terça-feira, 3 de agosto de 2010

No meio da couve-flor tem a flor...

Jorge Henrique Mautner é daqueles artistas que compõe a lista de grandes nomes, pelo trabalho e pelo tempo que esse trabalho é prestado à música brasileira, sempre com uma qualidade ímpar. Compositor, músico e escritor, estudou violino ainda na infância com seu pai e mais tarde piano e bandolim. Sua primeira canção foi composta em 1958, sob o título de Olhar bestial.

Jorge já foi regravado por vários artistas como Fagner, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Wanderlea, Chico Science, Zé Ramalho, entre outros. E entre muitas canções compostas durante toda sua carreira, podemos destacar Maracatu atômico, Vampiro, Eu não peço desculpas, Todo errado, Samba dos animais, Cinco bombas atômicas, Lenda do Pégaso, Vida cotidiana, Aeroplanos, Lágrimas negras, Orquídea negra, Morre-se assim, etc.

Jorge é daqueles artistas que mesmo sem ser tão conhecido, tem seu público cativo e faz sempre seus shows país afora, sempre com canções inteligentes e ricas em metáforas. Sua aproximação com Caetano e Gil o tornou mais conhecido e popular. Aqui em Pernambuco, Chico Science imortalizou seu Maracatu atômico. Interessante também foi sua participação recente no show Coisas de Jorge, junto com os outros "Jorges" da música brasileira: Benjor, Vercilo e Aragão.

Um forte abraço a todos!

2 comentários:

Vinícius Faustini disse...

Everaldo,

já vi alguns shows de Jorge Mautner e neles tem o destaque maravilhoso do som de seu violino e as declarações irreverentes que ele faz. Sua parceria com o guitarrista Nelson Jacobina merece um capítulo à parte, assim como o disco "Eu não peço desculpa", de Mautner e Caetano Veloso, é digno de análise do "Música do Brasil".

Alguns anos atrás, a TV paga aproveitou outra excelente vertente do músico - a de profundo conhecedor da cultura nacional. No Canal Brasil, ele tinha o quadro "O canto do Jorge Mautner", no qual falava histórias da música brasileira e interpretava alguns clássicos do nosso cancioneiro.

Recentemente, ele participou da peça "Deus é química", de Fernanda Torres, atuando ao lado da atriz, de Luiz Fernando Guimarães e de Francisco Cuoco. Mais um dos muitos capítulos irreverentes de sua carreira - que inclui uma cena engraçadíssima na pornochanchada "O olho mágico do amor", onde ele, Nelson Jacobina e Tânia Alves estão nus numa cama cantando "A lenda do Pégaso".

Abraços, homem!

Vinícius Faustini

Anônimo disse...

Neste espaço nós podemos constatar que, por trás de grandes nomes, existem artistas pouco conhecidos e divulgados, mas imprescindíveis à excelente qualidade da MPB. Compositores e músicos que ajudaram a imortalizar diversos cantores e que merecem nossa admiração.

Beijos!