terça-feira, 5 de abril de 2011

Caminhando e cantando e seguindo a canção...

Essa é um trecho da canção de protesto mais conhecida no Brasil e também de um dos maiores sucessos de Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísil,  mais conhecido como Geraldo Vandré. Natural de João Pessoa/PB, Vandré esteve ligado à música desde cedo, pois gostava de cantar no rádio e participou de vários programas de calouros na adolescência, inclusive já no Rio de Janeiro onde iniciou sua carreira artística.

Curioso é que por pouco Vandré não fez uma dupla com João Gilberto, pois dedicou-se aos estudos de direito, que o levaram a formar parceria com outro ilustre, Carlos Lyra, com quem compôs suas primeiras canções. Seu primeiro disco veio em 1964 com o sucesso de Fica mal com Deus, mas o reconhecimento nacional viria com a vitória do Segundo Festival da Música Popular da Record, com a canção Disparada, interpretada por Jair Rodrigues, que dividiu o título com A banda, de Chico Buarque.

Vandré, aos 75 anos em 2010.
E foi no Festival Internacional da Canção, de 1968, que estourou o sucesso de Pra não dizer que não falei das flores, que só perdeu para Sabiá de Chico e Tom, que foram vaiados por isso. Outras canções do seu repertório são Canção da despedida, Rosa flor, Rancho da rosa encarnada, Vou caminhando e Pra que mentir. Outra grande curiosidade que se remete a seu nome é o fato de afirmarem que ele foi torturado pelos militares, exilado e depois, enlouquecido, fatos desmentidos em recente entrevista dada a Globo News, ano passado, afirmando que seu afastamento da música foi algo natural e uma escolha da qual não se arrepende.

Um forte abraço a todos!

2 comentários:

Regbit disse...

por onde andará Vandré, bem lembrando quando se fala tanto dos anos 64 e esquecem de outros individuos que tanto lutaram por esse pais e outros que nem sabemos ondem estão vivos ou mortos?

Anônimo disse...

Realmente, muitas histórias sobre Vandré foram contadas e, pelo que vc disse, recentemente desmentidas.
Mas confesso que os boatos sobre Vandré, especialmente sobre uma possível "lavagem cerebral" que sofreu nos tempos da Ditadura, não são assim tão desprovidos de sentido.
Pra um homem que um dia cantou "nos quartéis lhes ensinam antigas lições: de morrer pela pátria e viver sem razão", o fato de manter ligações com as forças armadas parece, no mínimo, contraditório.

Beijos!