terça-feira, 5 de outubro de 2010

Só quem viu, que pode contar...

Ele foi referência nos anos 60 e 70 e se não existissem problemas alheios à cultura nacional, teria uma carreira mais condizente com sua arte e com seu merecimento. Estou falando de Wilson Simonal de Castro. Natural do Rio de Janeiro, Simonal foi crooner, apresentou programa de televisão, fez parte da turma de Carlos Imperial, lançou discos e compactos e chegou a ser considerado o melhor intérprete do país.

Seu primeiro Lp saiu em 1963, com sucesso de Tito Madi, a canção Balanço Zona Sul. E entre outros sucessos lançados posteriormente, temos Lobo bobo, Nanã, Garota moderna, País tropical, Meu limão meu limoeiro, Que maravilha, Mamãe passou açúcar em mim, Sá Marina, Nem vem que não tem, Vesti azul, etc.

Simonal partiu para a eternidade em 2000. Embora, durante muitos anos tenha ficado no ostracismo, foi mostrada, através de livros, a inocência que o cantor defendeu durante toda sua vida. Recentemente, foi lançado o filme Ninguém sabe o duro que eu dei, que conta a trajetória desse grande nome injustiçado da nossa música brasileira que tem na releitura de Sá Marina feita por Ivete Sangalo e principalmente nos trabalhos de seus filhos Simoninha e Max de Castro, um pouco de sua arte resgatada atualmente!

Um forte abraço a todos!

2 comentários:

Vinícius Faustini disse...

A música brasileira não sabe o que perdeu por conta desta marginalização irresponsável que a patrulha ideológica fez com relação a ele. Até hoje, não apareceu nenhuma pessoa torturada que diga que foi "dedurada" por Wilson Simonal.

Terrível também a atitude de alguns artistas da Música Popular Brasileira, que ameaçavam boicotar casas de espetáculos se elas permitissem que Simonal realizasse algum show. É o caso de que ninguém sabia o duro que ele deu...

Mais do que um grande cantor, Wilson Simonal foi um grande artista, capaz de emocionar e fazer cantar teatros, ginásios. Uma página que sempre merece ser vista na música brasileira.

Abraços, homem!

Vinícius Faustini

Anônimo disse...

A trajetória de Simonal demonstra como é fácil exilar ideológica e culturalmente mentes no auge de sua criatividade. Fiquei muito interessada em assistir ao filme indicado no post e vou fazer isso assim que possível!

Beijos!