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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E na hora cantou um passarinho...

Este é Rolando Boldrin. Natural de São Joaquim da Barra/SP, seu nome é facilmente associado a programas matinais dominicais que apresentam o sertanejo raiz, como foi o Som Brasil da Rede Globo nos anos 80 e é o Sr Brasil da TV Cultura. Boldrin aprendeu a tocar viola com sete anos e, com doze, formou dupla com um de seus irmãos: a dupla Boy e Formiga.

Sempre com um causo para contar nos programas que apresenta, Boldrin é uma figura associada à cultura interiorana, que conhece como poucos e sempre promoveu isso em sua arte, seja como cantor, poeta ou nesses mesmos causos com os quais descreve essa terra e seus personagens.

Entre as canções mais marcantes de seu repertório, temos Chico boateiro, Vide vida marvada, Rancho da serra, Eu a viola e Deus, A flor do maracujá, Cabocla Teresa, Amanheceu peguei a viola, Chico mineiro, Tristeza do Jeca, Uma pra mim uma pra tu, Trenzinho caipira, Marvada pinga, Violeiro triste, Vaca estrela boi fubá, entre tantas que tornam Rolando Boldrin um nome sempre associado à boa cultura raiz dessa nação!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pra quem estende a mão e ajuda a criança...

Mais um artista daqueles que provam o ditado "filho de peixe, peixinho é...": Diogo Nogueira, filho do sambista João Nogueira e uma das boas renovações que este estilo tão brasileiro apresenta nos últimos anos. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Diogo encontrou mesmo em sua família o berço para o samba, pois além do pai, teve influências do avô, considerado grande violonista por grandes nomes da nossa música.

Com a memória de quem presenciou as grandes rodas de samba que seu pai promovia, Diogo chegou a tentar carreira no futebol, mas a música foi mais forte e depois de algumas contusões concluiu que era na arte que seguiria, sobretudo nos anos 2000. E apesar de ser um artista novo, Diogo já cantou e conviveu com vários artistas de diferentes estilos da música brasileira, com os quais adquire aprendizado e experiência.

Parte dessa convivência pode ser vista no programa Samba da gamboa, exibido pela TV Brasil em temporadas, desde 2009. Além disso, integra a ala dos compositores da Portela. Entre os sucessos já emplacados por ele, temos Fé em Deus, Me leva, Espelho, A lua de um poeta, Tô te querendo, Pra que discutir com a Madame, Nossa missão, Violão vadio, Vazio, Vi no seu olhar, etc.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor...

Mais um artista referência da época de ouro do rádio nacional, crooner de orquestra: Agostinho dos Santos. Natural de São Paulo/SP, Agostinho foi um dos melhores intérpretes de sua época, além de compositor. Gravou seu primeiro disco em 1953. Mas, seu sucesso veio mesmo com a valsa Meu benzinho, em 1956.

Entre os sucessos de seu repertório estão alguns clássicos como Manhã de carnaval, A felicidade (ambas do filme Orfeu do carnaval), Chove lá fora, Por causa de você, Estrada do sol, Balada triste, Se todos fossem iguais a você, Chega de saudade, Foi a noite, Eu não existo sem você, Eu sei que vou te amar, Fim de caso, Amor em paz, Dindi, Negue, Arrastão, Preciso aprender a ser só, Carolina, Travessia, O diamante cor-de-rosa, etc.

Com uma biografia e um repertório desses, Agostinho é tido como uma perfeita referência de um intérprete que navegava pelo antigo e pelo novo de sua época com a perfeição que lhe era peculiar. Partiu para a eternidade em 1973 e será sempre lembrado por tudo que contribuiu na música brasileira, sobretudo aos compositores dos quais escolhia o repertório de seus discos.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Eu vi nas águas do mar o brilho do teu olhar...

Ele é natural de Carpina/PE, vizinha de Limoeiro. Cresceu ouvindo as tradições da terra, como o forró e mais tarde reconhece em Jacinto Silva um grande influenciador. Seu nome é Silvério Pessoa, artista que cresce a cada novo projeto. Sua estreia musical foi em 94 no grupo Cascabulho e seu primeiro cd solo sai em 2000, quando já havia sido premiado por vários de seus projetos.

Silvério já tem três cds e um dvd, todos muito bem recebidos pelo público. E paralelo a isso, constrói sua carreira internacional com várias apresentações na Europa. Em suas gravações e apresentações canta tanto o frevo quanto o forró, mesclando os ritmos tradicionais com sons modernos.

Entre algumas canções de seu repertório, destacam-se Coco do m, Carreiro novo, Amor de carpinteiro, Coco da Paraíba, Minha marcação, Sabor de frevo, Nas águas do mar, etc. Silvério integra o grupo de novos artistas que buscam seu merecido espaço, e é reconhecido por nomes como Dominguinhos, Alceu Valença, Lenine e tantos outros com quem já gravou!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Se tu quiser, eu invento um vento pra ventar o amor...

Outro artista que arrasta multidões nordestinas em torno de seu forró moderno, mas com raízes tradicionais é Geraldo Pereira de Lins Filho, mais conhecido por Geraldinho Lins. Natural do Recife/PE, já possui mais de 20 anos de carreira dedicados à música nordestina contemporânea. E como todo artista, Geraldinho batalhou muito, participou de bandas até chegar sua carreira solo em 2005 e sucesso merecido, destacando-se como um dos grandes nomes da nova geração.

E entre os sucessos emplacados de seu repertório, destacam-se Se tu quiser, Amor sincero, Amor de Sertão, Pior é te perder, Parte da minha vida, Xote da saudade, Eu só quero um xodó, A natureza das coisas, Neném mulher, Anjo querubim, Xote conquistador, Peleja, etc.

Esse é outro artista que certamente estará com a agenda lotada nesses dias de festas juninas, pois já conquistou um grande público, sobretudo jovem, que redescobre o forró e nossas tradições em seu trabalho, o que mostra que artistas como ele cumprem bem sua tarefa em divulgar nossa cultura!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quando o amor faz a mente da gente...

Ele é um artista que já tem 25 anos de carreira. Sanfoneiro dos bons, Novinho da Paraíba é natural de Monteiro/PB, é cantor, compositor e músico conhecido em todo o Nordeste Brasileiro, sobretudo nessas épocas de festas juninas.

Desde criança envolvido com a música, Novinho aprendeu sanfona cedo, pois quando chegava da escola, se abraçava ao instrumento e passava horas aprendendo.  Pouco a pouco, foi conquistando seu espaço. Entre os sucessos emplacados em sua carreira estão Solidão no peito, Umbiguinho de fora, Quando você quiser voltar, Você me viu chorar, O gemidinho, Gosto de você, Estrela cadente, etc.

Com certeza nas melhores festas juninas desse Nordestão, teremos em algum dia, uma apresentação sua, pois são 25 anos de dedicação a um ritmo, à uma festa que só leva alegria e entusiasmo às pessoas e Novinho, com sua sanfona, sabe muito bem como trilhar esse caminho!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fique mais uma estação...

Natural de Belém/PA, ele é referência quando o tema é o estouro que foi a lambada, ritmo contagiante sobretudo no final dos anos 80 e começo dos anos 90. Considerado o rei da lambada, Raimundo Roberto Morhy Barbosa, sempre foi conhecido por Beto Barbosa. Campeão de vendas no final dos anos 80, sobretudo pelo sucesso da canção Adocica.

Seu sucesso conquistou todo o país, com canções como Baila neguinha, Preta, Fruto proibido, Dançando lambada, Chamego, Meu amor não vá embora, etc. E uma febre fez esse ritmo renascer, pois anos antes, Sidney Magal também estourava com canções que remetiam a esse ritmo. No Nordeste Brasileiro, a lambada superou por um tempo o forró, chegando a substituí-lo em festas juninas.

Mas, como muitos modismos, a lambada também teve seu tempo e também sofreu seus preconceitos. Mas, acima disso estão artistas como Beto Barbosa, que até hoje continua lotando shows, levando suas músicas e fazendo o povo dançar sob o ritmo que domina tão bem.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fazer canções como as que fez meu pai...

Ele é João Batista Nogueira Júnior, ou simplesmente João Nogueira. Natural do Rio de Janeiro, é referência entre os grandes sambistas e por ser filho de músico, esteve desde cedo em contato com grandes nomes como Pixinguinha, Donga e Jacob do Bandolim. Seu pai chegou a tocar com Noel Rosa e foi sua grande influência, pois foi acompanhando seu pai que aprendeu violão.

Nos anos 60, João já era compositor e gravou seu primeiro disco e seus primeiros sucessos. E de lá parte sua carreira que cumpriu até 2000, quando partiu para o andar de cima, mas continua na obra de seu filho, Diogo Nogueira, de quem falaremos adiante.

Entre os artistas que já o gravaram estão Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Eliana Pittman, Zeca Pagodinho, Dona Yvonne Lara, Emílio Santiago, Beth Carvalho, entre outros. Entre os sucessos de seu repertório, estão Espelho, Poder da criação, Nó na madeira, Súplica, Clube do samba, E lá vou eu, O passado da Portela, Amor de malandro, etc.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 3 de maio de 2011

E parecia que eu te conhecia há muito tempo...

Ao falamos de filho de peixe, peixinho é, na música brasileira temos vários exemplos que comprovam esse ditado. E um deles é Wilson Simonal Pugliesi de Castro, conhecido como Simoninha. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Simoninha é cantor, compositor e instrumentista. Ainda criança já cantava e atuava em discos infantis.

Foi produtor de seu pai e também de Jorge Benjor. E aprendendo com essas escolas, integra a safra de grandes nomes para a nova música brasileira. Sempre ao lado de seu irmão Max de Castro e continuando o trabalho de seu pai, já lançou alguns cds, ambos bem aceito pelo público, destacando também o dvd feito com repertório do Jorge Benjor, gravado pela MTV.

Outro cd que merece destaque é o Baile do Simonal, comandado por ele e por seu irmão, que contou com vários artistas como Caetano Veloso, Maria Rita, Samuel Rosa, Ed Motta, entre outros, em torno da obra de seu pai. Alguns sucessos de seu repertório são Essa moça tá diferente, Ela é brasileira, Eu sei que você vai me entender, Sossega, Flor do futuro, Santa Clara, Música romântica, Agosto, É bom andar a pé, Ter você, etc.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Eu sou teu filho, tu és meu pai, misteriosa verdade...

A música gospel tem conquistado cada vez mais espaço entre os brasileiros. Considero Pe. Zezinho e Pe. Antônio Maria pioneiros nesse mercado cada vez maior e isso não é apenas opinião minha, pois vários religiosos e leigos do mundo artístico e até de outras religiões afirmam essa verdade, que eles abriram caminhos para os que hoje estão aí. Há algum tempo falamos da obra do Pe. Zezinho e hoje, destacaremos o Pe. Antônio Maria.

Conhecido por muitos como o padre do Roberto Carlos, por sua amizade com o cantor que, inclusive já gravou com ele em seu cd, Pe. Antônio Maria queria ser cantor desde pequeno, mas o sacerdócio foi mais forte e mais tarde pensou em porque não unir as duas vocações? Ganharam os admiradores do padre e os fãs do cantor que lançou discos e interpretações belíssimas.

Entre seu repertório, estão clássicos já tocados em várias missas e também em seus shows, de várias épocas, como Cura Senhor, O Senhor é rei, Mãe peregrina, Sonda-me, Pegadas na areia, No mar de Maria, É bom ter família, Ninguém te ama como eu, Nossa Senhora, Aleluia, Eu sou feliz, Jesus Cristo, Pai de misericórdia, etc. Além do Roberto, já gravou com Daniel, Elba Ramalho, Fafá de Belém, Agnaldo Rayol, José Augusto, Hebe, entre outros.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Meu pedaço de universo é no teu corpo...

Esse é o Taiguara Chalar da Silva, ou simplesmente Taiguara. Natural de Montevidéu, Uruguai, Taiguara veio para o Brasil com 4 anos de idade, ganhou um piano do avô aos 8 anos e aos 10, já compunha. Influenciado por diversos ritmos como guarânias, bossa nova, pop rock e sambas, sua carreira despontou aos 18 anos quando cantou na noite e gravou seu primeiro disco, dois anos depois.

Teve algumas de suas canções censuradas, sofrendo com a repressão de presenciar mais de cem canções proibidas. Mas, emplacou grandes sucessos como Hoje, Universo do teu corpo, Piano e viola, Amanda, Tributo a Jacob do Bandolim, Viagem, Berço de Marcela, Teu sonho não acabou, Geração 70, Que as crianças cantem livres, entre outras. Passou um tempo fora do país, aprendendo outros estilos musicais. Ao voltar ao país, não encontra mais o mesmo sucesso.

Taiguara partiu para a eternidade em 1996. Suas canções são lembradas por vários artistas da noite e alguns colegas como Emílio Santiago, Pery Ribeiro, Angela Maria, Claudia, Evinha, Agnaldo Timóteo, Célia, Orlando Silva, Roupa Nova e Erasmo Carlos, entre outros.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Caminhando e cantando e seguindo a canção...

Essa é um trecho da canção de protesto mais conhecida no Brasil e também de um dos maiores sucessos de Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísil,  mais conhecido como Geraldo Vandré. Natural de João Pessoa/PB, Vandré esteve ligado à música desde cedo, pois gostava de cantar no rádio e participou de vários programas de calouros na adolescência, inclusive já no Rio de Janeiro onde iniciou sua carreira artística.

Curioso é que por pouco Vandré não fez uma dupla com João Gilberto, pois dedicou-se aos estudos de direito, que o levaram a formar parceria com outro ilustre, Carlos Lyra, com quem compôs suas primeiras canções. Seu primeiro disco veio em 1964 com o sucesso de Fica mal com Deus, mas o reconhecimento nacional viria com a vitória do Segundo Festival da Música Popular da Record, com a canção Disparada, interpretada por Jair Rodrigues, que dividiu o título com A banda, de Chico Buarque.

Vandré, aos 75 anos em 2010.
E foi no Festival Internacional da Canção, de 1968, que estourou o sucesso de Pra não dizer que não falei das flores, que só perdeu para Sabiá de Chico e Tom, que foram vaiados por isso. Outras canções do seu repertório são Canção da despedida, Rosa flor, Rancho da rosa encarnada, Vou caminhando e Pra que mentir. Outra grande curiosidade que se remete a seu nome é o fato de afirmarem que ele foi torturado pelos militares, exilado e depois, enlouquecido, fatos desmentidos em recente entrevista dada a Globo News, ano passado, afirmando que seu afastamento da música foi algo natural e uma escolha da qual não se arrepende.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Então você verá o valor que tem o amor...

Ele foi um dos cantores mais populares dos anos 60 e 70. Partiu para a eternidade no início dos anos 80, mas deixou na música brasileira sua marca, pelo seu romantismo que o tornou um dos maiores campeões de vendas de seu tempo: Paulo Sérgio de Macedo, ou simplesmente Paulo Sérgio.

Natural de Alegre/ES, Paulo Sérgio despontou em 1967, quase no final da Jovem Guarda. Com um estilo parecidissmo com o romantismo de Roberto Carlos, chegou a ser acusado de imitar o rei. Dizem até que o disco O inimitável do Roberto foi uma resposta a isso. Histórias a parte, a verdade é que Paulo Sérgio estourou no país com o sucesso A última canção, em 1968 e durante o tempo em que esteve na ativa, produziu vários sucessos radiofônicos e conquistou uma legião de fãs!

Entre outros sucessos de seu repertório estão Meu filho Deus que lhe proteja, Índia, Quero ver você feliz, Eu te amo eu te venero, No dia em que parti, Pelo amor de Deus, Benzinho, Para o diabo os conselhos de vocês, Quando a saudade aperta, Minhas qualidades meu defeitos, etc.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Leva esse pranto pra bem longe de nós dois...

No país do samba, entre tantos grandes sambistas faltava ainda falar de um nome como o dele: Montgomery Ferreira Nunis que, com certeza uma minoria conhece com esse nome, mas que muitos reconhecem quando nos referimos a seu nome artístico, Sombrinha. Natural de São Vicente/SP, aprendeu a tocar violão com apenas nove anos.

Iniciou sua carreira em casas noturnas paulistas até participar do grupo Os originais do samba, quando mudou-se para o Rio de Janeiro, onde tornou-se um dos fundadores do grupo Fundo de quintal. Sua primeira composição, Marcar no leito, foi gravada por Alcione em 1981. Além dela, teve canções gravadas por Beth Carvalho, Chico Buarque, Caetano Veloso, Zeca Pagodinho, Leci Brandão, Jorge Aragão, Dona Yvonne Lara, entre outros.

Entre sucessos de seu repertório estão Ainda é tempo pra ser feliz, Só pra contrariar, O show tem que continuar, Alto lá, Desalinho, É sempre assim, Fogo de saudade, etc. Seja em rodas de samba, seja em shows, em programas de televisão, no rádio, Sombrinha é nome indispensável quando se fala de samba dos últimos 30 anos.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 1 de março de 2011

Como isso é bom...

Ele é cantor, violonista, ator, dançarino, natural de Recife/PE, o multiartista Antônio Carlos Nóbrega ou simplesmente Antônio Nóbrega. Apesar de estudar canto lírico e aprender violino, dedicou-se à música popular, desde o início de sua carreira. Com essa formação clássica, iniciou sua carreira em Orquestra da Paraíba no final dos anos 60.

Já na década de 70, depois de participar do Quinteto Amorial, a convite de Ariano Suassuna, adquire um estilo próprio, fundindo música, dança e artes cênicas. E, embora desconhecido das rádios e da mídia televisiva, seus shows tomaram forma de grandes espetáculos por unirem sua arte em torno dos instrumentos que toca e também de suas danças.

Sempre divulgando sua cultura raiz, Nóbrega é figura fácil no carnaval pernambucano, além de ser um dos poucos que dividiu parcerias com o mestre Ariano Suassuna. Capaz de tocar vários instrumentos ao mesmo tempo, já interpretou canções como Vassourinhas, Madeira que cupim não rói, Estrela D´alva, A morte do touro mão de pau , O rei e o palhaço, Romance da filha do Imperador do Brasil, Vinde vinde moços e velhos, etc.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Os sonhos mais lindos sonhei...

Vamos viajar mais no tempo da nossa música e encontrar mais uma voz ímpar da era do rádio nacional: Catello Carlos Guagliardi, mais conhecido por Carlos Galhardo. Descendente de italiano, foi alfaiate antes de ingressar na música ao ser ouvido pela primeira vez por um time formado por Francisco Alves, Mário Reis e Lamartine Babo, que o aconselharam o rádio.

Ainda nos anos 30 lança seu primeiro disco, com as marchas Você não gosta de mim e Que é que há. Conhecido como "o cantor que dispensa adjetivos", Galhardo é lembrado por ser o artista que mais cantou temas que remetem a datas festivas como Boas Festas, Mãezinha querida, Bodas de prata, Papai do meu coração, Tempo de criança, Olha lá um balão, Valsa dos namorados, etc.

Além disso, constam em seu repertório clássicos da nossa música como Fascinação, Alá-la-ô, A você, Devolve e  Será?, entre outras. Carlos Galhardo partiu para a eternidade em 1985. E quem já o viu cantar, ouviu sua voz, suas interpretações, sabe que ele é daqueles grandes cantores que realmente dispensam adjetivos, por já ser um bom adjetivo!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora...

Este é José Bezerra da Silva, o inesquecível sambista Bezerra da Silva. Descobri há pouco tempo que Bezerra é natural do Recife/PE e ainda na infância, tocava zabumba e cantava coco. Aos 15 anos partiu para o Rio de Janeiro em um navio, onde começou a trabalhar como pedreiro e pintor.  Ingressou na música sobretudo por sua paixão por instrumentos de percussão. Tornou-se o embaixador do morro, cantando seus problemas sociais através de seus partidos altos.

Entre os sucessos emplacados estão Malandragem dá um tempo, Sequestraram minha sogra, Defunto caguete, Bicho feroz, Overdose de cocada, Malandro não vacila, Meu pirão primeiro, Lugar macabro, Piranha, Pai véio 171, Candidato caô caô, Malandro é malandro e Mané é Mané, Pagode na casa do gago, Se Leonardo da vinte..., O bagaço da laranja, Se gritar pega ladrão, etc.

Bezerra partiu para a eternidade em 2005, mas sua música simples, social e direta com o coração do público, garantiram a perpetuação de seu trabalho que se reflete em novas gerações que divulgam seu trabalho e afirmam ter em Bezerra da Silva uma escola de muitas influências.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Eu tiro onda pra onda não me tirar...

Ano passado comentamos sobre a Luciana, filha do Jair Rodrigues. Esse ano, começamos falando sobre outra boa herança que o eterno pai do rap proporciona à música brasileira: seu filho Jair Rodrigues Melo de Oliveira, antigamente conhecido como Jairzinho e mais atualmente, Jair de Oliveira. Natural de São Paulo/SP, Jair já está no batente desde pequeno, quando integrou o elenco do grupo Balão Mágico na década de 80.

Após o fim do grupo, seguiu carreira em dupla com Simony, também do Balão, até migrar para os estúdios de música nos Estados Unidos. Atualmente, além de cantor é também músico e produtor. Entre sucessos de sua carreira solo, temos Você por perto, Disritmia, Tiro onda, Instruções, Bom dia anjo, Sou teu nêgo, Falso amor, Amor e saudade, entre outros.

Jair integra o grupo de novos nomes da música brasileira. E torcemos que outros nomes também surjam a partir de 2011, para dar uma renovada e uma arejada à música moderna que o Brasil produz, cada vez mais trabalhada por gente assim como esse artista!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tornei-me um ébrio...

Esse ano, comentamos bastante sobre os artistas da Era do rádio, nomes que de repente nunca foram ouvidos pelas novas gerações, mas que ajudaram a construir a música brasileira que tanto apreciamos. E um deles foi Antônio Vicente Felipe Celestino ou simplesmente Vicente Celestino. Natural do Rio de Janeiro/RJ, ele foi um dos maiores nomes do gênero romântico da primeira metade do século passado.

Com uma voz de tenor e uma pinta de galã, Vicente Celestino emplacou vários sucessos radiofônicos de sua época como O ébrio, sua canção mais lembrada até hoje. E, além dessa, também cantou Conceição, Creio em ti, Se todos fossem iguais a você, Ai ioiô (Linda flor), Coração materno, Porta aberta, Patativa, Noite cheia de estrelas, Mia Gioconda, Ontem ao luar, entre outras.

Vicente partiu para a eternidade em 1968, quando participaria de uma homenagem realizada pelo pessoal da Tropicália. Será sempre lembrado não apenas por seu vozeirão ou por seu clássico O ébrio, mas sobretudo por sua contribuição à música brasileira como um todo e por suas influências aos artistas posteriores que o citam como uma inspiração em seus trabalhos!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cantador não escolhe o seu cantar...

Demorei bastante para fazer uma postagem em homenagem a Dori Caymmi. Não por falta de reconhecimento de seu trabalho valioso e histórico para a música brasileira, mas nunca quis polemizar suas declarações que atingem talvez não os artistas, mas os fãs. Até compreender que Dori é assim mesmo, fala o que quer e não poupa ninguém, rsrs. Democracia é também respeitar as diferenças.

Natural do Rio de Janeiro/RJ, Dorival Tostes Caymmi integra uma família de peso: filho de Caymmi, irmão da Nana e do Danilo. Além disso é dos músicos mais renomados que esse país possui, já tendo trabalhado, além da sua família, com Nara Leão, Edu Lobo, Elis Regina, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Fagner, Milton Nascimento, Chico Buarque, Ivan Lins, Tom Jobim, entre outros e compôs canções memoráveis para a música brasileira como É o amor outra vez, Saudade da Bahia, Alegre menina, Chutando lata, O cantador, Saveiros, Posto, Desenredo, Sem poupar coração, etc.

Que ele é um músico refinado, que busca uma construção harmônica bem trabalhada para seus arranjos é louvável e seria legal se tivéssemos mais Doris por aí. Mas, não é fácil compreender a forma como ele emite suas declarações, usando palavras pesadas como submúsica (como fez com Roberto Carlos e Sandy e Jr.) que soa muito grosseiro e dissonante demais para quem tem uma representatividade musical como a dele. Acaba ferindo fãs como eu que aprecia o Roberto e seu repertório, que me ensinou a reconhecer o talento de pessoas como o próprio Dori, embora creio que ele mesmo nunca acreditasse, se um dia lesse isso.

O próprio Caymmi tem coisas simples e belíssimas e o simples nesse caso não parece ser fácil porque não temos outros Caymmis por aí. Roberto também não deve dar bola a isso, pois já cantou divinamente obras de Caymmi como Acalanto e Rosa morena, esta última em um especial. Nana e Danilo também já gravaram Roberto, provando que é apenas uma opinião particular do Dori, que tem mesmo esse jeito de falar não apenas do Roberto, mas até de colegas pelos quais nutre afeto, por isso acabo aprendendo que o devo respeitar por ser assim, até porque recorro à nobreza do próprio Roberto, que já afirmou em canção: "Se as cores se misturam pelos campos, é que flores diferentes vivem juntas!

Um forte abraço a todos!