terça-feira, 15 de abril de 2014

As canções do Pe. Zezinho

Já falei em outros momentos da influência do Padre Zezinho, como grande nome da música cristã no Brasil! E reforço essa ideia citando algumas de suas pérolas, nessa semana dedicada a Páscoa. Cresci em uma família simples, humilde e católica! Na escola, lembro de aprender Maria de Nazaré e outra que sempre me emocionava: Maria da minha infância!

As canções "marianas" me encantavam, principalmente no mês de maio! Sei que hoje a moda passa por padres carismáticos e até no mundo evangélico, os cantores mais jovens se sobrepõem. Mas, reafirmo que é no Padre Zezinho que encontro as coisas mais lindas e emocionantes que ouvi: o que dizer de Um certo galileu ou História de Maria? Nas missas tradicionais ouvia A barca, Pelos prados, Te amarei Senhor, A ti meu Deus, Conheço um coração, Amar como Jesus amou, És água viva e Há um barco esquecido na praia e depois percebi que era dele toda essa riqueza e outras que não lembrarei de citar nessa postagem!

E não paramos apenas nas canções antigas, porque mais recentemente temos outras pérolas como Oração pela família e Famílias do Brasil. E tudo isso se reflete numa missa mais inspirada pra quem participa e sai dela com a missão de ser alguém melhor e reconheço que devemos muito disso à trilha sonora desse evento, muitas vezes mais emocionantes quando preenchidas pelo trabalho desse grande sacerdote!

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de abril de 2014

♫Vambora♫

Gosto dos clássicos da Adriana e lamento já não termos um desses há um bom tempo! Adriana é genial como musicista, intérprete e compositora, até quando cria ou cita neologismos e outras obras literais. É o caso de Vambora, que significa a junção de "vamos embora" e cita trechos de obra de Manuel Bandeira, com Cinza das horas.

Uma canção romântica, tema da novela global Torre de Babel, em que sua letra chama a atenção da pessoa amada para que esqueçam os problemas que a afastaram e fujam na direção do amor, da felicidade! E mais atenção chama ainda para o fato de estarem perdendo tempo com essa distância, no trecho "Que o que você demora, é o que o tempo leva..."

Vambora
(Adriana Calcanhoto)

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem, vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Por que meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
"Dentro da noite veloz"

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
"Na cinza das horas"

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

CD Julio Iglesias Perfil

Esse é um dos poucos CD´s do Julio que não gosto tanto quanto os outros e não por ser uma coletânea, já que costumo enaltecer essa série lançada pela Som Livre, que nos apresentou este título em 2003. Mas, por pecar no repertório! Se haviam muitas versões de tais canções em português, por que lançá-las em espanhol, em nosso país? É esta a pergunta que faço!

Puxada pela versão em espanhol do clássico Stranger´s in the night, do repertório do Sinatra, Extraños nada más é a grande surpresa desse disco. Aí insisto em dizer: por que não colocar os fonogramas em português que existiam das canções Esa mujer, Derroche, Mal acostumbrado, Por el amor de una mujer, La carretera, Un canto a Galicia, Manuela, como fizeram com a faixa Paloma?

Não sei se o objetivo era lançá-lo apenas lá fora ou aqui com os fonogramas lá de fora, teoricamente inéditos para nós, mas creio que pecaram até no repertório escolhido, mesmo se levando em conta que em termos de Julio, quase todas são boas! Em suas gravações originais (e que nunca apresentaram versões em português, com exceção de El dia que me quieras), tivemos Crazy, Caballo viejo/Bamboleo e À média luz. Apesar de tudo, um bom CD pra ouvir essa eterna voz. Apenas acho que poderiam ter caprichado mais na escolha, sobretudo em se tratando de Julio Iglesias!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Os compositores do Brasil - 77

Natural de Ponte do Itabapuana/ES, Rossini Pinto foi um dos grandes compositores, cantor e produtor da época da Jovem Guada. Foi nessa época que atingiu o auge de sua carreira, se destacando como compositor ou fazendo versões de rocks internacionais e figurando em discos de nomes como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Golden Boys, Wanderléa, Renato e seus blue caps, The Fevers, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, e posteriormente de outros astros como Núbia Lafayette, Odair José, Caetano Veloso e Rita Lee.

Entre os seus sucessos estão Alguém na multidão, Eu te adoro meu amor, Só vou gostar de quem gosta de mim, Ternura, Erva venenosa, Malena, Parei olhei, Mar de rosas, Mata-me depressa, Relembrando Malena, Brucutu, Querida, Um leão está solto nas ruas, entre outras que foram sucesso nos anos 60 e que, vez por outra, alguém revive suas histórias!

Rossini partiu para a eternidade em 1985, mas está presente na música brasileira, sobretudo nos créditos dos discos dos artistas mencionados acima, como um dos nomes mais importantes da década de 60 e por isto, se destaca como um grande compositor da nossa música!

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de abril de 2014

♫Ela faz cinema♫

Sei que grande parte do público brasileiro considera as canções antigas, diga-se dos anos 70 principalmente, do Chico Buarque, como as melhores e mais inspiradas. Considero o Chico o melhor intérprete de si próprio e também uma constante na arte de compor coisas belíssimas. Um bom exemplo disso é esta canção, recente, que é uma das mais lindas de seu repertório, para mim!

Interpretar o que uma letra do Chico diz é um risco pois acabamos falando o que a letra nos causou, embora essa talvez não tenha sido a verdadeira vontade de seu autor. Neste caso, defino estar diante de uma canção romântica que descreve uma belíssima e admirada personagem que fascina nos pequenos gestos. Não sei se isso é fruto de sua extrema veneração ou realmente está envolvido com alguém que apresenta traços profissionais de uma atriz que o fascina nos lados profissional e pessoal e, por isto ele é feliz em reconhecer que está diante de uma unanimidade!

Ela faz cinema
(Chico Buarque)

Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama

Ela faz cinema, ela faz cinema, ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual

Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama
Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama

Ela faz cinema, ela faz cinema, ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém me faz

Eu não sei, se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito cantar outra vez
Quando ela jura
Não sei por que Deus ela jura
Que tem coração
e quando o meu coração se inflama

Ela faz cinema, ela faz cinema, ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem e fim.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Os Intérpretes do Brasil - 35

Que muita gente gosta da Ana Carolina, isso é indiscutível! E que ela canta muito também! Agora, talvez
nem todos tenham percebido que além da extraordinária compositora de seus sucessos, Ana também dá um toque todo especial e pessoal às interpretações de outros autores e se não as deixa imortais, ao menos, marca a canção com sua forma ímpar de interpretar.

Atualmente, está na abertura da novela Em família com o clássico Eu sei que vou te amar que, embora já tenha sido cantada por inúmeros grandes nomes país afora, convenhamos que Ana apenas não cantou uma abertura de novela, mas conseguiu deixar sua marca, acrescentando algo mais nessa canção tão explorada e sempre clássica.

Interpretar Força estranha, de Caetano, imortalizada por Roberto também foi uma tarefa difícil que Ana conseguiu traçar tranquilamente no projeto Elas cantam Roberto. Beatriz, de Chico e Edu, também foi um desafio positivo bem como seu primeiro grande sucesso Quem de nós dois, que é uma versão! Enfim, estamos acostumados com a Ana compositora e intérprete de si própria, mas quando ela resolve lê outros autores, continua sendo a mesma Ana Carolina que nos emociona e nos toca com sua voz ímpar!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 1 de abril de 2014

EP, a nova tendência do mercado musical

Hoje é dia da mentira e bem que eu gostaria de estar falando alguma mentira nessa postagem! Mas, não é! Ano passado, os projetos mais vendidos foram EP´s, uma espécie de CD compacto com 5 músicas ou um meio CD. Esse formato não é novo, pois há algumas décadas, era comum o lançamento do que se chamava compacto e como a mídia do momento era o vinil que trazia de dez a doze canções em média, o compacto vinha com no máximo quatro canções que apresentava o trabalho que viria "completo" com todas as faixas em seguida.

No começo o compacto era um teste para os novos artistas e se tocassem e vendessem bem, evoluíam para o disco e consequentemente o sucesso. Roberto Carlos resgatou o processo do passado com o lançamento do Ep Esse cara sou eu em 2012, campeão de vendas naquele ano. Ano passado, o rei ficou na vice-liderança com seu Remixed, perdendo para o Pe. Marcelo Rossi que também lançou Ep. Outros artistas campeões de vendas como Zezé di Camargo e Luciano e Paula Fernandes também aderiram ao formato.

Apesar de ser uma tentativa aparentemente bem sucedida contra a pirataria, pois o EP custa em torno de R$ 10,00 não acho interessante um "disco com 4 ou 5 canções", algumas vezes nem inéditas, outras vezes, apenas com composições do próprio autor (minando as chances de outros compositores). Sei que estamos em uma época em que 4, 5, 10 ou 15 músicas não garantiriam tanto a importância de um CD, que serve apenas para ter suas canções passadas para o computador e distribuídas aos celulares, ipad´s e outros objetos sonoros, mas ainda sou do tempo em que um disco era arte, com fotos, letras nos encartes e havia uma pequena regra de que ao menos 10 canções era mais justo neste projeto!

Um forte abraço a todos!

domingo, 30 de março de 2014

♫Ô abre alas♫

E encerramos essa série sobre as marchinhas carnavalescas (próximo ano tem mais), comentando sobre uma das mais antigas e mais populares marchinhas de nosso país, o maior sucesso da nossa grande musicista Chiquinha Gonzaga: Ô abre alas, composta em 1899, já sendo domínio público e que até hoje é um clássico em todos os carnavais onde esse gênero é apresentado!

Essa marchinha tem uma letra curta que é repetida frase a frase. Quem conhece apenas a letra pensa que se trata de uma canção qualquer, mas ganhou representatividade quando anuncia a chegada da própria festa, a chave do carnaval que faz todos vibrarem. Foi feita para o cordão carnavalesco Rosa de ouro e é considerada a primeira marcha carnavalesca do país!

Ô abre alas
(Chiquinha Gonzaga)

Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar

Eu sou da Lira
Não posso negar
Eu sou da Lira
Não posso negar

Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar

Rosa de Ouro
É que vai ganhar
Rosa de Ouro
É que vai ganhar.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Olhando as estrelas - 43

Vez por outra a generosidade também pousa na música brasileira e se torna o sobrenome de algumas estrelas como é o caso de Beth Carvalho que apadrinhou muita gente e talvez o mais famoso afilhado seja o homem da cerveja, o nosso Zeca Pagodinho. E o encontro entre essas duas estrelas acontece sempre, pois Beth já gravou canções compostas por ele e também já se encontraram em projetos de ambos.

Uma prova disso é o belíssimo dueto na canção Ainda é tempo pra ser feliz. Ou então a faixa Camarão que dorme a onda leva, que também uniu as duas vozes, lá no começo da carreira do sambista. Ambos participaram de projeto dela em homenagem a Nelson Cavaquinho na faixa Dona Carola. E na faixa Dor de amor, onde suas vozes também se encontram.

São incontáveis participações em discos, shows, projetos ou simplesmente rodas de samba onde essas duas estrelas se encontram e brindam a música brasileira com o brilho desses momentos, nos sambas inesquecíveis que trazem a alegria a todos nós!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 25 de março de 2014

Os Músicos do Brasil - 49

Hoje não vou homenagear um nome de nosso cenário de virtuosos nacionais, como de costume, mas vários músicos anônimos que compõem as diversas Orquestras de frevo, bastante comuns nas ladeiras de Olinda, nos diversos bairros do Recife, em toda cidade do interior pernambucano e em várias partes do Brasil onde se anunciar um bom bloco carnavalesco onde esse ritmo é predominante.

Não existe uma precisão quanto ao número exato de integrantes para se classificar uma banda como uma perfeita orquestra de frevo, nem tenho bases técnicas para expor tais dados. Entretanto, é perceptível que esse tipo de big band se destaca por explorar os instrumentos de sopro como sax, trombone, trompete, tuba entre outros que são mesclados a alguns instrumentos de percussão como o surdo, bateria, tarol, caixa, podendo até apresentar alguns elementos eletrônicos como guitarra, teclados e baixo, quando estão em algum palco que se permita esses adicionais.

Mas, são mais comuns a participação de instrumentos não eletrônicos, pois o verdadeiro palco desse tipo de banda sãs as ruas, por onde arrastam foliões nos mais variados blocos carnavalescos. Aqui em Pernambuco, podemos citar o grande maestro Spok como um grande nome nacional, já comentado nessa série e tantos anônimos país afora que não deixam o folião lembrar que o carnaval acaba na quarta-feira!

Um forte abraço a todos!