quinta-feira, 21 de julho de 2011

CD Roberto Carlos 1994

Capa do CD 1994.
Esse ano eu também preparei a casa, que já tava pintada e lavada. Foi o ano do plano real, que deixou o pisca-pisca mais barato, junto com a invasão de produtos importados. Enfeitei o terraço de casa com muitas luzes, aguardando também a trilha sonora daquele fim de ano inesquecível, pois sentia que aquele era um ano que carregava acontecimentos importantes: na política (o plano real), no futebol (com o tetra), além de acontecimentos particulares como o ano em que ganhei minha bicicleta (isso no interior é bem legal) e o primeiro show do Roberto que vi no Geraldão.

Sobre esse primeiro show, conto em outra postagem, mas foi marcante e um dos melhores que já vi. E o disco de 94 me pegou de surpresa: primeiro, porque pirei ao ouvir Alô, carro-chefe do trabalho, tocar bem antes do seu lançamento nas rádios. Achava e ainda acho essa canção muito linda e ficava sempre ligando para as lojas perguntando se o disco já havia chegado; segundo, porque quando o disco saiu e eu nem sabia, até ser avisado por vizinhos, então não fui tão cedo à loja como antes, mas isso são apenas pequenos detalhes desse trabalho que se destacava mais que os outros pra mim, por conta de sua sonoridade. Não sei bem explicar, mas ele parecia ter um som mais agradável que os últimos que o Roberto tinha lançado.

Foto interna do CD 1994.
Além de Alô, tivemos O taxista e Jesus Salvador como faixas que mais tocaram. Quero lhe falar do meu amor tocou posteriormente ao seu lançamento e também era uma grata novidade, que carregava um estilo meio árabe, algo inédito na obra do Roberto, que lançou depois um clipe com essa canção. Achei esse disco bem mais romântico que o anterior, pois além das citadas, tivemos a regravação de Custe o que custar e as inéditas Meu coração ainda quer você, Quando a gente ama, Silêncio e Eu nunca amei alguém como eu te amei, todas em tons românticos avassaladores.

Contra-capa do CD 1994.
A capa azulada era bem diferente das anteriores e já percebia muita gente optando pelo CD, embora o LP e a fita cassete ainda persistissem. Gostei da foto interna e acharia que ela daria uma ótima e diferente capa. As vendas desse trabalho eram tantas que vi alguém lá na praça da cidade em uma barraquinha vendendo discos, fitas e CDs do rei, abrindo concorrência às lojas, com preços mais acessíveis. Detalhe: fui buscar o meu disco na loja, pela primeira vez de bicicleta, rsrs. As luzes e o disco tocando deixaram aquele final de ano inesquecível na minha memória e talvez o leitor não entenda o tamanho dessas coisas simples na vida de um fã, mas elas são maravilhosamente inesquecíveis!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 19 de julho de 2011

CD Roberto Carlos 1993

Capa do CD 1993
Esse lançamento me fez ir à loja cedo, buscá-lo, mas ele atrasou lá em Limoeiro. No dia 01/12, ouvi todo o disco em uma rádio AM, onde o locutor o anunciava como o lançamento do dia seguinte. Novamente achei algumas faixas estranhas demais como Coisa bonita, que a classificava como um xote, sobretudo pelos solos que lembravam sanfona, algo novo em repertórios reais.

Ao chegar à loja, me deparei com Roberto Carlos tocando, mas era o disco anterior e a dona me alertando: Olha, o novo disco do Roberto chega hoje! Ela também estranhava porque seu esposo ainda não tinha chegado, até receber um telefonema avisando o que tinha ocorrido: o lançamento oficial acontecia à meia noite, depois de um coquetel, quando eram distribuídas as cópias encomendadas para cada vendedor de várias cidades. Mas, a entrega atrasou porque os discos demoraram a chegar lá e fiquei na loja aguardando até onze da manhã, quando o disco chegou e fui o primeiro da cidade a comprá-lo.

Foto interna do CD 1993.
Enquanto aguardava a chegada do disco, comentei com a dona da loja sobre as novidades que já conhecia e ela repassava para os clientes que chegavam buscando o disco: Esse ano tem uma Ave Maria, esse menino já ouviu, dizia ela apontando pra mim. Além de Coisa bonita, tivemos como sucessos de rádio O velho caminhoneiro (com belos solos de guitarras), Obsessão e Nossa Senhora, que se tornaria um clássico na obra do rei e presente em quase todos seus shows dali em diante, além de fazer parte de várias celebrações religiosas pelo país. Tanta solidão, a mais bonita a meu ver, fez parte da trilha sonora de Tropicaliente, em 94 e tocou bastante.

Contra-capa do CD 1993.
Outras canções que completavam o disco eram Hoje é domingo (que também gosto muito), Parabéns, Mis amores e uma regravação de Se você pensa. A capa trazia uma pose parecida com outras que o Roberto já apresentara, mas sempre bonita e com um blusão jeans que me fez querer comprar um igual, o que consegui anos depois. A foto interna se confundia com a capa e acho que são as mesmas fotos. Aprendi a gravar o especial de fim de ano. Foi nesse ano que percebi que as pessoas costumavam pintar, lavar e enfeitar suas casas, preparando-as para as festas de fim de ano, ao som do novo disco do Roberto Carlos e tudo isso só elevava ainda mais esse momento na cabeça deste fã!

Um forte abraço a todos!

domingo, 17 de julho de 2011

CD Roberto Carlos 1992

Capa do CD 1992.
Esse disco já me coloca como um fã mais precavido. Comecei a juntar dinheiro em agosto para comprar um disco que só sairia em dezembro. Vale lembrar que existia a inflação no Brasil, em crise política de 92, e eu não queria correr o risco de não poder comprá-lo assim que o visse, como foi no ano anterior. Ouvindo uma rádio AM, o radialista falou que o disco sairia em 04/12 e nessa data fui à loja, onde fui informado que o disco só seria lançado no dia 09/12.

Lembro como hoje, dia 9 de dezembro todo feliz indo logo cedo à loja buscar o meu disco que pôde ser comprado com minhas economias. Não é que o disco fosse tão caro, é que eu ganhava pequenos trocados, suficiente para um menino de 12 anos. Bom, novamente a loja enfeitada com o LP 1992 e o pessoal todo comprando. As músicas me surpreendiam pois soavam como algo estranho, muito diferente, o que contradiz as pessoas que insistem em dizer que Roberto é muito repetitivo.

Foto interna do CD 1992.
Achei Mulher pequena com uma levada muito diferente de tudo que ele tinha feito até então e era mesmo. Além dessa, tivemos como canções mais tocadas Você é minha e Dizem que um homem não deve chorar. Gosto muito desse disco até hoje e o acho um dos mais românticos daquela década com canções até menos conhecidas, mas não menos lindas como é o caso de Eu preciso desse amor, De coração, Você como vai? e Você mexeu com a minha vida, além de Dito e feito, tema da novela Renascer.

Contra-capa do CD 1992.
Completam o disco Herói calado, uma mensagem que remete à luta cotidiana do povo e Una en un millon, que tem um arranjo belíssimo. Com uma capa azul, mas diferente de todas até então lançadas, ouvia esse disco todos os dias até decorar todas as letras. Naquele fim de ano, gravei pela primeira vez o especial do rei em vhs. Foi um tormento conseguir alguém que gravasse pra mim em video cassete aquele especial que veria quase todos os dias. Mas, todas essas recordações são muito boas e esse foi e é um dos meus discos preferidos do Roberto, não só da década de 90, mas de toda sua carreira.

Um forte abraço a todos!

sábado, 16 de julho de 2011

Nos bailes da vida

Nos bailes da vida é um clássico da música brasileira imortalizada por seu criador Milton Nascimento e por outros intérpretes como Joanna, Roupa Nova, Fafá de Belém, entre outros e é constantemente cantada pelos cantores da noite, tornando-se um hino para essa classe que busca a cada dia uma nova oportunidade almejando o merecido sucesso. Imaginamos quantos bons cantores, cantoras, duplas, grupos tocam na noite e grande parte destes permanecem no anonimato.

Milton Nascimento descreve, com uma riqueza de detalhes de quem também foi da noite, esses momentos de luta dessas pessoas, enfrentando muitas vezes o que mais faz falta: o aplauso e o reconhecimento. Quantos cantores não se frustram derramando suas interpretações em canções que fazem parte apenas de fundos musicais em praças de alimentações dos shoppings e churrascarias país afora? Mas é a persistência que faz com que em seus cotidianos entoem o la, ra, la, ra dessa e de outras canções!

Nos bailes da vida
(Milton Nascimento e Fernando Brant)

Foi nos bailes da vida ou num bar em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim

Cantar era buscar o caminho que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boléia de caminhão
Era assim

Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se for assim, assim será
Cantando me disfarço e não me canso
de viver nem de cantar

La, ra, la, ra...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

CD Roberto Carlos 1991

Capa do CD 1991.
Bom, aqui as coisas já mudaram bastante. Já existia o fã lá de Limoeiro/PE, que se juntava ao côro do um milhão de amigos. Que ainda não podia comprar discos, mas adquiria fitas cassetes e pesquisava os sucessos antigos do rei, descobrindo um a um e ficando cada vez mais maravilhado com as coisas que aprendia com tudo isso. Quando esse disco saiu, fui pego de surpresa porque não imaginava que tudo era na base da surpresa. Não ouvia rádios e quando ligava o som era pra ouvir outras fitas cassetes do Roberto com canções antigas.

Então, de repente, um carro de som passa na rua fazendo propaganda da loja com o novo disco, tocando Luz Divina. Passei pela loja no outro dia e me surpreendi com tantas capas juntas. O LP 1991 enfeitava a loja toda. Nas rádios só tocava o novo disco, alternando entre uma música de outro artista e os novos sucessos do Roberto. Depois, as mais pedidas ficavam nas paradas e estas foram Todas as manhãs, Se você quer e Luz divina. Mais tarde, tivemos Pergunte pro seu coração na trilha sonora da novela Pedra sobre pedra. Outras que tocaram bastante, mesmo em menor expressão foram Primeira dama e Mudanças, que se somavam a Não me deixe, Oh oh oh oh e Diga-me coisas bonitas.

Foto interna do CD 1991.
Poucas vezes na carreira, Roberto dividiu uma faixa com outro artista e a premiada nesse disco foi Fafá de Belém em Se você quer. Fafá relatou que fez a primeira gravação e não gostou de sua atuação por estar muito nervosa e contou isso para Carminha, secretária do rei. Dias depois, Roberto em um gesto elegante, pede para ela ir novamente ao estúdio para refazerem a faixa, pois ele corrigiria a atuação dele. Eu ficava entre Não me deixe, que tinha até assobios do rei, e Pergunte pro seu coração como a faixa preferida.

Contra-capa do CD 1991.
Com uma capa em tons azuis e azulada em uma foto interna, com chapéu, Roberto sinalizava sua aproximação com o mundo sertanejo que despontava naquele início de década, mas o trabalho não era sertanejo, apenas tinha uma levada na canção Todas as manhãs. Eu não tinha o dinheiro para comprar o disco e sofri muito com isso, pois minha ansiedade era tanta para ter logo esse presente. Fui juntando tudo que ganhava e antes do Natal já tava com o disco que minha tia comprou pra mim no Recife onde era mais barato. Também acompanhei o especial daquele ano com empolgação total, além da participação do Roberto nos especiais da Xuxa e do Fábio Jr., pois o fã já estava querendo ver tudo sobre RC.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 12 de julho de 2011

CD Roberto Carlos 1990

Capa do CD 1990.
E começamos nossa viagem aos anos 90, com o Cd 1990. Na verdade, naquele final de ano, eu não tinha o cd, que não era popular, tinha uma fita cassete do meu pai com as canções desse disco, que ouvia bastante e foi esse trabalho que me tornou fã definitivamente. Acredito que as vendas giraram em torno da fita e principalmente do LP. Eu já cantava desde os 4 anos Caminhoneiro em 84, Verde e amarelo em 85, Amor perfeito em 86. A partir  desse disco de 90 me defini como fã.

Produzido por Roberto Carlos, acredito que o único ou um dos poucos em que o próprio rei assinou a produção quase total, esse disco trouxe vários sucessos radiofônicos e de cara tivemos Meu ciúme, Por ela, Quero paz e Cenário. Também foi o primeiro trabalho do rei a constar em trilhas de novelas: Super-herói em O dono do mundo e Mujer em Lua cheia de amor. Outras canções desse trabalho são Pobre de quem me tiver depois de você, Um mais um, Porque a gente se ama e Como as ondas voltam para o mar. Ouvindo atualmente esse cd, destaco os solos de Por ela, algo diferente na obra RC, com influências espanholas e também gosto bastante dos solos de metais de Quero paz e Meu ciúme, além da clássica Cenário, uma nova Emoções, inclusive com frases musicais desta. O piano de Como as ondas voltam para o mar é lindo.

Foto interna do CD 1990.
 Eu ficava indeciso sobre qual canção gostava mais e sempre trocava de faixa predileta. Depois de um tempo, adquiri o LP, que foi um dos que me deixou mais feliz e mais tarde o CD. A faixa Um mais um também tocou bastante, embora seja pouco lembrada atualmente. Eu também gostava muito da capa branca, com um Roberto sério, sereno e ainda com a pena que simbolizava um defensor da natureza. A foto interna trazia um rei meio bravo, algo meio incomum de se ver nas telinhas.

Contra-capa do CD 1990.
Mas, ser fã foi algo gradativo. Lembro que no Natal daquele ano fui com meu pai para a pracinha de Limoeiro e ele falou ansioso: "Vamos voltar logo para ver o especial do Roberto Carlos". Daí perguntei qual a canção que ele mais gostava e ele falou que era Emoções. Lembro de ter visto o começo com pouca empolgação e só veria esse especial há alguns anos atrás. Ouvindo essas canções desse disco, me defini como fã no decorrer de 1991, quando ouvia quase que diariamente a fita e a vida começava a seguir sob essa trilha sonora.

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Feliz Aniversário!!!

Mais um aniversário que também compartilho com vocês, amigos virtuais, sempre agradecendo todas as bênçãos que recebo de Deus, na forma de um grande amor, uma grande família, grandes amigos, colegas, chance de conhecer paisagens lindas de meu Estado e apreciar a melhor música do mundo, a brasileira, com todos esses artistas que passam por aqui e são reverenciados com todo o respeito, por seus dedicados trabalhos.

Escolhi esse mês de julho para comentar sobre os cds do Roberto Carlos dos anos 90 e o que eu fazia para comprar esses discos que saíam todo mês de dezembro e me levavam a garimpar as rádios em busca das novidades reais, às portas das lojas logo cedo (muitas vezes fui o primeiro de Limoeiro/PE a comprar o disco) e todas as impressões e emoções que esse presente me proporcionava. É uma forma que tenho de reviver esses momentos tão bonitos, abri meu coração e meu passado e me presentear com essas recordações, além de compartilhar isso com os fãs que faziam o mesmo!

Vamos viajar juntos pelos discos de 1990 até 1998, a partir de amanhã e relembrar as canções que marcaram essa década, que muitos críticos definem como improdutiva e pouco atraente do rei. Contrariando essa ideia, vou mostrar porque não acredito que seja o único fã do Roberto que se sentiu enlouquecido com esses lançamentos e com essas canções nesse tempo. Por enquanto, vou soprando as velinhas, passando mais um aniversário em Limoeiro e levantando um brinde à saúde, à paz, ao amor, a todos os amigos, à música brasileira, sempre agradecendo a Deus por tantas coisas maravilhosas que a vida nos proporciona!

Um forte abraço a todos!

sábado, 9 de julho de 2011

Troféu Imprensa - parte 3

Roberto vai ao programa do Silvio em 1997.
E hoje chegamos ao final dessa série que essa semana lembrou um pouco sobre a história desse Troféu que destaca em algumas categorias nossa música. O melhor cantor do ano sempre foi aguardado com muita ansiedade por mim, durante toda a década de 90, quando comecei a acompanhar a premiação e torcer pelo Roberto que sempre venceu naquela década. Para os fãs do Roberto, duas festas: a votação e a entrega do troféu, quando o rei foi duas vezes nessa década receber seus prêmios no programa do Silvio Santos.

Nessa premiação, Roberto também é rei, pois foi o vencedor no ranking da categoria canção e também o cantor mais premiado na história do troféu com 19 premiações. Sua primeira indicação foi em 65, mas perdeu para Agnaldo Rayol. Em 67 perdeu para Jair Rodrigues e em 68 para Wilson Simonal. Em 69, numa disputa acirrada com Jair, Rayol e Simonal, não obtiveram votação suficiente para receberem o prêmio. Em 71, venceu com Chico Buarque, mas como ambos não foram receber o prêmio, decidiram que o vencedor seria o terceiro colocado que foi o Altemar Dutra.

Roberto recebe seu troféu na década de 70.
Roberto também perdeu em 74 para o Chico Buarque, em 75 para Benito di Paula, em 82 para o Djavan, em 83 para o Ritchie e em 85 para o Tim Maia. Depois, em todas as indicações das quais participou, venceu, inclusive da mais recente, sendo um dos mais premiados, somando todas as categorias. Depois do Roberto temos o Zeca Pagodinho com três prêmios e Jair Rodrigues, Seu Jorge, Tim Maia, Djavan e Caetano, ambos com duas premiações.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Troféu Imprensa - parte 2

Ivete, uma das campeãs das premiações.
A briga pela melhor cantora do ano, apresentada no Troféu Imprensa ano a ano sempre se mostrou saudável e acirradíssima. A importância desse prêmio está em que talvez ele seja o único do Brasil ou da televisão brasileira que em seu currículo de prêmios apresenta Elis Regina, Isaurinha Garcia, Gal Costa, Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Rita Lee, Elba Ramalho, Marina, Simone, Marisa Monte, Maria Bethânia, Daniela Mercury, Zizi Possi, Ana Carolina, Maria Rita, Ivete Sangalo.

Quem imagina uma disputa tão acirrada como foi em 1975 entre Clara (a vencedora), Bethânia e Elis? Ou em 81 e 82 com Gal (vencedora de 82), Simone e Rita (vencedora de 81)? Ou em 83, 84 e 85 entre Elba (vencedora de 83), Gal (vencedora de 84 e 85) e Simone? No ranking das cantoras, Elis e Ivete dividem o topo com 5 prêmios; seguidas de Marina e Gal com 4 prêmios; Daniela, Clara e Elizeth com três e Marisa, Rita e Ana com duas premiações cada uma.

Outras categorias relacionadas com a música e quem não apareceram em todos os anos são Conjunto Musical onde os campeões foram Skank e Titãs e, Duplas sertanejas, onde os destaques são Chitãozinho e Xororó e Zezé di Camargo e Luciano, com duas premiações, cada dupla. Em poucas edições tivemos categorias como Produtor musical, Compositor, Orquestra, Programa musical, Programa sertanejo e Cantor ou cantora sertanejo.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Troféu Imprensa - parte 1

Sinto que aqui no Brasil sempre tivemos uma carência quanto à premiação de nossos artistas. Antigamente, coisa de mais ou menos 50 anos atrás, eles eram mais reconhecidos. Mas, tais premiações não seguiam durante muitos anos. Uma premiação da televisão brasileira que tem em algumas categorias a música e os cantores, e que já existe há mais de 60 anos é o Troféu Imprensa, criado em 1958 por Plácido Manaia Nunes e apresentado, desde 1970 por Silvio Santos, na Globo, Tupi, Record e finalmente SBT.

Gostaria de destacar três categorias que se relacionam à nossa música: a melhor música, a melhor cantora e o melhor cantor. Pesquisando em sites na internet sobre históricos do prêmio, presenciamos na música as transformações que esta sofreu durante todo esse tempo. Categoria criada a partir de 1971, percebemos ano a ano, década a década, as mudanças nos estilos e gostos populares, já que é o povo quem vota até chegarem a conclusão das três mais votadas e julgadas pelos jurados presentes no programa.

Silvio Santos apresenta a premiação desde 1970.
Em 71, por exemplo tivemos uma briga acirrada entre Construção, do Chico Buarque com De tanto amor e Amada amante (a vencedora) do Roberto, que ainda venceria com a melhor canção em 72 com Por amor, em 73 com O show já terminou e em 74 com Proposta (que era de 73). Roberto ainda teve outras indicações de suas composições como em 1980 com Sentado à beira do caminho (que perdeu para Lança perfume da Rita Lee), A guerra dos meninos em 1981 (que perdeu para Homem com H, do repertório do Ney Matogrosso), em 1984 com Caminhoneiro (que perdeu para Chuva de prata, do repertório da Gal Costa) e em 1999 com Nossa Senhora (gravação coletiva, que perdeu para Sozinho, do repertório do Caetano Veloso).

Outras canções que venceram o Troféu na categoria e que merecem destaque são Olhos nos olhos (Maria Bethânia, composição do Chico Buarque) - 1976, Samurai (Djavan) - 1982, Me dê motivo (Tim Maia, em composição de Sullivan e Massadas) - 1983, Um dia de domingo (Gal e Tim, composição de Sullivan e Massadas) - 1985,  Oceano (Djavan) - 1989, etc. No ranking dos intérpretes das canções premiadas, Roberto reina com quatro premiações, seguido de Leandro e Leonardo, Skank, Daniela Mercury, Djavan, Gal Costa e Tim Maia, cada um com duas premiações.

Um forte abraço a todos!

domingo, 3 de julho de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 8

Olha, em se tratando de intérpretes, o Brasil não tem o que reclamar, pois disfrutamos de grandes vozes, sejam masculinas ou femininas. Emílio Santiago é sem dúvida um dos nomes que integram o topo dos melhores no quesito interpretação. Em diversos ritmos, por diversos autores, Emílio navega apresentando sempre uma qualidade sonora de poucos artistas brasileiros, além de sua privilegiada e inconfundível voz.

Apesar de já ter navegado pela praia de Tom Jobim, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, Ivan Lins, Gonzaga Jr., João Bosco, Djavan, Caymmi, e todos os melhores compositores da música brasileira, gostaria de destacar as interpretações que ele fez para três de suas muitas pérolas, pois esse sim é um artista que alguém não se aventura regravar algo que ele já fez.

A primeira é Saigon, pois essa é daquelas que alguém desconhece o compositor (é do Claudio Cartier, Paulo Feital e Carlão) atribuindo ser a canção do Emílio e talvez seu maior clássico. A segunda, igual a primeira é Verdade chinesa, (do Gilson e do Carlos Colla) e digo igual porque todos também a atribuem ao Emílio. E a terceira é Preciso dizer que te amo (de Cazuza, Dé e Bebel Gilberto), que considero ter a interpretação definitiva na voz desse astro da nossa música. É claro que poderíamos falar de muitas outras, pois a voz do Emílio é como poucas que consegue lapidar ainda mais canções como Um chopp pra distrair, Eu sei que vou te amar, Papel machê, Coisas do coração, Cadê juízo, Essa fase do amor, Um dia desses, etc.

Um forte abraço a todos!

sábado, 2 de julho de 2011

Paciência

Essa canção, essa mensagem é uma das mais lindas do repertório do Lenine, regravada por outros nomes como Simone, Milton Nascimento e mais recentemente por Fábio Jr. Paciência oferece trocadilhos em torno do tema e do equilíbrio entre os bons sentimentos humanos como a calma versus as pressões externas e internas.

Um questionamento bastante atual, para essa sociedade moderna: paciência, um sentimento tão nobre, tão raro e que faz tanto bem também tem limite, ou deve ser visto e oferecido sem limites? E é nesse equilíbrio de sentimentos que a letra, de forma genial, aponta, às vezes, com a evasão da loucura do estresse cotidiano, outras vezes, com o envolvimento total nas cobranças do dia-a-dia, tendo na paciência, uma aliada nessa luta.

Paciência
(Lenine e Dudu Falcão)

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara, tão rara...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O velho caminhoneiro

Clipe do especial de 1984.
Em 1993 Roberto Carlos, através dessa composição com seu parceiro Erasmo Carlos, homenageou mais uma vez esses heróis da estrada. Hoje é dia do caminhoneiro e a canção que vem para enaltecer essa classe é O velho caminhoneiro, canção carro-chefe do cd de 1993 do rei.  No especial daquele ano, Roberto interpreta a canção que tem uma levada country, com solos maravilhosos de guitarra.

Roberto já disse que se não fosse cantor, gostaria de ter seguido essa profissão. Nos especiais de 84, 95 e 2004, apareceu dirigindo um caminhão e cantando outra canção também do mesmo tema, já apresentada aqui: Caminhoneiro. Mas, considero O velho caminhoneiro, gravada nove anos após a primeira homenagem, mais temática e, enquanto a primeira destacava o grande amor e a saudade da pessoa amada, a segunda é mais detalhista não apenas quanto aos sentimentos do protagonista, mas em relação aos detalhes de sua vida profissional como sua camisa aberta, o painel com São Cristóvão (padroeiro da classe), sua experiência na estrada, sua hora incerta de trabalhar, a saudade da família, etc. Mas, não acho que uma seja melhor que a outra e sim, são complementares e brindam essa data.

Clipe do especial de 1995.
Meu pai foi caminhoneiro e acho que isso foi decisivo para que eu compreendesse e admirasse ainda mais a classe e também começasse a me interessar pelas canções do Roberto, que passaria a ser o cantor número um na minha vida e de muitos brasileiros. Gostava de ver em meu pai um homem conseguir levar aquele veículo tão grande em suas mãos, o fornecendo a direção certa. Ele tinha um sonho de ser caminhoneiro e realizou. Eis a letra de O velho caminhoneiro, com a qual homenageamos todos os motoristas nesse dia:

O velho caminhoneiro
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

O velho caminhoneiro, comandante das estradas
Debaixo daquele toldo, já são tantas toneladas
Historias, experiências, por detrás de um pára-brisa
Tanta coisa que machuca, mas o tempo cicatriza

Existe em algum lugar, numa curva do caminho
Uma ponta de saudade de quando ele era mocinho
Reduz a velocidade, e lembra da namorada
Que ficou no seu passado na poeira de uma estrada

Já pegou pelo caminho chuva fina e tempestade
Asfalto, terra molhada, lamaceiro de verdade
No inverno ele se abriga, no verão abre a camisa
Pronto pra qualquer parada, porque o tempo não avisa

Seu coração viaja em paz
Carregado de emoção, demais, demais
Dia, noite madrugada ele sai, não tem hora de partida

No caminhão o que ele traz
É a coragem que ele tem que é sempre mais
Pulso firme no volante em frente vai pela estrada e pela vida

Na solidão da boleia ele pensa na família
Na mulher a sua espera e um leve sorriso brilha
Olha o céu e olha a estrada, acelera e vai embora
No painel tem São Cristóvão, Jesus e Nossa Senhora

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Eu vi nas águas do mar o brilho do teu olhar...

Ele é natural de Carpina/PE, vizinha de Limoeiro. Cresceu ouvindo as tradições da terra, como o forró e mais tarde reconhece em Jacinto Silva um grande influenciador. Seu nome é Silvério Pessoa, artista que cresce a cada novo projeto. Sua estreia musical foi em 94 no grupo Cascabulho e seu primeiro cd solo sai em 2000, quando já havia sido premiado por vários de seus projetos.

Silvério já tem três cds e um dvd, todos muito bem recebidos pelo público. E paralelo a isso, constrói sua carreira internacional com várias apresentações na Europa. Em suas gravações e apresentações canta tanto o frevo quanto o forró, mesclando os ritmos tradicionais com sons modernos.

Entre algumas canções de seu repertório, destacam-se Coco do m, Carreiro novo, Amor de carpinteiro, Coco da Paraíba, Minha marcação, Sabor de frevo, Nas águas do mar, etc. Silvério integra o grupo de novos artistas que buscam seu merecido espaço, e é reconhecido por nomes como Dominguinhos, Alceu Valença, Lenine e tantos outros com quem já gravou!

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de junho de 2011

Olhando as estrelas - 16

Em 2010, premiação em homenagem a Dominguinhos.
E a série vem em ritmo junino, em ritmo de forró e de uma grande amizade existente entre esses dois astros que aparecem por aqui juntos, um com sua sanfona e outro com sua guitarra, emitindo o brilho de suas carreiras solos e hoje, juntos: Dominguinhos e Gilberto Gil, dois artistas que divulgam a música nordestina e que beberam da mesma fonte: Luiz Gonzaga.

Gil já gravou e fez muito sucesso com Eu só quero um xodó, de Dominguinhos e Anastácia, tendo inclusive algumas versões com a participação do sanfoneiro, que se tornou referência em outras gravações em cds do baiano. Outra que adentrou seu repertório foi Tenho sede. No cd de Dominguinhos de 1997, em homenagem a Gonzaga, gravaram juntos Forró de Mané Vito. E ambos brilharam em composições realizadas a quatro punhos e o povo brasileiro foi premiado com pérolas como Lamento sertanejo e Abri a porta, que já foram gravadas pelos autores e por outros intérpretes como Elba Ramalho, Zé Ramalho, entre outros.

Gilberto Gil, Dominguinhos e a fonte, Luiz Gonzaga em 1980.
Dominguinhos e Gil cantaram juntos também no cd Quem me levará sou eu de 1980 do sanfoneiro, do qual também participou a fonte de ambos, Luiz Gonzaga. Poucos sabem que Gil começou tocando sanfona e Gonzaga foi um de seus maiores ídolos, não só de início de carreira, mas sempre. E nós somos premiados com esses e outros encontros que deixam nossa música cada vez com um brilho mais intenso!

Um forte abraço a todos!

sábado, 25 de junho de 2011

Você endoideceu meu coração

Nando Cordel tem nessa época junina sua obra reverenciada, sobretudo os xotes e forrós que compôs e lançou, também nas vozes de outros grandes nomes da nossa música regional e nacional. Essa é uma das mais lindas canções de seu repertório: Você endoideceu meu coração foi imortalizada pelo Fagner e também pelo próprio Nando, além de posteriormente receber uma leitura da Alcione.

Com uma letra romântica ao extremo, que desperta o amor sem limite entre dois apaixonados e com uma linguagem nordestina, essa canção tocou bastante em muitos forrós e fez muitos apaixonados dançarem e namorarem ao seu som. Então, pra vocês, eis a letra:

Você endoideceu meu coração
(Nando Cordel)

Você endoideceu meu coração, endoideceu
E agora o que é que eu faço sem o teu amor?
Agora o que é que eu faço sem o beijo teu?

Eu nem pensei, já tava te amando
Meu corpo derretia de paixão
Queria tá contigo a todo instante
Te abraçando, te beijando
Te afagando de emoção

Ficar na tua vida eu quero muito
Grudar pra nunca mais eu te perder
Você é como água de cacimba
Limpa, doce e saborosa
Todo mundo quer beber
 
Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

São João no Nordeste Brasileiro

Todo ano é a mesma coisa, chega o mês de junho e aqui estou enaltecendo as comidas típicas, as bandeiras, a fogueiras, os fogos (cuidado com eles), as tradições, o forró (que aqui é o pai da alegria) e os artistas que contribuem para que essa festa esteja completa, sobretudo os que divulgam a cultura local e regional, regidos aos instrumentos tradicionais: zabumba, triângulo e sanfona. Onde tem sanfoneiro, tem festa garantida.

Vejo através dos noticiários que em muitas partes do Brasil se comemoram as festas juninas buscando reproduzir essas tradições que têm raízes aqui no Nordeste. Caruaru, Campina Grande, Arcoverde, Carpina, Gravatá, Camaçari, Petrolina, Serra Talhada, Limoeiro e tantas outras serão o destino de muitos. Talvez quem nunca frequentou o Nordeste nesse período não entenda ou ache exagero essa exaltação que rendo a esse momento, mas é que esse povo tão sofrido e muitas vezes tão discriminado merece uma festa dessa grandeza e só posso agradecer a Deus o presente de viver nesse lugar e conviver com essas pessoas que encontram em coisas simples motivos para serem felizes com essa tradição tão bonita.

E porque não falar da música que tem em Luiz Gonzaga sua fonte número um? Ele soube como ninguém cantar nossas tradições em cada clássico que lançou para a música brasileira. No xote das meninas o candeeiro se apagou e o sanfoneiro cochilou, mas a sanfona não parou e o forró continuou. Saudade, meu remédio é cantar as saudades que tenho das noites de São João. A fogueira tá queimando em homenagem a São João, olha pro céu meu amor e vê como ele tá lindo. E todos os demais são unânimes em afirmar que continuam esse trabalho tão lindo que representa o autêntico forró, o xote, o baião, o maracatu, o coco, e outros que representam as sempre Noites Brasileiras.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Os compositores do Brasil - 39

Um poeta nordestino chega hoje à série que homenageia os compositores, sobretudo os mais desconhecidos, como é o caso do médico genuínamente nordestino. Natural de Jardim do Seridó/RN e descendente de italianos, ele é Janduhy Finizola da Cunha , que assina suas composições como Janduhy Finizola.

Com 80 anos completos esse ano, Janduhy já foi gravado por nomes nacionais como Luiz Gonzaga e Dominguinhos e por artistas regionais como Santanna, Jorge de Altinho, Silvério Pessoa, Jacinto Silva, Quinteto violado, entre tantos outros.

E entre os sucessos associados à sua criação estão Ana Maria, Nova Jerusalém, Os bacamarteiros, Cidadão de Caruaru, Frei Damião, Canto livre, Vivência, Reflexões, Pobre matuto, além de todas as canções da tradicional missa do vaqueiro que acontece todos os anos em Serrita/PE.

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de junho de 2011

CD Santanna, o cantador - Xote pé de serra

Sob a produção de Robertinho do Recife, em 2001 Santanna fez um de seus melhores cds e também um dos melhores trabalhos de xote dos últimos anos. Apesar de ter lançado outros trabalhos depois desse, considero esse além de seu melhor projeto, o cd que o revelou como grande nome do gênero, não apenas no Nordeste, mas no Brasil.

Todas as músicas foram sucesso, tocaram em vários forrós e nas casas de quem aprecia o gênero e, trouxe de volta o forró pé de serra, devolvendo sua importância, ofuscada na época pelo forró eletrônico. Destaque para Camego proibido, Ana Maria, Tamborete de forró, Doidim por você, Mensageiro beija-flor, Bote tempo e A natureza das coisas.

Outras canções que completam o cd são Tampa de pedra, Vontade, Pra nunca mais tu me deixar, Cheiro de nós, A cura e Nunca chore por mim. A partir desse trabalho, tivemos mais um grande nome da cultura raiz nordestina e mais um grande intéprete para os sucessos de Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Accioly Neto, Janduhy Finizola, Jorge de Altinho, entre tantos e todos sob a escola Gonzaga!

Um forte abraço a todos!

sábado, 18 de junho de 2011

Anjo querubim

Muitos forrozeiros da nova e antiga geração interpretaram essa pérola do Petrúcio Amorim. Não posso afirmar que é seu maior sucesso, mas com certeza está entre os dez maiores, nas primeiras colocações dessa lista. E não só os forrozeiros e bandas, mas muitos casais apaixonados já cantaram e dançaram ao som desse clássico dessa época aqui no Nordeste.

Com uma letra que apresenta um grande apaixonado que lamenta perder seu grande amor, embora tantos esforços e demonstrações de seus sentimentos estejam tão evidentes. E, mesmo lamentando um amor partido, é característica típica do forró mostrar até um sentimento de dor como este de uma forma alegre, dançante, como é o caso dessa canção, confirmando que esse ritmo é o pai da alegria aqui no Nordeste.

Anjo querubim
(Petrúcio Amorim)

Fiz você pra mim, meu brinquedo, meu anjo querubim
Meu segredo guardado só pra mim, meu amor mais louco
Até de tanto amar, fiz também algo pra gente ninar
Uma criança pra gente adorar, tudo num sufoco

E você não gosta mais de mim
Vem dizer que eu não soube dar amor
E achar que a vida é mesmo assim
Cada um leva um barco sofredor

Meu baião, coração,
Arranca essa dor do meu peito pra eu não chorar
Meu baião, coração,
Arranca essa dor do meu peito, pra eu não chorar

Comprei surruru, camarão, fiz batida de cajú
Dancei rumba e até maracatu, pra te fazer feliz
Fui até Natal, Salvador, Paraíba, Bacabau
Em Belém você quase passou mal
E eu te fiz feliz

E você não gosta mais de mim
Vem dizer que eu não soube dar amor
E achar que a vida é mesmo assim
Cada um leva um barco sofredor

Meu baião, coração,
Arranca essa dor do meu peito pra eu não chorar
Meu baião, coração,
Arranca essa dor do meu peito, pra eu não chorar

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Os Músicos do Brasil - 23

Esse é um grupo instrumental - vocal que existe desde 1970, dedicados à música nordestina e ao foclore brasileiro, formado por Antônio Alves (Toinho), Marcelo Melo, Luciano Pimentel, Fernando Filizola e Alexandre Johnson, todos pernambucanos, com exceção de Marcelo, que é paraíbano. O grupo usa instrumentos comuns como flauta transversal, viola sertaneja, violão, bateria e baixo acústico, além de instrumentos primitivos, como apito de arremedo, matraca, triângulo, ganzá e flauta de latão.

Seus primeiros shows foram em Universidades, até serem descobertos por Gilberto Gil e exaltados por Caetano Veloso. Constam no repertório desses músicos clássicos nordestinos e nacionais como Disparada, Asa Branca, Leão do norte, Vozes da seca, Tenho sede, Assum preto, Agreste, Procissão, Sebastiana, Xote das meninas, Numa sala de reboco, entre outras.

Com dois fundadores do grupo partindo para a eternidade, Luciano (em 2006) e Toinho (em 2008), além de algumas mudanças e substituições, O Quinteto Violado conta em sua formação atual com Marcelo Melo (voz, violão e viola) Ciano Alves (flautas e violão) Roberto Medeiros (percussão e voz) Dudu Alves (teclados e voz) Sandro Lins (baixo) e seguem divulgando o trabalho preciosíssimo desse grupo premiado no Brasil e no exterior!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 7

Em tempos juninos, época de festas no Nordeste Brasileiro, uma das intérpretes de maior destaque é a Elba Ramalho. Com vários shows marcados em terras nordestinas, Elba desfila seu vasto e rico repertório, com vários clássicos dançantes ou não, mas que se tornaram imortais em sua voz e inesquecíveis para os fãs da música brasileira e que apreciam seu trabalho, ficando dificil para outro intérprete ousar interpretar a canção depois dela.

Quem se aventurou a cantar De volta pro aconchego, do Nando Cordel, depois da leitura que ela fez em 1985? E o mais interessante é que ela mesmo se supera, quando regrava essa canção, a lapidando sempre. Outra coisa maravilhosa foi ouvir Elba interpretando Lamento sertanejo, do Dominguinhos e do Gilberto Gil, em 2005. Elba cantando Você se lembra, do Geraldo Azevedo é divino, emocionante, demais...

Eu citei três grandes interpretações da Elba, usando critérios particulares, que julgo ter identificação com o de muitos amigos do blog, mas poderia falar de sua voz emprestada a outros clássicos como Dia branco ou Chão de giz, ou Bate coração, ou Veja (Margarida), ou outra de tantas Elbas que se tornam a intérprete preferida do Geraldo, do Zé, do Dominguinhos, do Mestre Lua, do Alceu, do Petrúcio, de tantos compositores que sonham com aquela voz em suas criações!

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de junho de 2011

Dia dos namorados com música!!!

E hoje é dia dos namorados e o melhor de tudo é perceber que você dispõe de um vasto leque de canções para tocar nesse dia, para ser sua trilha sonora, dependendo de seu gosto. E mesmo aqueles que comemoram essa data sem companhia, a música se torna uma agradável parceira.

No repertório de todos os artistas, há alguma ou muita coisa romântica. Diferentes estilos, do clássico ao popular, do tradicional ao mais moderno, nacional ou internacional, a música romântica se faz presente em todos e para todos. Uns preferem ouvir Nelson Gonçalves cantando Onde anda você, outros Zezé di Camargo e Luciano cantando É o amor. Uns se deleitam com Fábio Jr. cantando Só você, outros com José Augusto cantando Aguenta coração. Fagner cantando Borbulhas de amor ou Djavan cantando Meu bem querer. Ivan Lins cantando Vitoriosa ou Caetano Veloso cantando Você é linda. Tom e Vinícius com Eu sei que vou te amar ou Chico Buarque com Futuros amantes. E Roberto Carlos, esse rei que tem tantos clássicos românticos que ecoam em um Como é grande o meu amor por você!

As divas também não ficam de fora dessa lista: Ivete Sangalo vai de Se eu não te amasse tanto assim, Gal Costa cantando Um dia de domingo, Rita Lee cantando Mania de você, Ana Carolina cantando Encostar na tua, Joana cantando Um sonho a dois, Elba Ramalho cantando De volta pro aconchego, Simone com Lenha, Marisa Monte com Amor I love you, Sandra de Sá com Quem é você, Alcione com Faz uma loucura por mim, Paula Fernandes com Pássaro de fogo, Ângela Maria com Lábios de mel, Adriana Calcanhoto com Vambora, Fafá de Belém com Coração do agreste, Wanderléa com Te amo, Maria Bethânia explodindo coração com suas interpretações, entre tantas.

E falando de mulheres, não posso deixar de citar que hoje é mais um aniversário do meu amor. A minha Juliana sopra velinhas. Então hoje, além de dar dois presentes, tenho que também pensar em qual canção seria interessante pra ela, mas diante de tantas que citei e de tantas que esqueci só posso pensar que todas juntas seria uma boa pedida! Parabéns meu amor!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de junho de 2011

Caboclo sonhador

Essa canção é mais um clássico nordestino, desse grande poeta que é Maciel Melo. Já interpretada por Fagner, Flávio José e pelo próprio autor, Caboclo sonhador descreve em detalhes como se porta um nordestino, forte para o trabalho, valente para os desafios e durezas da vida, atrelado às suas tradições e sensível para o amor!

É daqueles clássicos nordestinos que ao soar as primeiras notas da introdução que, não pode dispensar a tradicional sanfona, é reconhecida por todos que amam esse ritmo. E ao mesmo tempo, dá pra ser tocada na forma tradicional do forró, com sanfona, triângulo e zabumba. Esse clássico não faltará em vários forrós e shows Nordeste afora.

Caboclo sonhador
(Maciel Melo)

Sou um caboclo sonhador
Meu senhor, viu
Não queira mudar meu verso
Se é assim não tem conversa
Meu regresso para o brejo
Diminui a minha reza

Coração tão sertanejo
Vejam como anda plangente o meu olhar
Mergulhado nos becos do meu passado
Perdido no imensidão desse lugar

Ao lembrar-me das bravuras de neném
Perguntar-me a todo instante por Bahia
Mega e Quinha, como vão, tá tudo bem?
Meu canto é tanto, quanta canta o sabiá

Sou devoto de padim Ciço Romão
Sou tiete do nosso rei do cangaço
Em meu regaço, fulminado em pensamentos
Em meu rebento, sedento eu quero chegar

Deixem que eu cante cantigo de ninar
Abram alas para um novo cantador
Deixem meu verso passar no avenida
Num forró fiado tão da bexiga de bom

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Se tu quiser, eu invento um vento pra ventar o amor...

Outro artista que arrasta multidões nordestinas em torno de seu forró moderno, mas com raízes tradicionais é Geraldo Pereira de Lins Filho, mais conhecido por Geraldinho Lins. Natural do Recife/PE, já possui mais de 20 anos de carreira dedicados à música nordestina contemporânea. E como todo artista, Geraldinho batalhou muito, participou de bandas até chegar sua carreira solo em 2005 e sucesso merecido, destacando-se como um dos grandes nomes da nova geração.

E entre os sucessos emplacados de seu repertório, destacam-se Se tu quiser, Amor sincero, Amor de Sertão, Pior é te perder, Parte da minha vida, Xote da saudade, Eu só quero um xodó, A natureza das coisas, Neném mulher, Anjo querubim, Xote conquistador, Peleja, etc.

Esse é outro artista que certamente estará com a agenda lotada nesses dias de festas juninas, pois já conquistou um grande público, sobretudo jovem, que redescobre o forró e nossas tradições em seu trabalho, o que mostra que artistas como ele cumprem bem sua tarefa em divulgar nossa cultura!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quando o amor faz a mente da gente...

Ele é um artista que já tem 25 anos de carreira. Sanfoneiro dos bons, Novinho da Paraíba é natural de Monteiro/PB, é cantor, compositor e músico conhecido em todo o Nordeste Brasileiro, sobretudo nessas épocas de festas juninas.

Desde criança envolvido com a música, Novinho aprendeu sanfona cedo, pois quando chegava da escola, se abraçava ao instrumento e passava horas aprendendo.  Pouco a pouco, foi conquistando seu espaço. Entre os sucessos emplacados em sua carreira estão Solidão no peito, Umbiguinho de fora, Quando você quiser voltar, Você me viu chorar, O gemidinho, Gosto de você, Estrela cadente, etc.

Com certeza nas melhores festas juninas desse Nordestão, teremos em algum dia, uma apresentação sua, pois são 25 anos de dedicação a um ritmo, à uma festa que só leva alegria e entusiasmo às pessoas e Novinho, com sua sanfona, sabe muito bem como trilhar esse caminho!

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de junho de 2011

Erasmo Carlos - 70 anos!!!

Hoje é um dia muito especial para a música brasileira, pois é a vez do tremendão comemorar seus 70 anos. Wanderlea também sopra suas velinhas hoje. Um dia importante para esses dois artistas da Jovem Guarda e da música brasileira. Sem falar da referência ao Meio ambiente que se faz nesse dia, enfim, um dia para muitas festividades e agradecimentos por tantas coisas importantes.

Mas, hoje não é apenas mais um aniversário do Erasmo. Ele completa 70 anos de vida, de pura dedicação à música e ao rock nacional. Quem já leu a biografia do Erasmo (Minha fama de mau) ou já ouviu seus cds, sabe muito bem o que estou falando. Quem conhece a parceria que ele tem com o Roberto, os clássicos que lançaram para a música brasileira, conhece a dimensão desse artista.

Toda a história do Erasmo e toda sua contribuição só demonstram o respeito que todos os brasileiros, famosos ou anônimos têm por esse cara. E só de pensar que ele já gravou com tanta gente bacana, que tantos artistas já regravaram suas canções, que ele foi motivo de inspiração para uma das canções mais lindas sobre amizade é que não dá pra passar por esse aniversário sem desejar muita saúde, paz e muito rock sob a vida e os lábios desse astro da música brasileira, que sempre terá cabeça de homem, mas o coração de menino!

Um forte abraço a todos!

sábado, 4 de junho de 2011

Seu olhar não mente

A música nordestina conquista cada vez mais espaço no coração do Brasil. E aqui está uma das canções mais lindas do repertório do Flávio José, esse grande sanfoneiro, dono de tantos grandes sucessos na região. Uma canção que anda de mãos dadas com o romantismo regional, evidente em sua letra.

Aqui no Nordeste, em algumas cidades, é São João todos os dias de junho e canções como esta representam bem esse momento, sobretudo por conter palavras que todo conquistador desejaria dizer à sua amada, ao pé do ouvido, com esse xote no fundo musical completando esse cenário de amor e de festa!

Seu olhar não mente
(Nanado Alves e Ilmar Cavalcante)

Amo você
Já dá pra ver que meu olhar diz tudo
Meu coração não fala, fica mudo
Até parece nem me conhecer

Só pra te ver
Já andei várias léguas de saudade
Vivi em busca da felicidade
Fazendo tudo pra não te perder

E o bem-querer
Que toma conta do meu coração
Já ta sabendo que toda paixão
Que eu preciso só acho em você

Saiba que quando eu te vejo
O fogo do desejo quer me consumir
Quero de novo teu beijo
Matar minha sede, ficar junto a ti

Não me venha com palavras
Com frases amargas qualquer coisa assim
Porque seu olhar nao mente
E ele diz que voce sente saudade de mim

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Gosto de você assim como você é...

Mês de junho aqui no Blog é tempo de destacarmos artistas regionais, sobretudo, aqueles que estão ligados à essa festa que domina o Nordeste Brasileiro. Artistas que talvez não tenham alcançado o merecido êxito nacional, mas que aqui em Pernambuco e no Nordeste em geral, são o show, a festa garantida!

É o caso de Irah Caldeira, essa mineira de Circa/MG, que desde a década de 90 faz shows e encanta o povo nordestino, gravando seu primeiro cd em 1999 e se tornando uma das intérpretes mais constantes de Accioly  Neto, Maciel Melo e Petrúcio Amorim, entre outros.

E entre os sucessos emplacados durante todo esse tempo, temos Quero ter você, A natureza das coisas, Pra ninar meu coração, Canto do rouxinol, Ciência popular, Caboclo sonhador, Nos tempos de menino, entre outros que, com certeza estarão em seus shows nessa e em outras épocas onde ela se apresentar e reencontrar seu público!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Os Músicos do Brasil - 22

Natural de Lagoa da canoa/AL, ele é compositor e multiistrumentista, pois toca acordeão, flauta, garrafa, piano, bacia, saxofone e sintetizador, entre outros instrumentos musicais. Ele é Hermeto Pascoal, o músico brasileiro que desde os 10 anos aprendeu a tocar seu acordeão com seu irmão, graças a seu pai, homem simples da roça, que chegou a vender dois bois para comprar um instrumento para o filho.

Hermeto tentou carreira já aos 14 anos quando morava no Recife/PE e nos anos 50 já era considerado um dos melhores acordeonista do agreste. Mudou-se para o Rio de Janeiro e no começo dos anos 60 atuou em São Paulo, em vários grupos, onde ganhou notoriedade. Já trabalhou com músicos como Geraldo Vandré, Edu Lobo, Dominguinhos, Sivuca e Elis Regina, entre outros.

Desenvolveu uma carreira internacional marcante e é um dos poucos músicos que tem vida própria, ou seja, não precisou acompanhar um grande artista durante muitos anos, ao contrário, sendo uma referência entre músicos, algo meio raro no meio. E esse reconhecimento vem de fora também, só comprovando que no Brasil, também temos grandes músicos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de maio de 2011

Olhando as estrelas - 15

Mais dois mestres da nossa música habitam essa série hoje: Toquinho e Vinícius de Moraes. Eles trabalharam juntos por cerca de 11 anos, compuseram mais de 100 canções, lançaram quase 30 discos e fizeram mais de 1000 shows em várias turnês pelo Brasil e pelo exterior, divulgando o rico trabalho de ambos para a música brasileira.

Só pra citar algumas das canções compostas a quatro mãos ou até com outros grandes parceiros, temos Regra três, Como dizia o poeta, Gilda, Samba de Orly, Sei lá a vida tem sempre razão, Tarde em Itapoã, Carta ao Tom 74, Cotidiano nº 2, Pela luz dos olhos teus, entre tantas, além de Aquarela, uma das mais famosas da dupla e do repertório do Toquinho, que, embora tendo sido lançada depois da partida do amigo, foi creditada a ele como um dos parceiros.

Sem falar dos projetos para crianças, dos shows da dupla e da dupla com outros convidados, eternizados em discos e dvds, do sucesso que é e sempre foi essas e tantas canções desses mais que consagrados artistas da música brasileira que fizeram história separados e também juntos em trabalhos como os citados aqui e tantos outros, tudo isso mostra apenas que o encontro dessas duas estrelas foi e sempre será brilhante para nossa música.

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de maio de 2011

Adivinha o quê?

Mais um clássico do Lulu Santos, sucesso absoluto de seu mais recente cd/dvd Acústico MTV II, numa versão em português e espanhol, com direito a dueto com Marina de La Riva; e também regravada pelo Milton Nascimento, ambas gravações do ano passado, que enalteceram ainda mais o êxito dessa canção.

Dúvidas e mais dúvidas em cima de uma mescla de desculpa esfarrapada, desejo incontido e fidelidade duvidosa, Adivinha o quê? é uma canção que também aborda sexo de uma forma elegante, começando com uma dúvida e terminando com uma pergunta que não deixa dúvida. A melodia e o ritmo foram construídos de uma forma a colaborar com a letra que domina plateias e ouvintes em meio a essa sugerida sacanagem. Um gol de placa do Lulu para a música brasileira.

Adivinha o quê?
(Lulu Santos)

Ainda lembro aquela noite
Só porque eu cheguei mais tarde
Ainda arde a lembrança de te ver
Ali tão contrariada

Meu bem, meu bem
Será que você não vê não
Não houve nada
Só o passado rondando minha porta
Feito alma penada

Você vive me dizendo
Que o pecado mora ao lado
Por favor não entra nessa
Que porque um dia
Ainda te pego de jeito

Eu sei, eu sei
Que esse caso tá meio mal contado
Mas você pode ter certeza
Nosso amor é quase sempre perfeito

Porque eu só faço com você
Só quero com você
Só gosto com você
Adivinha o quê?...

Mas eu só faço com você
Só quero com você
Só gosto com você
Adivinha o quê?

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Eu quero levar uma vida moderninha...

Uma das maiores bandas de rock dos anos 80, criada em São Paulo e tendo em sua formação nomes como Roger, Leonardo (Leôspa), Maurício, Carlinhos, Serginho e Edgard e que na atual formação, apenas Roger continua juntamente com novos integrantes que entraram no decorrer dos anos: Mingau, Marcos Kleine e Bacalhau. Eles são o Ultraje a Rigor.

Com uma irreverência típica da época, a banda lançou grandes sucessos como Inútil, Mim quer tocar, Nós vamos invadir sua praia, Independente futebol, Eu gosto de mulher, Nada a declarar, Rebelde sem causa, Eu me amo, além do grande sucesso de Ciúme que juntamente com esses e outros não citados, colocaram a banda no topo de vendas de discos e shows durante toda a década de 80.

E como todas as bandas, Ultraje a Rigor teve seus altos e baixos, seus ex-integrantes e suas novas formações. Mas, o público é sempre o mesmo que lota seus shows e aclama novos trabalhos, como foi o Acústico da MTV em 2005, por exemplo. E é indiscutível que eles são referência quando se fala em rock no Brasil, sobretudo dos últimos anos.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Os compositores do Brasil - 38

Ele foi um grande nome não apenas da composição nacional, mas uma referência na música brasileira, sobretudo nos anos 60. Compositor, produtor e apresentador, natural de Castelo/ES, Carlos Eduardo da Corte Imperial apresentou o programa Clube do Rock e lançou vários nomes no cenário nacional, entre eles, Elis Regina, Tim Maia e o rei Roberto Carlos.

Ele assinou as primeiras canções gravadas por Roberto em seu primeiro compacto que continha João e Maria (única parceria dos dois) e Fora do Tom. Depois ainda compôs Canção do amor nenhum e Brotinho sem juízo e a maior parte do primeiro e raro Lp do Roberto, Louco por você de 1961, onde assinava a autoria de Chorei, Eternamente, Linda, Louco por você, Não é por mim, Ser bem e Se você gostou.

Mas, o apadrinhamento ao rei da juventude foi maior que o sucesso de suas canções interpretadas por ele. Como compositor, Imperial obteve êxito em canções como Vem quente que eu estou fervendo, O carango, Mamãe passou açúcar em mim, A praça, O bom, O goiabão, Você passa e eu acho graça e Para o diabo com os conselhos de vocês, tendo sido interpretado por nomes como Fábio Jr., Erasmo Carlos, Martinho da Villa, Clara Nunes, Ronnie Von, Wilson Simonal, Eduardo Araújo, Renato e seus blue caps, etc.

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de maio de 2011

CD Djavan Ária

Djavan é daqueles artistas completos, que representam bem uma perfeita referência na música brasileira, pois compõe, toca e interpreta de uma forma que imortaliza grandes sucessos, garantindo sua marca. No decorrer de sua carreira, sua discografia é composta por canções que, em sua maioria foram produzidas por seu próprio punho.

Mas, há poucas exceções e  essas  também chamam atenção, como as interpretações de Correnteza (Tom Jobim e Luiz Bonfá), Sorri (Charles Chaplin e João de Barro) e Coração leviano (Paulinho da Viola), todas do cd Malásia, de 1996. Disso, soma-se ao compositor, cantor e músico, o intérprete, e o resultado disso, temos nesse trabalho lançado em 2010, um dos poucos projetos interessantes desse ano.

Ária é composto de 12 interpretações escolhidas e produzidas pelo próprio Djavan, sendo acompanhado por dois violões, uma guitarra e percussão, onde desfila seu lado crooner ao visitar canções do repertório de Caetano Veloso, Cartola, Frank Sinatra, Ângela Maria, Gilberto Gil, Chico Buarque, Beto Guedes, Edu Lobo e Luiz Gonzaga em Disfarça e chora, Oração ao Tempo, Sabes Mentir, Apoteose ao samba, Luz e mistério, La noche, Treze de dezembro (instrumental), Valsa brasileira, Brigas nunca mais, Fly me to the moon, Nada a nos separar e Palco.

Um forte abraço a todos!