sábado, 22 de novembro de 2008

Zizi Possi - Pedaço de mim

Não vejo problema algum em indicar algum disco ao vivo ou coletânea, pois neles encontramos os grandes hits dos artistas que admiramos e geralmente por preços mais acessíveis! Claro que o grande fã do artista considera esse projeto dispensável, mas algumas coletâneas como essa explorada hoje apresentam além da excelente seleção de repertório, um material gráfico bem trabalhado, além de fotos inéditas, tornando-se mais atraente em toda coleção de qualquer fã!

Lançado em 1998, O melhor de Zizi Possi - Pedaço de mim mescla sucessos recentes da diva em italiano, com seus mais populares e antigos sucessos de início de carreira, passando por várias fases desta. A faixa-título do cd é também a que abre o projeto com Zizi e Chico Buarque numa gravação original de 1979, que apontou horizontes para a então iniciante Zizi. Em seguida, o clássico italiano Per Amore que também se tornou um clássico na obra dessa grande intérprete.

Meu bem-querer de Djavan ganha a suavidade de sua interpretação, seguida de Eu velejava em você, composição de Eduardo Dusek e, Papel Machê, de João Bosco. Na sequência, Noite e Asa morena que é, talvez, sua interpretação mais conhecida, bem como Caminhos do Sol e A paz, de Gil e Donato. Mundo cruel, já não é tão conhecida, porém Perigo foi seu maior sucesso radiofônico. Lindo também é a interpretação de Zizi para Tempos modernos de Lulu Santos, bem como Mais Simples e Ho capito che ti amo, que encerram o disco.

A obra da Zizi apresenta uma grande intérprete eclética e uma voz apreciada por tantos que apreciam seus sucessos e se deliciam com canções lindíssimas como algumas apresentadas nesse projeto que nos oferece Zizi Possi em todas as fases e ritmos!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Quando o segundo sol chegar...

Outro ex-titã que brilha em sua carreira solo, como cantor e excelente compositor já há alguns anos é José Fernando Gomes dos Reis, o grande Nando Reis. Natural de São Pulo, após se desligar da banda que lhe deu alicerce como músico, quando já compunha paralelamente para a própria banda e para outros artistas, segue acompanhado pela banda Os infernais.

Não é a toa que Nando já era considerado grande, antes de tomar carreira solo. Como compositor fez grandes hits para artistas como Marisa Monte, em Diariamente, e Cássia Eller, em O segundo sol e Relicário. O que falar de É uma partida de futebol e Resposta, gravada pelo Skank? Outros sucessos como Ao meu redor e Dois rios, além das composições para os Titãs como Marvin, Pra dizer adeus, Os cegos do castelo, Homem primata, entre tantas outras, colocam Nando no patamar dos grandes compositores brasileiros e em um dos melhores da nova geração!

Sem sombra de dúvidas, como já afirmado acima, Nando é um dos grandes nomes da música brasileira contemporânea. Seu público jovem cada vez mais aprecia seu trabalho e a cada instante adquire mais admiradores à sua arte de cantar, tocar e compor. Mas, Nando não escolhe suas influências que vão desde Roberto Carlos até Wando, o que caracteriza sua pluraridade cultural na hora de compor e interpretar suas canções que tanto emocionam país afora!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cada toada representa uma saudade...

Esse blog tem hoje a honra de prestar uma singela homenagem a esses dois artistas lendários de nossa música brasileira, específicamente sertaneja raiz! Ninguém cantou mais o interior brasileiro que João Salvador Perez e José Perez, nossos Tonico e Tinoco.

Nascidos em uma fazenda no interior de São Paulo, Botucatu foi o palco do nascimento dos dois maiores caipiras do país, que nunca se desprenderam de suas raízes! Na década de 30, ainda adolescentes, já cantavam interior a dentro. Gravaram e lançaram seu primeiro disco em 1944 com o sucesso Em vez de agradecer.

Sem sombra de dúvida, esses são as maiores influências dos atuais sertanejos e quando se fala em música caipira, autência do interior de nosso país, não podemos jamais esquecer deles e de seus eternos sucessos como Chico Mineiro, Chalana, Moreninha linda, Adeus Mariana, Mourão da porteira, Tristeza do Jeca, Boiada Cuiabana, O cio da terra, O menino da porteira, Cabocla, Chitãozinho e Xororó, Canoeiro, Rei do gado, Saudade da minha terra, Canta moçada, entre outros.

Eis aqui dois autênticos brasileiros que cantaram tão bem seu interior, suas raízes, seus amores, de forma tão simples e verdadeira, mostrando a sinceridade de um povo. Tonico partiu em 1994 e Tinoco segue cantando os sucessos da dupla, agora na companhia de seu filho Tinoquinho. A dupla faria 70 anos de carreira em 2006, um trabalho simples e respeitável por todos nós!


Um forte abraço a todos!

domingo, 16 de novembro de 2008

Tente outra vez

A canção da música brasileira que nos levará a refletir por essa semana vem de Raul Seixas e Paulo Coelho, numa das mensagens mais otimistas e incentivadoras do nosso cancioneiro. Tente outra vez foi bastante regravada recentemente como forma de lembrar o Raul e também de demonstrar que sua mensagem é sempre atualíssima!

Todos nós temos nossos momentos de luta, de desânimo, de desafios, perdas e ganhos! E a música brasileira mostra, através de letras como essa, que devemos sempre seguir em frente, com a fé que temos em Deus, nos homens, na vida, na natureza, em nós mesmos! É o que diz a canção do Raul. E porque não pensar assim?

Tente outra vez
(Raul Seixas, Marcelo Motta e Paulo Coelho)

Veja! Não diga que a canção está perdida
Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez!

Beba! Pois a água viva ainda tá na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou! Não! Não! Não!

Tente! Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar
Não! Não! Não!Não! Não! Não!

Há uma voz que canta, uma voz que dança
Uma voz que gira bailando no ar...

Queira! Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo. Vai!
Tente outra vez!

Tente! e não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez!...

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de novembro de 2008

João Gilberto - Eu sei que vou te amar

Um dos discos preferidos que tenho é esse: João Gilberto ao vivo - Eu sei que vou te amar! Em época de comemoração pelos 50 anos da Bossa Nova, nada mais apropriado. Demorei pra ter um disco do João, primeiro porque sua discografia é meio rara, segundo porque queria um disco que reunisse suas maiores interpretações, o que não é tão fácil! Entretanto, nesse álbum podemos afirmar que estão algumas de suas maiores interpretações, afinal, qual interpretação sua não é maior?

Confesso que fiquei apreensivo quanto a ouvir João. Por ser um disco voz e violão, pensei: ou eu adoro como muitos ou odeio, por não compreendê-lo. O resultado foi surpreendente: Uma divisão de voz perfeita e um violão com uma batida única e dissonantes lançados aos ouvidos dos apaixonados pela boa música! Apaixonante!

João abre o show com Eu sei que vou te amar, de Tom e Vinícius, os dois compositores que mais tiveram sucesso em sua voz e, sem sombra de dúvidas, seus preferidos. Temos mais Tom em Desafinado, para então surgir a suavidade perfeita na interpretação da obra de Caymmi em Você não sabe amar, que só o João sabe interpretar com toda aquela doçura.

Tom alternadamente aparece no show com Fotografia, Meditação, Se é por falta de Adeus, Chega de Saudade, Corcovado e O amor em paz. Caymmi também reaparece em Rosa Morena e Lá vem a Bahia. Outros clássicos do repertório do João surgem com Pra que discutir com Madame, Isto aqui o que é?, Da cor do pecado, Guacyra, A valsa de quem não tem amor, Estate e Aos pés da cruz. Os fonogramas foram colhidos de um show para a Tv Cultura em 1994.

Acredito que existe aquele que não gosta dele, mas confesso que é muito bom, fascinante admirá-lo e contemplar sua obra que beira à perfeição, com sua batida, sua dissonância, sua interpretação única!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Lembro só das vezes que te amei demais

Ela é tida como a mais famosa afilhada musical do rei Roberto Carlos e no final da década de 70 e por toda década de 80 foi um estouro nas rádios com suas gravações e interpretações que emocionaram o país. Desde criança já pensava em música, pois aos quatro anos ganhou um piano de seu pai e teve auxílio de seu avô nas primeiras notas e acordes.

Seu pai era amigo do Roberto, com quem já convivia e que seria peça fundamental em sua carreira artística. Sempre foi a número um da sala onde estudava e já aos doze anos mostrou suas composições ao rei da música brasileira. Roberto a indicou para fazer um teste em sua gravadora e obteve aprovação, gravando sua primeira canção Tão só!

E no ano seguinte recebeu de presente de aniversário do rei a canção mais marcante de sua carreira e o primeiro sucesso nacional: Lembranças! Essa canção rendeu mais de um milhão de cópias e seis meses no topo da parada de sucessos. Em 1980, outro presente do rei, a canção Cedo pra mim, além das canções de sua autoria que começavam a entrar nas trilhas de novelas globais.

Outros sucessos sucederam nos anos 80 como O amor é nosso, Ah esse amor, Até quando, Sempre me faz bem, Todo o prazer, Desejos, Uma voz no coração, Me ensina o que fazer, Coração ferido, Idas e voltas, Quando o amor acaba, De carona na felicidade, entre tantos, sem falar em um novo e estrondoso sucesso nacional na década de 80 que foi Qualquer jeito, versão de Roberto e Erasmo!

Kátia, além da grandiosa cantora romântica que representa, mostra através de sua arte e figura humana que podemos vencer diversos obstáculos em prol dos nossos objetivos! Seria legal se a mídia abrisse mais espaço para artistas como esses que provam, através de sua musicalidade, que o amor atravessa barreiras e está na voz do povo!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Eu vou te dar amor maior e mais profundo...

Mais um dos cantores mais populares desse país, amado por uns, ignorado por outros, a verdade é que Reginaldo Rossi já está há mais de 40 anos seguido por uma legião de fãs que o deram a coroa de rei do brega, título esse que ostenta com muito orgulho! Sem falar que este é um dos campeões de covers no Brasil.

Antes de ser cantor, Reginaldo estudou matemática e engenharia, mas abraçou sua arte e dedicou-se integralmente a ser cantor e compositor. Rossi iniciou sua carreira cantando iê-iê-iê, com seu primeiro sucesso O pão em 1964. Participou da Jovem Guarda e fez vários sucessos populares, se consagrando como cantor romântico ou brega. Rossi define isso como um estilo como outro qualquer e não da forma pejorativa como tantos defendem! Afirma que canta sucessos em francês, inglês e italiano que se convertessem suas letras para o português, soariam como cafona, algo puramente hipócrita, como define!

Seu sucesso veio mesmo na década de 70 com Mon Amour, meu Bem, ma Femme, já regravada dezenas de vezes pelos mais diversos artistas. Curioso é que embora tenha passado muito tempo esquecido pelo público sulista, Rossi sempre esteve no auge no Norte e Nordeste do país, especialmente divulgando as belezas do Recife e Região, a quem se define como um apaixonado! Em meados dos anos 90, foi redescoberto pela mídia com o ressurgimento da canção Garçom, que fez mais sucesso por essa época que quando foi lançada em 1987.

Outros sucessos memoráveis de Reginaldo Rossi são A raposa e as uvas, Namoradinha de um amigo meu, A volta, Amanhã, As quatro estações, Deixa de banca, Esqueça, Eu devia te odiar, Eu não presto mas eu te amo, Garçom, Itamaracá, Leviana, Na hora do adeus, O dia do corno, Recife minha cidade, Se meu amor não chegar, Tô doidão, Volta, Tenta esquecer, entre tantos outros que sempre estiveram presentes no rádio, nas casas de seus fãs e nos repertórios dos cantores da noite do país afora.

Como conterrâneo do Reginaldo, afirmo que seu sucesso é algo constante e que merece respeito, quando não reverências, afinal de contas são muitas pessoas que pegam sua cervejinha e se dão o prazer de cantar junto com o rei do brega sucessos populares que tão bem contam os amores e desamores de um povo apaixonado! E essa coisa de brega ser algo menor é pura balela como ele defende tão bem através de sua musicalidade!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de novembro de 2008

Volta ao começo

Gosto do Fábio Jr., seja como compositor, como intérprete, como grande nome da nossa música brasileira, grande cantor romântico, afinal, romantismo anda meio escasso! Essa canção foi lançada na década de 80 e firmou-se como um clássico de seu repertório.

Muitas frases filosóficas em torno de um amor que não deu certo poderiam ser repetidas em nosso cotidiano, pois a letra traz muito a se aprender! Coisas como "Um campeão se mostra na derrota..." ou "A ferro e a fogo o amor marcas deixou..." são bastante profundas. E amores estão aí para serem vivenciados, reverenciados, pois crescemos com eles e mesmo quando não dão certo, é o que diz a canção: "A faca é cega, mas ainda corta..."

Volta ao começo
(Enrique Urquijo Prieto e Cláudio Rabello)

Todo caminho tem, tem ida e volta
E um coração, alguém que já amou
Um campeão se mostra na derrota,
Na força pra lutar quando já cansou

O quarto ainda é frio e a cama queima
Só de lembrar quem nela se deitou
Minha história é essa, esse é o problema
A ferro e a fogo o amor marca deixou

Toda saída tem a sua porta
O que se faz aqui se vê depois
A faca é cega, mas ainda corta
Quem disse o que já era ainda não foi

Estou morrendo aos poucos, esse é o preço
De amar quem nunca teve tal valor
Um dia ainda volto ao começo
E apago então as marcas desse amor...

Um forte abraço a todos!

sábado, 8 de novembro de 2008

Os ao vivo do Chico - 3

Com esse disco, encerramos a série Os ao vivo do Chico, apresentados em 04/03 e 15/05, com dois grandiosos discos ao vivo do Chico, Le Zenith e As cidades, respectivamente. O último cd ao vivo da série é o Carioca ao vivo, aqui representado pela capa do dvd, que foi mais feliz por apresentar o artista e não apenas sua sombra como no cd!

Com 28 canções, Carioca ao vivo duplo traz as composições mais recentes do Chico e alguns de seus inesquecíveis sucessos! Gravado no Tom Brasil em 2006 e no Canecão em 2007, o projeto tem produção e arranjos de Luis Cláudio Ramos, que dirige os shows do Chico já há alguns anos!

Recluso dos palcos até então, Chico inicia o show com Voltei a cantar de Lamartine Babo, emendando com Mambembe e Dura na queda. Na sequência, uma homenagem ao que Chico mais ama, depois da música e literatura: O futebol. Para matar a saudade de Clara Nunes, interpreta Morena de Ângola. A parceria com Ivan Lins é entoada em Renata Maria, sucesso mais recente de seu repertório e que reflete bem o Rio de Janeiro. Seguida de Outro sonhos, também do repertório mais contemporâneo.

Imagina, que Chico fez com Tom se fez presente, seguida de Porque era ela, porque era eu e o fox belíssimo Sempre, abrindo algumas questões temas de filmes. Lindo é ouvir Mil perdões que o Chico resgata. O primeiro disco ainda traz A história de Lily Braun, A bela e a fera, Ela é dançarina, As atrizes, Ela faz cinema e Eu te amo, essas duas últimas, de arrasar! O segundo disco traz como abertura Palavra de mulher, seguida de Leve, Bolero Blues, As vitrines (essa esteve nos três projetos ao vivo, coincidentemente), Subúrbio e Morro Dois Irmãos, canções meio desconhecidas do repertório mais recente do Chico, com exceção de As vitrines.

No último bloco, canções como Futuros amantes e Bye, bye Brasil levantam novamente a platéia, seguidas de Cantando no Toró, Grande hotel, Ode aos ratos e Na carreira, encerrando o espetáculo com os clássicos Sem compromisso, Deixe a menina, Quem te viu quem te vê e João e Maria. É mais um grandioso espetáculo desse que é sem sombra de dúvida o maior compositor da história da música brasileira, apresentando nesse show, seus sucessos mais recentes, mesclado com clássicos inesquecíveis de sua fascinante obra!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vem mostrar pra mim o seu calor...

Uma das grandes vozes baianas de todos os tempos: Margareth Menezes. Começou a cantar em corais religiosos ainda pequena. Aos quinze anos aprendeu violão e ao dezoito já atuava como atriz em peças teatrais de Salvador, começando a cantar aos vinte anos em barezinhos da cidade.

Estréia em shows já em 1985 e em 1987, com o advento da axé music e a participação feminina em trios elétricos tornou-se vocalista de trio do bloco 20 vê. Alcançando sucesso internacional expressivo, Margareth transita entre o axé e a mpb. É fascinante contemplar seu canto em canções mais intimistas, não muito comum em suas apresentações em trios.

Entre seus grandes sucessos, podemos destacar A luz de Tieta, Dandalunda, Faraó Divindade do Egito, Como tu, Chama ele, Balanço do mar, Luz dourada, Alegria da cidade, Me abraça e me beija, Miragem na esquina, Sou faraó, Pra você, Liberdade, Ilê que fala de amor, Haja amor, Balanço do mar, entre outras que expressam sua grandeza no palco e sua versatilidade nas interpretações e no canto de nossa música brasileira!

Um forte abraço a todos!