terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pertenço aos dez mais...

Esse é Eduardo Oliveira Araújo, o eterno "Bom" que tem um carro vermelho, pertence aos dez mais, enfim, mais um grande nome da Jovem Guarda. Natural de Juaíma/MG, Eduardo fez parte das caravanas de Carlos Imperial, no início dos anos 60, com quem compôs alguns de seus primeiros sucessos.

Passou a ser conhecido nacionalmente com a canção O bom e foi justamente com Imperial que compôs outro grande sucesso: Pode vir quente que eu estou fervendo, imortalizada por Erasmo Carlos e posteriormente pelo Barão Vermelho. Mesmo depois do fim da Jovem Guarda, continuou divulgado o rock e posteriormente enveredou para o estilo country, finalmente unindo os dois estilos e criando o country rock. Entre sucessos de seu repertório estão composições suas e de outros artistas em canções como Com muito amor e carinho, Construção, Pra saber, Coração de luto, Boi barnabé, Rua Augusta, Goiabão, etc.

Trata-se de uma referência para o rock e para o country nacional. Um grande músico, ídolo de muitos, sobretudo pelos clássicos O bom e Pode vir quente que estou fervendo, por sua ligação com a Jovem Guarda e por ser um personagem diferenciado nesse movimento!

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de setembro de 2010

CD Tribalistas

Em 2002 Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown deram um tempo em suas carreiras solos para, juntos, produzirem esse trabalho adorado por muitos que o adquiriram: O Projeto Tribalistas, que unia os três artistas em composições e gravações próprias, proporcionando um dos melhores trabalhos da década e das carreiras de cada músico envolvido.

Feito a seis mãos, o cd caiu no gosto do público com grandes hits radiofônicos como Já sei namorar, Velha infância e É você, além de Carnavália, Um a um, Passe em casa, O amor é feio, Carnalismo, Mary Cristo, Anjo da guarda, Lá de longe, Pecado é lhe deixar de molho e Tribalistas, garantindo uma alta vendagem, embora a pirataria já reinasse.

Um trabalho ímpar é uma frase redundante, mas com certeza é um momento único de qual desfrutamos ao presenciar grandes músicos modernos em um trabalho bastante atual e que garante que a música brasileira contemporânea tem qualidade e não é apenas lixo como alguns teimam em afirmar! Eis aqui um trabalho que garante isso!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de setembro de 2010

Além do horizonte

Bom, com o rei perto de nós, pois ele está fazendo shows aqui no Recife, não dá para não pensar em outras canções que as tantas que compuseram nossa trilha sonora. Entre elas, está Além do horizonte, lançada originalmente em 1975 e regravada de forma acústica em 2001, pelo rei em seu projeto com a MTV. Essa canção também teve a releitura rara do único dueto entre Erasmo Carlos e Tim Maia e, mais recentemente, uma releitura de muito sucesso com o grupo J Quest, além da versão instrumental do meu amigo Eduardo Lages.

É uma canção que imprime um sabor de paz, de esperança, de amor, um hino altamente hippie que emana a natureza e a direciona a todos os corações que absorvem sua letra e seu la, ra, ra, ra. Uma contemplação máxima do mundo bucólico, apresentando os prazeres que o amor nos proporciona no verde da fé que presenciamos em belíssimas paisagens! Coisas de Roberto e Erasmo, que são mestres em unir amor e paz em canções como essa!

Além do horizonte
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Além do horizonte deve ter
Algum lugar bonito pra viver em paz
Onde eu possa encontrar a natureza
Alegria e felicidade, com certeza

Lá nesse lugar o amanhecer é lindo, com flores festejando
Mais um dia que vem vindo
Onde a gente pode se deitar no campo
Se amar na relva escutando o canto dos pássaros

Aproveitar a tarde sem pensar na vida
Andar despreocupado sem saber a hora de voltar
Bronzear o corpo todo sem censura
Gozar a liberdade de uma vida sem frescura

Porque você vem comigo, tudo isso existe lá
No horizonte esperando por nós dois
Porque você vem comigo, tudo isso tem valor
Pois só vale o paraíso com amor

Além do Horizonte existe um lugar
Bonito e tranqüilo pra gente se amar

La, ra, ra, la,....

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um homem em volta do mundo...

Com certeza o Brasil é um país tão maravilhoso que, em se tratando de música, essa verdade é ainda maior. Basta ver o caso de artistas que são abrigados por nosso país e de tanto sucesso que alcançam em nossas terras acabam se "abrasileirando" e se adaptando de uma maneira que fica difícil não confundir sua nacionalidade original. É o caso de Richard David Court, que nos anos 80 estourou em nossas rádios. Claro que estou falando do inesquecível Ritchie.

Natural de Beckenham, Inglaterra, Ritchie morou em vários países europeus até chegar ao Brasil por intermédio de amigos como Rita Lee e Liminha, ainda na década de 70. Fixou residência em nossas terras e, mais que isso, sucessos de sua carreira solo a partir dos anos 80, quando emplacou em nossas rádios canções como Menina veneno, Pelo interfone, Pra conversar, Casanova, Voo do coração, A vida tem dessas coisas, Transas, Um homem em volta do mundo, entre outras.

Ritchie se entrosou bem com músicos brasileiros, pois trabalhou com Lulu Santos, Lobão, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Cazuza, Kid Abelha, Erasmo Carlos e tantos outros. Passou um tempo fora da mídia, mas tem um público muito fiel ao seu sucesso, que o encontra sempre quando realiza alguma apresentação país afora!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Isto aqui, o que é?

Ary Barroso é clássico em termos de Brasil, pois basta mencionar sua mais célebre composição: Aquarela do Brasil, conhecida no mundo todo e tida como um hino de exaltação às belezas de nossa terra tupiniquim. Mas, engana-se quem pensa que ele ficou por aí! Temos outro clássico na mesma levada, com o mesmo tema, algo até inusitado para muitos compositores, mas não para ele. É o caso da canção Isto aqui o que é, outro clássico ufanista não apenas do seu repertório, mas de todo um país que é o tema principal.

Já gravada por João Gilberto, Emílio Santiago e principalmente por Caetano Veloso que deu seu toque mais popular e, podemos dizer, que a imortalizou. Aproveitando o feriado de hoje, presenteamos nosso leitor com a letra dessa canção que nos proporciona nossa terra, orgulho de nossos ritmos, nossas cores, nosso povo. Não é um ufanismo barato, pois o brasileiro sabe exatamente o que precisa para ser feliz com tudo que Deus nos dá, e em termos de músicas, nos encontramos com clássicos como esses que nos leva à reflexão de como é grande o nosso amor à essa pátria verde e amarela:

Isto aqui, o que é?
(Ary Barroso)

Isto aqui, ô ô
É um pouquinho de Brasil iá iá
Deste Brasil que canta e é feliz,
Feliz, feliz

É também um pouco de uma raça
Que não tem medo de fumaça ai, ai
E não se entrega não

Olha o jeito nas 'cadeira' que ela sabe dar
Olha só o remelexo que ela sabe dar
Morena boa, que me faz penar,
Bota a sandália de prata
E vem pro samba sambar

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de setembro de 2010

Dvd Tom Jobim, Toquinho, Miúcha e Vinícius de Moraes

São poucos os registros em vídeo do eterno poeta Vinícius de Moraes. Entre eles, esse dvd que ainda traz grandes parceiros juntos em cerca de 54 minutos de um trabalho fruto de um show realizado em outubro de 1978, na Itália e relançado recentemente, com um preço bastante acessível para quem ama a boa música e o trabalho desses grandes músicos brasileiros.

No repertório, temos Samba de Orly, Tributo a Caymmi, Tarde em Itapoã, Desafinado, Wave, Samba de uma nota só, Águas de março, Samba do avião, O que será (à flor da pele), Samba pra Vinícius, Vai levando, A felicidade, Água de beber, Garota de Ipanema/Sei lá, Chega de saudade/Berimbau/Canto de ossanha.

Como já foi dito, trata-se de um trabalho raro, saudosista e peça indispensável na prateleira de quem ama música e não vive sem assobiar alguns desses clássicos citados acima e presentes nesse trabalho que consegue reunir quatro vozes que encantam a história da música brasileira, com suas belíssimas contribuições.

Um forte abraço a todos!

sábado, 4 de setembro de 2010

Lamento sertanejo

Às vezes, algumas canções passam por nós, sem que percebamos seu valor e o teor fantástico que sua mensagem propõe. Às vezes, isso se dá por conta da interpretação e, talvez o ritmo que, em alguns momentos se sobrepõe à letra. Eu tive que escutar a interpretação arrasadora da Elba Ramalho para essa canção, no cd que gravou com Dominguinhos e já comentado aqui recentemente, para me envolver e me apaixonar por esse clássico.

Lamento sertanejo é daquelas canções que tocam a alma das pessoas que se identificam com algum ou todo o trecho que a letra apresenta! A riqueza de detalhes que descreve o personagem de si mesmo é talvez o grau mais emocionante dentro desse contexto. Com essa postagem, descobri que Elba incluiu em sua interpretação um trecho da canção Pipoca moderna de Caetano Veloso. O mais curioso é que ficou muito igual, uma música uniforme, sacadas de gênio mesmo:

Lamento sertanejo
(Dominguinhos e Gilberto Gil)

Por ser de lá
do Sertão, lá do cerrado
lá do interior do mato
da caatinga do roçado

Eu quase não saio
eu quase não tenho amigos
eu quase que não consigo
ficar na cidade sem viver contrariado

Por ser de lá
na certa por isso mesmo
não gosto de cama mole
não sei comer sem torresmo

Eu quase não falo
eu quase não sei de nada
sou como rês desgarrada
nessa multidão boiada caminhando a esmo.

Pipoca moderna
(Caetano Veloso e Sebastião Biano)

E era nada de nem noite de negro não
E era nê de nunca mais
E era noite de nê nunca de nada mais
E era nem de negro não

Pipoca ali, pipoca aqui
Desanoitece a manhã
Tudo mudou...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu ficaria bem na sua estante...

Um dos grandes nomes da atualidade no rock nacional: Priscilla Leoni Mello, ou simplesmente Pitty. Mais uma roqueira, mais uma baiana no cenário nacional, Pitty fez parte de duas outras bandas antes de ingressar carreira solo, onde é considerada uma nova Rita Lee, recebendo elogios da própria Rita.

Seu estilo roqueira conquistou vários fãs e a fez emplacar canções como Admirável chip novo, Máscara, Teto de vidro, Equalize, Anacrônico, Deja vu, Na sua estante, Pulsos, Me adora, Fracasso, etc. que renderam a Pitty e sua banda vários prêmios entre clipes e topos da parada de sucesso país afora.

Pitty tem um público jovem, pois representa o lado moderno do rock nacional e por seu trabalho sempre premiado já recebeu reconhecimento de diversos artistas do ramo. Seja nos clipes apresentados na MTV ou em suas entrevistas, em seu jeito de falar, você percebe essa representatividade da juventude moderna, através de sua linguagem sem papas na língua. Acredito que seja daquelas artistas que ou você adora ou não, mas, pensando bem, todos são assim, certo?

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sei que vou sentir saudade ao lado do meu violão...

Esse é também daqueles que já deveriam ter figurado por aqui: Nelson Antônio da Silva, o nosso Nelson  Cavaquinho. Referência das mais importantes no mundo do samba, teve a música nas veias, pois seu pai e seu tio eram músicos e organizavam rodas de samba nos finais de semana. Sua primeira canção, Não faça vontade a ela, passou desapercebida pelo público. 

Mas, sucessos posteriormente surgiram e emplacaram na memória da música brasileira e entre eles podemos destacar Palhaço, Amor que morreu, A flor e o  espinho, Pranto de poeta, Degraus da vida, Folhas secas, Luz negra, Rugas, entre tantos outros, interpretados também por outros artistas como Chico Buarque, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Dalva de Oliveira, Martinho da Vila, Leci Brandão, Cazuza, Emílio Santiago, Clara Nunes, Alcione, Elis Regina, Nelson Gonçalves, Orlando Silva, etc.

Entre seus principais parceiros na composição estão Guilherme de Brito, Cartola e Paulo César Pinheiro. Nelson partiu para a eternidade em 1986, mas possui cadeira cativa na música brasileira, sobretudo no mundo do samba onde sempre será uma perfeita referência de boa música!

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de agosto de 2010

Olhando as estrelas - 7

A Série Olhando as estrelas apresenta dois grandes mestres da música brasileira que já trabalharam juntos em diversos momentos de sua carreira: Simone e Ivan Lins tiveram encontros memoráveis, em gravações de discos, shows, etc. No especial de 1993 da cigarra na tv Globo por seus vinte anos de carreira, Ivan foi um dos convidados principais e sempre em suas entrevistas, ela frisa a importância fundamental dele e do Milton em sua carreira. Ivan, por sua vez, destaca a cigarra como grande intérprete de alguns de seus clássicos, imortalizando alguns deles.

Simone imortalizou Começar de novo, tanto que até o Ivan ficou preocupado em interpretá-la depois da cigarra. Além desta, já gravou Vitoriosa, Novo tempo, Desesperar jamais, É festa, Dandara, Saravá Saravá, Parei contigo e todo o repertório do cd Baiana da gema, de 2004, só com composições inéditas de Ivan. Além disso, são inúmeros os encontros de ambos em shows, ou dvds, como é o caso dos dvds já abordados aqui: Cantando histórias do Ivan, em que eles cantam Começar de novo, ou no dvd Simone ao vivo de 2005, em que cantam Dandara e Vitoriosa, em foto que você vê acima.

Simone está certíssima quando afirma que Ivan é uma das pessoas fundamentais para sua carreira, não apenas pelas canções que já ofereceu como compositor, mas também por suas participações e contribuições mais que diretas nos trabalhos da cigarra que retribui sendo uma de suas principais intérpretes e com toda essa amizade e parceria musical, ganhamos nós, apreciadores da boa música brasileira, aqui representada por esses mestres!

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de agosto de 2010

Oceano

Dizer que essa canção é um clássico da música brasileira é chover no molhado. Mas, é sempre bom lembrar o quanto é gostoso de se apreciar esse tipo de canção. Oceano foi lançada em 1989 e foi tema da novela global Top Model. Mas, ela se tornou maior que tudo isso, sendo talvez o maior sucesso do Djavan.

Muitos cantores da noite geralmente a incluem em seu repertório, já gravada também por Caetano Veloso, Richard Clayderman e Tim Maia. Apesar de ter grande parte da sua letra voltada para um amor partido, doído, temos grandes declarações românticas em um amor infinito e imensurável:

Oceano
(Djavan)

Assim que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão,
Dava prá ver o tempo ruir
Cadê você? Que solidão!
Esquecera de mim?

Enfim, de tudo o que há na terra
Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar
Longe de ti tudo parou
Ninguém sabe o que eu sofri

Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar me dá teu calor

Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você deságua em mim e eu oceano
E esqueço que amar é quase uma dor

Só sei viver se for por você...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quem chora no meu ombro, eu juro que não vai embora...

A música brasileira é riquíssima sobretudo pela versatilidade de artistas e ritmos que oferece a seu público também eclético, como esses ritmos aos quais me refiro. No caso da música raiz, sertaneja, temos uma dupla com mais de sessenta anos de carreira, uma dupla feminina, As Irmãs Galvão, hoje, conhecidas apenas como As Galvão.

Formada pelas irmãs Mary Zuil Galvão, natural de Ourinhos/SP e Marilene Galvão, de Palmital/SP, a dupla tem a música em sua vida desde cedo, quando aprenderam a tocar violão. Passaram em várias rádios e em 1952 gravaram seu primeiro disco. E engana-se quem pensa que a dupla só canta moda de viola ou algo do gênero sertanejo raiz, pois já gravaram outros compositores como Chico Buarque, Raul Seixas, Cartola, Baden Powell, João Bosco e Vinícius de Moraes.

Mas, é no repertório sertanejo que a dupla preenche a maior parte dos seus sucessos em clássicos como Tristeza do Jeca, Beijinho doce, No calor dos teus braços, Pedacinhos, Galopeira, Chico mineiro, Cabecinha no ombro, Cabocla Teresa, Chalana, Meu primeiro amor, entre outros sucessos que só perpetuam uma dupla que tem um público fiel e um dever sempre cumprido com a música raiz do Brasil!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Os Músicos do Brasil - 13

Recentemente, partiu para a eternidade um dos maiores músicos não apenas desse país, mas do planeta: o arranjador, clarinetista e saxofonista Paulo Moura. Natural de São José do Rio Preto/SP, herdou da família a paixão por instrumentos de sopros, pois era filho de clarinetista e irmão de trombonista e trompetistas. Seu primeiro registro fonográfico foi com a orquestra que acompanhou Dalva de Oliveira na gravação de Palhaço, de Nelson Cavaquinho.

A lista de artistas que já trabalharam com Paulo Moura em seus shows, cds ou simples apresentações é vasta e entre eles, encontramos Dolores Duran, Wagner Tiso, Marisa Monte, Roberto Carlos, Milton Nascimento, João Bosco, Ney Matogrosso, João Donato, Tom Jobim, entre outros.

Paulo nos deixou em julho desse ano, mas a lembrança de seu trabalho genial, perfeccionista e refinado está presente nos discos e na memória da música brasileira que tem nele um dos mestres a ser estudado pelas futuras gerações!

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de agosto de 2010

CD Julio Iglesias - Romances

Em 1989, Roberto Carlos e Julio Iglesias planejavam gravar um disco juntos, idéia vinda do Julio, que sempre admirou nosso cantor, inclusive regravando 20 anos antes a canção Sentado à beira do caminho. Mas, por motivos contratuais entre o rei do Brasil e gravadora, o projeto foi adiado. Julio então gravou o projeto Raízes, que aqui no Brasil foi lançado pelo título de Romances.

São seis faixas, seis medleys voltados para seis estilos parecidos e unidos por um de seus maiores intérpretes. É o caso do primeiro medley intitulado Latino e que traz os clássicos em espanhol: Tres palabras, Perfídia, Amapola, Noche de ronda, Quizas quizas quizas, Adios e El manicero. Ainda nesse idioma, temos Caballo viejo e Bamboleo, na segunda faixa e, exclusivamente em homenagem ao México, temos: Media vuelta, Se me olvido otra vez, Y, Mexico lindo, Al jalico no te rajes e La bamba, na terceira faixa.

A quarta faixa traz um medley brasileiro com Desafinado, Mas que nada, Manhã de carnaval, Aquarela do Brasil, Tristeza, Maria ninguém e Samba do orfeu. A quinta faixa homenageia a Itália com Torna a surriento, Quando m´innamoro, T´ho voluto bene, O sole mio e Quando quando quando. Por fim, a sexta faixa apresenta a cultura francesa com Ne me quitte pas, Que c´est triste Venise, Et maintenant e La vie en rose.

Trata-se de um cd lindo, gostoso de ouvir, cheio de clássicos e com aquela sonoridade ímpar de um cantor que não é clássico apenas nesses países aos quais prestou homenagem, mas no mundo todo que ama o trabalho do Julio e sonha realmente em um dia presenciar esse acontecimento em cd entre ele e o rei Roberto Carlos, digo em cd, porque cantar, eles já cantaram juntos, mas isso é assunto para um futuro capítulo da série Olhando as estrelas. E que estrelas, hein?

Um forte abraço a todos!

sábado, 21 de agosto de 2010

O que é que há

Todos já sabem que sinto muita falta das canções românticas da década de 80, pois vez por outra temos relembrados juntos algumas das mais belas letras que fizeram dessa década a melhor, a meu ver, em termos de paixão. E todos concordam em afirmar que Fábio Jr. é mestre em canções desse tipo, sobretudo nessa fase da música brasileira.

O que é que há é um clássico do repertório do Fábio e também da música brasileira. Quase não pode ficar de fora  de seus shows e, consequentemente dos seus dvds. Trata-se de um casal que parece estar se distanciando, mas que de repente, um chama a atenção do outro para os segredos do amor de quais são cumplices!

O que é que há
(Fábio Jr. e Sérgio Sá)

O que é que há?
O que é que tá
Se passando com essa cabeça?

O que é que há?
O que é que tá
Me faltando prá que eu te conheça melhor?

Prá que eu te receba sem choque
Prá que eu te perceba no toque das mãos
O teu coração

O que é que há?
Porque é que há tanto tempo
Você não procura meu ombro?

Porque será?
Porque será que esse fogo
Não queima o que tem prá queimar?

Que a gente não ama
O que tem prá se amar
Que o sol tá se pondo
E a gente não larga essa angústia do olhar?

Ah! Telefona!
Não deixa que eu fuja
Me ocupa os espaços vazios

Me arranca dessa ansiedade
Me acolhe, me acalma
Em teus braços macios
Macios...

O que é que há?...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Eu quis fugir, baby, daqui...

Na década de 90, em meio a tantas febres de ritmos que estouravam em todo o país, surgiram alguns artistas que poderiam ter ficado conosco sempre em nossas rádios e em nossa música. Uma delas é Vanessa Teixeira Rangel, ou simplesmente Vanessa Rangel. Tô falando "poderiam ter ficado conosco" porque hoje em dia não sei dela, o que faz, se ainda canta, etc. Mas, o certo é que contribuiu com alguns hits para a música brasileira em determinados momentos.

Vanessa é cantora, compositora, violonista e estourou no país em 1997 com a canção Palpite, tema da novela Por amor. Dois anos antes, já iniciava a carreira artística, cantando em espaços culturais cariocas. Natural de Niterói, a criadora de Palpite, viu sua canção subir o topo das paradas de várias rádios país afora, em seu primeiro trabalho que também trazia a regravação de Acontece, do Cartola. Palpite também fez sucesso no axé, regravada pelo grupo Terra Samba.

Em 2000, com seu segundo cd, emplacou na novela Vila Madalena, sua canção Do avesso, além de apresentar nesse trabalho outras canções como Paisagem na janela. Lembro também de ouvir outro sucesso dela que foi Leve-me daqui. Depois disso se pergunta: por onde anda Vanessa Rangel, pois em um país onde tantos ritmos, estilos e artistas dos mais variados fazem e continuam suas carreiras, sempre com seus públicos, não parece ser justo se esquecer no passado uma artista assim!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Os compositores do Brasil - 30

Ele é conhecido por ser o Negro gato, por conta de sua principal criação. Tornou-se um dos maiores compositores da Jovem guarda e referência desse movimento para intérpretes que, posteriormente resolveram o gravar: Getúlio Francisco Côrtes, o Getúlio Côrtes. Natural do Rio de Janeiro, começou dublando artistas norte-americanos e depois passou a atuar como violonista, até ser descoberto como compositor já na Jovem Guarda.

Entre vários intérpretes de seus sucessos, além de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, temos Luiz Melodia, Marisa Monte, Renato e seus blue caps, Eduardo Araújo, José Augusto, Eduardo Lages, Leonardo, Paulo Ricardo, Fagner, Golden boys, etc. E que sucessos são se sua autoria? Você já deve ter ouvido coisas como Quase fui lhe procurar, Esqueça e perdoe, Noite de terror, O feio, O sósia, O tempo vai apagar, Atitudes, O gênio, Eu só tenho um caminho, Por motivo de força maior, Pega ladrão, Nada tenho a perder, Uma palavra amiga, entre outras.

Getúlio continua sendo o eterno Negro gato e faz shows, concedendo entrevistas simpáticas, país afora. Suas canções estão na boca do povo e nos principais shows dos mais variados artistas citados acima, como uma prova de que o bom compositor continua na memória da música brasileira, sempre onde suas melodias e letras são entoadas!

Um forte abraço a todos!

domingo, 15 de agosto de 2010

DVD Roque Santeiro

Todos que me conhecem sabem que desde a infância acompanhei grandes novelas globais e sempre cito ao menos umas dez entre as preferidas. Tieta, Que rei sou eu, Rainha da sucata, Sassaricando, O salvador da Pátria, Mulheres de areia, Lua cheia de amor, Brega e chique, Pedra sobre pedra, enfim, são muitas novelas que fazem parte do meu imaginário de criança e adolescente. Inclusive, sempre gostei dos temas musicais das novelas, destacando isso em uma postagem e, posteriormente as letras de algumas, vez por outra figuram de forma especial se associando a esses inesquecíveis personagens.

Pois bem, agora, podemos ter uma delas em nossa casa. Isso mesmo, Roque Santeiro, sucesso de 1985 está compactada em 16 dvds, vendidos em um box pela Som Livre e encontrados no próprio site e também em lojas como a Livraria Cultura. Dessa forma, podemos ter em nossos lares a trama que tanto nos alegrou e nos emocionou nos anos 80 e entender que boa novela não precisa girar em torno de um vilão e de um mocinho. Viúva Porcina, Roque Santeiro, Sinhozinho Malta, Pe. Hipólito, Sr. Florindo, D. Pombinha, Mocinha, Professor Astromar, Zé das Medalhas e tantos outros estarão em nossos lares nos divertindo.

Foi dessa novela que escutamos grandes hits como De volta pro aconchego com Elba Ramalho, Dona com Roupa Nova, Sem pecado e sem juízo com Baby do Brasil, Isso aqui tá bom demais com Dominguinhos e Chico Buarque, A outra com Simone, Chora coração com Wando, Mistérios da meia-noite com Zé Ramalho, Vitoriosa com Ivan Lins, entre outras que caracterizaram a melhor novela de todos os tempos. "Tô certo, ou tô errado"?

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de agosto de 2010

As cidades cantadas - 11

Goiânia/Go só faz aniversário em 24 de outubro, mas já foi cantada por vários artistas, entre eles Sérgio Reis e Leandro e Leonardo, na canção Rumo a Goiânia. E é essa terra presente na Região Centro-oeste do Brasil que vem hoje abrilhantar essa série que põe juntos música e geografia, unindo cidades às suas homenagens.

Cantada por muitos sertanejos, é na gravação de Leandro e Leonardo, perpetuada por Leonardo, que Rumo a Goiania ganhou conhecimento nacional, sobretudo ao expressar a saudade de alguém que vai da cidade grande, no caso São Paulo, passa por diversas outras cidades e o coração pulsa cada vez mais forte, de volta à sua querida terra:

Rumo a Goiânia
(Paiva)

É noite o carro está rugindo parecendo fera
Voando baixo em Campinas, na via Anhanguera
Já estou vendo ao longe a linda e doce Ribeirão
Toda iluminada feito um céu no chão
Na noite azulada de uma primavera

A saudade já não cabe no meu coração
Grudadas como faz na estrada, os pneus no chão
Uberaba e Uberlândia já deixei prá trás
Em Itumbiara, entrando em Goiás
Quase que eu decolo feito um avião

Heeeei! Goiânia!
Não deu prá segurar a barra, então eu voltei
Heeeei! Goiânia!
Avisa aqueles olhos lindos que eu já cheguei

Esses olhos reluzentes que eu busco agora
Se me chamam com desejo, prá mim não tem hora
É por isso que eu ando em alta rotação
Feito um asteróide na escuridão
O motor do carro parece que chora

O sol agora está nascendo, está chegando o dia
Mas sei que valeu a pena tanta correria
Eu quero estar nos braços dela daqui a pouquinho
Pois passei a noite voando sozinho
Dentro desse carro pela rodovia

Heeeei! Goiânia!
Não deu prá segurar a barra então eu voltei
Heeeei! Goiânia!
Avisa aqueles olhos lindos que eu já cheguei

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Devolvi suas cartas amorosas...

Uma das cantoras mais populares desse país, Idenilde de Araújo Alves da Costa. Com esse nome,  poucos conhecem, mas Núbia Lafayette, todos já ouviram, sobretudo pelas serestas país afora. Natural de Assu, interior do Rio Grande do Norte, Núbia mudou-se para o Rio de Janeiro com apenas três anos de idade, começando sua carreira artística na década de 50, na era dos rádios.

O nome artístico foi uma sugestão do compositor Adelino Moreira, de quem recebeu seus maiores sucessos. Fã declarada de Dalva de Oliveira, Núbia sempre deixou transparecer essa influência, passando também a influenciar posteriormente outros nomes como Fafá de Belém, Tânia Alves, Alcione e Elymar Santos. Entre seus sucessos podemos destacar Seria tão diferente, Solidão, Negue, Devolvi, Casa e comida, Matriz ou filial, Lama, Fracasso, Ninguém é de ninguém, Alguém me disse, entre outras.

Núbia partiu para a etenidade em 2007. Fica a certeza de que muitos amaram ao som de suas músicas e foram felizes com sua voz, perpetuada hoje e sempre por fãs que a escutam e, vez por outra, entoam alguns de tantos sucessos românticos lembrados e importalizados por sua voz!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Você queria ser o grande herói das estradas...

Este é um dos artistas daqueles que já deveriam constar aqui há mais tempo, mas como tudo tem sua hora, aqui está Salomão Borges Filho, mais conhecido por Lô Borges. Natural de Belo Horizonte/MG, Lô é mais um grande nome fundador do famoso Clube da Esquina, junto com seu irmão Márcio e tantos outros já comentados por aqui como Milton, Beto, Brant e Tiso.

Depois do disco Clube na esquina, lançou em 1973 seu primeiro disco. Já teve suas canções interpretadas por nomes como Milton Nascimento, Nana Caymmi, Simone, Gal Costa, Caetano Veloso, Flávio Venturini, Nando Reis, Elba Ramalho, Skank e Elis Regina. E entre tantos sucessos de seu repertório, podemos citar Paisagem na janela, Clube da esquina nº 2, O trem azul, Quem sabe isso quer dizer amor, Para Lennon e Mac´Cartney, Tudo que você podia ser, Dois rios, Nuvem cigana, etc.

Lô Borges faz parte não apenas da história do Clube da esquina ou da música mineira, mas já é parte fundamental da música brasileira, que ajuda a divulgar no exterior e Brasil afora, em seus shows e com seu público fiel, presente em seus shows e com suas canções na ponta da língua!

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de agosto de 2010

Meu velho

Nos anos anteriores apresentei aqui duas das canções mais executadas hoje em homenagem aos pais: Pai, de Fábio Jr. e Meu querido meu velho meu amigo do Roberto. Outra canção que muito emociona a todos os papais, especialmente na data de hoje é Meu velho, na interpretação do Altemar Dutra, também regravada posteriormente pelo José Augusto com a inclusão da voz do Altemar em um lindo dueto.

Em uma data tão importante, onde nos lembramos dos ensinamentos paternos, somos felizes por termos canções como essas, verdadeiros hinos e que são executadas em tempos tão dificéis em que filhos já não têm, nem demonstram tanto amor por seus pais nem o respeito devido. Altemar Dutra Jr., filho de Altemar também a canta e deve hoje e sempre lembrar de seu amado pai ao soltar a voz em:

Meu velho
(José e Piero, Versão de Nazareth de Brito)

É um bom tipo meu velho
Que anda só e carregando
Sua tristeza infinita
De tanto seguir andando

Eu o estudo desde longe
Porque somos diferentes
Ele cresceu com os tempos
Do respeito e dos mais crentes

Velho, meu querido velho
Agora caminha lento
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e o teu tempo

Seus olhos são tão serenos
Sua figura é cansada
Pela idade foi vencido
Mas caminha sua estrada

Eu vivo os dias de hoje
Em ti o passado lembra
Só a dor e o sofrimento
Tem sua história sem tempo

Velho, meu querido velho
Agora caminha lento
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e teu tempo

Um forte abraço a todos!

sábado, 7 de agosto de 2010

Ney Matogrosso Vivo

Ney Matogrosso é um artista de muitos discos ao vivo. Por si só apresenta uma arte apreciável e quem curte seu trabalho com afinco sabe melhor que eu que tudo isso é uma verdade. Eu conheço pouco do Ney, mas gostei bastante desse trabalho, intitulado de Vivo e que traz os maiores sucessos de sua carreira, além de interpretações mais recentes e sempre marcantes.

Esse projeto também foi lançado em dvd em 2000 e possui as canções Mulher barriguda, Com a boca no mundo, Miséria no Japão, Vira-lata de raça, Novamente, Poema, Mesmo que seja eu, Faço de tudo, A balada do cachorro louco, O vira, Exagerado, Bomba H, O último dia, A cara do Brasil, Sangue latino, Rosa de Hiroshima, Balada do louco, Homem com H, Pro dia nascer feliz e Metamorfose ambulante. O dvd ainda traz Olhos de farol, Fazê o quê?, Garota Nacional  e bis em Poema e Miséria no Japão.

Olhando por aí, com um repertótio desses e com a sempre arte do Ney não há quem questione a qualidade dessa obra-prima e não a qualifique como um grande presente para os amantes da boa música e para quem curte a obra do Ney, pois ter em sua casa um dos melhores se não o melhor trabalho realizado por ele é algo genial, afinal todos seus trabalhos, carregados de muito profissionalismo, podem ser considerados os melhores!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Caia na gandaia, entre nessa festa...

A Era das discotecas foi uma febre em terras brasileiras, marcado por muita dança e por um grupo vocal feminino chamado As Frenéticas, tendo como integrantes: Lidoka Martuscel, Sandra Pêra, Leiloca Neves, Regina Chaves, Dudu Moraes, Edyr de Castro, Cláudia Borioni e Patrícia Boechat. Com incentivo de Nelson Motta e tendo a produção de Liminha, o primeiro disco já contou com o sucesso Perigosa, parceria de Nelson, Rita Lee e Roberto de Carvalho, já representando grandes vendagens para o grupo.

Foi com Dancin Days que se tornaram conhecidas nacionalmente e emplacaram sucessos posteriores como O preto que satisfaz, Ai! se eles te pegam, É que nessa encarnação eu nasci manga, Você escolheu o super-herói errado, Vingativa, A felicidade bate a sua porta, Perigosas peruas, etc. O grupo também participou de outros trabalhos, como foi o caso do Lp Erasmo Carlos convida, dividindo com o tremendão a faixa Se você pensa.

As Frenéticas foi um grupo muito marcante, mas que se desfez e se refez várias vezes. Recentemente, com novas formações, mas mantendo alguns membros antigos trabalharam em várias apresentações, sempre com uma receptividade legal e um momento ímpar nas lembranças de quem viveu esses momentos felizes! Curioso foi não ter encontrado fotos com todos os integrantes, mas com a formação clássica, postada acima!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

No meio da couve-flor tem a flor...

Jorge Henrique Mautner é daqueles artistas que compõe a lista de grandes nomes, pelo trabalho e pelo tempo que esse trabalho é prestado à música brasileira, sempre com uma qualidade ímpar. Compositor, músico e escritor, estudou violino ainda na infância com seu pai e mais tarde piano e bandolim. Sua primeira canção foi composta em 1958, sob o título de Olhar bestial.

Jorge já foi regravado por vários artistas como Fagner, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Wanderlea, Chico Science, Zé Ramalho, entre outros. E entre muitas canções compostas durante toda sua carreira, podemos destacar Maracatu atômico, Vampiro, Eu não peço desculpas, Todo errado, Samba dos animais, Cinco bombas atômicas, Lenda do Pégaso, Vida cotidiana, Aeroplanos, Lágrimas negras, Orquídea negra, Morre-se assim, etc.

Jorge é daqueles artistas que mesmo sem ser tão conhecido, tem seu público cativo e faz sempre seus shows país afora, sempre com canções inteligentes e ricas em metáforas. Sua aproximação com Caetano e Gil o tornou mais conhecido e popular. Aqui em Pernambuco, Chico Science imortalizou seu Maracatu atômico. Interessante também foi sua participação recente no show Coisas de Jorge, junto com os outros "Jorges" da música brasileira: Benjor, Vercilo e Aragão.

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de agosto de 2010

Erasmo Carlos Rock 'N' Roll

Um dos poucos projetos inéditos lançados recentemente é o trabalho do tremendão Erasmo Carlos, intitulado de Rock 'N' Roll, onde Erasmo volta a suas origens e faz um trabalho altamente voltado para o rock com composições inéditas, novas parcerias e também um lançamento quase improvável: o trabalho também saiu com cópias limitadas de vinil e vem com texto de Rita Lee em todas as suas versões.

Produzido por Liminha, esse trabalho comemora os 50 anos de carreira do tremendão em grande estilo, pois além de assinar as doze composições, são apresentadas parcerias inéditas como Chuva ácida e Noturno carioca com Nelson Motta, Noite perfeita e A guitarra é uma mulher com Chico Amaral (Skank), Um beijo é um tiro e Mar Vermelho com Nando Reis e Celebridade com Liminha e Patrícia Travassos.

O carro-chefe do cd é Cover, assinada apenas por Erasmo e funciona como uma espécie de protesto, pois ele nunca se deparou com um cover seu. Com letras geniais, coisas típicas do tremendão, temos ainda Jogo sujo, Olhar de mangá, Vozes da solidão e Encontro às escuras. Várias mulheres são citadas e homenageadas em Olhar de mangá, coisas que Erasmão sabe fazer muito bem em um cd gostoso de se ouvir e de se celebrar na tão escassa música brasileira atual!

Um forte abraço a todos!

sábado, 31 de julho de 2010

Alvorada voraz

Essa canção foi sucesso nos anos 80 com o RPM e mais recentemente com a gravação do Acústico MTV da banda, ganhando, nessa última versão, uma atualização em sua letra altamente crítica e que pouco tem a ver com a paz de uma imagem como essa apresentada acima.

Aborda a violência reinante que emite um medo comum e nos torna refém dele, em uma sociedade também refém da marginalidade e de políticos que se comportam como tais marginais, embora de gravatas. Tudo isso esbarrando apenas em nosso conformismo, como denuncia a letra.  Então considero das letras mais atuais: infelizmente o que temos presenciado é uma alta violência social e uma elevada hipocrisia na atual política desse país!

Alvorada voraz
(Luiz Schiavon, Paulo Ricardo e Paulo Pagni)

Na virada do século, alvorada voraz
Nos aguardam exércitos, que nos guardam da paz.
Que paz!

A face do mal, um grito de horror
Um fato normal, um êxtase de dor
Medo de tudo, medo do nada
Medo da vida, assim engatilhada !

Fardas e forças, forjam as armações
Farsas e jogos, armas de fogo
Um corte exposto, em seu rosto amor
E eu, nesse mundo assim, vendo esse filme passar,
Assistindo ao fim, vendo meu tempo passar...

Apolípticamente, como um clip de ação
Um clic seco um revólver, aponta em meu coração
O caso Sudan, Maluf, Lalau , Barbalho Sarney,
E quem paga o Jornal? É a propaganda
Porque nesse pais, é o dinheiro quem manda

Juram que não corrompem ninguém,
Agem assim, pro seu próprio bem
São tão legais, foras da lei, pensam que sabem de tudo
O que eu não sei, eu sei...

Nesse mundo assim vendo esse filme passar
Assistindo ao fim vendo o meu tempo passar...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Os compositores do Brasil - 29

Eis aqui um grande nome da música brasileira, não apenas na arte da composição, mas como escritor (já abordamos aqui Noites tropicais e Vale tudo, duas de suas valiosas obras), jornalista e produtor musical: Nelson Cândido Motta Filho, ou simplesmente Nelson Motta. Desde sua aparição como compositor da canção Saveiros, em parceria com Dori Caymmi e interpretada por Nana, vencedora do Festival Internacional da Canção em 1966, que Nelson carimba seu nome na música brasileira.

E abordando seu lado criativo, temos várias versões e composições suas com diversos parceiros e em trabalhos de vários intérpretes como é o caso de Dancin days, Como uma onda, Coisas do Brasil, Bem que se quis, Certas coisas, De repente Califórnia, Sereia, Perigosas peruas, Tudo que se quer, Um novo tempo, Quem é você?, Tudo azul, entre outras.

Constam em sua lista de intérpretes Lulu Santos, Milton Nascimento, Rita Lee, Marisa Monte, Sandra de Sá, Gal Costa, Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Tim Maia, Elis Regina, Guilherme Arantes, Emílio Santiago, Maria Bethânia, Elba Ramalho, entre tantos que só enaltecem o lado compositor desse showman, homenageado de forma simples e justa nessa série!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pensamento tão livre quanto o céu...

Um dos nomes mais recentes e celebrados da nova música brasileira chama-se Maria Gadú. Com um público jovem e crescente, Gadú é considerada a cantora revelação de 2009 mediante o sucesso de seu primeiro cd que trazia a composição Shimbalaiê, tema da novela global Viver a vida.

E entre outras canções de seu primeiro cd, temos ainda Bela flor, Altar particular, Escudos, Laranja, Lounge, Encontro, Tudo diferente, Linda rosa, A história de Lilly Braun e Ne me quittes pas, caracterizando não apenas uma nova compositora, mas também um novo nome no cenário dos intérpretes e dos violonistas.

Ao que tudo parece Maria Gadú é mesmo um nome que veio pra ficar. Sei que só o tempo e os próximos passos, que envolve novos lançamentos e shows dirão se ela se firmará como uma revelação que veio pra ficar. Dizem que seu estilo muito se assemelha com o de Cássia Eller e ao tirar pela aceitação da crítica, ainda ouviremos muito falar em seus trabalhos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de julho de 2010

Olhando as estrelas - 6 - Chico e Caetano - Melhores momentos

Dentro da Série Olhando as estrelas, finalizamos a semana dedicada ao programa Chico & Caetano, onde contamos com a valiosa colaboração do texto enviado por nosso amigo Vinícius Faustini, comentaremos sobre o único legado fonográfico desse projeto: o Lp, depois cd Chico e Caetano - Melhores momentos:

Foi lançado um LP com 11 números dos vários programas. Mas o disco ficou com uma qualidade bem abaixo do esperado, tanto no áudio quanto na escolha do repertório. A tentativa de ser eclético demais deixou números fantásticos de fora. Eis a lista de músicas de "Melhores momentos de Chico & Caetano":

1 - Festa imodesta - Chico Buarque e Caetano Veloso
2 - Nêga maluca / Billie Jean - Caetano Veloso
3 - Roberto, corta essa - Jorge Ben
4 - Adiós, nonino - Astor Piazolla
5 - Tiro de misericórdia - Elza Soares
6 - Não quero saber mais dela - Chico Buarque, Caetano Veloso, Beth Carvalho e Fundo de Quintal
7 - London, London - Caetano Veloso e Paulo Ricardo
8 - Águas de março - Tom Jobim, Chico Buarque e Caetano Veloso
9 - Sentimental - Chico Buarque
10 - Luz negra - Cazuza
11 - Merda - Caetano Veloso, Chico Buarque, Rita Lee e Luiz Caldas

Curiosamente, a última música não foi exibida na TV Globo. A censura vetou a música que Caetano Veloso fez para homenagear o teatro, tanto por seu título quanto por seus versos falarem sobre substâncias ilícitas: "Nem na loucura do amor, da maconha, do pó, do tabaco e do álcool, vale a loucura do ator quando abre-se em flor sobre as luzes do palco".

Infelizmente, Chico & Caetano não foi lançado em DVD. Tantas imagens históricas, tantos momentos maravilhosos de boa música que foram reprisados apenas durante o verão de 1987. No You Tube há vídeos memoráveis, como Caetano Veloso cantando Gente humilde, Baden Powell e Elizeth Cardoso cantando Além do amor e Deixa ou Chico, Caetano e Paulinho da Viola interpretando Preconceito. A cada lembrança de Chico & Caetano, fica o lamento de a TV Globo ter reduzido tão drasticamente os shows musicais de sua programação. Um programa como este faz todos os amantes da boa Música Popular Brasileira se emocionar e repetir com Caetano Veloso o grito de "Salve o compositor popular!".

Obrigado, Everaldo, por tão generosamente ceder este espaço para mim. É sempre bom podermos achar na Internet um espaço que divulga a música brasileira em todas as suas vertentes. E foi melhor ainda por participar daqui trazendo uma memória da minha infância. Espero que todos tenham gostado.

Abraços a todos, Vinícius Faustini!

Vinícius, nós é que agradecemos por você ter nos proporcionado uma semana tão valiosa para nossa saudade e para a lembrança de bons programas como esses que fizeram a história da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de julho de 2010

O quereres

Essa canção foi interpretada por Caetano e Chico no programa e Chico errou algumas vezes a entrada da canção. Entretanto, a produção deixou bem natural sem cortes na edição, porque ficou muito espontâneo e o Chico ainda tirava uma de: "Não sei porque ainda insisto nesse negócio de cantar... Eu estou dando tudo de mim", e a platéia caia na gargalhada juntamente com Caetano que pedia: Não exagere!

O quereres foi lançada no disco Totalmente demais do Caetano de 1986 e também tem uma interpretação magnífica da Maria Bethânia no cd/dvd Maricotinha de 2001. É daquelas canções do Caetano que você passa horas ou um bom tempo para entender de que se trata. A meu ver tem um tom muito forte de rebeldia, de contrariedade em relação à pessoa a quem se dirige! É como se fosse uma pedra de gelo emitindo fogo, como essa imagem aqui apresentada, totalmente adversa! Coisas do Caetano que lembramos aqui nessa semana que dedicamos às lembranças do programa Chico & Caetano:

O quereres
(Caetano Veloso)

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não

E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão

Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher

Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor

Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor...

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock’n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio

Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim

Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim

Amanhã, finalizaremos essa nossa Série que lembra o programa Chico & Caetano!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Programa Chico & Caetano - parte 2

Amigos, dando continuidade a essa semana especial voltada para esse programa inesquecível da década de 80, vamos descobrir os convidados e algumas outras curiosidades do programa Chico & Caetano, proporcionadas pelo nosso amigo Vinícius Faustini:

Certamente, os momentos mais interessantes eram quando vários cantores se reuniam para interpretar uma música só. Foi assim com as participações estrangeiras. Em época de abertura política, o cubano Pablo Milánes fez shows no Brasil, e foi levado ao Chico & Caetano. O número de encerramento foi uma interpretação de Guantanamera, na voz de Milánes, Chico, Caetano, Marina Lima e Djavan. A participação de Mercedes Sosa trouxe Chico, Caetano, Gal Costa e Milton Nascimento cantando Volver a los 17.

Foram nove edições do programa, que chegou à sua última edição no dia 26 de dezembro de 1986. Chico & Caetano deixou um registro audiovisual de participações de grandes artistas - Cazuza, Elizeth Cardoso, Elza Soares, Evandro Mesquita, Gilberto Gil, João Bosco, Jorge Ben Jor, Legião Urbana, Luiz Caldas, Maria Bethânia, Os Paralamas do Sucesso, Paulinho da Viola, Rita Lee e os estrangeiros Pablo Milánes, Mercedes Sosa, Astor Piazzola e Silvio Rodriguez. No entanto, um dos momentos mais marcantes foi gerada por uma ausência:

No programa de 15 de agosto de 1986, Tim Maia era um dos convidados esperados para o programa Chico & Caetano. No Teatro Fênix, todos o esperavam para a gravação. Só que, como era de costume, as coisas não saíram conforme o esperado. Caetano Veloso explicou à plateia: "O Tim Maia veio ontem, ensaiou e nós estávamos esperando que ele chegasse hoje e ele não veio, e não aparecia, e vários telefonemas difíceis de decifrar terminaram revelando que ele realmente não vem".

Já antevendo que poderia acontecer uma situação como esta, o diretor Roberto Talma (atualmente um dos diretores do Roberto Carlos Especial) havia gravado o ensaio do dia anterior. Acabou ficando ainda mais interessante porque, além de cantar as músicas Do Leme ao Pontal, Vale tudo e Me dê motivo, mostrava ele com suas típicas reclamações para o operador de som, suas brincadeiras com a banda e a capacidade vocal que ele tinha. Como Caetano disse: "Isso faz parte mais ou menos da tradição e do charme do Tim Maia, e isso estranhamente não faz com que a carreira dele fique feia ou isso dê errado. É igual à rouquidão da voz dele. O que seriam falhas se tornam enfeites, formam ainda algo mais bonito. De um modo que esse mistério estranho que envolve Tim Maia continue aqui nos encantando".

Sábado tem mais Chico & Caetano!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Programa Chico & Caetano - parte 1

Amigos, recebi do nosso amigo Vinícius Faustini, dos blogs Emoções de RC(http://www.emocoesrc.blogspot.com/), Diário de um salafrário(http://www.diariodeumsalafrario.blogspot.com/) e O tempo e o placar (http://www.otempoeoplacar.blogspot.com/), esse texto que revive um dos programas mais interessantes que a música brasileira proporcionou às nossas telinhas. Portanto, como um presente do Vinícius para todos nós, teremos essa semana totalmente dedicada a esse tema: Especial Chico & Caetano! Espero que gostem e agradeçamos todos ao Vinícius, nosso jornalista e poeta por mais esse presente:

"Salve o compositor popular!"

A partir de 25 de abril de 1986, a TV Globo promoveu um encontro de seus telespectadores com a Música Popular Brasileira. Chico Buarque e Caetano Veloso foram convidados para apresentar um programa musical onde cantavam suas músicas e promoviam encontros musicais entre artistas do Brasil e do mundo. Uma vez por mês, a noite de sexta-feira era dedicada a "Chico & Caetano"!

A proposta do diretor Daniel Filho, aliada ao roteiro de Nelson Motta, tornou o programa de uma descontração imensa, na qual o contraponto entre a irreverência de Caetano Veloso e a timidez de Chico Buarque dava margem a muitas situações inusitadas. Os ares da Ditadura Militar não mais imperavam no Brasil, e o programa, de certa forma, celebrava as pazes entre Chico e a Rede Globo. O artista foi boicotado pela emissora durante boa parte do período militar, em especial por suas canções serem mal vistas pelos ditadores.

Na estreia, Chico e Caetano repetiram um número presente no show "Caetano e Chico - Juntos e ao vivo" (que foi lançado em disco na década de 1970): um medley com Chico Buarque cantando Você não entende nada, de Caetano, e Caetano Veloso cantando Cotidiano, de Chico. O programa teve a participação de Luiz Caldas, Rita Lee e Maria Bethânia. As duas cantoras fizeram um marcante dueto no qual cantaram Shangrilá e Baila comigo.

Nos duetos, eles fizeram interpretações memoráveis de canções como O quereres, Partido alto e Sem compromisso, Festa imodesta e um medley com Esse cara e Com açúcar, com afeto. Os cantores também tinham seus números solos, nos quais cantavam músicas lançadas na época - Caetano Veloso interpretou Milagres do povo, música que fez para a minissérie da TV Globo "Tenda dos milagres", e Chico Buarque cantou Sentimental e O último blues, canções do filme "Ópera do malandro".

A participação dos convidados podia alternar. Em alguns momentos, o encontro era só com um dos cantores (caso do dueto de Caetano Veloso com Marina Lima em Fullgás e de Chico Buarque cantar com Os Paralamas do Sucesso), em outros o encontro eram com ambos os cantores, caso de Águas de março, no qual eles dividiram os vocais com Tom Jobim.
 
Um sonho não acham? Quinta-feira tem mais!
 
Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de julho de 2010

Emílio Santiago - O melhor das aquarelas

Emílio Santiago deve muito de sua carreira às coletâneas que lançou pela Som livre, sob o título de Aquarelas. Mesmo depois de encerrar esse projeto, sempre foi solicitado pelos fãs com indagações como: Ô Emílio, quando teremos uma nova aquarela? Pensando nisso, em 2005 gravou o cd e o dvd O melhor das aquarelas para celebrar esse projeto e ao mesmo tempo atender àqueles que estavam saudosos dessa sua fase.

Reunir tantas pérolas em um único trabalho seria difícil. É possível que tenha faltado este ou aquele sucesso, afinal estamos falando de um intérprete que por excelência figura entre os melhores. Mas, aqui encontramos grandes clássicos da música brasileira como Desenho de giz, Papel marchê, Eu sei que vou te amar, Fato consumado, Com a perna no mundo, É, O que é o que é, Aquarela do Brasil e também clássicos do repertório do Santiago como Coisas da paixão, Dias de lua, Perfume siamês, Logo agora, Essa fase do amor, Pelo amor de Deus, Mulher, Tudo que se quer, Tá tudo errado, Cadê juízo, Verdade chinesa e Saigon.

Soma-se a isso, outras belíssimas interpretações como Flamboyant, Reciclar, Vai e vem, Só nos resta viver e Tempestade em alto mar. É um produto maravilhoso que não pode faltar no som, no vídeo daquele que ama uma boa música, regada a um bom gosto, a um bom som que intérpretes como Emílio Santiago pode nos proporcionar!

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de julho de 2010

Mania de você

Essa canção da Rita e do Roberto é talvez a mais clássica do seu repertório. Com várias leituras de outros intérpretes, como por exemplo, Emílio Santiago e da própria Rita, onde se destaca o dueto com Milton Nascimento no cd/dvd Acústico MTV de 1997, tornou-se uma canção imprescindível em todas as suas apresentações.

Mania de você faz parte da lista daquelas canções que abordam amor e sexo como algo inseparável, porém com a elegância que o tema em questão pede, coisas que a Rita sabe fazer muito bem. Uma canção de amor e porque não dizer, um orgasmo musical daqueles mais perfeitos, um clássico não apenas da Rita, mas da música brasileira!

Mania de você
(Rita Lee e Roberto de Carvalho)

Meu bem você me dá água na boca
Vestindo fantasias, tirando a roupa
Molhada de suor de tanto a gente se beijar
De tanto imaginar, loucuras

A gente faz o amor por telepatia
No chão, no mar, na lua, na melodia
Mania de você, de tanto a gente se beijar
De tanto imaginar loucuras

Nada melhor do que não fazer nada
Só prá deitar e rolar com você

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Os Músicos do Brasil - 12

Um nome pouco conhecido aqui do Brasil, mas de grande importância nos Estados Unidos: Sérgio Santos Mendes. Natural de Niterói/RJ, Sérgio é uma das maiores representações da Bossa Nova no exterior, sobretudo na terra do Tio Sam, onde vive desde 64. Mas, sua carreira começa antes, em 1960 quando integrou o Sexteto Bossa Rio.

Já nos EUA, forma o grupo Sérgio Mendes & Brasil 66 que lhe confere bastante sucesso, sobretudo com a versão em Bossa Nova da canção Mas que nada, composta com Jorge Benjor. Como grande pianista que é, já trabalhou com nomes como Tom Jobim e João Gilberto, até Frank Sinatra e Stevie Wonder, entre outros.

No repertório de seus trabalhos, podemos destacar Garota de Ipanema, Bim bom, Chove chuva, Ponteio, A banda, Viramundo, Promessas de pescador, Anos dourados, Surfboard, Caminhos cruzados, Só tinha de ser com você, País tropical, entre outras que só ressaltam mais um grande nome entre os músicos que nosso país exporta e que se equipara a qualquer outro de qualquer parte do mundo com o mesmo talento!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pare o mundo que eu quero descer...

Um dos cantores mais populares desse país, Sílvio Ferreira de Brito, ou simplesmente Silvio Brito como é conhecido é natural de Três Pontas/MG. Nos anos 60 integrava bandas de rock, mas sua carreira solo e seu primeiro disco só viria a ser lançado em 1973, com o sucesso Tá todo mundo louco, abrindo as portas para sua carreira e o levando a frequentar os programas mais populares dessa época.

Entre seus sucessos, podemos citar Cidadão, Espelho mágico, Rio de lágrimas, Tá todo mundo louco, Farofa, Casinha, Terra dos meus sonhos, Utopia, Careca sem dente e pelado, entre outras. Sílvio também produziu e gravou algumas canções do Padre Zezinho de quem é amigo.

Distante da mídia já há algum tempo, recentemente foi vice-campeão do programa Rei majestade, de Silvio Santos, um dos apresentadores que mais colaborou com sua carreira. Atualmente apresenta seus shows país afora e reencontra seu público que canta junto seus eternos sucessos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 11 de julho de 2010

Feliz aniversário - 30 anos!!!

Hoje, completo 30 anos! E procurei encontrar mais algum significado especial para essa data, além do bolo, dos presentes e da companhia carinhosa de sempre que recebo, afinal como professor de matemática, esse número também chamou atenção. Mas, fujo do ofício de educador e penso (novamente!) em música. Como meu referencial número um é o Roberto Carlos, fiquei felicíssimo ao lembrar que com 30 anos Roberto lançou Detalhes, a canção que ele mais ama de todas que fez! Lembro também do Eduardo Lages, que em seu dvd Com amor, se remete a seus 30 anos com muita saudade!

Na realidade, busquei uma imagem que me inspirasse e optei por essa que vos apresento. É da mais recente apresentação que realizei na Escola onde ensino e de vez em quando, brinco de cantar. Esse ano ainda tô devendo uma visita ao Instituto de idosas onde sempre canto para elas, mas espero não demorar a ir. Mas, não pense que estou compondo uma nova Detalhes, nem a minha Detalhes, pois mesmo que tivesse completando 300 anos, ainda acho que não conseguiria fazer uma daquela, com toda aquela inspiração.

Essa foto representa uma passagem de som, um ensaio antes de minha simples apresentação, a qual muito me orgulha sempre que faço com minha simplicidade que todos compreendem. Pois é, 30 anos já se foram e acho que ainda estou ensaiando, embora tenha tantas conquistas a agradecer a Deus durante todo esse tempo. A vida começa agora e precisamos sempre ensaiar para que quando as cortinas se abrirem, em nosso dia-a-dia, possamos dar o melhor de nós nesse palco iluminado por Deus que é a vida , esse grande presente concedido a cada um de nós! Viva à Música, Viva à Vida, Viva ao Amor! Obrigado por vocês sempre estarem aqui dando vivas e brindes comigo em momentos como esse!

Um forte abraço a todos!

sábado, 10 de julho de 2010

Tanta solidão

Há quem ache que as boas canções do repertório do Roberto estão presentes apenas nos discos dos anos 70 e, quando no máximo, anos 80. Eis uma canção, que a meu ver, vai de encontro a esse tipo de pensamento, pois embora não seja da autoria do rei e do tremendão Erasmo, compõem aquela lista de canções que ouvímos na voz do Roberto e achamos que é dele, por possuir sua marca inconfundível de excelente intérprete!

Tanta solidão foi a canção romântica mais linda do cd 1993 e foi tema da novela global Tropicaliente. É demais ouvir uma canção como essa que enaltece a saudade e a novela a associaria a paisagens marítimas que despertavam ainda mais o sentimento descrito na letra: "Sinto vontade de te buscar e dizer como estou..." Um gol de placa do Mauro Motta, do Marcos Valle e de seu irmão Paulo Sérgio Valle para o repertório do artista número um desse país!

Tanta solidão
(Mauro Motta, Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)

Você não sabe
Quanta saudade você me deixou
Lindos momentos
Coisas que o tempo jamais apagou

Foi tanta emoção amor
Tanta coisa que ficou
Foi tanta paixão
Tanta coisa pra um só coração

Sinto saudade
Daquele tempo que a gente sonhou
Mas no meu peito
A realidade é que nada mudou

Quanta solidão amor
Quanta solidão amor
E a recordação
É demais para um só coração

São coisas que eu não sei como dizer
Mas eu sei que o meu silêncio você sabe compreender
Se você está tão longe, tão distante pra voltar
Saiba que eu estou tão perto sem saber como chegar

Talvez sejam lembranças nada mais
E eu nem sei dizer se os nossos sentimentos são iguais
Já tentei, já fiz de tudo e não consigo te esquecer
Às vezes penso que os meus sonhos não existem sem você

Você não sabe
Quanta saudade você me deixou
Sinto vontade
De te buscar e dizer como estou

Foi tanta emoção amor
Tanta coisa que ficou
Tanta solidão
É demais para um só coração

Um forte abraço a todos!