quinta-feira, 26 de junho de 2008

É com essa que eu vou...

Uma das maiores revelações da música brasileira dos últimos anos chama-se Maria Rita Camargo Mariano, filha da saudosa Elis Regina e do pianista César Camargo Mariano, irmã dos também músicos Pedro Camargo Mariano e João Marcelo Bôscoli. Uma família repleta de músicos talentosíssimos, só poderia frutificar uma carreira promissora como está sendo a de Maria Rita.
Sua identificação com Elis Regina vai além da aparência. Percebe-se uma influência marcante, seja na interpretação de canções contemporâneas, ou quando visita o repertório da própria Elis. Isso pesou um pouco na carreira da Maria Rita, pois muitos críticos foram injustos com seu início de carreira. Ela nunca quis tomar o lugar de ninguém, muito menos imitar a mãe. E como não seria tão bom se muitas outras cantoras surgissem sob a influência da Elis, a maior cantora do Brasil de todos os tempos, considerada por muitos? E como uma filha não teria essa influência? Cheguei a pensar que na trilha da novela Paraíso tropical, quem interpretava a canção É com esse que eu vou, que emprestou título a esse post, era a Maria Rita. Tomara que um dia ela mude de idéia e grave um disco só com clássicos da Elis. Não haveria tributo melhor! Pois, foi com muita determinação e, sobretudo muito talento, que Maria Rita superou essa fase de comparação e se firmou como um grande nome da música brasileira na atualidade. E o parecer veio de um grande ídolo: em 2001 gravou um cd e entregou a seu padrinho para que ele desse o aval sobre aquela futura cantora. Nada mais, nada menos que Milton Nascimento se surpreendeu com o que ouviu e a incentivou a seguir carreira.

Em 2003, grava seu primeiro cd, que é recorde de vendagens para uma estreante. Todos os seus lançamentos têm tido bastante êxito em vendagens e premiações, como o Grammy Latino. Conquistou seu público com interpretações fantásticas que caíram na boca do povo como A festa, A minha alma, Agora só falta você, Caminho das águas, Cara Valente, Encontros e despedidas, Tá perdoado, entre outros. Sempre interpretando compositores consagrados e ídolos seus como Chico Buarque, Gonzaguinha e Milton Nascimento, ao mesmo tempo abrindo caminhos para novos compositores como Lenine, Marcelo Camelo e Marcelo Yuka, e ainda com uma versatilidade que lhe permite interpretar sambas como em seu recente trabalho, Maria Rita se firma como um dos grandes nomes contemporâneos da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

4 comentários:

Anônimo disse...

Maria Rita é o máximo! Linda, talentosa, com uma voz maravilhosa! Que belo post o seu, trabalho de quem verdadeiramente conhece MPB e tem muita habilidade com palavras. Uma vez Maria Rita veio a Florianópolis e fez um show de tirar o fôlego, com direito, inclusive, a reviver a memória da mãe. Influência com certeza não é imitação!

Marta Filgueira

James Lima disse...

Oi, Everaldo.
Me desculpa ter falhado dois posts, bicho. É que com a correria do site novo não tive tempo de fazer quase nada.

Parabéns pela matéria
Um abraço
James
www.robertocarlos.vai.la

Mari disse...

Uma importante correção: o nome dela é Maria Rita Camargo Mariano. Não tem o sobrenome da mãe. :-)

Everaldo Farias disse...

Oi Mari,

Obrigado pela correção que já foi feita também no texto.

Muito grato e seja sempre bem-vinda!

Um abraço!