O repertório é quase o mesmo dos últimos 20 anos, com coisas que vão reclamar muito mais se ele não cantar, como Emoções, Como vai você, Além do horizonte, Ilegal imoral ou engorda, O calhambeque, Detalhes, Desabafo, Lady Laura, Mulher pequena, Como é grande o meu amor por você, Amigo, Jesus Cristo. Quem não se emociona quando os primeiros acordes da abertura dão o sinal de que a noite promete? Quem não choraria em véspera de feriado de Nossa Senhora Aparecida ao escutar o clássico Nossa Senhora, cantado por ele e pelo "coro" indefectível" do público do ginásio que o acompanha do começo ao fim do espetáculo? Quem não vibra ao ouvir algumas nem muito comuns nos shows como Você em minha vida, Olha, Sua estupidez ou a mais recente Esse cara sou eu, que, apesar de já completar 10 anos, indica que os fãs estão certos em ainda sonharem com novas composições?
A canção Outra vez traz saudades de muitos, inclusive da sua autora, minha amiga Isolda. A canção Evidências era esperada, foi ensaiada, mas o tom ainda não é o adequado para o perfeccionista rei. E engana-se quem pensa que o repertório meio engessado deixa o show menor, pois todo o pique e bom humor de RC e de sua orquestra, que ele apresenta cantando e que possui grandes músicos e um maestro renomado que até ensaia uns passos de dança em Mulher pequena, garantem o alto astral de um espetáculo que a gente espera ainda contar por muitos anos, pois vale cada centavo pago! Fora que o Geraldão, que teve um último show dele em 2006, merecia, depois da reforma, reviver todas essas sensações que esse ginásio tem em comum com o eterno brasa da jovem guarda, o homem que reina soberano na música brasileira, graças ao povo que foi muito bem representado pela plateia de ontem, em mais uma noite mágica, histórica, que fica pra sempre na mente de quem pode viver "muitas emoções"!
Um forte abraço a todos!