domingo, 20 de abril de 2008

É um rio que passa em nossa vida...

Ah, coração leviano, aquele que nunca curtiu ao menos um sambinha sofisticado de Paulinho da Viola. Paulo César Batista de Faria é filho de violonista e a influência do pai o fez aprender uma levada única ao violão para apresentar seus sambas, quase todos inspirados em sua escola de samba Portela, uma paixão em sua vida.

Ao longo de toda sua carreira tornou-se um dos maiores representantes do samba e herdeiro do legado de músicos como Cartola, Candeia e Nelson Cavaquinho, sempre se renovando e produzindo sem abandonar seus princípios e valores estéticos e, com isso deixando marcado no inconsciente popular canções como Coração leviano, Acontece, As rosas não falam, Bebadosamba, Foi um rio que passou em minha vida, Pecado capital, Sinal fechado, Nervos de aço, Eu canto samba, etc.

Dois grandes trabalhos destacáveis do Paulinho são os álbuns Bebadosamba de 1997, que redeu um grande show com o mesmo nome e o Acústico mtv em 2007, que atualmente divulga em show. Paulinho tornou-se uma nobreza do samba, uma excelência na música brasileira, sobretudo por sua simplicidade e sofisticação ao apresentar seus sambas com sua batida violão e deixar marcado na música brasileira um rio de emoção e sofisticação! Ficamos com a letra de Foi um rio que passou em minha vida, samba atual de 1970:

Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida
Paulinho da Viola

Se um dia meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar

Meu coração tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou

Só um amor pode apagar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar

Porém, ai porém
Há um caso diferente
Que marcou num breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de Carnaval

Eu carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém que não me
Lembro anunciou
Portela, Portela...

O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou
Ah, minha Portela!
Quando vi você passar
Senti meu coração apressado

Todo o meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu
Nem era do mar

Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar...

Um forte abraço a todos!

6 comentários:

James Lima disse...

Não conheço a obra de Paulinho da Viola, mas nunca ouvi falar mal desse sujeito. Pela forma que você o descreveu aí, bicho, deve ser realmente, como eu sempre ouço falar, um estilo de música maravilhoso.

Abraços
James
www.rcbraga.vai.la

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Gostei muito do post, justamente por adorar as músicas de Paulinho da Viola!
Há canções lindíssimas de sua autoria, como "Dança da Solidão", por exemplo, que já interpretou ao lado de Marisa Monte.
Essas que vc listou também são ótimas. Eu só não conhecia os detalhes que vc descreveu. Ótimo saber!
Beijos!

Vinícius Faustini disse...

Se um dia meu coração for consultado para saber se andou errado, será difícil negar o grande talento que é Paulinho da Viola e o quanto ele nos brindou com canções fantásticas. Vou passar aqui um dado curioso de uma das músicas mais conhecidas dele:

Em 1975, a TV Globo teve a novela "A fabulosa história de Roque Santeiro e de sua fogosa viúva, a que foi sem nunca ter sido" censurada no dia de sua estréia. A autora Janete Clair foi encarregada de fazer uma novela para ser apresentada no horário - enquanto ia ao ar um compacto de "Selva de pedra".

Ela escreveu então "Pecado capital", história do taxista Carlão (feito por Francisco Cuoco), que por um acaso do destino acabava ficando com a mala do dinheiro de um assalto depois que os assaltantes fugiam de seu táxi sem levar a quantia. A trama envolvia a aspirante a modelo Lucinha (interpretada por Betty Faria) e o empresário solitário Salviano Lisboa (a cargo de Lima Duarte), e mostrava como o dinheiro e a ambição podem mudar a vida de uma pessoa. A TV Globo encomendou o tema a Paulinho da Viola, que tinha 48 horas para compor a música que iria ao ar na abertura da novela. Em dois dias, ele apresentou uma de suas melhores e mais sinceras canções: "Dinheiro na mão é vendaval, é vendaval, na vida de um sonhador, de um sonhador...".

Gosto muito também de suas parcerias com Hermínio Bello de Carvalho. E também tenho a felicidade de torcer pelo mesmo time de coração de Paulinho. Temos outra coisa em comum: a zaga do Vasco também me tira do sério...rs.

Abraços, homem!

Vinícius Faustini

www.emocoesrc.blogspot.com

Vinícius Faustini disse...

Ah, tem outra curiosidade: este samba apresentado no seu post foi meio que uma volta às origens. Anos antes, Paulinho, portelense apaixonado, havia feito uma homenagem à escola de samba verde-e-rosa mais famosa do Rio de Janeiro - a belíssima canção "Sei lá, Mangueira" ("Vista assim do alto, mais parece o céu no chão...").

Na época, muitos torcedores da Portela se irritaram com a canção dele. Mal poderiam imaginar que, anos depois, viria essa obra de arte na qual ele conta de um rio em azul e branco que trouxe alvorada para seu samba.

Bom, é melhor eu ir antes que ocupe demais seus comentários...

Abraços, homem!

Vinícius Faustini

www.emocoesrc.blogspot.com

Anônimo disse...

Prezado Everaldo,
Meu Pai é fâ do Paulinho da Viola, e desta influência acabei ficando também, gosto muito das músicas dele e fui há muito tempo atrás, a um show dele aqui em Fortaleza no Teatro José de Alencar, um show magnífico por sinal. A música que mais gosto na voz dele é "E a vida continua". Parabéns pela postagem, um grande abraço.

Cristiano Bessa
Fortaleza-CE