Caymmi é um estilo musical brasileiro. "Ninguém pode dizer que tem estilo igual ao de Caymmi, porque ele é único!" Essas palavras são do Chico Buarque que, de forma sucinta, define esse grande mestre da música brasileira! Tranqüilidade seria uma palavra perfeita para descrevermos o grande contador da vida dos pescadores, muitas vezes trágicas, mas contada por ele de forma suave, pura, simples. Casado com a cantora Stella Maris, todos seus filhos são cantores: Nana, Dori e Danilo, Caymmi é o baiano mais ilustre da história musical nacional!Sua obra é um exemplo de simplicidade e sofisticação única! Aliás, a palavra que mais combina com o Caymmi é essa: simplicidade; e isso é algo difícil demais, além de raro. É como o Erasmo Carlos falou uma vez: "Se o simples fosse fácil, todos os dias surgia um novo Parabéns pra você". Pois Caymmi consegue fazer isso como ninguém.
Suas canções se tornaram clássicos inesquecíveis: Acalanto, A vizinha do lado, João Valentão, Nem eu, O bem do mar, Só louco, Marina, O que é que a baiana tem?, Rosa morena, Sábado em Copacabana, Oração a mãe menininha, Você não sabe amar, São Salvador, Rainha do mar, Maracangalha, Maricotinha e tantas outras trazem a mesma característica: simplicidade e sofisticação melodica e harmônica que chegam e ficam na mente das pessoas, de forma fácil, agradável e pemanente! E pensar que algumas já conhecemos há tanto tempo na voz de algum interpréte e, depois que alguém remete à obra do Caymmi, com uma análise superficial já encontramos os adjetivos evidentes que sua obra apresenta!
Muitos artistas no Brasil já interpretaram Caymmi. Além de seus filhos que são eternos divulgadores da obra paternal, temos Chico Buarque, Maria Bethânia, Simone, João Gilberto, Roberto Carlos, Gal Costa, Sílvio Caldas, Nelson Gonçalves, Adriana Calcanhoto, Emílio Santiago, Caetano Veloso, Ângela Maria, só pra citar alguns dos grandes nomes! Agora, imagina quem pode reunir em seu currículo tantos nomes de tantas estrelas como estes acima? Com certeza o talento e a história de Caymmi se perdem onde a vista não pode alcançar...
Um forte abraço a todos!
5 comentários:
Simplicidade de espírito, talento e até mesmo um jeitinho especial de mover os olhos "pra lá e pra cá" são realmente algumas singularidades dentre tantas maravilhas que esse baiano tem.
Eu costumava confundi-lo com Jorge Amado, nem sei bem por que motivo, talvez pela maneira tão original e honesta como ambos traduziram o povo baiano.
Vc conseguiu lembrá-lo com a simplicidade e a leveza que ele merece.
Beijos
Fala, homem. Como estamos de Páscoa?
Costuma-se dizer que baianos têm quatro tipos de "estilo de vida": devagar, quase parando, parado e Dorival Caymmi. Tudo isso porque Caymmi tem a "média" inferior a uma música por ano se comparar seus anos de vida com sua obra - maldade pura da oposição, naturalmente.
Tem um dado curioso sobre a música "João Valentão": Dorival levou DEZ ANOS para que ela ficasse pronta. Ele fez a primeira parte da canção ("João Valentão é brigão, pra dar bofetão..."), e depois a deixou num canto, não sabia para onde levar. Até que um dia, num bar, Caymmi viu um sujeito valentão, com pinta de "coronel", todo marrento, mas que, diante da namorada, ficava quietinho, amável... E eis que surgiu a outra parte da canção!
Feliz Páscoa a ti e a todos os amigos e familiares, homem.
Tenho um carinho muito especial pelos baianos...São muito carinhosos. E um carinho maior ainda pelo Caymmi, junte -se a isto uma ENORME admiração!
Muito bem lembrado amigo, valeu!
Beijos azuis
Dorival Caymmi, muito bem lembrado por Everaldo.
Grande compositor, que com seu estilo próprio, conquistou o Brasil com sua simplicidade de suas composições, ricas em detalhes cotidianos vivenciadas na sociedade brasileira.
Seu repertório é de grande importância para a cultura nacional, pois várias de suas canções, são interpretadas, por grandes artistas nacionais, inclusive pelo nosso Rei Roberto carlos.
Excelente matéria e parabéns ao Everaldo pelas divulgações.
Beijos da amiga.
Mazé Silva/Fortaleza/Ceará.
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