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sábado, 22 de setembro de 2012

Tenha calma

Maria Bethânia já gravou algumas canções marcantes do Djavan, inclusive, um de seus discos mais conhecidos tem título de uma canção dele, Álibi. Mas, a meu ver, a canção mais linda que interpretou foi Tenha calma, tema da novela global Tieta em 1989 e que também foi gravada pelo próprio Djavan em 1996.

Mas, me atendo à gravação da Bethânia, além de sua voz, que dispensa comentários em termos de emoção e perfeição, Tenha calma traz um arranjo belíssimo que parece em alguns momentos fazer sua voz duelar ora com o trumpete, ora com as cordas, ora com os dois. Sua letra é cortante, um pedido de paciência que o personagem clama para que um dia possa, depois dos esforços, enfim ser como seu amor deseja.

Tenha calma
(Djavan)

Quer me deixar
Não sei porque
Deixa eu pensar
Pra sei lá, ver
O que fazer
Pra você ficar

Sem seu amor
A vida passa em vão
Se você for
O que é de vidro quebra no meu coração

Seu olhar é lindo
Ver você sorrindo é demais
Por favor não faz
Me dizer adeus, vai me botar a perder

Tenha calma, não se vá, meu popstar, tenha fé
Te prometo vir a ser do jeito que você quer
Um amor de mulher

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de julho de 2012

Final feliz

Quando Jorge Vercillo surgiu, muitos confundiram sua voz com a de Djavan, de quem Jorge afirmou ter fortes influências, sobretudo quando cantava na noite. E um dia, os dois se encontraram na gravação desse sucesso que foi e é Final feliz, revivido anos mais tarde com Caetano Veloso e Alexandre Pires. Pois é, uma canção que já recebeu a leitura desses grandes nomes da nossa música só poderia mesmo ser classificada como sucesso.

Final feliz traz uma letra que aponta o amor como o desejo maior, como um bom final de novela, por exemplo. Um sentimento que não deve mais ser resguardado, escondido ou contido, pelo contrário, deve explodir proporcionalmente à sua grandeza, sem medo, acreditando sempre que dará certo, afinal, o amor é um sentimento lindo e nobre demais pra viver escondido e Jorge falou isso muito bem nessa canção!

Final feliz
(Jorge Vercillo)

Chega de fingir
Eu não tenho nada a esconder
Agora é pra valer, haja o que houver

Não tô nem aí
Eu não tô nem aqui pro que dizem
Eu quero é ser feliz, e viver pra ti

Pode me abraçar sem medo
Pode encostar tua mão na minha

Meu amor,
Deixa o tempo se arrastar sem fim
Meu amor,
Não há mal nenhum gostar assim
Oh, meu bem,
Acredite no final feliz
Meu amor, meu amor

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Olhando as estrelas - 22

Quem gosta de Djavan? Quem gosta da Alcione? Ambos já estiveram nesta série, junto a outros nomes. Pois é, esses dois também já estiveram juntos em alguns momentos de suas carreiras e agora aparecem aqui na série Olhando as estrelas onde contemplamos o brilho de duas estrelas que se encontram em prol da música brasileira.

Ambos começaram lá na década de 70 como crooner. No CD celebração, da "marrom", Djavan é um dos convidados para dividirem a faixa Gostoso veneno. No CD/DVD Duas faces da Alcione lançado ano passado, esse encontro é reeditado, agora na faixa Capim, composta pelo alagoano. Alcione também já gravou Flor de lis.

E nós que gostamos da Alcione e do Djavan torcemos para que mais encontros como este aconteçam. A marrom poderia gravar mais composições dele, tipo Oceano ou Samurai, que creio ficar muito bonitas em sua voz. E Djavan também, aproveitando essa fase de intéprete, poderia visitar o repertório da sambista, mandando ver no seu lado de perfeito crooner. A música brasileira agradece aos dois!

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O disco mais vendido de trilhas de novelas - O rei do gado de 1996

Capa do CD O rei do gado. Atriz Patrícia Pilar
Disco de novela sempre foi um atrativo para o público que acompanha capítulo por capítulo aquela trama que faz parte do cotidiano de muitos brasileiros. Já falamos anteriormente que muitos sucessos da nossa música surgiram de mãos dadas com cenas inesquecíveis. É como se o clipe viesse antes do sucesso radiofônico e o originasse.

Essa história de trilha sonora sempre foi bom para as gravadoras que lançavam a trilha nacional e a internacional. Em 1996, por exemplo, tivemos o ápice disso com essa coletânea da novela O Rei do gado que vendeu 1,5 milhão de cópias de seu primeiro volume. Vale lembrar que já na década de 70, a marca de um milhão foi alcançada com Estúpido cupido. Dancin days internacional também bateu recordes em seu tempo.

Mas, voltando ao primeiro volume de O rei do gado (já que o sucesso foi tanto e lançaram um segundo volume) entre os maiores êxitos do disco, que saiu em LP, K-7 e CD, estão Coração sertanejo (Chitãozinho e Xororó), Admirável gado novo (Zé Ramalho), Eu te amo te amo te amo (Roberta Miranda), Correnteza (Djavan), À primeira vista (Daniela Mercury), Sem medo de ser feliz (Zezé di Camargo e Luciano) e Doce mistério (Leandro e Leonardo) que, também alavancaram as vendas de seus respectivos intérpretes.

Completam a coletânea da Som livre a abertura Rei do gado (Orquestra da terra), La forza della vita (Renato Russo), Vaqueiro de profissão (Jair Rodrigues), The woman in me (Shania Twain), O que vem a ser felicidade (Orlando Morais), Cidade Grande(Metrópole) e Caminhando só (Evara Zan). Com muitos sucessos radiofônicos e com pouca pirataria na época, esse CD bateu recordes de vendas, não alcançadas nem pelo segundo volume (que trazia mais canções interpretadas por Sérgio Reis e Almir Sater, que participavam da novela), nem por lançamentos posteriores.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Som Brasil Ângela Maria 1996 - parte 2

com Roberto Carlos
Nessa segunda parte, apresentaremos o que aconteceu nos três últimos capítulos do Som Brasil Ângela Maria 1996. O figurino da cantora mudava a cada capítulo. No terceiro, tivemos Caetano Veloso (em Noite chuvosa), Alcione (em Fósforo queimado) e Nana Caymmi (em Estava escrito).

com Djavan
O quarto capitulo trouxe Emílio Santiago (em Escuta) e Djavan (em Vida de bailarina). Alguns artistas entravam logo quando a música começava ou ao meio dela, quando começavam suas partes nos duetos. Roberto Carlos veio no último capítulo cantando Desabafo. No especial de fim de ano de 1995, eles já tinham cantado juntos a mesma canção, que entraria no CD da Ângela. Este número fez parte do CD/DVD Duetos, lançado pelo rei em 2006. Voltando ao Som Brasil, o rei fechou a noite, entrando no palco de mãos dadas com a cantora, dançando e rodopiano com ela no solo, além de receber um "obrigado por você existir" da sapoti, retribuindo com a mesma frase.

com Caetano Veloso
Não sei o que esperam pra lançar o resultado desse show em DVD. Já vi o making of fantástico desse projeto, onde Ângela descrevia cada encontro que teve em seu disco e com depoimentos de alguns artistas envolvidos no show e no CD. E, embora Ângela tenha lançado trabalhos belíssimos, posteriores a este e com vários outros duetos, não sei porque ainda não pensaram em um Amigos 2 e quem sabe um segundo Som Brasil desse porte.

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de agosto de 2011

Olhando as estrelas - 17

Em recente show beneficente.
Mais um grande encontro que nossa música brasileira proporciona entre dois artistas que tanto se admiram e se respeitam. Um cresceu tendo o outro como um de seus grandes ídolos. O outro assumiu ser fã do primeiro. Estou falando de Djavan e Caetano Veloso, dois grandes astros que preenchem a série hoje com alguns de seus encontros.

Caetano já gravou música de Djavan e a recíproca se verifica. Conste que isso é algo incomum já que se tratam de dois grandes compositores e que, geralmente em seus discos constam suas criações, sobrando pouco espaço para interpretações de outros autores. Caetano gravou Oceano e Sina, onde originalmente consta o verbo Caetanear que, trocou por Djavanear, retribuindo a gentileza. Caetano também seria citado em Eu te devoro. Djavan, em seu disco mais recente gravou Oração ao tempo e Luz e mistério, do baiano.

Na década de 80 no Chico&Caetano.
E ambos brindam essa admiração através de uma canção composta pelos dois e gravada pelo Djavan em 92 e depois pelo Caetano no CD/DVD Prenda minha, que foi a belíssima canção Linha do equador. Ambos ainda compuseram a canção Invisível, que foi gravada apenas por Maria Bethânia. É com essas e outras, que podemos perceber que esses dois astros têm um brilho imensurável, que só reluz ainda mais, quando se encontram!

Um forte abraço a todos!

sábado, 9 de julho de 2011

Troféu Imprensa - parte 3

Roberto vai ao programa do Silvio em 1997.
E hoje chegamos ao final dessa série que essa semana lembrou um pouco sobre a história desse Troféu que destaca em algumas categorias nossa música. O melhor cantor do ano sempre foi aguardado com muita ansiedade por mim, durante toda a década de 90, quando comecei a acompanhar a premiação e torcer pelo Roberto que sempre venceu naquela década. Para os fãs do Roberto, duas festas: a votação e a entrega do troféu, quando o rei foi duas vezes nessa década receber seus prêmios no programa do Silvio Santos.

Nessa premiação, Roberto também é rei, pois foi o vencedor no ranking da categoria canção e também o cantor mais premiado na história do troféu com 19 premiações. Sua primeira indicação foi em 65, mas perdeu para Agnaldo Rayol. Em 67 perdeu para Jair Rodrigues e em 68 para Wilson Simonal. Em 69, numa disputa acirrada com Jair, Rayol e Simonal, não obtiveram votação suficiente para receberem o prêmio. Em 71, venceu com Chico Buarque, mas como ambos não foram receber o prêmio, decidiram que o vencedor seria o terceiro colocado que foi o Altemar Dutra.

Roberto recebe seu troféu na década de 70.
Roberto também perdeu em 74 para o Chico Buarque, em 75 para Benito di Paula, em 82 para o Djavan, em 83 para o Ritchie e em 85 para o Tim Maia. Depois, em todas as indicações das quais participou, venceu, inclusive da mais recente, sendo um dos mais premiados, somando todas as categorias. Depois do Roberto temos o Zeca Pagodinho com três prêmios e Jair Rodrigues, Seu Jorge, Tim Maia, Djavan e Caetano, ambos com duas premiações.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Troféu Imprensa - parte 1

Sinto que aqui no Brasil sempre tivemos uma carência quanto à premiação de nossos artistas. Antigamente, coisa de mais ou menos 50 anos atrás, eles eram mais reconhecidos. Mas, tais premiações não seguiam durante muitos anos. Uma premiação da televisão brasileira que tem em algumas categorias a música e os cantores, e que já existe há mais de 60 anos é o Troféu Imprensa, criado em 1958 por Plácido Manaia Nunes e apresentado, desde 1970 por Silvio Santos, na Globo, Tupi, Record e finalmente SBT.

Gostaria de destacar três categorias que se relacionam à nossa música: a melhor música, a melhor cantora e o melhor cantor. Pesquisando em sites na internet sobre históricos do prêmio, presenciamos na música as transformações que esta sofreu durante todo esse tempo. Categoria criada a partir de 1971, percebemos ano a ano, década a década, as mudanças nos estilos e gostos populares, já que é o povo quem vota até chegarem a conclusão das três mais votadas e julgadas pelos jurados presentes no programa.

Silvio Santos apresenta a premiação desde 1970.
Em 71, por exemplo tivemos uma briga acirrada entre Construção, do Chico Buarque com De tanto amor e Amada amante (a vencedora) do Roberto, que ainda venceria com a melhor canção em 72 com Por amor, em 73 com O show já terminou e em 74 com Proposta (que era de 73). Roberto ainda teve outras indicações de suas composições como em 1980 com Sentado à beira do caminho (que perdeu para Lança perfume da Rita Lee), A guerra dos meninos em 1981 (que perdeu para Homem com H, do repertório do Ney Matogrosso), em 1984 com Caminhoneiro (que perdeu para Chuva de prata, do repertório da Gal Costa) e em 1999 com Nossa Senhora (gravação coletiva, que perdeu para Sozinho, do repertório do Caetano Veloso).

Outras canções que venceram o Troféu na categoria e que merecem destaque são Olhos nos olhos (Maria Bethânia, composição do Chico Buarque) - 1976, Samurai (Djavan) - 1982, Me dê motivo (Tim Maia, em composição de Sullivan e Massadas) - 1983, Um dia de domingo (Gal e Tim, composição de Sullivan e Massadas) - 1985,  Oceano (Djavan) - 1989, etc. No ranking dos intérpretes das canções premiadas, Roberto reina com quatro premiações, seguido de Leandro e Leonardo, Skank, Daniela Mercury, Djavan, Gal Costa e Tim Maia, cada um com duas premiações.

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de maio de 2011

CD Djavan Ária

Djavan é daqueles artistas completos, que representam bem uma perfeita referência na música brasileira, pois compõe, toca e interpreta de uma forma que imortaliza grandes sucessos, garantindo sua marca. No decorrer de sua carreira, sua discografia é composta por canções que, em sua maioria foram produzidas por seu próprio punho.

Mas, há poucas exceções e  essas  também chamam atenção, como as interpretações de Correnteza (Tom Jobim e Luiz Bonfá), Sorri (Charles Chaplin e João de Barro) e Coração leviano (Paulinho da Viola), todas do cd Malásia, de 1996. Disso, soma-se ao compositor, cantor e músico, o intérprete, e o resultado disso, temos nesse trabalho lançado em 2010, um dos poucos projetos interessantes desse ano.

Ária é composto de 12 interpretações escolhidas e produzidas pelo próprio Djavan, sendo acompanhado por dois violões, uma guitarra e percussão, onde desfila seu lado crooner ao visitar canções do repertório de Caetano Veloso, Cartola, Frank Sinatra, Ângela Maria, Gilberto Gil, Chico Buarque, Beto Guedes, Edu Lobo e Luiz Gonzaga em Disfarça e chora, Oração ao Tempo, Sabes Mentir, Apoteose ao samba, Luz e mistério, La noche, Treze de dezembro (instrumental), Valsa brasileira, Brigas nunca mais, Fly me to the moon, Nada a nos separar e Palco.

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Deus é brasileiro

Em 2003 o cinema nacional lançou um dos filmes mais interessantes dessa nova safra: Deus é brasileiro. Com um elenco que reune Antônio Fagundes, Paloma Duarte, Wagner Moura, Hugo Carvana, Stepan Nercessian, entre outros e sob a direção de Cacá Diegues, essa comédia dividiu opiniões quanto ao seu enredo. Alguns gostaram, outros foram ao extremo e o classificaram como um erro.

A história gira em torno de Deus (vivido pelo Antônio Fagundes) que, cansado de tantos erros cometidos pela humanidade decide tirar uma férias em alguma estrela distante. Para isso, precisa de um substituto, enquanto tiver fora e decide procurar no Brasil, por este ser um país bastante católico, embora ainda não apresentasse nenhum santo reconhecido oficialmente. Taoca (Wagner Moura) é então seu guia e buscam em vários pontos do país pela pessoa ideal.

Destaque para várias paisagens lindas que o país oferece e que presenciamos no filme que questiona essa nossa falta de percepção das coisas boas que temos e atribuímos todas as nossas dificuldades aos cuidados divinos.  No campo musical temos Djavan (Lua de abertura e Melodia sentimental), Lenine (A vida do viajante), Luiz Gonzaga (também em A vida do viajante), Roberta Miranda (Vá com Deus), etc. Vale a pipoca de janeiro, sim!

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de setembro de 2010

CD e DVD Fagner - Amigos e canções

Mais um dos grandes trabalhos do cearense Fagner, o cd duplo e o dvd Amigos e canções. Gravados em 1998 e 1999, respectivamente, o projeto recebe o mesmo nome e capa, embora apresentem sutis diferenças tanto nos convidados quanto no repertório que prezam por grandes sucessos do cearense em seus até então aproximados 25 anos de carreira, alguns em duetos inéditos em sua carreira dele. Ambos os projetos, com a produção de José Milton.

No cd temos as canções Custe o que custar, Eternas ondas (com Fábio Jr.), Astro vagabundo (com Zé Ramalho), Fracasso (com Fafá de Belém), Espere por mim morena, Retrato marrom (com Ney Matogrosso), Traduzir-se (com Chico Buarque), Noves fora (com Emílio Santiago), Horas azuis, Revelação, Mucuripe (com Djavan), Morro velho (com Milton Nascimento), Retrovisor (com Zezé di Camargo e Luciano), Semente, Saudade (com Joanna), Sangue e pudins (com Luiz Melodia), Monte castelo (com Ângela Maria), Quarto escuro (com Ivan Lins) e Distância.

O dvd saiu no ano seguinte e foi fruto de um show realizado no Canecão para celebrar o cd, com as seguintes canções: Revelação, Noturno, Deslizes, Custe o que custar, Borbulhas de amor, Mucuripe e As rosas não falam (com Dori Caymmi), Lábios de mel (com Ângela Maria), Saudade e Meu primeiro amor (com Joanna), Eternas ondas (com Fábio Jr.), Astro vagabundo e Dois querer (com Zé Ramalho), Gostoso demais e Pedras que cantam (com Dominguinhos). Fica apenas a pergunta: dá pra faltar na coleção de alguém que curte esse tipo de música?

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de agosto de 2010

Oceano

Dizer que essa canção é um clássico da música brasileira é chover no molhado. Mas, é sempre bom lembrar o quanto é gostoso de se apreciar esse tipo de canção. Oceano foi lançada em 1989 e foi tema da novela global Top Model. Mas, ela se tornou maior que tudo isso, sendo talvez o maior sucesso do Djavan.

Muitos cantores da noite geralmente a incluem em seu repertório, já gravada também por Caetano Veloso, Richard Clayderman e Tim Maia. Apesar de ter grande parte da sua letra voltada para um amor partido, doído, temos grandes declarações românticas em um amor infinito e imensurável:

Oceano
(Djavan)

Assim que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão,
Dava prá ver o tempo ruir
Cadê você? Que solidão!
Esquecera de mim?

Enfim, de tudo o que há na terra
Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar
Longe de ti tudo parou
Ninguém sabe o que eu sofri

Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar me dá teu calor

Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você deságua em mim e eu oceano
E esqueço que amar é quase uma dor

Só sei viver se for por você...

Um forte abraço a todos!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Alcione - Celebração

Domingo de carnaval e uma boa pedida é o cd Celebração lançado pela Alcione em 1998, onde a sambista celebra tudo que ama nessa vida: sua música, seus parceiros, sua voz, seu talento e seu respeito. Com a participação de Alexandre Pires, Maria Bethânia, Cássia Eller, Djavan, Ed Motta, Rita Ribeiro e a Velha Guarda da Portela.

Nesse projeto, a "Marrom" revive alguns de seus grandes sucessos e das vinte faixas, canta doze sozinha: Quem é você?, O surdo, O que eu faço amanhã?, Um ser de luz, Rio antigo, Nem morta, Menino sem juízo, Ou ela ou eu, Sufoco, Meu vício é você, Qualquer dia desses e Pode esperar. Com arranjos de Jota Moraes, Zé Américo e Lincoln Olivetti e outros grandes músicos, como Milton Guedes, esse cd preza pelos grandes sambas e sucessos românticos da Alcione.

As outras oitos faixas são duetos: Estranha Loucura, com Alexandre; Gostoso veneno, com Djavan; Linda Flor, com Bethânia; Pintura sem arte, com a Velha Guarda da Portela; Cajueiro velho, com Rita; Não deixe o samba morrer, com Cássia; Verde e rosa, com Sandra e Mesa de bar com Ed Motta. Uma boa pedida para celebrarmos o carnaval com boa música, com bons sambas, de uma das maiores intérpretes desse país carnavalesco.

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Paralamas ao vivo - Vamo batê lata

Em 1995, a grande banda de rock nacional Paralamas do Sucesso lançaram o cd duplo Vamo batê lata, contendo um cd ao vivo e outro cd com quatro canções até então inéditas, gravadas em estúdio. Do cd de estúdio, as quatro canções  foram bem recebidas pelo público: Uma brasileira, de Carlinhos Brown e em dueto com Djavan, Saber amar, Luís Inácio e Esta tarde.

No show, clássicos da banda que todo mundo canta, sucessos como A novidade, Dos margaritas, Vamo batê lata, Alagados, Caleidoscópio, Meu erro, O Rio Severino, Lanterna dos Afogados,  O beco, Romance ideal, Não estrague o dia, além de interpretações bem sucedidas de outros compositores como Trac-trac, de Fito Paez, Um a um (sucesso de Jackson do Pandeiro), Você e Gostava tanto de você (sucessos de Tim Maia),além de citações de Sol e chuva (Alceu Valença) em Não estrague o dia, Soul Sacrifice (Santana Band) em Meu erro e Paraíba (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) em O Rio Severino.

Em 2005, foi lançado o vídeo desse show, com direito a quatro canções que não constaram no cd como Navegar impreciso, Perplexo, Whole Lotta Love e Cagaço. Esse é mais um grande trabalho dessa banda competentíssima que faz do rock nacional uma paixão, não apenas para eles mesmos, mas para todos que curtem seu trabalho e o vivenciam como algo que muito acrescenta na vida dos amantes da boa música brasileira!

Um forte abraço a todos!

domingo, 15 de novembro de 2009

Djavan ao vivo

Um dos melhores dvds da carreira do Djavan, fruto do show e do disco ao vivo, gravado no Rio de Janeiro em 1999, este trabalho apresenta clássicos de sua carreira até então, além de depoimentos do artista retratado em Barcelona. Além disso podemos desfrutar de canções que não estão no cd duplo como Maçã, Doidice, Dupla traição, Irmã de Neon, Pára-raio e Capim.

E são nos grandes clássicos do Djavan que existe a maior interação entre público e astro, seja em canções com novos arranjos como Meu bem querer e Oceano que não perdem o poder de tocar os fãs e se unem a eternos clássicos de seu repertório como  Samurai, Nem um dia, Cigano, Açaí, Fato consumado, Faltando um pedaço, Flor de Lis, Eu te devoro, Se, Sina, Pétala e Lilás, transformando esse num de seus maiores projetos em 25 anos de carreira até então.

Com a produção do próprio Djavan que também toca violão ao lado de seu filho Max Viana e de toda sua banda, temos ainda outras canções menos radiofônicas, mas não menos importantes em um show como esse: Azul, Álibi, Um amor puro, Amar é tudo, Acelerou, A carta, Boa noite e Seduzir completam o excelente repertório. De bônus, além da entrevista com o cantor, também três clipes de Eu te devoro, Acelerou e Esquinas.

O dvd é um retrato de um dos maiores artistas da nossa música, um cara que tem um público fiel e um respeito enorme vindo dos colegas. Esse projeto só vem a enaltecer que mesmo aqueles que não curtem seu trabalho, suas grandes interpretações românticas, reconhecem em Djavan um nome que expõe um trabalho valiosíssimo para a boa música brasileira!

Um forte abraço a todos!

sábado, 29 de agosto de 2009

Amar é tudo

Gosto muito do Djavan. Seu romantismo, sua forma de compor, seus hits apaixonados que encantam e embalam tantos casais país afora! Essa canção é um exemplo disso: uma letra curta, uma declaração de amor que termina afirmando algo que ninguém duvida: o amor é tudo!

Djavan figura entre os grandes nomes da nossa música e, mais que isso, está presente no repertório de um público cada vez mais forte e fiel, o que é bastante significativo para um astro de sua grandeza! Amar é tudo é simplesmente uma das mais belas de seu repertório, embora não se destaque como um clássico, gravada no cd duplo ao vivo de 1999:

Amar é tudo
(Djavan)

Meu amor
Eu nem sei te dizer quanta dor
Mesmo a noite não sabia
O que o amor escondia

Minha vida
Que fazer com minha alma perdida
Foi um raio de ilusão
Bem no meu coração

E veio com tudo
Dissabor e tudo
Veio com tudo
Dissabor e tudo

Eu sei,
Eu não sei viver sem ela
Assim, um simples talvez me desespera

Ninguém pode querer bem sem ralar
Na há nada o que fazer
Amar é tudo

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Frutos musicais

Com esse post, continuamos a série que relaciona as estações do ano com a nossa música brasileira. Já comentamos sobre a Primavera, com as flores musicais, Verão, com Calor musical e hoje vivenciaremos o Outono, com citações de frutos. Na realidade, o outono passa meio desapercebido por nós, talvez por conta da nossa variação climática e por nossa tropicalidade que se reflete na variedade de frutas em nosso país durante todo o ano.

Na música, temos alguns exemplos de citações de frutas como por exemplo o Alceu Valença que cita a manga rosa em Morena tropicana, ou Beto Guedes que, ainda em Amor de Índio afirma "No outono te proteger...", citando também a estação em destaque. Roberto e Erasmo também citam a estação em Você é minha: "Fruta fresca a provocar o meu desejo, ... O suco dessa fruta bebo no seu beijo...", ou em outro momento mais distante também vai fundo com: "O gosto da fruta que a vida oferece...", na canção O gosto de tudo.

Ana Carolina também falou sobre a estação em Ruas de Outono: "Nas ruas de Outono, os meus passos vão ficar...", também gravada por Gal Costa. Mas, é na canção de Djavan que encontramos uma reverência maior à essa estação voltada para nossa tropicalidade, de uma terra em que se plantando tudo dá. Djavan compôs e cantou uma de suas mais belas canções, pedindo emprestado à estação seu título e presenteando a todos com mais esse clássico:

Outono
(Djavan)

Um olhar uma luz ou um par de pérolas
Mesmo sendo azuis sou teu e te devo por essa riqueza
Uma boca que eu sei, não porque me fala lindo e sim, beija bem
Tudo é viável pra quem faz com prazer

Sedução, frenesi, sinto você assim,
Sensual, árvore, éspécie escolhida, pra ser a mão do ouro
O outono traduzir, viver o esplendor em si....

Tua pele, um bourbon me aquece como eu quero
Sweet home gostar é atual além de ser tão bom...

Um forte abraço a todos!

domingo, 30 de novembro de 2008

Nuvem negra

Há dias em que estamos mal humorados, afinal somos seres humanos que enfrentamos estresses, contrariedades cotidianas ou apenas uma noite mal dormida que nos deixa mal naqueles momentos! É o que apresenta essa canção do Djavan, eternizada pela Gal Costa.

Nuvem negra relata um mal humor extremo, exibindo detalhes e atitudes que comprovam esse sentimento. Mas, a canção aponta para uma luz, dias melhores virão! E em nossa vida não é diferente, pois os momentos ruins como os bons também passam como as nuvens carregadas!

Nuvem negra
(Djavan)

Não adianta me ver sorrir
Espelho meu, meu riso é seu
Eu estou ilhado

Hoje não ligo a Tv
Nem mesmo pra ver o Jô
Não vou sair, se ligarem não estou

À manhã que vem
Nem bom-dia eu vou dar
Se chegar alguém
A me pedir um favor eu não sei
Tá difícil ser eu
Sem reclamar de tudo!

Passa nuvem negra, larga o dia
E vê se leva o mal que me arrasou
Pra que não faça sofrer mais ninguém

Esse amor que é raro e é preciso
Pra nos levantar me derrubou
Não sabe parar de crescere doer

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Dia do compositor

Hoje é dia do compositor e o Blog Música do Brasil presta sua homenagem a grandes nomes de nossa música brasileira que colaboram com sua arte para um mundo melhor! Seria uma vasta lista, a de grandes nomes em nossa música que atuaram ou atuam de forma fascinante nesse universo!

Compor é uma arte, um privilégio de poucos, dentro do universo da música. Construir partituras, unindo harmonia, melodia e letra e ainda alcançar o público certo não é tarefa fácil. Com acordes simples ou dissonantes, nos mais variados ritmos, levadas, com os assuntos mais diversos, os compositores trabalham sua arte em benefício de uma sociedade mais culta, mais consciente de sua realidade e cultura!

A nossa música se orgulha de apresentar criações fantásticas sobretudo no século passado, em todas as décadas! Como já foi dito, vários nomes podem ser citados como os mais famosos Noel Rosa, Ary Barroso, Pixinguinha, Cartola, Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Luiz Gonzaga, Erasmo Carlos, Eduardo Lages, Gilberto Gil, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Bosco, Ivan Lins, Djavan, Fagner, Dorival Caymmi, Milton Nascimento, Jorge Aragão, Zé Ramalho, Nando Cordel, etc. até aqueles que só conhecemos nos créditos dos discos como Michael Sullivan, Altay Veloso, Paulo Sérgio Valle, Paulo Debétio, Vital Farias, Petrúcio Amorim, Fernando Brandt, Vítor Martins, Aldir Blanc, Carlos Colla, Isolda, Chico Roque, Peninha, Abel Silva, Fausto Nilo, entre tantos outros, que esquecerei de um grande nome, mas serão relembrados aqui na série Os compositores do Brasil que apresentamos periodicamente e, mais que isso, esses anônimos seres culturais estarão presentes em cada nota das canções que encantam nosso cotidiano!

Um forte abraço a todos!

sábado, 27 de setembro de 2008

Ângela Maria Amigos

Amigos, hoje abordaremos um dos discos mais lindos dos últimos vinte anos e que reuniu alguns dos maiores nomes da nossa música. Esse disco existe? Sim: Ângela Maria - Amigos, lançado em 1996. Com a direção artística de Miguel Plopschi, produção de José Milton, arranjos dos maestros Daniel Salinas, Lincoln Olivetti, Cristóvão Bastos, Luis Cláudio Ramos, Eduardo Souto Neto e Jaime Alem, e duetos com grandes nomes da música brasileira com os clássicos da eterna "sapoti".

O disco começa com Desabafo, clássico do rei em um dueto inédito: Ângela Maria, a rainha da voz e Roberto Carlos, o rei da música brasileira! Arrasador e arrepiante, repetido no especial do rei em 1995 e no progama Som Brasil em homenagem à cantora! Depois do maior artista da música brasileira, veio o maior compositor, Chico Buarque com Gente humilde, clássico enternizado na voz da Ângela, que logo em seguida traz a maior intérprete brasileira: Maria Bethânia, em Orgulho, outro clássico de seu repertório.

Lábios de mel não pode faltar em qualquer show da Ângela, com direito a grandes vocais ao final da canção e não poderia faltar nesse projeto, ao lado do maior cearense Fagner. A maior dupla sertaneja do Brasil cantou um bolero com Ângela: Falhaste Coração trouxe Zezé di Camargo e Luciano, traduzindo um certo eclétismo da sapoti, que em seguida traz o maior intérprete da música brasileira: Emílio Santigado divide os vocais em Escuta de Ivon Curi. A maior sambista desse país aparece em Fósforo Queimado: a marrom Alcione solta a voz ao lado da diva Ângela.

O maior amigo e ex-funcionário Agnaldo Timóteo aparece em Tango pra Tereza. O maior nome da Tropicália aparece em Noite chuvosa, simplesmente um dueto fantástico com Caetano Veloso. O maior clássico de Ângela, Babalu aparece com Ney Matogrosso que, anos antes, presta homenagem com disco em homenagem à sapoti, caracterizando então o maior intérprete de seu repertório, depois dela própria. O maior compositor baiano também aparece: Dorival Caymmi está representado por outra baiana de talento inquestionável, Gal Costa, a voz mais doce da música brasileira, divide os vocais no clássico Nem eu.

O maior Alagoano da música brasileira se faz presente com sua canção preferida do repertório da diva: Djavan e Ângela em Vida de bailarina. A maior gargalhada do país está no talento de Fafá de Belém e no bolero Abandono. A maior voz do país, Milton Nascimento se faz presente em Balada triste! E para encerrar o projeto, Estava escrito que a grande Nana Caymmi não poderia faltar nesse clássico de Lourival Faissal.

Bom, o que falar, um disco onde estão os maiores juntos à maior voz feminina que o Brasil já teve em toda sua história? O disco rendeu especial para globo onde só Gal, Chico e Bethânia estiveram ausentes. E rendeu mais ainda um prêmio para Ângela: o reconhecimento tardio da mídia para seu trabalho feito com muita dedicação e admiração por parte de todos os astros da música brasileira!

Um forte abraço a todos!