Mostrando postagens com marcador Milton Nascimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Milton Nascimento. Mostrar todas as postagens

sábado, 31 de agosto de 2013

♫Certas coisas♫

Uma das mais belas canções do Lulu Santos, em parceria com Nelson Motta e já gravada por nomes como Zélia Duncan, Milton Nascimento e Lenine. Uma das mais belas definições do amor, definições da pessoa amada, do amor platônico e profundo, enfim uma canção de amor que se aproxima da definição exata do que é o amor entre duas almas.

Sua letra mescla antíteses para mostrar o que esse sentimento é capaz de fazer quando duas almas gêmeas se encontram, se complementam ou simplesmente existem uma para a outra. Além disso, destaca um sentimento de modéstia quando diz que cada voz que canta o amor não diz o que quer dizer, pois sempre haverá algo mais a se falar, a se sentir desse sentimento, certas coisas que a gente não sabe dizer.

Certas coisas
(Lulu Santos e Nelson Motta)

Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão

A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.

Silenciosamente eu te falo com paixão

Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.

Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer

Um forte abraço a todos!

sábado, 6 de abril de 2013

Cais

Uma belíssima criação de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, sucesso na voz de seu primeiro criador e também nas interpretações de nomes como Caetano Veloso, Elis Regina e Nana Caymmi, cada um, com seu toque pessoal e ímpar! Gosto da interpretação do Caetano, que foi tema da novela global Cara & Coroa. Uma canção que remete ao mar, ao se lançar de forma externa e interna, sobre seus pensamentos e reflexões!

Sua letra ambienta um cais e o desejo de reflexões que esse local traduz nos pensamentos daqueles que se dedicam a meditar diante da imensidão desse lugar. A meu ver, é um ponto de partida para uma nova etapa da sua vida, depois de problemas pelos quais cada um passa. Um cais, onde tudo começa ou tudo termina, mas sem sombra de dúvidas, um local de todas essas sensações reflexivas.

Cais
(Milton Nascimento e Ronaldo Bastos)

Para quem quer se soltar, invento cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento amor e sei a dor de me lançar

Eu queria ser feliz, invento o mar
Invento em mim o sonhador

Para quem quer me seguir, eu quero mais
Tenho um caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais e sei a vez de me lançar

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de janeiro de 2013

DVD O coronel e o lobisomem

Lançado em DVD em 2006, é uma adaptação do romance homônimo do escritor brasileiro José Cândido de Carvalho, que contou com a produção de Guel Arraes e direção de Maurício Farias e com a participação de grandes atores como Diogo Vilela, Selton Mello, Ana Paula Arósio, Pedro Paulo Rangel, Tonico Pereira, Andréa Beltrão, Othon Bastos, entre outros.

Diogo é o Coronel Ponciano que herda as terras da Fazenda Sobradinho, mas que não consegue deixá-las produtivas, correndo o risco de perdê-las na justiça para seu irmão de criação Pernambuco Nogueira (Selton), com quem também trava uma disputa por seu grande amor Esmeraldina, vivida por Ana Paula. O julgamento de posse das terras vai acontecendo em paralelo aos acontecimentos nele descrito e se estendendo de propósito até a hora em que a lua cheia aparece e faz surgir o lobisomem supostamente apontado para Nogueira.

A trilha sonora fica por conta de nada mais nada menos que Caetano Veloso e Milton Nascimento, com participação de grandes músicos como Jaime Alem, Jair Oliveira, Carlos Bala, entre outros, que também constaram no CD da trilha sonora. Uma boa comédia para janeiro, junto com a tradicional pipoca e boas risadas garantidas por esse grande elenco!

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de outubro de 2012

Olhando as estrelas - 29

Estrelas da maior grandeza, Elis Regina e Milton Nascimento são histórias que não podem ser contadas sem um ser citado na biografia do outro e vice-versa. Elis revelou o mineiro no Festival Internacional da Canção, em 1967, como o compositor de Travessia, que ficou em 2º lugar na premiação.

E a partir daí, Milton compôs várias canções tendo Elis como musa inspiradora. E, apesar de ter sido gravado por tantas outras intérpretes, é essa característica que enquadra Elis como "a sua intérprete favorita", porque ele escrevia pensando nela e pra ela. Disso temos clássicos da nossa música sob interpretações fascinantes de ambos como Morro velho, Cais, Credo, Canção do sal, Nada será como antes, Maria Maria, Caxangá, Canção da América, Ponta de areia, Fé cega faca amolada, Para Lennon e MacCartney, O que foi feito de vera, Conversando no bar e Vera Cruz.

Milton e Elis escreveram belas páginas na nossa música e juntos conseguiram brilhar ainda mais suas carreiras com essa bem sucedida parceria. Elis é saudade há trinta anos. Milton continua nos encantando, ficando a indagação de como seriam outras interpretações que Elis ainda daria à uma obra tao rica como é a desse mineiro!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de agosto de 2012

Resposta

Gosto muito do Skank e esta é uma das minhas preferidas. Clássica do repertório da banda, indispensável em seus shows, mereceu uma lapidação dada por Milton Nascimento e Lô Borges em seu CD Crooner. Uma grande parceria entre o Samuel e o ex-titã Nando Reis que também a interpreta em seus shows. É daquelas canções cheias de lindas filosofias e que até podem atrapalhar a interpretação de quem não a entende bem, mas vou deixar as impressões que ela me causou.

A letra de Resposta, como o próprio título sugere, é a demonstração de como estão as coisas após o fim de um relacionamento, com direito a boas recordações contidas em escritos, versos, uma visita ao caderno onde se escreveu o romance entre os protagonistas da canção. Sem perspectiva de retomada, os dois seguem seus caminhos e ficam pra trás os versos que um dia os uniram, aguardando, quem sabe, uma resposta a eles:

Resposta
(Samuel Rosa e Nando Reis)

Bem mais que o tempo que nós perdemos
Ficou prá trás também o que nos juntou
Ainda lembro que eu estava lendo
Só prá saber o que você achou
Dos versos que eu fiz e ainda espero resposta

Desfaz o vento o que há por dentro
Desse lugar que ninguém mais pisou
Você está vendo o que está acontecendo
Nesse caderno sei que ainda estão

Os versos seus, tão meus que peço
Nos versos meus, tão seus que esperem
Que os aceite
Em paz eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de março de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 15

Milton Nascimento é dono de grandes pérolas da nossa música. Sabemos disso ao ouvir Canção da América, Coração de estudante, Morro velho, Travessia, Cais e tantas outras. Mas, Milton começou como crooner e isso chegou até a gerar um CD com esse tema, que já comentamos aqui: Milton Nascimento Crooner. E hoje vamos comentar um pouco sobre o intérprete, porque Milton vem de um tempo em que o artista também aprendia a interpretar as canções que cantava de outros compositores.

Costumo destacar três faixas de destaque do artista em questão e, embora com Milton Nascimento, isso seja difícil, destaco Resposta, do Samuel Rosa e Nando Reis, que Milton interpretou no CD acima mencionado, onde realiza dueto com Lô Borges. Mas, não paramos por aí e chegamos em Chico Buarque, de quem e com quem Milton já tinha interpretado tão bem O que será (À flor da pele e À flor da terra) e deu um show a parte interpretando Beatriz, que também é de Edu Lobo.

Milton interpreta Tom de uma forma fascinante. Depois de canções como Eu sei que vou te amar, fez em 2008 um CD temático dedicado ao Tom que você pode ler mais em Milton Nascimento e Jobim Trio em Novas Bossas  e desse belíssimo CD, destaco a faixa Dias azuis. Sem falar de participações dele em trabalhos de outros artistas como Emoções (Erasmo Carlos convida 2), Balada triste (Ângela Maria amigos), etc. o que só comprova que um grande intérprete não se resume apenas a uma postagem e é esse o caso de Milton e tantos outros bons intérpretes que o Brasil oferece à sua música.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Som Brasil Simone 1993

Simone e Roberto, com Eduardo ao piano
Uma das melhores edições do Som Brasil aconteceu em 1993, quando Simone completou 20 anos de carreira, lançou o CD Sou eu (que comentaremos em breve) e ganhou da Rede Globo um programa especial onde comemorou essa data com seus sucessos e também com alguns amigos que cruzaram sua estrada e ajudaram a construir essa carreira bem sucedida sempre.


Com Ivan Lins
Com imagens de show gravado em Curitiba/PR, intercalado com imagens de estúdio, Simone visita alguns de seus compositores prediletos como Suely Costa, Chico Buarque e Milton Nascimento e entoa clássicos de seu repertório e da música brasileira como Tô que tô, Gota d`água, Maria Maria, Cigarra, Caçador de mim, Jura secreta, Alma e O amanhã. E claro, por ser um show comemorativo pelos seus 20 anos, sucessos posteriores obviamente não aparecem. 

Com Ney e Ricardo ao piano

Os convidados são um espetáculo a parte,  a começar pela narração de Fernanda Montenegro, atores e atrizes globais fazendo perguntas e grandes nomes da nossa música juntos à sua voz marcante e aos clássicos Como vai você (com Roberto Carlos), Começar de novo e Ai ai ai ai (com Ivan Lins), O que será (à flor da pele) (com Milton Nascimento), Rosa de Iroshima e Imagine (com Ney Matogrosso), Yolanda (com Pablo Milanés). Um grande show, reapresentado recentemente pelo canal Viva e que merecia um lançamento em DVD.

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de janeiro de 2012

DVD Minissérie JK


Essa foi uma das melhores minisséries que a Globo apresentou nos últimos anos, exibida em 2006 e lançada posteriormente em DVD. Baseada na biografia do ex-presidente Juscelino Kubitschek e escrita por Maria Adelaide Amaral, Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, JK mostra o Brasil dos anos 30-70, sobretudo no âmbito político, aliando a isso a histórias paralelas da vida de JK.

Com um elenco que envolve José Wilker, Wagner Moura, Marília Pêra, Débora Falabella, Caco Ciocler, Deborah Evelyn, Dan Stulbach, Letícia Sabatella, Alessandra Negrini, Antônio Calloni, Paulo Betti, Hugo Carvana, Kássia Kiss, Júlia Lemmertz, entre outros, a minissérie é dividida em duas partes onde é mostrada a infânica de JK, avançando para sua dedicação à medicina, já na fase adulta, até seu envolvimento com a política e seu grande desafio de construir Brasília. Mas, o enredo é também marcado pela inclusão de alguns personagens fictícios, o que deu não apenas um tom histórico, mas também folhetinesco à minissérie.

Foi a primeira minissérie a ser lançada em DVD e os últimos trabalhos de Ariclê Perez e Raul Cortez. A trilha sonora ficou a cargo de nomes como Milton Nascimento (Peixe vivo), Gal Costa (Sábado em Copacabana), Zizi Possi (Nunca), Tom Jobim (Chega de saudade), Maria Bethânia e Nelson Gonçalves (Caminhemos), Emílio Santiago (Mulher), A vizinha do lado (Doryval Caymmi), entre outros.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Programa Som Livre Exportação - parte 2

Roberto concede entrevista ao programa.
O tema de abertura do programa ficava por conta da Orquestra da TV Globo, na época sob o comando do maestro Chiquinho de Moraes. O segundo LP continha faixas ao vivo de Elis e Ivan e outras faixas de estúdio de outros artistas que participaram do programa que também teve uma edição histórica ao vivo em março de 1971. Inclusive há informações de que várias passagens desse programa foram registradas em um filme chamado O som alucinante, esquecido pela indústria de cinema de nosso país!

Gonzaguinha  se apresenta.

No Parque Anhembi, em São Paulo, mais de cem mil pessoas aplaudiram entre outros Wilson Simonal e Roberto Carlos. Em abril do mesmo ano, o programa foi apresentado direto de Brasília, como parte das comemorações da inauguração da TV Globo naquela cidade. O diferencial desse programa estava justamente por romper com as fórmulas dos atuais programas de auditórios de sua época, pois intercalava os depoimentos dos artistas e do público local e alternava entre mostrar o artista no palco e a reação de seu público na plateia. Outros programas especiais foram apresentados direto de cidades como Belo horizonte, Niterói, São Paulo e Ouro preto.

Milton canta no programa.
O último programa contou com uma homenagem à Mangueira, com Mário Lago e Cartola e coube a Elis Regina encerrar o programa. Foram vários momentos marcantes que não daríamos conta em apenas duas postagens, como em uma edição, Milton Nascimento demonstrou toda sua timidez ao não saber o que responder ao repórter sobre o evento. Gonzaguinha também despontava com suas canções tidas como difíceis na época. Só pelos nomes citados e por todas as edições apresentadas de uma geração fértil em fazer música com qualidade, tá aí um programa realmente inesquecível e de qualidade imensurável!

Um forte abraço a todos! 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Programa Som Livre Exportação - parte 1

Elis concede entrevista ao programa.
Eu não vi esse programa, nem vivi esse tempo, mas fico pensando como era interessante presenciar algo desse tipo, sobretudo por hoje serem tão raros os programas com essa qualidade e com esse cast. O programa Som Livre Exportação foi exibido entre 1970 e 1971 pela TV Globo, semanalmente, e tendo por objetivo oferecer uma visão panorâmica da música brasileira naquele momento.

Simonal no show do Anhembi.
Apresentado por Ivan Lins e Elis Regina (que trocara a Record pela Globo), o programa contou com a participação de grandes nomes da nossa música como Chico Buarque, Gonzaga Jr., Tim Maia, Toquinho, Vinícius de Moraes, Os Mutantes, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Gal Costa, Mário Lago, Wilson Simonal, Roberto Carlos, entre outros. Foram lançados dois disco, em que o primeiro obteve mais êxito, destacando-se as faixas Madalena (com Ivan Lins) e Coração vagabundo (com Caetano e Gal).

Bethânia e Caetano se apresentam.
A ideia inicial era exportar o programa para promover a música brasileira no exterior, mas isso não aconteceu. Entretanto, tivemos edições históricas desse programa até hoje inesquecível, como em 1971 quando Caetano Veloso fez duas apresentações antes de retornar a seu exílio em Londres. Outro momento marcante foi Elis Regina estourar com a canção Madalena, de Ivan Lins, que se tornaria um clássico da nossa música!

Um forte abraço a todos!

domingo, 16 de outubro de 2011

CD Milton Nascimento ao vivo - Amigo

Ouvir Milton Nascimento é sempre agradável e quando canta com um coral de crianças e com uma grande orquestra o acompanhando é, sem sombra de dúvidas, algo que permeia a perfeição em termos de som, de música. E isso pode ser conferido nesse cd lançado em 1995, resultado de um show gravado em setembro de 1994 no Palácio das Artes em Belo Horizonte.

Com um show intitulado Amigo, acompanhado da Orquestra de Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro Nelson Ayres e tendo em algumas faixas o Coral das crianças programa curumim, o show é também uma homenagem a Ayrton Senna, falecido naquele ano.

Somos contemplados com a voz, a orquestra, o coral e também com clássicos como Canção da América, Eu sei que vou te amar, Coração de estudante, O cio da terra, Paula e Bebeto, Bola de meia bola de gude, além de Que bom amigo, Estrelada, Veja esta canção, Simples, Panis angelicus e Milagre dos peixes. É certo que é um disco ao vivo que não saiu em DVD, nem abordou outros clássicos do Milton, mas em termos de produção artística, considero o melhor dele até então!

Um forte abraço a todos!

sábado, 16 de julho de 2011

Nos bailes da vida

Nos bailes da vida é um clássico da música brasileira imortalizada por seu criador Milton Nascimento e por outros intérpretes como Joanna, Roupa Nova, Fafá de Belém, entre outros e é constantemente cantada pelos cantores da noite, tornando-se um hino para essa classe que busca a cada dia uma nova oportunidade almejando o merecido sucesso. Imaginamos quantos bons cantores, cantoras, duplas, grupos tocam na noite e grande parte destes permanecem no anonimato.

Milton Nascimento descreve, com uma riqueza de detalhes de quem também foi da noite, esses momentos de luta dessas pessoas, enfrentando muitas vezes o que mais faz falta: o aplauso e o reconhecimento. Quantos cantores não se frustram derramando suas interpretações em canções que fazem parte apenas de fundos musicais em praças de alimentações dos shoppings e churrascarias país afora? Mas é a persistência que faz com que em seus cotidianos entoem o la, ra, la, ra dessa e de outras canções!

Nos bailes da vida
(Milton Nascimento e Fernando Brant)

Foi nos bailes da vida ou num bar em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim

Cantar era buscar o caminho que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boléia de caminhão
Era assim

Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se for assim, assim será
Cantando me disfarço e não me canso
de viver nem de cantar

La, ra, la, ra...

Um forte abraço a todos!

sábado, 2 de julho de 2011

Paciência

Essa canção, essa mensagem é uma das mais lindas do repertório do Lenine, regravada por outros nomes como Simone, Milton Nascimento e mais recentemente por Fábio Jr. Paciência oferece trocadilhos em torno do tema e do equilíbrio entre os bons sentimentos humanos como a calma versus as pressões externas e internas.

Um questionamento bastante atual, para essa sociedade moderna: paciência, um sentimento tão nobre, tão raro e que faz tanto bem também tem limite, ou deve ser visto e oferecido sem limites? E é nesse equilíbrio de sentimentos que a letra, de forma genial, aponta, às vezes, com a evasão da loucura do estresse cotidiano, outras vezes, com o envolvimento total nas cobranças do dia-a-dia, tendo na paciência, uma aliada nessa luta.

Paciência
(Lenine e Dudu Falcão)

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara, tão rara...

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de maio de 2011

Adivinha o quê?

Mais um clássico do Lulu Santos, sucesso absoluto de seu mais recente cd/dvd Acústico MTV II, numa versão em português e espanhol, com direito a dueto com Marina de La Riva; e também regravada pelo Milton Nascimento, ambas gravações do ano passado, que enalteceram ainda mais o êxito dessa canção.

Dúvidas e mais dúvidas em cima de uma mescla de desculpa esfarrapada, desejo incontido e fidelidade duvidosa, Adivinha o quê? é uma canção que também aborda sexo de uma forma elegante, começando com uma dúvida e terminando com uma pergunta que não deixa dúvida. A melodia e o ritmo foram construídos de uma forma a colaborar com a letra que domina plateias e ouvintes em meio a essa sugerida sacanagem. Um gol de placa do Lulu para a música brasileira.

Adivinha o quê?
(Lulu Santos)

Ainda lembro aquela noite
Só porque eu cheguei mais tarde
Ainda arde a lembrança de te ver
Ali tão contrariada

Meu bem, meu bem
Será que você não vê não
Não houve nada
Só o passado rondando minha porta
Feito alma penada

Você vive me dizendo
Que o pecado mora ao lado
Por favor não entra nessa
Que porque um dia
Ainda te pego de jeito

Eu sei, eu sei
Que esse caso tá meio mal contado
Mas você pode ter certeza
Nosso amor é quase sempre perfeito

Porque eu só faço com você
Só quero com você
Só gosto com você
Adivinha o quê?...

Mas eu só faço com você
Só quero com você
Só gosto com você
Adivinha o quê?

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de dezembro de 2010

CD duetos com o mestre Lua

E amanhã comemoramos mais um aniversário do eterno rei do baião e nosso Blog, de forma singela, o homenageia com esse cd lançado em 2001. Produzido pelo compositor Paulo Debétio, uniu à voz do rei do baião, vários de seus súditos, com arranjos novos e modernos. Algumas dessas faixas foram extraídas de gravações originais realizadas pelo mestre e outras, produzidas póstumas.

A faixa de abertura fica em família, pois temos Gonzagão, Gonzaguinha e Daniel Gonzaga, filho de Gonzaga Jr. Na sequência, temos Súplica cearense (com Jorge Aragão), Procissão (com Chico Buarque), Respeita Januário/Riacho do navio/Forró no escuro (com Fagner), A volta da Asa branca (com Chitãozinho e Xororó), No dia em que eu vim-me embora (com Lenine), Fica mal com Deus (com Zé Ramalho), Farinhada (com Elba Ramalho), Forró n°1 (com Gal Gosta), Depois da derradeira (com Dominguinhos), Luar do sertão (com Milton Nascimento), Paraíba (com Emilinha Borba) e Hora do adeus (com Falamansa).

Gonzaga é a eterna voz do sertão e isso se torna repetitivo quando um nordestino enfatiza essa dádiva. Entretanto, é pouco diante do sucesso que esse homem alcançou cantando as tradições desse lugar, o amor a essa terra, cantando seus detalhes como ninguém e alcançando a todos os moradores, oferecendo um pouco do que é felicidade em termos de músicas. Uma saudade ímpar na minha vida, especificamente que envolve Gonzagão é a lembrança de ver meu avô e seu irmão cantando e tocando aquele repertório inesquecível, representando em parte nessa coletânea!

Um forte abraço a todos!

domingo, 31 de outubro de 2010

Olhando as estrelas - 9


Milton e Rita no camarim após show dela no Rio em set/2010

A Série Olhando as estrelas aborda o encontro entre dois grandes astros, dois grandes medalhões da música brasileira: Rita Lee e Milton Nascimento. Rita, a rainha do rock, encontrou Milton, o rei de Minas, na gravação do Acústico da cantora em 1997, pela MTV. A própria Rita não acreditava ao anunciar que cantaria com "A voz do Brasil", ao chamar ao palco o Milton.

Rita Lee Acústico MTV foi lançado em cd e dvd e já foi comentado aqui. Entre os convidados que dividiram o palco com a roqueira tivemos Titãs, Cássia Eller, Paula Toller e Milton Nascimento que foi o último convidado da noite. Os dois dividiram os vocais na canção Mania de você, um clássico do repertório da Rita.


Milton e Rita no Acústico MTV dela em 1997.
 Não tenho informação se ambos já haviam gravado alguma canção um do outro, mas acredito que esse encontro era até então inédito, seja em shows ou em gravações ou regravações de canções do repertório de cada um. Rita brinca, mudando a letra no final com: "Nada melhor do que nada na cuca, só pra deitar e rolar com Bituca...", nesse que também faz parte do encontro entre duas magníficas estrelas!

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de setembro de 2010

CD e DVD Fagner - Amigos e canções

Mais um dos grandes trabalhos do cearense Fagner, o cd duplo e o dvd Amigos e canções. Gravados em 1998 e 1999, respectivamente, o projeto recebe o mesmo nome e capa, embora apresentem sutis diferenças tanto nos convidados quanto no repertório que prezam por grandes sucessos do cearense em seus até então aproximados 25 anos de carreira, alguns em duetos inéditos em sua carreira dele. Ambos os projetos, com a produção de José Milton.

No cd temos as canções Custe o que custar, Eternas ondas (com Fábio Jr.), Astro vagabundo (com Zé Ramalho), Fracasso (com Fafá de Belém), Espere por mim morena, Retrato marrom (com Ney Matogrosso), Traduzir-se (com Chico Buarque), Noves fora (com Emílio Santiago), Horas azuis, Revelação, Mucuripe (com Djavan), Morro velho (com Milton Nascimento), Retrovisor (com Zezé di Camargo e Luciano), Semente, Saudade (com Joanna), Sangue e pudins (com Luiz Melodia), Monte castelo (com Ângela Maria), Quarto escuro (com Ivan Lins) e Distância.

O dvd saiu no ano seguinte e foi fruto de um show realizado no Canecão para celebrar o cd, com as seguintes canções: Revelação, Noturno, Deslizes, Custe o que custar, Borbulhas de amor, Mucuripe e As rosas não falam (com Dori Caymmi), Lábios de mel (com Ângela Maria), Saudade e Meu primeiro amor (com Joanna), Eternas ondas (com Fábio Jr.), Astro vagabundo e Dois querer (com Zé Ramalho), Gostoso demais e Pedras que cantam (com Dominguinhos). Fica apenas a pergunta: dá pra faltar na coleção de alguém que curte esse tipo de música?

Um forte abraço a todos!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Milton Nascimento - Crooner

Sinto falta de programas que promovem apresentações de grandes astros da nossa música, com seus lançamentos e trechos de seus atuais shows. Na década de 90, o Domingão do Faustão sempre abria espaço para esses eventos. Foi assim, após uma apresentação nesse programa, que Milton Nascimento decidiu fazer um cd que representasse o início de sua carreira, quando atuava como Crooner e interpretava grandes sucessos de outros astros, ídolos seus.

A proposta desse trabalho seria reviver aquela época, ao mesmo tempo em que buscava representá-la nos dias atuais. Então Milton selecionou canções que interpretava na época e outras que interpretaria se ainda hoje trabalhasse como crooner. E como todo versátil intérprete temos do bolero Aqueles olhos verdes ao samba Lamento do morro. Temos de Lulu Santos, com Certas coisas, passando por Samuel Rosa e Nando Reis em Resposta, com direito a dueto com Lô Borges, até Michael Jackson com Beat it, Jorge Ben com Mas que nada e Dolores Duran com Castigo.

Completam o repertório Only you, Frenesi, Não sei dançar, Se alguém telefonar, Rosa Maria e Ooh Child. Milton demonstra nesse trabalho que não é apenas a voz do país, mas um dos melhores intérpretes deste. Só lamento que a atual crise da indústria de cds não permita, de repente, se pensar em um volume dois, pois o nosso "Bituca" se mostrou craque na arte de fazer as pessoas dançarem ao seu eterno som.

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de novembro de 2009

Simone ao vivo

Em 2005 Simone lançou um cd/dvd que não é apenas mais um trabalho ao vivo da artista, mas um grande projeto que passeia por todas suas fases e alguns dos mais representativos clássicos de seu repertório. Produzido por Moogie Canázio, o projeto conta com as participações de Ivan Lins, Milton Nascimento e Zélia Duncan. Um trabalho que mescla sambas e canções românticas com a interpretação ímpar da "cigarra", iniciando com a saudação a todos em forma de canção com Saravá Saravá.

Em seguida, um aviso com um clássico: Tô voltando. Uma interpretação arrebatadora (todas são!) para Começar de novo, clássico também do compositor dela que entra na próxima canção, Vitoriosa. Isso mesmo, Simone e Ivan em dueto também na canção Dandara. Na sequência, O que será ( à flor da terra) e outro clássico que ficou no coração de quem escuta: Jura secreta, com Simone em alguns momentos sussurando a canção e indo às lágrimas ao final.

Milton Nascimento aparece em Encontros e despedidas e também na canção Cigarra, que fez anos atrás justamente para a Simone, emprestando esse nome à intérprete. Desenho de giz e Sob medida são as fases boleros, que Simone passeia tão bem com seu público que não para de cantar junto. É o que acontece com a canção É festa e também com Ex-amor e Dia branco, esta última até então inédita em sua voz.

Não vá ainda e Idade do céu são as duas canções que serviram de dueto com a Zélia, parceria que nos anos seguintes teria continuidade no disco que gravaram juntas: Amigo é casa. Pra finalizar, como começamos, com samba: Nós, Parei contigo e O amanhã. De bônus, a canção Então me diz. Um trabalho extraordinário de uma excelente intérprete que dispensa comentários, então é só curtir e se emocionar!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dia do estudante!!!

Vez por outra comemoramos, sempre com música, algumas datas brasileiras, o que comprova que o brasileiro gosta de cantar suas datas festivas! É o que acontece com o dia de hoje, dedicado aos estudantes! Como sou professor e estudante também, posso olhar pelos dois lados e perceber o quanto é difícil comemorar um dia como esses com tantas dificuldades pelas quais passamos!

Por outro lado, sabemos que o caminho para o bem é esse, plantar a semente do bem no coração das pessoas e é essa mensagem que o Milton traz pra nós com sua canção, seu hino para essa data Cuidar do broto, da boa semente, esse é o caminho! Parabéns a todos os estudantes, pois são os verdadeiros arquitetos desse país!

Coração de estudante
(Milton Nascimento e Wagner Tiso)

Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar

Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor

Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu

Mas renova-se a esperança
Nova aurora, cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê flor e fruto

Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade

Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração, juventude e fé.

Um forte abraço a todos!