domingo, 10 de maio de 2009

Feliz dia das mães!!!

Dia das mães só pode ser com um singelo obrigado. Não há palavras, gestos ou atitudes que recompensem esse presente divino. Deus, em sua generosidade plena e perfeição, nos deu o maior presente do mundo!

E o Blog presta uma singela homenagem com essa letra da canção Obrigado mãe, da parceria desses dois grandes compositores, já retratados aqui, e imortalizada pelo Agnaldo Timóteo:


Obrigado, mãe
(Michael Sullivan e Carlos Colla)

Obrigado mãe por todo seu amor
Penso em você e morro de saudade
O seu nome vai comigo aonde eu for
Sempre na tristeza ou felicidade

Obrigado mãe por tudo que me deu
Seu carinho, esperança e afeição
Pra você eu sou criança e quando vem a solidão
Vou buscar alívio no seu coração

Eu agradeço minha mãe as vezes que você falou
Em cada lágrima sentida que por mim já derramou
Obrigado pelos beijos e conselhos que me deu
E a vida que você me ofereceu

Obrigado minha mãe por tudo que eu sou
Obrigado mãe que tanto se sacrificou
Fez tudo pra me ver feliz
Capaz de até morrer por mim
Muito obrigada, por me amar assim.

Um forte abraço a todos e Feliz Dia das Mães!

sábado, 9 de maio de 2009

Roberto Carlos - 50 anos de sucesso!!!

É com o coração escancarado de emoção que conto pra vocês, amigos frequentadores desse modesto espaço, mais um momento de emoção em minha vida! Roberto Carlos comemorou seus 50 anos de carreira com uma turnê que passa pelo Recife nesse final de semana! O show de ontem foi simplesmente sensacional!

Com a direção do maestro Eduardo Lages, (a quem tenho um enorme orgulho e gratidão de chamar de amigo), uma orquestra afinadíssima e um repertório de arrepiar:

1 – Abertura
2 – Emoções
3 – Eu te amo, te amo, te amo
4 – Além do horizonte
5 – Amor perfeito
6 – Detalhes
7 – Outra vez
8 – Aquela casa simples/Meu querido, meu velho, meu amigo/Lady Laura
9 – Nossa Senhora
10 - Do fundo do meu coração
11 – Mulher pequena
12 – Caminhoneiro
13 – Proposta
14 – Cavalgada
15 – É proibido fumar/Namoradinha de um amigo meu/Quando/E por isso estou aqui/Jovens tardes de domingo/Emoções
16 – Como é grande o meu amor por você
17 – É preciso saber viver
18 – Jesus Cristo

Em um show programado para começar as 21:00, os primeiros acordes só ecoaram às 23:45, com alguns fãs já impacientes apenas antes do início, pois basta a primeira nota para o Chevrolet Hall vir abaixo com uma cachoeira de emoções, iniciada com um vídeo clipe com várias passagens da carreira mais que bem sucedida do rei, ao som instrumental de Meu pequeno Cachoeiro! Sob uma nova abertura instrumental, o rei vem ao palco e manda ver com Emoções. Em seguida, as palavras já tradicionais e indispensáveis: "Que prazer rever vocês, obrigado por tudo,... Não sou muito de falar e vou dizer as coisas cantando..."

Na sequência, canções que sacodiram a plateia e a levaram ao delírio, como podemos ver na lista acima. Algumas curiosidades são quanto ao repertório que está reformulado em relação ao apresentado em Cachoeiro do Itapemirim, mês passado: Não cantou Meu pequeno Cachoeiro, que deve ter sido apenas em homenagem à cidade; O medley Olha/Canzone per te/Do fundo do meu coração/Alô foi substituído por Do fundo do meu coração, na íntegra e com direito a palavras do rei: "Essa canção fiz há algum tempo e vem de uma época em que, quando eu queria fazer algo sobre um amor agressivo, saia da frente..."; Roberto também dedica Como é grande o meu amor por você a seus fãs, e em alguns momentos aponta para cada um de forma simbólica ao entoar a canção; Amor sem limite sai do roteiro e entra Mulher pequena; Outra vez vem acompanhada do "pára, respira, acalma o coração e vamos juntos..." Ao cantar o Caminhoneiro, afirma que se não fosse cantor, provavelmente estaria nas estradas do país; ao cantar Amor perfeito, um modesto Roberto afirma que gravou essa canção há muito tempo, mas seu sucesso veio mesmo com Claudinha Leite! Ao apresentar a orquestra, após a canção Cavalgada, brinca com alguns músicos como o baixista Dárcio: "Esse é surfista, surfou aqui, numa prancha maior, é claro..., ou o pianista Wanderley que se levanta e pede mais força em seu aplauso, além de imitar o rei com o gesto de força ao terminar Emoções: "Durante todo esse tempo, não sei quantas vezes aguentei ele fazendo isso em todos os shows..."

Uma plateia emocionadíssima que disputou a ferro e fogo uma rosa, ao final. Presentes para o rei, alguns inusitados, como a bandeira do Náutico, time pernambucano. Eu nem tenho palavras para descrever minhas emoções, de estar ali perto do Roberto e do Eduardo, meus dois maiores ídolos e exemplos musicais; estar ao lado de minha noiva desfrutando de tudo isso (aliás, foi ela quem fotografou para nós), enfim viver emoções que ficam pra sempre em nossos corações e uma simples postagem como essa é apenas uma pincelada na lindíssima paisagem que foi pintada na tela de nossa vida!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Já arranhei minha garganta toda atrás de alguma paz...

No Brasil, temos uma das maiores vozes femininas chamada Ângela Maria. Mas, temos também outra grande voz, grave e rouca com esse mesmo nome: Ângela Maria Diniz Gonçalves, conhecida entre nós por Ângela Rô Rô. Natural do Rio de Janeiro, o apelido veio de sua risada rouca e grave.

É também pianista e compositora, sofrendo influências no início de sua carreira de Maysa e Ella Fitzgerald e já tendo sido regravada por nomes como Barão Vermelho, Maria Bethânia, Marina Lima, Ney Matogrosso, entre outros. Lançou seu primeiro disco em 1979, já emplacando sucessos como Gota de sangue, Não há cabeça, Agito e uso e Amor meu grande amor. Outros sucessos seguiram com Bárbara, Só nos resta viver, Escândalo, Compasso, Acertei no milênio, Querem nos matar, Tola foi você, entre outras.

Seu mais recente trabalho é o dvd gravado no Circo Voador, com a presença dos convidados Alcione, Frejat e Luiz Melodia. É uma artista que, por problemas pessoais, interrompeu sua carreira em diversos momentos, entretanto sua contribuição musical não pode ser ofuscada!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Juro para sempre ser arlequim...

Que Tim Maia é o eterno rei do soul brasileiro, isso ninguém contesta! Mas, não foi essa a única contribuição de Tim, ou melhor, da família à música brasileira! Eduardo Motta, carioca, mais conhecido como Ed Motta surge no final dos anos 80, sob influência do mesmo estilo, reverenciando e abraçando definitivamente o jazz e despontando como grande nome da música nacional.

Seus primeiros sucessos foram Manuel, Baixo Rio e Vamos dançar, presentes em seu primeiro disco, gravado com sua banda Conexão Japeri. Ed também se dedica a tocar instrumentos, chegando a fazer um disco todo instrumental, que mesmo sem cair na graça do público, agradou bastante aos músicos. Em 2008 fez um disco todo em inglês, seu nono trabalho, intitulado Chapter 9, onde participou também da parte de instrumentação!

Outros sucessos de sua carreira são Colombina, Caso sério, Fora da lei, Vendaval, Azul da cor do mar, Solução, Doce ilusão, entre outros. Ed recebeu críticas no início de sua carreira, inclusive até de seu tio, que o aconselhava a cantar música "dor de cotovelo", pois com essa modalidade, ele venderia mais! Alheio a essa ideia, estudou bastante nos Estados Unidos, conheceu grandes ídolos no exterior, sempre garimpando suas paixões musicais, evoluindo para o grande músico que compõe a música brasilera!

Um forte abraço a todos!

domingo, 3 de maio de 2009

A morte do vaqueiro

Hoje vamos navegar pela praia do forró, mais especificamente pela obra do Gonzagão, que cantou sua terra e seus costumes como ninguém! Nessa canção de letra triste e de uma sensibilidade impressionante, Gonzaga descreve o fim de um personagem que desbrava o sertão levando seu ofício com afinco.

Com muita propriedade de quem conhece de perto o tema, A morte do vaqueiro explora a importância do boiadeiro, sobretudo o nordestino que se dedica, como ninguém a uma profissão única de trato aos animais que fazem parte da economia local!

Essa canção também é sempre entoada na famosa Missa do vaqueiro que acontece todo ano em Serrita/PE, já a 34 anos quando Gonzaga foi responsável pela primeira missa em homenagem a seu primo Raimundo Jacó, assassinado na época. Atualmente a missa é dedicada a todos os vaqueiros.

A morte do vaqueiro
(Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho)

Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar...

Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão

Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora sua dor
É demais tanta dor

A chorar com amor
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo,tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi...

Um forte abraço a todos!

sábado, 2 de maio de 2009

Perfil Elis Regina

Eis uma cantora que deixa muita saudade e que sua voz continua marcante para os antigos e novos ouvintes de sua obra que é eterna e que pode ser apreciada nessa coletânea, que traz também as letras de suas canções!

Na primeira faixa, uma tradução do bolero de Armando Manzanero, Me vuelves loco, aqui Me deixas louca, com tradução de Paulo Coelho. Em seguida uma canção que Elis imortalizou do repertório do Ivan, Madalena. Casa no campo também foi imortalizada pela eterna pimentinha, e se faz presente nessa obra.Dois pra lá, dois pra cá, da safra do João Bosco mostra sua versatilidade, com direito a trecho do clássico bolero La puerta, ao final. Águas de março traz uma das mais perfeitas parcerias: Elis e Tom e mais um clássico nacional. Atrás da porta revela as bem sucedidas navegações pela obra do Chico. Fascinação tornou-se uma das suas maiores interpretações.

Temos ainda, O mestre sala dos mares, Romaria e Como nossos pais, três clássicos de sua obra e da música brasileira, essa última, da safra do Belchior, de quem Elis foi madrinha. Pra finalizar, temos Nada será como antes, do Milton, Vou deitar e rolar, Cartomante, Querelas do Brasil, Aprendendo a jogar e, com chave de ouro O bêbado e a equilibrista.Um repertório de arrasar, embora sempre faltará aquela que gostamos pois suas interpretações foram eternas como ela é!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Nossa história começou com confissões de amor...

Uma das características da Jovem Guarda é que apresentou ao cenário nacional grandes bandas de rock que viriam a influenciar toda uma geração posterior ao movimento. Um exemplo disso é a grande banda The Fevers, formada nos anos 60 que consolidou carreira nas décadas seguintes e continua fazendo seus shows e sucesso país afora.

No início a banda se chamava The Fenders e seus membros originais eram Almir (vocais), Liebert (contrabaixo), Lécio do Nascimento (bateria), Pedrinho (guitarra), Cleudir (teclados) e Jimmy Cruise (vocais). Depois, Jimmy saiu do grupo e os membros remanescentes decidiram mudar o nome para The Fevers e entraram mais dois componentes, Miguel Plopschi em 1968 e Luiz Claudio em 1969. Participaram de vários discos de colegas já consagrados, como gravações de Eduardo Araújo (O bom), Deny e Dino (Coruja), Erasmo Carlos (os LPs O Tremendão e Você me acende), Roberto Carlos (gravações como Eu te darei o céu e Eu estou apaixonado por você), Wilson Simonal (faixas como Mamãe passou açúcar em mim), Trio Esperança (LP A festa do Bolinha), Jorge Ben (o LP O bidu/Silêncio no Brooklin) e o primeiro LP de Paulo Sérgio.

Dentre seus grandes sucessos, podemos destacar: Agora eu sei, Cândida, Hey girl, Mar de rosas, Nathalie, Onde estão teus olhos negros, Ninguém vive sem amor, Paloma branca, Guerra dos sexos, Elas por elas, Angel baby, Sou assim, Vem me ajudar, entre tantas que encantaram muitas gerações. Os The Fevers tiveram várias formações e várias pessoas passaram pela banda como o Michael Sullivan, por exemplo. Sua formação atual é Luis Cláudio, Liebert, Rama, Otávio Henrique e Miguel Ângelo, que continuam cantando os sucessos eternos dessa grande banda nacional!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Os compositores do Brasil - 14

A série Os compositores do Brasil apresenta hoje Aldir Blanc, um dos compositores mais constantes entre os grandes intérpretes da nossa música. Carioca, formado em medicina e especializado em psiquiatria, começou compondo nos anos 60 e teve destaque nos festivais daquela década com as canções A noite, a maré e o amor, Diva e Amigo é pra essas coisas.

Foi com João Bosco que tornou-se conhecido, compondo seus maiores sucessos: O bêbado e a equilibrista, De frente pro crime, O mestre-sala dos mares, Dois pra lá dois pra cá, entre outras, descobertas primeiramente por Elis Regina, madrinha da dupla. Outro parceiro constante foi Guinga, com quem compôs Catavento e girassol, Nítido e obscuro e Baião de Lacan.

Além de Elis, outros grandes intérpretes que já navegaram em seu repertório são: Cauby Peixoto, Edu Lobo, Paulinho da Viola, Nana Caymmi, Leila Pinheiro, Ivan Lins, Fafá de Belém, entre tantos que interpretaram, além dos sucessos citados, Coração do agreste, Resposta ao tempo, Corsário, Incompatibilidade de gênios, Coração pirata, entre outras que trazem consigo mais um grande nome da nossa composição!

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de abril de 2009

Mas quem disse que eu te esqueço

Domingo é dia de letra musical. Domingo é dia de samba e nada mais apropriado que esse samba gostoso de Dona Yvone Lara, a grande diva do samba nacional, já retratada no post do dia 27/11/2008. Já interpretada por outros nomes do samba como Beth Carvalho, essa canção reflete o que de melhor temos nesse estilo, com direito a um gostoso lá laiá, e uma letra que reflete um tema triste, mas com a mesma alegria com a qual são entoados a maioria dos sambas brasileiros.

Em alguns momentos parece que já não temos mais boas canções e, em um tom nostálgico, buscamos no passado coisas lindas como essa pérola, presente em toda boa roda de samba. Mas, isso tem um lado bom também: as novas gerações precisam conhecer, sem discriminação ou preconceito, as boas coisas, com as quais podem ter reflexos em novos trabalhos! E ficamos com o samba gostoso de D. Yvone:

Mas quem disse que eu te esqueço
(Dona Yvonne Lara e Hermínio Bello de Carvalho)

Tristeza rolou dos meus olhos
Do jeito que eu não queria
E manchou meu coração,
Que tamanha covardia!

Afivelaram meu peito
pra eu deixar de te amar
Acizentaram minh´alma
Mas, não cegaram o olhar

Saudade amor, que saudade
Que me vira pelo avesso,
E revira meu avesso

Puseram uma faca no meu peito
Mas, quem disse que eu te esqueço
Mas, quem disse que eu mereço

Lá, lá, laiá, lá, laiá...

Um forte abraço a todos!

sábado, 25 de abril de 2009

Marisa Monte - Cor de rosa e carvão

Hoje abordaremos mais um cd dessa grande diva da nossa música: Marisa Monte Cor de rosa e carvão. Produzido por Arto Lindsay e lançado em 1994, apresenta canções que se tornaram clássicos de sua obra e da música brasileira, o que se pode verificar no início do álbum com as faixas Maria de verdade, Na estrada, Ao meu redor e Segue o seco.

Só por essas quatro faixas, compostas por grandes nomes como a própria Marisa, Nando Reis e Carlinhos Brown, já pagaria o disco que apresenta muito mais com Pale blue eyes e Dança da solidão, composta por Paulinho da Viola e tendo Gilberto Gil nos vocais e violão.

A próxima faixa traz outro grande parceiro em suas composições: Arnaldo Antunes em composição nas faixas De mais ninguém, Alta noite e Bem leve, além de O céu, com novamente Nando Reis. A última parte do disco ficou para as regravações de Balança Pema, de Jorge Benjor; Enquanto isso (Meanwhile), com direito à versão e participação com a voz de Laurie Anderson; e Esta melodia, de Jamelão, com a participação de Paulinho da Viola e a Velha guarda da Portela.

Com a participação de grandes músicos, sucessos que marcaram a carreira da Marisa presente em mais esse valioso trabalho que reflete a obra não tão vasta, mas fantástica dessa diva da música brasileira.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Frutos musicais

Com esse post, continuamos a série que relaciona as estações do ano com a nossa música brasileira. Já comentamos sobre a Primavera, com as flores musicais, Verão, com Calor musical e hoje vivenciaremos o Outono, com citações de frutos. Na realidade, o outono passa meio desapercebido por nós, talvez por conta da nossa variação climática e por nossa tropicalidade que se reflete na variedade de frutas em nosso país durante todo o ano.

Na música, temos alguns exemplos de citações de frutas como por exemplo o Alceu Valença que cita a manga rosa em Morena tropicana, ou Beto Guedes que, ainda em Amor de Índio afirma "No outono te proteger...", citando também a estação em destaque. Roberto e Erasmo também citam a estação em Você é minha: "Fruta fresca a provocar o meu desejo, ... O suco dessa fruta bebo no seu beijo...", ou em outro momento mais distante também vai fundo com: "O gosto da fruta que a vida oferece...", na canção O gosto de tudo.

Ana Carolina também falou sobre a estação em Ruas de Outono: "Nas ruas de Outono, os meus passos vão ficar...", também gravada por Gal Costa. Mas, é na canção de Djavan que encontramos uma reverência maior à essa estação voltada para nossa tropicalidade, de uma terra em que se plantando tudo dá. Djavan compôs e cantou uma de suas mais belas canções, pedindo emprestado à estação seu título e presenteando a todos com mais esse clássico:

Outono
(Djavan)

Um olhar uma luz ou um par de pérolas
Mesmo sendo azuis sou teu e te devo por essa riqueza
Uma boca que eu sei, não porque me fala lindo e sim, beija bem
Tudo é viável pra quem faz com prazer

Sedução, frenesi, sinto você assim,
Sensual, árvore, éspécie escolhida, pra ser a mão do ouro
O outono traduzir, viver o esplendor em si....

Tua pele, um bourbon me aquece como eu quero
Sweet home gostar é atual além de ser tão bom...

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Eu já não consigo mais viver dentro de mim...

Gosto sempre de resgatar alguns artistas que vivem na lembrança de muitos e que continuam na ativa, fazendo seus shows e emocionando cada vez mais seu público fiel. E um dos mais bem sucedidos cantores e compositores da década de 70 e 80 chama-se Márcio Greyck, o mineiro de Belo Horizonte que iniciou sua carreira ainda na década de 60 com um disco em homenagem aos Beatles, onde também estreava sua primeira composição Venha sorrindo.

Seu maior sucesso só veio em 1970, com a composição Impossível acreditar que perdi você, composta com seu irmão Cobel. Seu disco vendeu 500 mil cópias, sendo um recorde para a época. Essa canção já teve mais de 60 regravações, entre elas Fábio Jr., Verônica Sabino, Wilson Simonal, Agnaldo Rayol, Jerry Adriani, Fernando Mendes, entre outros. Outros sucessos seguiram como Aparências, O infinito, O mais importante é o verdadeiro amor, O travesseiro, Reencontro, entre outros que atravessaram fronteiras e o tornaram conhecido no mercado exterior além de outras regravações de artistas como Erasmo Carlos e Agnaldo Timóteo.

Márcio também teve canções gravadas pelo rei Roberto, Tentativa e Vivendo por viver, essa última regravada por Zezé di Camargo e Luciano e por Sérgio Reis. Participou do recente programa Rei majestade e continua país afora fazendo shows e encantando a tantos com suas canções românticas e sua voz inconfundível!

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de abril de 2009

Aniversário do rei Roberto Carlos!!!

São muitas emoções que são relatadas por tantos fãs país afora, mundo afora! Antes, se sonhava com um milhão de amigos, mas essa cifra foi logo superada e só aumenta com o tempo. Aliás, o tempo não pára e no entanto ele nunca deixa de ser o mesmo para nós!

O que um mero fã poderia dizer em um dia como esse que não fugisse do trivial parabéns, saúde e paz? Talvez um obrigado já nem fosse original e ínfimo demais. Talvez se encontrasse alguma música, sua mesmo, alguma estrela que pudesse comparar a sua grandeza diante dos olhos de tantos fãs, ou simplesmente um botão de rosas como inúmeros já nos ofertados por suas mãos!

Eu me desespero a procurar alguma forma de explicar, mas acabo não saindo do lugar. Talvez porque eu esteja querendo seguir a 120, 150 ou 200 km por hora e só tenha um caminho. Ou quem sabe eu posso começar com aquela flor plantada no quintal do vizinho que há alguns anos atrás me fez chorar quando a descobri!

Eu não me esqueço dos discos que ouvi, das músicas que aprendi, das vezes que esperava pra te ver na televisão, dos shows que presenciei pasmo! Não me esqueço de que quando canto suas canções espero ver nos olhos das pessoas o mesmo brilho que elas me causam! Talvez porque você tem certeza que todos esses e outros detalhes nos farão sempre lembrar de você, pois é por essas e outras que estamos aqui, outra vez! Olha, se vierem lágrimas, serão azuis, ... esqueça, entra no palco e repete pra nós que vive esse momento lindo, que também é nosso! Parabéns e Esteja sempre em paz!

Um forte abraço a todos!

sábado, 18 de abril de 2009

Erasmo Carlos ao vivo

Em 2001 Erasmo Carlos gravou e lançou seu projeto cd+dvd ao vivo. O dvd foi lançado em 2002 e o cd foi duplo. Com a direção de Guto Campos e produção de Marcelo Sussekind, esse projeto foi gravado em São Paulo e apresentou todos os grandes sucessos de sua carreira bem sucedida.

Começamos com Seu bichinho de estimação e na sequência, o clássico Mesmo que seja eu, regravado posteriormente por Marina Lima, Zé Ramalho e Ney Matogrosso. O único convidado da noite é também o compositor da canção entoada pela dupla: Erasmo e Kiko Zambianchi na canção O impossível, de seu disco anterior Pra falar de amor. Uma chuva de clássicos de seu repertório vem em seguida com Mulher (sexo frágil), Minha superstar, Panorama ecológico e Sou uma criança não entendo nada.

Canções menos populares como A pescaria, Turma da Tijuca e Quem vai ficar no gol? aparecem, precedendo os outros clássicos Cachaça mecânica, De noite na cama, Sentado à beira do caminho e Gatinha manhosa. Temos ainda Meu mar, Vida blue e Mais um na multidão, sucesso em dueto original com Marisa Monte, gravada no disco anterior.

É preciso saber viver abre o último bloco e mais roqueiro do Erasmo, que passa por Análise descontraída e mergulha de vez no rock com Eu sou terrível, Pega na mentira, Lobo Mau, Você me acende, Minha fama de mau, Vem quente que eu estou fervendo, Splish splash, O terror dos namorados, É proibido fumar e Festa de arromba, mostrando que Erasmo continua fazendo jus ao título de pai do rock nacional com projetos que eternamente nos emocionam assim como sua poesia eternamente cantada por esse país!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Me deixe pelo menos só te ver passar...

Uma das maiores cantoras desse país rico em vozes femininas chama-se Claudette Colbert Soares. Uma das grandes damas da Bossa Nova, Claudette é carioca e começou sua carreira muito cedo, cantando na Rádio Nacional. Sempre teve influências ecléticas, navegando inicialmente por Luiz Gonzaga e depois chegando à Bossa com Donato e Baden.

Divulgou a Bossa pelas casas noturnas cariocas e paulistas. Inclusive, em São Paulo, participou do programa Jovem Guarda cantando Como é grande o meu amor por você e tornando-se o primeiro nome feminino a reconhecer a obra de Roberto e Erasmo sem o preconceito da época que era dirigido à música jovem. Seu maior sucesso foi presente do rei: De tanto amor foi o presente de seu casamento com o músico Júlio César Figueiredo. Claudette também interpretou como ninguém outro clássico do rei, Você de 1974.

Claudette é uma das grandes vozes, talvez pouco conhecida na atualidade, mas quem já presenciou seus shows sabe que o tempo passa e sua voz é como um bom vinho, delícia de se apreciar. Resta apenas prestar simples homenagens como essa e saber que é fantástico para qualquer país ter vozes como essas entoando suas mais belas melodias!

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

As cidades cantadas - 5

Hoje, 13/04 é aniversário de Fortaleza, mais uma das nossas homenageadas. Uma das cidades mais bonitas e importante do Nordeste brasileiro, Fortaleza foi tema do disco de 2007 do Fagner, que é natural de Oróz, interior do Ceará e que declara todo seu amor à capital de seu Estado, compondo a canção, juntamente com seu parceiro Fausto Nilo, que apresentaremos abaixo.

Juntamente com Recife e Salvador, Fortaleza apresenta uma das principais economias do Nordeste, além de grandes paisagens que a colocam na rota de todo turista que deseja conhecer as mais belas cidades desse país! E mesmo sem conhecer essa cidade pessoalmente, a canção abordada e a foto apresentada desperta o desejo de viajar pelo Nordeste e encontrar esse lugar de pessoas tão simpáticas!

Fortaleza
(Fagner e Fausto Nilo)

Velas brancas do mar vão surgindo
Com as primeiras estrelas do céu
Onde o verde da tarde é mais lindo
E o azul só precisa de Deus

Se essa cidade é meu mundo
Mucuripe, jamais foste meu
Me envolveu teu encanto profundo
Qual jangada que o vento esqueceu

Mas quando eu canto a beleza
Que ainda iremos fazer
Sem desprezar a riqueza
Fortaleza, eu só penso em você

Eu só quero dizer
Que é a cidade é a luz
Que ilumina os meninos risonhos
Além da imaginação
Te levo em meu coração...

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de abril de 2009

Teresa da Praia

Teresa da praia é um dos clássicos da música brasileira e da obra de Tom Jobim, em parceria com Billy Blanco. É, sem sombra de dúvidas, um dos duetos mais perfeitos da nossa música e foi feito pra ser assim: uma canção cantada por dois intérpretes que duelam o amor da estrela e personagem principal: Teresa, mais uma daquelas belas moças que Tom via completar e tornar perfeita qualquer paisagem do Rio de Janeiro. A Teresa da história era uma homenagem a sua então esposa Teresa Hermany, fato muito comum na obra do Tom, cantar os nomes de musas amadas e inspiradoras.

Inicialmente gravada e imortalizada em 1954 por Lúcio Alves e Dick Farney, para marcar de vez o término da suposta rivalidade entre os dois modernos e galantes da época, e também caracterizar o período pré-bossa nova, anos mais tarde, essa canção ganhou novas releituras, sempre com duetos divertidos e emocionantes. É o que podemos confirmar com Emílio Santiago e Luiz Melodia, ou mais recentemente com Roberto Carlos e Caetano Veloso. E depois desses encontros memoráveis e desse clássico, alguém ainda tem dúvida de quem é a tal Tereza tão bem descrita nessa canção?

Teresa da praia
(Tom Jobim e Billy Blanco)

- Lúcio!
Arranjei novo amor no Leblon
Que corpo bonito, que pele morena
Que amor de pequena, amar é tão bom, tão bom...

- Ô Dick!
Ela tem um nariz levantado
Os olhos verdinhos bastante puxados
Cabelo castanho e uma pinta do lado

- É a minha Teresa da praia!
- Se ela é tua é minha também
- O verão passou todo comigo
- O inverno pergunta com quem

Então vamos a Teresa na praia deixar
Aos beijos do sol e abraços do mar
Teresa é da praia, não é de ninguém

- Não pode ser tua
- Nem tua também
- Teresa é da praia
Não é de ninguém!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de abril de 2009

Adilson Ramos 45 anos de sucesso

Hoje falaremos de um artista dos mais populares e queridos do país, especialmente dos pernambucanos e que essa semana, dia 07/04 aniversariou: Adilson Ramos. Mais precisamente, abordaremos o dvd gravado pelo Adilson em julho de 2005 no Festival de Inverno de Garanhuns, que nessa edição prestou homenagem a esse cantor romântico que tanto já alegrou festas pelos interiores e capitais do país, completando naquele momento 45 anos de carreira!

Com um repertório que privilegia os clássicos da carreira do Adilson, o dvd, também lançado em cd, começa com medley formado por Leda, Solidão e Matinê. Na sequência, talvez seu maior sucesso: Sonhar contigo, com a participação de Elymar Santos. Outros dois medleys, um com Olga e A chuva me lembrou você, e o outro com Sonhei com você e Duas flores. Corpo, alma e coração e Me perdoa se te fiz chorar são os mais recentes sucessos de sua carreira e aparecem a seguir.

A canção Quem é foi também sucesso na carreira do Agnaldo Timóteo, que aparece para dividir os vocais com o amigo. Mais dois medleys que não podem faltar em seus shows: o primeiro, com Só liguei porque te amo (versão de Carlos Colla para I just called to say i love you) e Fim de festa; o segundo, com O relógio, Tão somente uma vez e Perfídia. Porta-retrato vem na sequência, seguida de mais um medley imprescindível em seus shows com Tudo e nada, Em nome do amor e Sem você. A homenagem a Paulo Diniz aparece em Pingos de amor. O último convidado, seu filho Cristian é chamado para o duelo musical em Ela vai ter que decidir, gravado originalmente com Augusto César.

A jovem guarda, de qual Adilson participou em vários momentos, é relembrada ao final do show com o medley Diana, Esqueça, Vem quente que eu estou fervendo e Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones. Adilson comemora junto a seus fãs sua excelente carreira que traz a todos, além de boleros e canções românticas, toda energia de um dos artistas mais amados desse país, fato esse constatado por onde ele passa e deixa toda sua energia e emoção!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O Homem de Nazareth

Hoje, Quinta-feira Santa, gostaria de compartilhar com todos vocês essa belíssima mensagem composta pelo Antônio Marcos já há tanto tempo, regravada posteriormente por Chitãozinho e Xororó, e que complementa esses momentos de reflexão pelo qual somos chamados a participar diante do amor de Cristo!

É algo muito contraditório presenciar um tempo em que o amor parece esfriar diante do coração humano tão egoísta, ingrato e ambicioso. Os valores parecem invertidos e fica difícil presenciar uma luz ao final do túnel. Mas, é nesse momento que podemos enxergar tamanha atitude que mudou a história e fez dela algo mais nobre, apontando sempre na direção norte. Que o amor de Jesus possa abençoar os lares de todos os cantos do mundo! Boa Páscoa a todos!

O Homem de Nazareth
(Antônio Marcos)

Hey irmão, já passamos do ano dois mil
Tanto tempo faz que ele morreu
O mundo se modificou
Mas ninguém jamais o esqueceu

E eu, sou ligado no que Ele falou
Sou parado no que Ele deixou
O mundo só será feliz
Se a gente cultivar o amor

Hey irmão, vamos seguir com fé
Tudo que ensinou O Homem de Nazareth

Reis e rainhas que esse mundo viu
Todo o povo sempre dirigiu
Caminhando em busca de uma luz
Sob o símbolo de sua cruz

E eu, sou ligado no que Ele falou
Sou parado no que Ele deixou
O mundo só será feliz
Se a gente cultivar o amor

Hey irmão, vamos seguir com fé
Tudo que ensinou O Homem de Nazareth

Ele era um Rei, mas foi humilde o tempo inteiro
Ele foi filho de carpinteiro
E nasceu em uma manjedoura

Não saiu jamais muito longe de sua cidade
Não cursou nenhuma faculdade
Mas na vida Ele foi doutor

Ele modificou o mundo inteiro
Ele modificou o mundo inteiro
Ele revolucionou o mundo inteiro...

Hey irmão, vamos seguir com fé
Tudo que ensinou
O Homem de Nazareth

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

As cidades cantadas - 4

Esse é um momento muito especial para mim, pois aproveito a série As cidades cantadas para falar um pouco sobre minha terra natal: Limoeiro/PE. Localizada a 70 km da capital Recife, Limoeiro é aquela pacata cidade do interior, com sua pracinha central, seu comércio local, seu dia de feira, de missa, o mercado de farinha, o rio que corta a cidade (Capibaribe), o morro do Redentor (com direito a imagem do Cristo), etc.

Mas, pra quem nasceu e viveu muito tempo no interior, uma cidade como essa, geralmente é um berço de boas lembranças, da infância, da juventude, dos primeiros amigos, das brincadeiras, das eternas alegrias e histórias pra contar! Afinal, o que seria das grande cidades se não existissem as menores? E isso não é apenas uma homenagem a uma cidadezinha do interior, mas um oferecimento todo especial a todos os amigos que conviveram comigo durante todo esse tempo! As imagens aqui apresentadas, pela ordem, Igreja Matriz - Morro do Redentor - Praça da Bandeira. Hoje, 06 de abril é aniversário de Limoeiro/PE e presto minha homenagem com a música que Jackson do Pandeiro imortalizou e tornou Limoeiro conhecida no Brasil inteiro como a terra de "cabra macho e bravo", pois foi lá também que viveu o último dos coronéis:

Forró em Limoeiro
(Edgar Ferreira)

Eu fui pra Limoeiro e gostei do forró de lá.
Eu vi um caboclo brejeiro tocando a sanfona, entrei no fuá.

No meio do forró houve um tereré
Disse o Mano Zé, aguenta o pagode
Todo mundo pode, gritou o Teixeira
Quem não tem peixeira briga no pé.

Foi quando eu vi a Dona Zezé
A mulher que é, diz que topa parada
De saia amarrada fazer cocó
E dizer: eu brigo com cabra canalha
Puxou da navalha e entrou no forró.

Eu que sou do morro, não choro, não corro,
Não peço socorro quando há chuá
Gosto de sambar na ponta da faca
Sou nêgo de raça e não quero apanhar.

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de abril de 2009

Quem é você

Eu acho que a mídia poderia fazer mais por grandes artistas como Sandra de Sá, como já defendi aqui no blog! Ela tem um repertório lindíssimo com canções mais românticas, como a apresentada abaixo, e dançantes, "nada fora do modelo atual". Ainda sonho em ver, quem sabe um Acústico MTV com a Sandra e relembrarmos tantos sucessos, a exemplo de Retratos e canções ou Olhos coloridos, só pra citar algumas das muitas!

Também sinto muita saudade do tempo em que ouvíamos grandes canções românticas em nossos rádios, hoje simplesmente taxadas de brega por ouvintes que não possuem uma sensibilidade mais trabalhada pela modernidade! Enfim, ficamos com Quem é você e o desejo de dias melhores para nossa música brasileira...

Quem é você (Love will lead you back)
(Diane Warren, versão Nelson Motta)

Quem é você que chora em silêncio
Quem é você que vem de tão longe
Cansado de amar, cansado de tanta espera
Um pouco de paz nas guerras do amor

Quem te vê, não vê a sua história
Quem é você, eu sei

Sei que te amarei como amei um dia
Sei que não deixei de te amar
Eu sei quem é você
Nunca me esqueci
Nunca me cansei de esperar
Pelo seu amor
Só não sabia que seria agora

Quem diz adeus não sabe que o tempo
Transforma em fim o vão do silêncio
Que a força do amor é feita de movimento
E amar é um só eterno momento

Hoje eu sei
Que todos os caminhos que caminhei
São seus

Sei que te amarei como amei um dia
Sei que não deixei de te amar
Eu sei quem é você
Nunca me esqueci
Nunca me cansei de esperar
Pelo seu amor
Só não sabia que seria agora...

Um forte abraço a todos!

sábado, 4 de abril de 2009

Roberto Carlos - Pra sempre ao vivo no Pacaembu

Em 2004, Roberto Carlos lançou um dvd de um dos melhores shows de sua carreira: Pra sempre. Gravado no estádio do Pacaembu/SP, retrata o show homônimo do maior artista da música brasileira de todos os tempos, que este ano completa 50 anos de carreira!

Com a tradicional e sempre emocionante abertura instrumental, regida pelo maestro Eduardo Lages, o show se inicia com aquela emoção que todos os fãs do rei sabem e gostam de sentir. Roberto entra no palco, todo de branco, transmitindo toda a paz de sempre e, após curto trecho da canção Pra sempre, inicia com o clássico Emoções! Agradece a presença de seu público e no mais, avisa que dirá cantando e manda Eu te amo, te amo, te amo. Em seguida, Amor perfeito, clássico dos anos 80 de seu repertório e Café da manhã, clássico dos anos 70. Detalhes ganha uma nova versão com direito a banquinho e violão com o rei.

A fase mais roqueira se inicia com uma nova roupagem funk para Ilegal, imoral ou engorda e É proibido fumar, com guitarras mais pesadas. O velho calhambeque volta de uma revitalização musical, com direito a solos de sax e acompanhado de outro novo carango do rei: O cadillac, com uma réplica inflável do modelo no palco.

O momento mais intimista começa com Roberto ao piano cantando Acróstico e o telão formando a poesia dedicada à sua eterna musa. Em seguida, um medley, contando com textos no melhor estilo dos grandes shows do rei e, contando com as canções Por isso corro demais, Como é grande o meu amor por você, Olha, Os seus botões e Outra vez. Esse bloco é encerrado com a canção que dá nome ao show: Pra sempre.

O espetáculo se encerra com uma chuva de clássicos, passando por Força estranha, Cavalgada, É preciso saber viver, Despedida/Coração e Jesus Cristo, com grandiosos arranjos e com direito à adrenalina, como diz o rei que afirma que "É no coração que a gente guarda tudo que é pra sempre..." E, sem sombra de dúvidas é lá que seus fãs o guardam e escondem presentes como esses! Esse dvd foi lançado nos formatos dvd, dvd+cd e cd separados. E foi relançado recentemente após pendências judiciais resolvidas!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Quem sabe eu ainda sou uma garotinha...

Um dos maiores nomes do rock na década de 90 chama-se Cássia Rejane Eller. O Rio de Janeiro fez surgir um nome que conquistou um público jovem e que hoje sente saudades de sua voz grave e de seu rock genuinamente brasileiro.

Mesmo firmando-se no universo roqueiro, Cássia foi eclética e interpretou grandes nomes da nossa música como Caetano Veloso, Roberto Carlos, Chico Buarque, Rita Lee, Cazuza, Nando Reis, chegando até Beatles, entre outros. Curioso é que seu maior sucesso, Malandragem foi composta por Cazuza para Ângela Rô Rô, que recusou-se a gravar. Anos mais tarde, ao conhecer Frejat, recebeu desse a incubência de tornar conhecida essa canção que se tornaria seu maior sucesso.

Outras canções presentes em seus álbuns, onde o de maior sucesso foi o Acústico Mtv de 2001 são Parei na contramão, O segundo sol, Palavras ao vento, Pro dia nascer feliz, Relicário, Luz del fogo, Socorro, Sampa, Nós, Por enquanto, Partido alto, Quando a maré encher, entre outras. Cássia partiu em 2001 e deixou além de seu trabalho, um público que a considera inesquecível em sua forma de cantar e apresentar sua arte!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 31 de março de 2009

Esse jogo não é um a um...

José Gomes Filho é o nome do histórico artista brasileiro Jackson do Pandeiro, considerado o maior ritmista do país, ao lado de Luiz Gonzaga. Natural de Alagoa Grande/PB, Jackson leva o título de rei do ritmo porque conseguia apresentar de forma única um samba ou um forró, com todas as suas variações: coco, xaxado, maracatu, xote, frevo, quadrilha, dentre outros.

Jackson influenciou uma nata de grandes músicos que surgiram posteriomente a suas criações musicais que vão desde Erasmo Carlos, Chico Buarque, João Bosco e Gal Costa, até Lenine, Paralamas do Sucesso, Zé Ramalho e Alceu Valença. Seus mais variados sucessos podem ser relembrados, pois ele cantou as feiras nordestinas, com raízes africanas, nas rádios, televisões e em todas as manifestações culturais de sua época. Seus sucessos mais marcantes foram: A feira, A mulher do Aníbal, Cabo Tenório, Chiclete com banana, Forró em Caruaru, Forró em Limoeiro, Sebastiana, Um a um, Vou gargalhar, O canto da ema, entre outras.

Se hoje as canções experimentam os mais variados ritmos, devemos muito a este senhor! E é muito legal, mesmo através de singelas palavras e homenagens como essa, que reconheçamos o talento de quem muito contribuiu para a música atual. Particularmente, sou agradecido por ele ter imortalizado minha cidade, Limoeiro/PE, na canção Forró em Limoeiro, que contarei na próxima semana!

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de março de 2009

Maneiras

Maneiras é um samba gostoso imortalizado pelo Zeca Pagodinho que embeleza nosso domingo! Aborda a vontade de se conhecer e de se isolar um pouco. Através daquela cervejinha, daquela conversa de bar, daquela filosofia de botequim, Maneiras expõe os direitos almejados pelo trabalhador brasileiro. Aquela conversa particular que se tem com o copo de cerveja, sem estimular ao vício do álcool ou fumo!

E, mesmo que sejamos como eu que não tomo um gole de cerveja, precisamos desses momentos de solidão e reflexão, para sabermos quem somos, o que queremos, onde chegaremos, de que forma, nossas opiniões a cerca de nós mesmos e do mundo... Lembrando que se beber, não dirija! Então está aí algumas maneiras de pensar, num samba gostoso de se ouvir aos domingos, presente nas melhores rodas de samba do país:
Maneiras
(Sylvio da Silva)
Se eu quiser fumar eu fumo,
se eu quiser beber eu bebo
Eu pago tudo que eu consumo
com o suor do meu emprego

Confusão eu não arrumo,
Mas também não peço arrego
Eu um dia me aprumo,
Pois tenho fé no meu apego

Eu só posso ter chamego
Com quem me faz cafuné
Como o vampiro e o morcego
É o homem e a mulher

O meu linguajar é nato
Eu não estou falando grego
Eu tenho amores e amigos de fato
Nos lugares onde eu chego

Eu estou descontraído
Não que eu tivesse bebido
Nem que eu tivesse fumado
Pra falar de vida alheia

Mas digo sinceramente
Na vida, a coisa mais feia
É gente que vive chorando de barriga cheia
É gente que vive chorando de barriga cheia
É gente que vive chorando de barriga cheia...

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de março de 2009

José Augusto - Minha Vida

Em 1998, José Augusto nos presenteou com seu trabalho Acústico. Gravado em estúdio, o projeto vem intitulado de Minha Vida e traz os maiores sucessos do compositor e intérprete romântico que possui um público fiel desde a década de 70, quando começou sua carreira.

Com a produção do próprio artista e de Jorge Guimarães, e arranjos do maestro Lincoln Olivetti, o cd traz como faixa de abertura uma versão feita pelo próprio José Augusto de Per amore, transformada em Apenas por amor. Na sequência, temos Vem se amarrar comigo e um medley formado talvez pelos dois maiores sucessos de sua carreira: Sábado e Fantasia.

Em seguida, uma composição feita com Peninha: Apaixonado. Outro grande sucesso, tema de novela, vem a seguir com Aguenta coração, seguida de Evidências, sucesso na voz de Chitãozinho e Xororó e aqui é apresentada num dueto com Roberta Miranda. Daí pra frente, outros grandes clássicos de sua carreira como Sonho por sonho, Eu e você, Só você e Separação, essa última, imortalizada por Simone. O disco se encerra com Tudo por amor, Chuvas de verão, Fui eu e Querer e poder, gravada e regravada com Xuxa.

É um cd raro entre colecionadores e trata-se de um grande projeto com a competência do grande maestro Lincoln e com o romantismo incansável do José Augusto, com canções que tocaram muito nas rádios e fizeram felizes muitos casais apaixonados que ao escutá-las, sem sombra de dúvidas, afirmam: Aguenta coração!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 26 de março de 2009

É melhor ser alegre que ser triste...

Dizem que filho de peixe, peixinho é. Bom, aqui é uma das maiores provas que esse ditado popular apresenta na música brasileira. Filha de João Gilberto e Miúcha, sobrinha de Chico Buarque, eis Isabel Gilberto de Oliveira, ou como é mais conhecida: Bebel Gilberto. Nascida em Nova York, onde seus pais moravam, Bebel solidifica a cada instante sua carreira internacional e também nacional, embora seja pouco conhecida no Brasil.

E sua estréia musical se deu justamente ao lado de seu pai em 1980, em um especial de TV. Um ano mais tarde participou de uma das faixas do filme Os saltimbancos trapalhões. A amizade com Cazuza rendeu uma das mais belas canções de seu repertório: Preciso dizer que te amo, já gravada por diversos artistas, entre eles Emílio Santiago, Marina Lima e pela própria Bebel que gravou-a em seu primeiro trabalho em 1986, que também continha a canção Mais feliz, gravada posteriormente por Adriana Calcanhoto.

Sempre ligada à Bossa nova, fundida com novas tendências, não lançou muitos discos em sua carreira, dedicando-se a shows, algo comparável à carreira de seu pai. Em 2000 lança seu primeiro disco solo, com regravações de clássicos da Bossa nova como Samba da bênção, Samba e amor, além de composições inéditas. Outros sucessos de seu repertório são Baby, Tanto tempo, Desafinado entre outros que garantem a Bebel uma carreira ascendente no exterior e que no Brasil começa a ganhar espaço como um grande nome contemporâneo da música brasileira.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 24 de março de 2009

Os compositores do Brasil - 13

A série Os compositores do Brasil apresenta hoje não um, mas dois dos mais populares compositores desse país: Evaldo Gouveia de Oliveira e Jair Pedrinha de Carvalho Amorim, ou simplesmente Evaldo Gouveia e Jair Amorim, uma das duplas mais românticas, que compuseram boleros e samba-canções inesquecíveis.

Evaldo é natural de Iguatu/CE e foi feirante antes de ingressar na música. Compôs sua primeira canção em 1957 - Deixe que ela se vá, que foi gravada por ninguém mais, ninguém menos que Nelson Gonçalves.

Jair é natural de Santa Leopoldina/ES e foi jornalista e cronista antes de abraçar a carreira musical e antes de formar essa dupla de compositores de sucesso, já havia composto alguns sucessos que obtiveram destaques como as canções Alguém como tu e Conceição, o maior sucesso de Cauby.

Mas, sem sombra de dúvidas para os dois, a carreira musical alcançou o devido êxito com a formação de uma das maiores duplas de compositores desse país, algo que aconteceu em 1958. Já no primeiro dia de contato compuseram Conversa, gravada por Alaíde Costa. Tendo Altemar Dutra como principal intérprete, a dupla emplacou vários sucessos, entre eles Alguém me disse, Tudo de mim, Que queres tu de mim, Somos iguais, Sentimental demais, Brigas, O trovador, Ave Maria dos namorados, Tango pra Teresa, Bloco da solidão, entre outras.

Vários intérpretes já navegaram no oceano dessa maravilhosa dupla, e além dos já citados, temos Moacyr Franco, Agnaldo Rayol, Anísio Silva, Agnaldo Timóteo, Ângela Maria, Wilson Simonal, Jair Rodrigues, Elymar Santos, Chitãozinho e Xororó, Gal Costa, Maria Bethânia, Zizi Possi, Emílio Santiago, Simone, Julio Iglesias, Fagner, Ana Carolina, Fafá de Belém, e tantos outros que apreciam uma grande canção romântica como só eles sabem expressar através de suas letras e melodias românticas!

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de março de 2009

Filho do dono

Gosto de alguns compositores nordestinos como o Petrúcio Amorim, já abordado em 24/06/2008 (é só procurar nos arquivos), que conseguem descrever, numa linguagem raiz, todo desejo contido em suas reflexões e apresentados em filosofias como essa letra da canção abaixo. A música escolhida é um forró gravado e imortalizado por Flávio José e que chama nossa atenção para o equilibrio que deve existir entre o complexo de culpa e, a negligência e acomodação diante de problemas pelos quais todos nós somos responsáveis!

Com filosofias tipicamente nordestinas, Filho do dono pode ser cantada por qualquer pessoa que deseje gritar sua vontade em melhorar algo que o inquiete e o deixe infeliz com a realidade. Com um certo tom religioso e, ao mesmo tempo, realista, nega a grandeza humana, mas garante que a pequenez também tem passos importantes nesse processo de mudança proposto:

Filho do dono
(Petrúcio Amorim)

Não sou profeta, nem tão pouco visionário
Mas o diário desse mundo tá na cara
Um viajante na boléia do destino
Sou mais um fio da tesoura e da navalha

Levando a vida, tiro verso da cartola
Chora viola nesse mundo sem amor
Desigualdade rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia que console um cantador
A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura e o planeta sente a dor

O desespero no olhar de uma criança
A humanidade fecha os olhos pra não ver
Televisão de fantasia e violência,
Aumenta o crime, cresce a fome e o poder

Boi com sede bebe lama
Barriga seca não dá sono
Eu não sou dono do mundo
Mas, tenho culpa, porque sou Filho do dono

Um forte abraço a todos!

sábado, 21 de março de 2009

Chico Buarque 1984

Para quem falou que só destaquei os discos ao vivo do Chico ( e que belos espetáculos!) tá aqui um dos melhores discos de carreira, lançado em 1984 com canções lindíssimas que se tornaram clássicos na obra do Chico e na música brasileira!

"Ando com minha cabeça já pelas tabelas..." É com essa frase e com esse delicioso samba que Chico abre o disco que apresenta na sequência Brejo da Cruz, uma canção que define bem o êxodo nordestino e que em breve abordaremos nas letras de domingo. Tantas palavras vem em seguida, essa canção lindíssima feita em parceria com Dominguinhos, que também o acompanha com suaves frases de sanfona.

Mano a mano traz uma parceria e um dueto com João Bosco, que também toca violão nessa faixa. Samba do grande amor também figura nesse disco, entrando em definitivo para a lista de clássicos do Chico. Como se fosse a primavera é a versão (do espanhol para o português) do disco que traz o autor da canção, Pablo Milanés, também nos vocais. Suburbano coração é outra canção que vai aparecer nas letras de domingo por tratar de sexo de forma tão elegante e fascinante.

Lindo mesmo é se deliciar ouvindo Mil perdões, clássico de uma época em que as grandes letras figuravam em grandes canções. O disco encerra com As cartas e Vai passar, essa última, em parceria com Francis Hime para mais um clássico que praticamente encerra o período "Chico Político", no ano das Diretas.

Produzido por Homero Ferreira e tendo o envolvimento, além dos músicos já citados, de Cristóvão Bastos, Wilson das Neves, Miúcha, Luiz Cláudio Ramos, Dori Caymmi, Chiquinho de Moraes, entre outros, é mais um dos grandes discos desse compositor que tem um repertório fascinante e uma discografia que dispensa predicados, pois soam como retundantes. Discografia essa que recebeu uma remasterização à altura em 2006!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Pela saudade que me invade...

Vicentina Paula de Oliveira, mais conhecida como Dalva de Oliveira foi uma das maiores cantoras de seu tempo. Natural de Rio Claro/SP casou-se com o compositor Herivelto Martins e é mãe do também cantor Peri Ribeiro.

Dalva cantou boleros, o amor sofrido, o chamado dor-de-cotovelo, o mesmo que Maysa é sempre relacionada. Foram muitos sucessos numa época em que imperava no rádio canções desse estilo, tais como: Ave Maria, Atiraste uma pedra, Bandeira branca, Errei sim, Lencinho querido, Kalu, Palhaço, Que será?, Tudo acabado, Valsa da despedida, entre outras.

Dalva partiu em 1972, mas continua sendo lembrada nos trabalhos do Peri Ribeiro e, além dele, Ângela Maria, fã confessa da Dalva, que gravou um disco na década de 90 só com clássicos de seu repertório e que abordarei em breve esse trabalho que reverencia essa que é sem sombra de dúvidas uma das maiores influências para as grandes intérpretes brasileiras, não só da velha guarda, pois Ana Carolina gravou recentemente o clássico Que será, o que comprova sua importância e influência.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 17 de março de 2009

A minha alma está armada e apontada para a cara do sossego...

O Rappa é uma banda contemporânea da música brasileira, formada nos anos 90 com Marcelo Falcão nos vocais, Marcelo Yuka na bateria, Xandão na guitarra, Nelson Meireles no contra-baixo e Marcelo Lobato nos teclados. O nome vem de "rapa" que significa policial que persegue camelô, depois sendo acrescido um "p". Seu primeiro disco foi lançado em 1994 e não obteve sucesso. Nesse início, Meireles deixa a banda e entra Lauro Farias.

Já em 1996 foi lançado o cd Rappa Mundi, que abriu as portas para a banda ser conhecida no cenário nacional, com vários sucessos entre eles Pescador de ilusões e A feira. Em 1999 lançaram um de seus melhores trabalhos, pois além de amadurecidos e com letras fortes, apresentam composições do Marcelo Yuka como Minha alma, O que sobrou do céu e Tribunal de rua.

Outros sucessos da banda, posterior à saída de Marcelo Yuka são Reza a vela, Rodo cotidiano, O salto, Meu mundo é barro, Monstro invisível e Instinto coletivo. Yuka sofreu um assalto que o deixou paraplégico, mas foram os desentendimentos internos que o afastaram do grupo. O Rappa continua sua carreira com Marcelo Falcão (vocal), Lauro Farias (baixo), Xandão Menezes (guitarra) e Marcelo Lobato (bateria) e com sua musicalidade que atrai um público jovem surpreendente e que são cada vez mais atraídos por suas geniais letras!

Um forte abraço a todos!

domingo, 15 de março de 2009

Casa no campo

Quem veio do interior sabe o quanto é precioso uma casa no campo, uma visita às áreas rurais, um ar puro e uma tranquilidade que dinheiro nenhum do mundo compra. Em tempos de estresse, só imaginar ser o protagonista dessa canção lindíssima, imortalizada pela também eterna Elis Regina.

Particularmente, nutro uma extrema paixão pelo interior, mas pra ser sincero, uma vida no campo também não deve ser fácil e não é pra qualquer um. É preciso aceitar as limitações daquela paisagem em termos tecnológicos, embora nos dias de hoje, essas diferenças estejam cada vez mais raras. Agora, um passeio, um final de semana ou algo assim, contemplando tais paisagens é uma boa pedida, pois é um contato mais forte com a natureza e com Deus.

Casa no campo
(Zé Rodrix e Tavito)

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais

Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal

Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de março de 2009

Gal Costa Acústico MTV

Hoje abordaremos mais um grande sucesso da série Acústicos da Mtv: Gal Costa. Lançado em 1997, esse acústico teve a produção de Mazzola e arranjos do grande maestro Wagner Tiso que, com sua genialidade, ajudou a criar grandes clássicos do repertório da Gal, além de nos proporcionar duetos memoráveis.

O show começa com um leve baixo e Gal interpretando Baby, do mano Caetano. Em seguida, ainda em clima de Tropicália, agora com Gil, interpreta Barato total. Nessa mesma praia baiana ainda cabe Caymmi em Só louco, onde Gal é uma das intérpretes (se não for a maior) que imortalizou esse clássico da música brasileira. O mano Caetano aparece na maioria das composições como Coração vagabundo, Não identificado, London London (com Wagner Tiso ao piano) e Força estranha, que Gal regravou depois do rei Roberto. Tem Chico Buarque também com Folhetim. As duas últimas presentes apenas no dvd.

O primeiro convidado da noite é Hebert Viana, na época pré-acidente que tirou seus movimentos das pernas, mas não seu talento presente nesse dueto de arrepiar em Lanterna dos afogados, clássico do repertório do Paralamas. Gal ainda revive Teco-teco e O amor (também presente apenas no dvd), para em seguida receber o segundo convidado, Luiz Melodia, autor da canção escolhida, também clássico no repertório da Gal: Pérola Negra. Na sequência, Vaca profana, para em seguida, o próximo convidado: Roberto Frejat e um clássico do repertório do Milton Nascimento composta com Caetano Veloso, a canção Paula e Bebeto.

Gal apresenta as canções Falsa baiana e Camisa amarela, para então chamar o último convidado da noite, o então estreante Zeca Baleiro, que havia composto uma canção inspirado em um clássico da Gal que foi entoado naquele momento : Vapor barato e À flor da pele. O show se encerra com três "cacetadas" do repertório da Gal: Sua estupidez, de Roberto e Erasmo; Você não entende nada, de Caetano e Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.

É um trabalho histórico e repetir isso é ecoar o pensamento de todo amante da música brasileira. Entretanto vale ressaltar que é em trabalhos como esses que artistas como Gal Costa mostram todo seu talento e, especificamente, Gal mostra porque seu nome é Gal...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de março de 2009

As cidades cantadas - 3

Hoje é aniversário de duas das mais importantes cidades do Brasil, de Pernambuco: Recife e Olinda! Recife é a capital pernambucana! Terra de sol, belas praias e paisagens que a tornam uma das capitais mais lindas do país! Numa geografia cortada pelo Rio Capibaribe, é conhecida como Veneza brasileira!

Já foi cantada por diversos artistas sobretudo pernambucanos que amam essa terra como Reginaldo Rossi que afirma em Recife, minha cidade que "Recife tem encantos mils... é um paraíso tropical..." Cauby ama o Recife, o mesmo podemos dizer do rei Roberto e de todos os artistas que aqui cantaram, especialmente alguns que participam dos eventos culturais que a cidade oferece, como o Festival da Seresta, o carnaval ou em novos lançamentos! Chico Science definiu bem essa cidade nas canções A cidade e Da lama ao caos, mesmo sem citar o nome Recife. O mesmo pode ser dito com Pelas ruas que andei de Alceu Valença. Gonzaguinha disse tudo ao afirmar "Belo é o Recife pegando fogo na pisada do maracatu", na canção Festa! E é no frevo que a cidade é mais cantada, sobretudo nos clássicos Evocação nº 1 de Nelson Ferreira e Voltei Recife de Luis Bandeira, a escolhida para homenagear essa grande cidade:

Voltei Recife
(Luis Bandeira)

Voltei, Recife
Foi a saudade que me trouxe pelo braço
Quero ver novamente "Vassoura" na rua abafando
Tomar umas e outras e cair no passo

Cadê "Toureiros"? Cadê "Bola de Ouro"?
As "pás", os "lenhadores"O "Bloco Batutas de São José"?
Quero sentir a embriaguez do frevo que entra na cabeça
Depois toma o corpo e acaba no pé



Olinda foi a primeira capital de Pernambuco e depois cedeu lugar ao Recife. Mas, nem por isso deixou de ser a cidade histórica e o berço do carnaval pernambucano: Suas ladeiras são famosas no mundo todo! Os bonecos de Olinda contam uma história muito peculiar de um povo que ama essa festa e cultiva no frevo suas comemorações! Lenine, outro grande divulgador de nossa cultura pernambucana definiu esse momento festivo da cidade na canção Leão do Norte, no trecho "...Sou a folia que desce lá de Olinda, o homem da meia-noite puxando esse cordão..." (O homem da meia-noite é um dos bonecos mais famosos juntamente com a Mulher do dia). O frevo Elefante é o mais marcante e diz tudo que se poderia dizer dessa terra tão amada por seu povo e por turistas do mundo inteiro:

Elefante
(Clídio Nigro e Clóvis Vieira)

Ao som dos clarins de Momo
O povo aclama com todo ardor
O Elefante exaltando a suas tradições
E também seu esplendor

Olinda esse meu canto
Foi inspirado em teu louvor
Entre confetes e serpentinas
Venho te oferecer com alegria o meu amor

Olinda! Quero cantar a ti esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração, de amor a sonhar
Em Olinda sem igual, salve o teu carnaval!

Parabéns Recife e Olinda e um forte abraço a todos!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Parabéns Eduardo Lages

Hoje é aniversário do maestro Eduardo Lages, meu grande ídolo, juntamente com seu patrão, o Roberto Carlos! E, mais uma vez esse Blog presta uma singela homenagem, não apenas ao grande músico maestro que o Eduardo é, mas sobretudo ao ser humano admirável que ele representa a seus fãs, aos quais dedica tamanha atenção e respeito a seus comentários em seu Blog!

Eduardo dispensa comentários em relação ao seu elegante trabalho. A cada ano, lança um cd instrumental em que não apenas se supera como músico, mas como mestre na divulgação da música instrumental brasileira, um setor tão carente em nossa cultura. E se mostra um vencedor, pois em época de baixas vendagens de discos consegue significativos números e recordes.

Mas, tudo isso tem explicação e mesmo dizendo que são apenas palavras de um extremo fã, afirmo que Eduardo colhe bons frutos mediante seu competentíssimo trabalho apresentado! O cara é um gênio em nossa música e sempre vem com grandes ideias que o destacam em cada lançamento! Não bastasse isso, tem no currículo ritmos variados. Além de ser maestro do rei há trinta anos, Eduardo já trabalhou com nomes como Ivan Lins, Chico Buarque, Zezé di Camargo, Roberta Miranda, Elba Ramalho, João Bosco, Gal Costa, Luciano Pavarotti, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, só pra citar alguns dos mais variados artistas que já desfrutaram de sua elegância como pessoa e como músico!

Ano passado, eu tive a honra de conhecer o ser humano Eduardo Lages! Ao vivo, encontrei o cara que há anos admirava, que há muito tempo me incentiva com seu trabalho a tocar meu tecladinho e a fazer apresentações, como a relatada essa semana. Fiquei muito eufórico por realizar o sonho de estar perto de uma estrela e poder desfrutar um pouco de seu brilho: Eduardo Lages é uma megaestrela e é muito bom para nós recebermos seu brilho em forma de trabalho e atenção! Parabéns Maestro!

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de março de 2009

Coração na estrada

Amigos, hoje abro espaço no Blog Música do Brasil para esse que vos escreve relatar um grande sonho realizado! Todos que acompanham esse espaço sabem que às vezes canto, não de forma profissional, mas para suprir uma necessidade que sinto de divulgar, cantando, a nossa música brasileira, em especial ao repertório do Roberto Carlos!

Hoje estive no Instituto Padre Venâncio, aqui no Recife. Um abrigo de senhoras idosas e fiz um show com um repertório que comemora os 50 anos do rei Roberto Carlos, pela ótica do fã apaixonado que sou! E pra mim foi gratificante levar meu trabalho, que já apresentara em igrejas e em eventos da escola mais recentemente, àquelas pessoas tão carinhosas e que me receberam tão bem!

Fui feliz também por ter sido acompanhado pela minha noiva pois é muito bom ter um apoio tão importante de quem amamos! E ela é fundamental não apenas em momentos como esses, mas na vida de uma pessoa apaixonada como sou! Também tive o privilégio de ter como convidada uma amiga de trabalho, a Isabel que levou sua família e nos juntamos todos àquela família maravilhosa de senhoras que, juntos cantaram comigo o repertório abaixo:

  • Cenário
  • Cama e mesa
  • Detalhes/Não quero ver você triste/Como é grande o meu amor por você/Detalhes/Sentado à beira do caminho/Detalhes/Fera ferida/Detalhes
  • Ilegal, imoral ou engorda
  • É proibido fumar
  • Amante à moda antiga
  • O portão (só ao piano)
  • As baleias (só ao piano)
  • Outra vez
  • Além do horizonte
  • Pra sempre
  • Mulher (sexo frágil)
  • Caminhoneiro
  • Força estranha
  • Emoções
  • Luz divina

Comecei com Eduardo Lages, que é outro grande ídolo e fui no carro ainda ouvindo o cd Cenário, para me abastecer de paz e de confiança, coisa que o Eduardo passa para nós, seus fãs! Dei o título do show de Coração na estrada e o repertório busquei me basear em grandes sucessos do rei, constantes em seus shows e presentes em cada época e década! Foi maravilhoso e aqui uma singela homenagem às mulheres com a letra da canção do Erasmo Carlos, também apresentada no repertório de hoje! Muito obrigado por tudo e que Deus nos abençôe cada vez mais!

Mulher (Sexo frágil)
(Erasmo Carlos e Narinha)

Dizem que a mulher é o sexo frágil
Mas que mentira absurda
Eu que faço parte da rotina de uma delas
Sei que a força está com elas

Vejam como é forte a que eu conheço
Sua sapiência não tem preço
Satisfaz meu ego se fingindo submissa
Mas no fundo me enfeitiça

Quando eu chego em casa à noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas pra quem deu luz não tem mais jeito
Porque um filho quer seu peito

O outro já reclama a sua mão
E o outro quer o amor que ela tiver
Quatro homens dependentes e carentes
Da força da mulher

Mulher , mulher
Do barro de que você foi gerada
Me veio inspiração
Pra decantar você nessa canção

Mulher, mulher
Na escola que você foi ensinada
Jamais tirei um dez
Sou forte mas não chego aos seus pés

Um forte abraço a todos!

sábado, 7 de março de 2009

Sérgio Reis - Nossas Canções

Em 2001, Sérgio Reis bebeu da fonte do rei da música brasileira: gravou canções que remetem ao repertório de sua majestade, mas que não são composições suas! Resultado, um disco muito bonito que une seu tom caipira inconfundível ao repertório romântico do maior artista da música brasileira de todos os tempos.

A produção ficou a cargo de Tony Campello, outro nome da jovem guarda, movimento esse que fez surgir o Sérgio Reis no cenário nacional e o qual o inspirou para esse projeto. Dessa época e do finalzinho dela, temos O tempo vai apagar, Com muito amor e carinho, Eu daria a minha vida, Nossa canção, Custe o que custar e Não precisa chorar.

Mas, engana-se quem pensa que Sérgio se resumiu à época do rock e das baladas: encontramos temas de outras décadas como Outra vez, Como vai você, A namorada, Vivendo por viver, Abandono e Se eu partir, dos anos 70; De coração pra coração, anos 80 e O homem bom, dos anos 90.

Mesmo em épocas que o rei anda mais restrito quanto à liberação de sua obra, Sérgio mostrou um trabalho autêntico e valioso, interpretando composições marcantes na voz do Roberto, sem deixar de lado sua interpretação suave e ímpar. E não deixa de ser impressionante um artista, cantor e compositor como o Roberto, do qual se pode homenagear cantando composições que não são suas, mas que têm a sua marca e foi isso que o Sérgio fez de forma brilhante nesse maravilhoso trabalho!

Um forte abraço a todos!