terça-feira, 4 de setembro de 2012

Tudo é mistério nesse teu voar...

Este é o cantor e compositor José Ednardo Soares Costa Souza, mais conhecido apenas como Ednardo. Natural de Fortaleza/CE, aos 10 anos já tocava piano e aprendeu violão sozinho. Já compôs mais de 250 canções e Eliana Pittman foi uma das primeiras a lançar uma canção sua, com Beira-mar.

Seu sucesso seria alcançado quando fez parte da abertura da novela Saramandaia, com a canção Pavão misterioso. E depois, viriam outros sucessos como Terral, Artigo 26, A manga rosa, Carneiro, Enquanto engomo a calça, Rubi, Ingazeiras, Lagoa de Aluá, Longarinas, etc.

Ednardo já foi gravado por outros nomes da nossa música como Fagner, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Belchior, Amelinha, Paul Mauriat, entre outros. E embora, esteja meio sumido da mídia, segue seu trabalho, divulgando-o em seus shows e a seu público sempre fiel.

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de setembro de 2012

A 1000ª postagem musical!!!

Com essa postagem, comemoramos a 1000ª postagem musical. Os números ajudam a refletimos sobre muitas coisas, por isso, hoje vamos comentar sobre esse acontecimento. Lembro quando comecei esse Blog, há alguns anos atrás, sem saber se poderia escrever bem sobre esse tema que tanto aprecio. Ainda tô tentando encontrar boas formas de expor o que de melhor temos em nossa música, e estarei sempre aprendendo. Falar sobre essas coisas, quando não se tem uma formação acadêmica é arriscado, mas tento falar com o coração e da forma que sei.

Tento falar sobre as coisas que gosto, tento mostrar artistas que se foram, que estão conosco ou que estão surgindo nessa mais rica música do mundo e creio que isso é bastante prazeroso contemplar a cultura desse nosso país. Tento mostrar o que tantas canções belas, algumas delas esquecidas ou mal percebidas por nós, causam em nosso cotidiano, ajudando a superar dificuldades, porque a música é também medicinal e homeopática para nossa alma.

Tento citar CD´s ou DVD´s que tenho dos artistas que aprecio como forma de combatermos a pirataria que tanto prejudica também a nossos ídolos. E venho fazendo isso em 1000 postagens e o prazer em escrever é tanto que só peço a Deus que me dê motivação pra continuar a escrever sobre música brasileira, sobre esses nomes que passam por aqui, independente de onde estão e me fazem crer que somos ricos culturalmente por possuir a contribuição de tantos astros que não cabem em apenas 1000 postagens!

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de setembro de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 20

Que Luiz Gonzaga é o rei do baião, do xote, do forró e de todos estes estilos, não há dúvidas, sobretudo neste ano comemorativo, onde tudo isso vem à tona. Mas, outras características de seu sucesso podem ser percebidos quando nos voltamos para o Gonzaga intérprete, que gravava algo não composto por ele, mas carimbava sua marca, deixando a canção com a "sua cara".

É o caso por exemplo de A triste partida, de Patativa do Assaré, mas que todos, ao ouvirem essa extensa e melancólica canção, associam a Gonzaga. É o caso de Súplica cearense (de Gordurinha e Nelinho), que muitos já ousaram gravar, mas que sempre percebemos um pouquinho de Gonzaga em cada leitura. É o caso de Aproveita gente, que Onildo Almeida fez e Gonzaga arrebentou.

Essas e muitas outras, já que Gonzaga gravou mais de 300 canções de outros compositores, formam mais um perfeito intérprete que nossa música conheceu. É claro que seus compositores conheciam bem sua linha e se esforçaram para sempre enviar o que de melhor possuíam, pois devia ser um prazer imensurável ter uma canção na voz de um rei na música, como Gonzaga era e sempre será tido!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Os compositores do Brasil - 51

Mais um grande compositor da história da nossa música: Antônio Maria Araújo de Morais. Natural de Recife/PE, Antônio Maria foi também cronista, comentarista esportivo e poeta, sendo autor do clássico Manhã de carnaval que, como já falamos anteriormente, já obteve releituras de grandes nomes nacionais e internacionais.

Mas, Antônio Maria é autor de outros grandes sucessos como Menino grande, Ninguém me ama, Valsa de uma cidade, Canção da volta, Samba do orfeu, O amor e a rosa, Tuas mãos, Se eu morresse amanhã, entre outras, algumas em parceria com Fernando Lobo, Luiz Bonfá, Vinícius de Moraes, Ismael Neto, Pernambuco, etc.

São muitos seus intérpretes e entre eles, temos Nat King Cole, Julio Iglesias, Luciano Pavarotti, Luis Miguel, Elizeth Cardoso, Caetano Veloso, Ângela Maria, Fagner, João Gilberto, Emílio Santiago, Gal Costa, Maria Bethânia, Ed Motta, Dolores Duran, Maysa, Nara Leão, etc. Antônio partiu para a eternidade em 1964, deixando de herança para a música brasileira essas e outras contribuições.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sorria meu bem, sorria...

Esse foi, sem sombra de dúvidas, um dos mais populares cantores que este país conheceu e até hoje, vez por outra, algum colega seu canta seu maior sucesso em seu show e pede pra seu bem sorrir. Pois é, estamos falando de Evaldo Braga. Natural de Campos/RJ, Evaldo foi sucesso nos anos 70, mas antes disso, chegou a ser engraxate e lavador de carros de artistas de rádios e gravadoras.

Foi em 1969, ao conhecer o produtor Oscar Navarro, que obteve a chance e gravar seu primeiro disco. Seu maior sucesso, Sorria sorria, foi uma explosão na época e depois regravada por nomes como Adilson Ramos e Agnaldo Timóteo. Considerado o "Ídolo negro, também foi gravado por Paulo Sérgio, Carlos Alexandre e Nilton César.

Outros sucessos foram Eu não sou lixo, Nunca mais, A cruz que carrego, Mentira, Eu desta vez vou te esquecer, Tudo fizeram pra me derrotar, Meu Deus, etc. Evaldo teve carreira curta, pois partiu para a eternidade em 1973, em um acidente automobilístico. Em uma época em que a música dor de cotovelo ou brega (diferente do brega de hoje) estava no auge, foi muito sucesso e bateu recordes, o que o faz ainda hoje inesquecível por seus colegas e por seu público.

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de agosto de 2012

CD Nelson Gonçalves ao vivo no Olympia

O Olympia foi uma grande casa de show de São Paulo. Nelson Gonçalves foi um grande cantor da nossa música. Ambos não existem mais entre nós. Mas, ambos se encontram nesse CD, lançado em 1990 e que representa a comemoração dos 50 anos de carreira dessa grande voz inesquecível e prazerosa para nossos ouvidos sempre.

Fazendo um apanhado de vários sucessos de sua carreira, já que não daria pra juntar todos em um único disco, temos Dos meus braços tu não sairás, Caminhemos, Meu vício é você, Marina, Dolores Sierra e o belíssimo medley Fica comigo esta noite/Meu dilema/Escultura/Pensando em ti para então termos um momento "seresta", com voz e violão e os sucessos Carlos Gardel, Vermelho 27, Cadeira vazia, Número um, Naquela mesa, Chão de estrelas e As rosas não falam.

O momento banda retorna com clássicos como Nem às paredes confesso/Só nois dois, Onde anda você, Renúncia, Spot light, As vitrines, Matriz ou filial, Negue e A volta do boêmio. Com um repertório destes, com a participação de músicos como Caçulinha e Rafael Rabello e com aquela inesquecível voz, só lamento não haver registro em DVD desse fantástico repertório e quem presenciou deve guardar até hoje a lembrança desse grande astro que a música brasileira teve o privilégio de desfrutar sempre!

Um forte abraço a todos!

sábado, 25 de agosto de 2012

Uma nova mulher

Gosto bastante dessa canção, interpretada pela Simone e que se tornou inesquecível por fazer parte da trilha sonora da novela global Tieta (1989). Inclusive, um de seus compositores, o Paulo Debétio, já foi tema da série Os compositores, que você pode conferir aqui. Lamento ser uma daquelas grandes músicas esquecidas de seu repertório atual de shows. Já ouvi muitas críticas em relação a essa fase mais popular da carreira da Simone, mas são dessas canções que sinto mais falta em sua carreira e na música brasileira atual.

Voltando à canção, a letra de Uma nova mulher apresenta justamente o que o título diz: uma pessoa que renasceu e revigorou, recuperando sua estima e  mostrando todo seu brilho ofuscado por sofrimentos anteriores. Na novela, acontecia exatamente o que a letra diz, o que comprova que algumas cenas de novelas, aliadas à uma grande canção, se tornam algo inesquecível para os amantes das novelas e das boas canções. E em tempos de violência extrema contra as mulheres, essa canção é adequada para que a alma feminina tome consciência de que sempre carrega luz própria e um brilho peculiar, típicos de toda mulher! 

Uma nova mulher
(Paulo Debétio e Paulinho Rezende)

Que venha essa nova mulher de dentro de mim,
Com olhos felinos felizes e mãos de cetim
E venha sem medo das sombras, que rondam o meu coração,
E ponha nos sonhos dos homens a sede voraz, da paixão

Que venha de dentro de mim, ou de onde vier,
Com toda malícia e segredos que eu não souber
Que tenha o cio das onças e lute com todas as forças,
Conquiste o direito de ser uma nova mulher

Livre, livre, livre para o amor
quero ser assim, quero ser assim
Senhora das minhas vontades e dona de mim

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Vento, ventania me leve para as bordas do céu...

Mais uma banda de rock nacional dos anos 80 formada no Rio de Janeiro, Biquini cavadão é composta por Bruno Gouveia (voz), Carlos Coelho (guitarra), Miguel Flores (teclado) e Álvaro Lopes (bateria) e receberam esse nome de Hebert Viana, dos Paralamas, que foi um dos padrinhos da banda, que lançou seu primeiro sucesso em 1985, com a canção Tédio.

Daí em diante, muita batalha e com isso vários sucessos, entre eles No mundo da lua, Ida e volta, Tormenta, Inocências, Samba de branco, Impossível, Vento ventania, Janaína, Múmias, Timidez, Zé ninguém, Vou te levar comigo, Dani, Quanto demora um mês, etc.

Como todas as bandas de rock ou não, de toda a parte do mundo, pelo Biquini cavadão já passaram outros integrantes e o mais importante a se perceber é que a banda continua ativa, fazendo shows e encontrando seu público fiel que também, como todas as bandas, conquistou no decorrer de todo esse tempo de carreira.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Os Músicos do Brasil - 34

Falar de músicos desse país é a oportunidade de exaltarmos nomes geralmente desconhecidos. Mas, grandes nomes não podem ser esquecidos como é o caso de Heitor Villa Lobos, considerado o maior expoente da música do Modernismo no Brasil. Natural do Rio de Janeiro/RJ, teve contato com a arte musical cedo, já que seu pai era músico amador e seu avô, um boêmio.

O interesse pelo chorinho fez com que sua obra valorizasse o violão e sua obra buscou enaltecer o espírito nacionalista, descobrindo uma linguagem brasileira na música e tornando-se uma referência erudita para o mundo. Em 1922, participou da Semana da Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, apresentando-se durante três dias, com três espetáculos diferentes.

Sua obra riquíssima engloba Choros, Sinfonias, Bachianas brasileiras e Músicas ao piano, ao violão, coral, vocal, de câmara, dramática, etc. Villa Lobos partiu para a eternidade em 1959, mas até hoje é um dos brasileiros mais premiados e reconhecidos em nosso país e no exterior, sobretudo por sua contribuição imensurável à nossa música, à nossa arte!

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de agosto de 2012

CD Perfil 2 Ana Carolina

Alguns lançamentos pedem bis, pedem um volume dois ou algo assim. Acontece com os acústicos e também com a coletânea Perfil de alguns artistas como foi o sucesso de vendas Perfil Ana Carolina, lançado em 2005 e mais sucesso revivido com esse volume dois da série, lançado em 2010 e que conta com outras canções da Ana e que completam o primeiro volume.

Estão lá Entreolhares (com John Legend), A canção tocou na hora errada, Mais que a mim (com Maria Gadú), Aqui, Resta (com Chiara Chivello), Tolerância, Um edifício no meio do mundo, Ruas de outuno, Carvão, Milhares de samba (com Roberta Sá), 10 minutos, Rosas, É isso aí (com Seu Jorge), Cabide e Armazém. A canção Cabide consta nos créditos com a presença de Luiz Melodia, mas não sei em qual momento, já que não se escuta sua voz, mesmo sendo uma gravação ao vivo.

Gosto bastante dessa coletânea, até mais que o primeiro volume. Creio que o primeiro volume traz mais clássicos do repertório do início da carreira da Ana, mas o segundo volume traz uma artista mais madura e com arranjos mais elaborados. Mas, como disse no ínicio, se alguém reclama que sempre faltará esta ou aquela canção, essas duas coletâneas se completam e mostram o melhor dessa grande artista contemporânea que é a Ana Carolina, com sua voz, seu talento e suas interpretações marcantes.

Um forte abraço a todos!