CD Roberto Carlos 1976 |
Este disco é conhecido como o disco do chapéu, da rede ou da motocicleta. As fotos foram impactantes e marcantes e o repertório, a meu ver, traz um Roberto moderníssimo, tanto nos arranjos quanto nas canções apresentadas, com muitos sucessos radiofônicos, consolidando ainda mais o brilho da coroa real. O que dizer da soul Ilegal, imoral ou engorda que reúne temas proibidos e tabus em plena ditadura?
Capa interna CD RC 1976 |
O romantismo é sensualizado em canções como Os seus botões e Pelo avesso e volta a ser ingênuo em A menina e o poeta (única canção do Wando que o rei gravou), Preciso chamar sua atenção (uma adaptação do sucesso Vou ficar nu pra chamar sua atenção, que Erasmo gravou anos antes) e O dia a dia. O amor maduro presente em composições como Comentários, Por motivo de força maior (o divórcio ainda não era aceito com tanta maturidade e naturalidade) e Um jeito estúpido de te amar (que, com Pelo avesso foram duas da dupla Isolda e Milton Carlos num mesmo disco, fato raro na obra real).
Contracapa CD RC 1976 |
A devastação da natureza ganhou voz em O progresso que trazia um grande protesto em tempos de ditadura (e ainda não entendem como o rei protestou). Uma canção arrebatadora, esquecida pelo rei hoje em dia se faz presente em Você em minha vida. E o Roberto, cara família, se faz presente na melancólica Minha tia (quem nunca teve uma querida tia?), que o rei fez questão de lembrar dos tempos difíceis e talvez num ensaio para futuramente falar de mamãe e papai e, claro, das crianças também! Em minhas pesquisas, esse é o primeiro trabalho que tenho informação da data exata de seu lançamento: 30 de novembro de 1976! Fico imaginando que Natal aquele hein? Será que as lojas já se decoravam com suas capas e as rádios disputavam para tocarem esses sucessos? A meu ver, um disco que abriria um longo período de ótimos discos daí em diante!
Um forte abraço a todos!
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