 ele era conhecido apenas como Leonardo, acrescentando o sobrenome Sullivan para não ser confundido com Leonardo da ex-dupla Leandro e Leonardo. Essa semana teremos o Festival da Seresta do Recife, palco onde Leonardo já fez grandes shows e é peça fundamental desse evento que chega a sua 16ª edição.

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de maio de 2010

Cauby interpreta Roberto

Um presente para os grandes fãs da boa musica! Um dos cds mais requintados, lançado ano passado, foi esse do professor da mpb Cauby Peixoto onde reverencia seu fã, o rei Roberto Carlos, interpretando canções do seu repertório com sua leitura ímpar. Cauby interpreta Roberto emociona desde a primeira nota até o último acorde, sem exagero nessa afirmação.

Canções lindíssimas, clássicos do rei em uma das mais belas vozes do planeta proporciona um trabalho daqueles marcantes, eternos, que escutamos e nos deliciamos com isso diariamente. No repertório, que traz a produção de Thiago Marques Luiz, encontramos clássicos como Proposta, De tanto amor, A volta, Sentado à beira do caminho, Os seus botões, Música suave, As flores do jardim da nossa casa, Desabafo, Não se esqueça de mim, Olha, A distância e O show ja terminou. Só clássicos mesmo, alguém duvida?

Conste que não se trata de mais um cd em homenagem ao repertório mais popular desse país, mas um cd à altura de um dos intérpretes mais reverenciados, inclusive pelo próprio rei que já afirmou liberar todas as canções se o Cauby quiser interpretar. E, este não desaponta, inovando em arranjos sofisticados e diversificados como Desabafo que virou um tango ou A volta que vem em tons de Bossa nova. O que dizer de Olha, só ao piano e àquela inesquecível voz? Ou O show já terminou que tem um trecho incidental de sua famosa Conceição. É, um grande encontro entre reis: o rei da música brasileira e o rei da voz brasileira.

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de maio de 2010

É

Em um dia como esse em que celebramos o dia do trabalho, vale a pena dizer, através de canção, para que viemos, para que estamos aqui, trabalhando e colhendo os frutos de um trabalho árduo, muitas vezes, em condições precárias que certos sistemas nos oferecem e algumas estruturas com as quais podemos contar.

É do nosso trabalho que tiramos nosso sustento, nossa felicidade. Precisamos seguir uma paz profissional para que o trabalho não deixe de ser um prazer e passe a ser um peso, uma cruz. É certo que vários fatores, de repente até companheiros podem dificultar nosso cotidiano profissional, mas precisamos estar conscientes do nosso papel como diz essas e tantas outras canções celebradas no dia de hoje, especialmente desse grande compositor que é nosso Gonzaguinha.

É
(Gonzaga Jr.)

É, a gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer nosso humor
A gente quer do bom e do melhor
A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade

É, a gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está com
A bunda exposta na janela
Pra passar a mão nela

É, a gente quer viver pleno direito
A gente quer é ter todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
É, é, é, é, é, é, é, é...

Um forte abraço a todos!