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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

CD Simone Café com leite

Em 1996 Simone lançou um belíssimo projeto onde presta homenagem a um de seus principais ídolo e amigo: Martinho da Vila, com quem também divide uma das faixas, Ex-amor. O CD começa com Simone, à capela, cantando a faixa título Café com leite, numa referência a ela e a Martinho, penso.

Tocou bastante nas rádios, as canções Beija me beija me beija, Madalena do Jucu e Canta canta minha gente. Com belos arranjos e naquela qualidade ímpar que a obra de Simone apresenta, temos ainda Meu Laiá raiá, Disritmia, Se eu soubesse que tu vinhas, Samba da cabrocha bamba, Quem é do mar não enjoa, Iaiá do cais dourado e Maré Mansa.

Um belo trabalho, adequado à qualquer festa carnavalesca ou àquele momento em que se deseja conhecer um samba da melhor qualidade, como são os apresentados pelo Martinho e, aqui, interpretados pela diva Simone e que envolve em sua produção, nomes como Max Pierre, Marcos Maynard e Moogie Canázio, além de músicos como Dori Caymmi, Rildo Hora e Paulinho da Costa!

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 24 de abril de 2023

♫Cama e mesa♫

Agora um clássico lá dos anos 80: gravada por Roberto Carlos em 1981 e depois por Agepê, Martinho da Vila, Erasmo Carlos e Zeca Pagodinho, Teresa Cristina e, vez por outra, consta no repertório de shows de sua majestade. Também fez muito sucesso no mundo hispânico e seu arranjo ao vivo supera o original, a meu ver. Também foi gravada por Eduardo Lages em ritmo de chorinho.

A letra de Cama e mesa é daquelas canções que fala de amor e de sexo, com toda aquela elegância típica da obra de Roberto e Erasmo. E relaciona a suavidade da cama com o sabor dos alimentos, traçando um paralelo com a prática sexual, nas entrelinhas. O ritmo, quase um samba, também é um charme a parte e talvez esse gostoso balanço a garanta tanto em suas execuções ao vivo.

Cama e mesa
Roberto Carlos e Erasmo Carlos

Eu quero ser sua canção, eu quero ser seu tom
Me esfregar na sua boca, ser o seu batom
O sabonete que te alisa embaixo do chuveiro
A toalha que desliza no seu corpo inteiro

Eu quero ser seu travesseiro e ter a noite inteira
Pra te beijar durante o tempo que você dormir
Eu quero ser o sol que entra no seu quarto adentro
Te acordar devagarinho, te fazer sorrir
Quero estar na maciez do toque dos seus dedos
E entrar na intimidade desses seus segredos
Quero ser a coisa boa liberada ou proibida
Tudo em sua vida

Eu quero que você me dê o que você quiser
Quero te dar tudo que um homem dá pra uma mulher
E além de todo esse carinho que você me faz
Fico imaginando coisas quero sempre mais

Você é o doce que eu mais gosto, meu café completo
A bebida preferida e o prato predileto
Eu como e bebo do melhor e não tenho hora certa
De manhã, de tarde, à noite, não faço dieta

E esse amor que alimenta minha fantasia
É meu sonho, minha festa, é minha alegria
A comida mais gostosa, o perfume e a bebida
Tudo em minha vida

Todo homem que sabe o que quer
Sabe dar e querer da mulher
O melhor e fazer desse amor
O que come, o que bebe, o que dá e recebe

Mas o homem que sabe o que quer
E se apaixona por uma mulher
Ele faz desse amor sua vida
A comida, a bebida, na justa medida

Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

♫O pai da alegria♫

Tema da novela global Laços de família, essa canção é um delicioso samba de Martinho da Vila, lançado em 1999 e que abre as postagens de fevereiro, o mês do carnaval e, podemos dizer também do samba, já que esse é o ritmo mais genuíno deste país. Costumo dizer que aqui no Nordeste, o pai da alegria é o forró e seus ritmos parentes, tão divulgados por Gonzaga.

Mas, voltando ao samba do Martinho, O pai da alegria tem em sua letra uma verdadeira aula de como se envolver com o samba. E de fato quando nosso espírito entra em contato com esse ritmo nos contagiamos com a alegria que ele emite, reforçando o que a letra destaca no remexer da anatomia que tudo isso são evidências mais que comprovadas, testemunhadas pelas fases da lua de que o Samba se ainda não for o pai, é um parente muito próximo da felicidade. Grande Martinho!!!

O pai da alegria
Martinho da Vila e Agrião

Se é pra sambar, entra na roda
Vem requebrar que a roda gira
Quer me ganhar e olha de banda
Mas também tá minha mira

Samba, menina que eu quero ver
Você mexer a anatomia
Samba "mãinha", papai quer ver
Você trazer só alegria

Mas vou me perder
No seu rebolar
E por querer posso até bambear
É o seu sorrir
Que me faz sonhar
Com o gosto do beijo que eu quero provar

Menina que pra sambar não tem hora
Se casa com a noite e também namora o dia
Mas sou amante da minha escola
E quero levá-la pra outra orgia

No pagode você deita e rola
E vai pra gandaia com a tal lua vadia
As minguantes, cheias, crescentes ou novas
São testemunhas que o samba
É o pai da alegria

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

CD Joanna 25 anos

Em 2004 Joanna comemorou seus 25 anos de carreira mais que bem sucedida com esta compilação que reúne duetos realizados em sua discografia e também na de seus colegas. Claro que outros bons e inesquecíveis duetos ficaram de fora, pois aqui temos uma das cantoras mais generosas quando o assunto é dividir canções com colegas.

Temos duas canções inéditas e em momentos solos (Roberto poderia aparecer pra cantar ao menos uma delas): Do fundo do meu coração e Aceito seu coração, ambas do repertório de sua majestade. No mais, temos Codinome beija-flor (com Cazuza), Quando o amor acontece (com João Bosco), Maninha (com Maria Bethânia), Quarto de hotel (com Gonzaguinha), O pequeno burguês (com Martinho da Vila), Colher de pau (com Zeca Pagodinho).

E temos ainda Amor alheio (com Fagner), Nunca sofri por amor (com Emílio Santiago), Mel na boca (com Jorge Aragão), A banca do destino (com Tereza Cristina) e Aventura (com Eduardo Dussek). A canção Nós queremos paz também foi uma grata surpresa, com a participação de Vynicius Roseira e o Coral da escola de música da Rocinha. Joanna é sempre agradável à música brasileira e esse projeto só nos deixa com mais vontade de ouvir outros duetos e também novas canções dessa diva!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

CD Simone Baiana da gema

Este ano Simone roda o país com o show em homenagem ao repertório de Ivan Lins, fruto do show que fizeram ano passado, fruto também deste CD que apresentamos hoje, gravado em 2004, todo com composições dele, com seu piano em todas as faixas, alguns arranjos seus, sua voz em Dandara e alguns convidados de peso: Martinho da Vila (que divide a composição), Zeca Pagodinho e Dudu Nobre na faixa Sarava! Saravá!

A faixa É festa tocou bastante e Baiana da gema, que abre o CD, é a melhor explicação desse casamento musical Ivan/Simone. Adoro a canção Veneziana e acho que poderia ser melhor aproveitada. As demais faixas são Enrosco, Cínica, Por favor, Parei contigo, Atlântida, Tanto amor, Voar e Espelho seu.

Um excelente trabalho que fica para a história da música brasileira, pelo encontro de duas feras, dois grandes artistas da nossa música. Não sei se vão lançar (bem que poderiam ter levado adiante essa ideia) o show da turnê que fizeram ano passado, mas que viria coroar essa parceria "do compositor e a voz da morena..."

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 24 de julho de 2019

CD Gonzaguinha - presente - duetos

Lançado em 2015, ano em que Gonzaguinha completaria 70 anos, esta compilação une a voz de nosso eterno poeta com nomes da nossa música que, de alguma forma, bebem dessa fonte da qual sentimos tanta falta nos dias atuais. Grandes clássicos de seu repertório são revividos em duetos póstumos.

O que é o que é tem a contribuição do mineirinho Alexandre Pires. Ivete Sangalo empresta seu domínio de interpretação para o clássico Sangrando. A dupla Victor e Léo aparecem em Espere por mim morena, Ana Carolina vem em Explode coração e o Lindo lago do amor brilha com Gilberto Gil. E vamos à luta, com Zeca Pagodinho e temos uma belíssima interpretação de Maria Rita para Grito de alerta.

Alcione não deixa nenhum Ponto de interrogação na sua sempre fina interpretação, bem como Lenine em Começaria tudo outra vez. O mesmo pode se dizer de Martinho da Vila em Com a perna no mundo, Fagner em Feliz, Luiza Possi em Recado, Zeca Baleiro em Guerreiro menino e Daniel Gonzaga, que se une às vozes do pai e do avô no clássico Vida de viajante. Um excelente trabalho para constar na coleção de todo amante da boa música e que deseja matar a saudade do eterno Gonzaga Jr.

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de fevereiro de 2019

♫O pequeno burguês♫

Carnaval chegando e Martinho da Vila sempre é lembrado por tantas canções belíssimas compostas nessa carreira linda que ele possui. Uma das mais significativas é esta, O pequeno burguês, composta e lançada ainda na década de 60 e que lançou em definitivo nosso grande sambista.

A canção com uma letra bastante longa conta a história de um cara que consegue passar no vestibular (sempre foi difícil) e precisa trabalhar para pagar a faculdade, que é particular. As taxas, os livros, as despesas com o curso, com a vida paralela de quem batalha, mora no subúrbio e tenta melhorar de vida, buscando nos estudos êxitos. Coisas do verdadeiro povo brasileiro e de artistas que cantam verdades como Martinho.

O pequeno burguês
Martinho da Vila

Felicidade!
Passei no vestibular
Mas a faculdade
É particular
Particular!
Ela é particular
Particular!
Ela é particular

Livros tão caros
Tanta taxa pra pagar
Meu dinheiro muito raro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar

Morei no subúrbio
Andei de trem atrasado
Do trabalho ia pra aula
Sem jantar e bem cansado
Mas lá em casa
À meia-noite
Tinha sempre a me esperar
Um punhado de problemas
E criança pra criar
Para criar!
Só criança pra criar
Para criar!
Só criança pra criar

Mas felizmente
Eu consegui me formar
Mas da minha formatura
Não cheguei participar
Faltou dinheiro pra beca
E também pro meu anel
Nem o diretor careca
Entregou o meu papel
O meu papel!
Meu canudo de papel
O meu papel!
Meu canudo de papel

E depois de tantos anos
Só decepções, desenganos
Dizem que sou um burguês
Muito privilegiado
Mas burgueses são vocês
Eu não passo
De um pobre coitado
E quem quiser ser como eu
Vai ter é que penar um bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de fevereiro de 2018

♫Cidade maravilhosa♫

Esta canção é tida como um verdadeiro hino da cidade do Rio de Janeiro e uma das marchinhas mais executadas no mês de carnaval. Descobri, via pesquisa, que já foi gravada por grandes músicos como Leo Gandelman, Radamés Ganattali e Ray Conniff, além de grandes cantores(as) como Maria Bethânia, Daniela Mercury, Silvio Caldas, Martinho da Villa, Beth Carvalho, entre outros.

Seria muito legal se todos os habitantes do Rio de Janeiro, sobretudo os que não entendem o que é amar uma cidade, passassem a cantar este hino todas as manhãs, mudando suas posturas diante de um verdadeiro cartão postal de nosso país que, atualmente anda manchado pela falta de amor e boas virtudes de alguns! Ainda bem que, apesar dos pesares, o Rio de Janeiro continua lindo, como já disse Gil e, sempre será uma cidade maravilhosa, como diz seu hino.

Cidade maravilhosa
André Filho

Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil

Berço do samba e de lindas canções
Que vivem n'alma da gente
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente

Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil

Jardim florido de amor e saudade
Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz

Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de fevereiro de 2017

♫Pelo telefone♫

Muitos defendem que é este o primeiro samba nacional, a raiz deste ritmo tão brasileiro, difundido pelo mundo. É bom saber que pela cultura, nosso país é visto com bons olhos e talvez aí resida nossa maior riqueza, em nossa forma de expressar nossa arte sempre verdadeira.

E a letra de Pelo telefone cumpre bem esse pioneirismo pois aborda uma historinha de forma bastante pura e envolvente, levando a muitos que a escutam a obedecer uma espécie de chamado a ser levado pelo ritmo tupiniquim, já interpretado por tantos nomes e que, a meu ver, tem em Martinho da Vila a leitura moderna definitiva.

Pelo telefone
Donga e Mauro Almeida

O chefe da polícia pelo telefone mandou me avisar
Que na Carioca tem uma roleta para se jogar
Ai, ai, ai, deixa as mágoas para trás ó rapaz
Ai, ai, ai, fica triste se é capaz, e verás.

Tomara que tu apanhes
Pra nunca mais fazer isso
Roubar o amor dos outros
E depois fazer feitiço.

Ai, a rolinha Sinhô, Sinhô
Se embaraçou Sinhô, Sinhô
Caiu no laço Sinhô, Sinhô
Do nosso amor Sinhô, Sinhô

Porque esse samba, Sinhô, Sinhô
É de arrepiar, Sinhô, Sinhô
Põe a perna bamba Sinhô, Sinhô
Me faz gozar, Sinhô, Sinhô

O "Peru" me disse
Se o "Morcego" visse
Eu fazer tolice,
Que eu então saísse
Dessa esquisitice
De disse que não disse.

Ai, ai, ai, deixa as mágoas para trás ó rapaz
Ai, ai, ai, fica triste se é capaz, e verás.

Queres ou não Sinhô, Sinhô,
Vir pro cordão Sinhô, Sinhô
Ser folião Sinhô, Sinhô
De coração Sinhô, Sinhô

Porque este samba Sinhô, Sinhô
É de arrepiar Sinhô, Sinhô
Põe a perna bamba Sinhô, Sinhô
Mas faz gozar Sinhô, Sinhô.

Um forte abraço a todos!

domingo, 7 de setembro de 2014

♫Aquarela do Brasil♫

E em pleno domingo, temos o feriado pela Independência do Brasil, apesar de que poucos possuem aquele sentimento cívico que levava as escolas de todos os municípios a desfilarem como um gesto de amor à pátria. Musicalmente falando e em tempos de protestos, talvez essa canção não fosse a mais indicada para este momento. Entretanto, temos várias formas de protestar e uma delas é lembrando as belezas pelas quais lutamos e defendemos todos os dias.

Nesse contexto, Aquarela do Brasil vai além dos limites que possui em ser a canção brasileira mais conhecida em todo mundo. Clássico de Ary Barroso, de 1939, já foi interpretada por nomes internacionais como Os três tenores (Carreras, Domingos e Pavarotti), Julio Iglesias, Frank Sinatra, Ray Conniff e Dionne Warwick e, nacionais como Erasmo Carlos, Elis Regina, Tom Jobim, João Gilberto, Simone, Ney Matogrosso, Emílio Santiago, Martinho da Vila, Daniela Mercury e por Gal Costa, a quem credito a interpretação mais marcante. Sua letra apresenta o lado bonito de nosso país, com suas riquezas culturais que fazem desta terra um ambiente saudável, embora tantos problemas sociais. Um emblemático samba como nenhum outro, ecoado em toda parte do mundo com as cores verde e amarelo.

Aquarela do Brasil
Ary Barroso

Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos

O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor

Brasil pra mim
Pra mim, pra mim

Ah! abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil, pra mim

Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do meu amor

Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado

Brasil pra mim
Pra mim, pra mim!

Brasil, terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiscreto

O Brasil samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor

Brasil pra mim
Pra mim, pra mim!

Oh, esse coqueiro que dá coco
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil pra mim

Ah! ouve estas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah! esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro

Brasil pra mim, pra mim, Brasil!
Brasil pra mim, pra mim, Brasil, Brasil!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Olhando as estrelas - 42

Simone e Martinho da Vila já se encontraram muitas vezes em suas carreiras e hoje a série olhando as estrelas destaca alguns desses inúmeros e sempre brilhantes encontros que esses dois grandes nomes nos proporcionam, seja em shows dele, dela ou em programas de televisão durante todo esse tempo de carreira de ambos os artistas.

Simone gosta tanto de Martinho que, em 1997, fez um disco todo em homenagem a seu repertório e que também contou com a participação do sambista na faixa Ex-amor. E além desta, tivemos grandes interpretações para Beija me beija, Canta canta minha gente e Madalena do Jucu, entre outras. E Simone também participou de DVD dele, na faixa Danadinho, danado, em 2004.

Eles se encontram em vários programas televisivos, a exemplo do Som Brasil mais recente em homenagem ao sambista e torcemos para que mais encontros aconteçam, pois a música brasileira só tem a ganhar com reverências como estas, onde autor e intérprete se respeitam e brilham mutuamente!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Roberto Carlos Especial 1996

Roberto Carlos especial 1996
Esse, a meu ver, foi um dos melhores especiais do rei na década de 90. Baseado no show Amor, e exibido em 21 de dezembro, esse especial trouxe vários convidados, novas canções e eternos sucessos, entrevista com jornalistas, clipes, números emocionantes e bem produzidos. Roberto segue o roteiro de sua turnê e abre o show com Como é grande o meu amor por você, seguido de Como vai você e Emoções para então chamar seu primeiro convidado, o tremendão Erasmo Carlos e pela primeira vez cantarem juntos Amigo. Percebia que em alguns especiais, após Erasmo era apresentada a nova canção, como sempre uma parceria da dupla e, nesse caso tivemos Mulher de 40.

Sérgio, Roberto e Almir
A novela O rei do gado era sucesso nacional e o programa começou com os então dois cantores caipiras da novela realizando o sonho de cantarem com o rei da música: Saracura e Pirilampo, representados por Sérgio Reis e Almir Sater saíam da novela e rumavam para o show, sendo o especial uma continuação da novela. No palco, cantaram com Roberto a moda de viola O rei do gado, presente na trilha sonora da novela, na voz da dupla. Nos anos 90, sempre que lançava seus CD´s inéditos (bons tempos aqueles), Roberto concedia entrevistas à jornalistas do país inteiro e simulou esse momento naquele especial que contou com as perguntas de Glória Maria, Ilze Scamparini, Leilane Neubarth e Pedro Bial para em seguida ser apresentado o clipe da canção religiosa daquele ano, O terço.

Roberto Carlos e Martinho da Vila
Na sequência, a continuação do show gravado na antiga casa de show Olympia, em São Paulo, com mais uma nova canção, Cheirosa, para em seguida cantar trecho de Feitiço da Vila, de Noel Rosa, para apresentar, de forma bastante elegante Martinho da Vila e cantarem juntos Aquarela do Brasil, num número histórico. Confesso que gostava muito quando Roberto cantava alguma canção como uma espécie de preparação para o artista que viria, numa forma de reverência e respeito por ele. Com Roberta Miranda, que foi sucesso explosivo naquele ano com a canção Eu te amo te amo te amo, o rei cantou De tanto amor, que faria parte do CD dela de 1997 e arrancou lágrimas discretas da convidada pouco antes do fim do número.

Roberto Carlos e Djavan
Mais uma belíssima canção do então novo CD, Tem coisas que a gente não tira do coração e Roberto chama ao palco um artista de quem se declara fã: Djavan e o rei fazem um número histórico onde os dois interpretam clássico de Tom Jobim, gravado naquele ano pelo alagoano, a canção Correnteza. O rei fala sobre paternidade e chama ao palco seu filho Rafael Braga, que naquele ano lançara um CD e juntos interpretam As curvas da estrada de Santos. Por fim, o rei ainda nos emociona com Natal branco, Nossa Senhora (trecho) e Jesus Cristo num dos meus especiais favoritos daquela década!

Um forte abraço a todos!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

CD/DVD Jorge Aragão ao vivo convida

Domingo de carnaval e vivenciamos esse momento com um trabalho primoroso do Jorge Aragão, com seu CD/DVD ao vivo convida, lançado em 2002. Como todo projeto ao vivo e com convidados, os momentos mais marcantes do show, além da exibição de seus clássicos, são os duetos, alguns inusitados, com alguns desses convidados. É o caso, por exemplo do encontro entre os "Jorges", Vercilo e Aragão, na belíssima canção Encontro das águas, aqui num ritmo mais próximo ao do anfitrião.

Outro dueto de arrepiar é Espelhos d´água, com Emílio Santiago. E o que dizer de Enredo do meu samba com Alcione? E o medley Coisinha do pai/Vou festejar com Beth Carvalho, que imortalizou esses clássicos?   Elza Soares, a primeira a gravar Aragão aparece em Malandro, Zeca Pagodinho vem em Mutirão de amor, Filhos de Gandhy em Eu e você sempre, Martinho da Vila e o grupo Fundo do quintal aparecem no medley Devagar miudinho/Casa de bamba, e Leci Brandão em Do fundo do nosso quintal.

Há momentos solos nas canções Ária cantilena nº 1 das bachianas brasileiras nº 5, Moleque atrevido, Lucidez, Ontem, Ave maria e Falsa consideração. Com tantos bons nomes do nosso samba, uma ótima pedida para esse dia e nesse ritmo tão brasileiro e tão contagiante!

Um forte abraço a todos!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Os Intérpretes do Brasil - 23

Retomamos nossa série em que homenageamos nossos grandes intérpretes e hoje, vamos comentar um pouco sobre Martinho da Vila, esse grande senhor do nosso samba, autor de tantos clássicos e intérprete de tantos outros. Martinho é daqueles que tem carimbo próprio, pois ao interpretar uma canção, logo ela se torna a canção do Martinho, mesmo sem ter participado de sua construção!

É o caso por exemplo de um de seus maiores sucessos: Mulheres. Imortalizado por ele, a canção é de Toninho Geraes, mas todo mundo só pensa nele, quando a escuta, mesmo se outra pessoa cantar. Ficou sua marca! O mesmo aconteceu na canção Devagar, devagarinho, do mesmo disco, em que consta como compositor Erado Divagar, mas todos se remetem ao Martinho, quando ouvem ou cantam esse clássico.

E pra não ficar só nessas, experimenta ouvir ele cantando Noel, em Feitiço da Vila, um show! Ou quem sabe, ele cantando Cama e mesa, de Roberto e Erasmo, ou até Valsinha, de Chico e Vinícius! Aí você volta às canções que tem mais força em seu repertório e encontra Aquarela brasileira, que não foi feito por ele, mas é dele, é ele e entende o perfeito intérprete dessas e de tantas outras, descrito nessa postagem!

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Mulheres

Tá aqui um dos melhores sambas dos últimos 20 anos que une romantismo a esse ritmo totalmente tupiniquim. Mulheres foi composta em 1996 por Toninho Geraes e imortalizada por Martinho da Vila, que a transformou não apenas em um clássico nacional ou uma canção imprescindível no repertório de seus shows, mas em uma das canções que mais define a mulher como alma feminina e como parceira.

A letra de Mulheres explora os mais variados tipos físicos e psicológicos que a alma feminina pode oferecer, através de suas atitudes e comportamentos naturais. A pitada de romantismo é sentida quando, mesmo diante de tantas figuras que cruzaram seu caminho, com suas mais variadas características, é, a pessoa amada, aquela que possui todas as qualidades que rimam com a felicidade desejada e Martinho, como sempre, soube interpretar isso muito bem.

Mulheres
(Toninho Geraes)

Já tive mulheres de todas as cores,
De várias idades, de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Prá outras apenas um pouco me dei.

Já tive mulheres do tipo atrevida,
Do tipo acanhada, do tipo vivida
Casada carente, solteira feliz
Já tive donzela e até meretriz

Mulheres cabeça e desequilibradas.
Mulheres confusas, de guerra e de paz,
Mas nenhuma delas me fez tão feliz
Como você me faz.

Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas, eu não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem, mas tudo teve um fim.

Você é o sol da minha vida, a minha vontade.
Você não é mentira, você é verdade.
É tudo o que um dia eu sonhei prá mim.

Um forte abraço a todos!

domingo, 20 de março de 2011

DVD Nelson Gonçalves - Eternamente Nelson

Um dvd indispensável à memória da música brasileira é Eternamente Nelson, lançado em 2008 e que capta o especial Nelson Gonçalves 40 anos, de 1981 para a Rede Globo, além de encontros marcantes ocorridos em programas da emissora como Fantástico e Globo de ouro e depoimentos, onde o rei da voz, recuperado de momentos difíceis em sua vida, comemorava as quatro décadas de estrada ao lado de grandes nomes.

Do show, temos as canções O dono das calçadas (com Nelson Cavaquinho), Carlos Gardel, Mais um ano sem Noel, Meu vício é você, A despedida, Nem às paredes confesso e Negue. Encontros em clipes como Lembranças (com Martinho da Vila), Louco (com Alcione), O negócio é amar (com Fafá de Belém), A última estrofe e Pedestal de lágrimas (com Orlando Silva).

Temos também clipes onde a estrela solitária é o Nelson e sua eterna voz em sucessos como Auto-retrato, Medley (com as canções Fica comigo essa noite/Meu dilema/Escultura/Pensando em ti), Onde anda você, Minha rainha, A volta do boêmio (apresentada pelo Fantástico como seu maior sucesso), Folhas mortas (música com a qual Nelson desejaria ser relembrado) e Deusa do Asfalto.

Seus depoimentos são comoventes sobre sua dificuldade com as drogas, sua recuperação e o companherismo de seu maior parceiro musical Adelino Moreira. Além de tudo, temos aqui um projeto raro e inesquecível não apenas do Nelson, mas de tantos encontros antológicos para a história da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de maio de 2010

Ângela Maria - Pela saudade que me invade

Esse ano pudemos conhecer um pouco mais sobre Dalva de Oliveira, na minissérie Dalva & Herivelto. Aqui no blog, já havíamos falado sobre a Dalva e abordamos o Herivelto e posteriormente, o Pery. Agora, temos esse tributo que a maior fã da Dalva, Ângela Maria a rendeu, em 1997, no cd Pela saudade que me invade, onde a sapoti explora os maiores sucessos da outra rainha do rádio, junto a alguns convidados.

Produzido por José Milton e direção artística de Miguel Plopschi, temos já na primeira faixa o clássico Que será com Ângela e Fagner. Clássicos é que não faltam como Olhos verdes, Ave Maria no morro (com Agnaldo Rayol), Mentira de amor, Estrela do mar, Tudo acabado (com Simone), Calúnia, Kalú, Palhaço (com Martinho da Vila), Segredo, Ave Maria (com Pery Ribeiro), Lencinho querido, Fim de comédia, Errei sim e Bandeira branca (numa montagem com Dalva de Oliveira).

É uma rainha rendendo graças a outra rainha então o que dizer? Que é de arrepiar ouvir os primeiros acordes do cd e Ângela e Fagner em Que será? Não, acho que isso todos imaginam! Dizer que o cd tem arranjos de grandes maestros como Cristóvão Bastos, Daniel Salinas, Eduardo Souto Neto, Lincoln Olivetti e Sivuca só reforça o desejo do leitor em buscar esse trabalho histórico que ainda nos presenteia com o dueto póstumo de Ângela, a intérprete do trabalho, e Dalva, a homenageada do cd.

Um forte abraço a todos!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Além do mais, eu te amo

Ainda no ritmo carnavalesco que permeia todo o mês de fevereiro e talvez todo o ano, vamos visitar um dos meus sambas preferidos e até meio desconhecido do repertório recente do mestre Martinho da Vila. Lançada em 2001 no cd Martinho da Vila, da roça e da cidade, essa canção faz parte da safra de sambas românticos que seu repertório sempre nos proporciona.

É uma canção de amor que reune desejo e paixão, amor incondicional, descrevendo todos os detalhes dessa figura amada pelo autor que se rende aos prazeres desse sentimento de forma única, expondo a felicidade de se vivenciar grandes amores como esse, definido como um presente de Deus.

Além do mais, eu te amo
(Noca da Portela / Luizinho To Blow)

Mexe, remexe em cima em baixo
Santa, me encanta que em ti eu me acho
Diga que sim e faça de mim seu capacho

És tudo que almejo, me dá o teu beijo
Tanta formosura me leva a loucura
És a minha cura e essência mais pura
Do desejo

Além do mais, eu te amo
Sou tão feliz nos braços teus
És o presente que pedi a Deus

Nosso amor é gostoso do início ao fim
É felicidade que mora em mim
É tudo na vida
Na exata medida pra minha paixão

Teu corpo em meu corpo na hora de amar
É feito o encontro do rio com o mar
E nessa viagem
Eu faço a abordagem no teu coração

Além do mais, eu te amo
Sou tão feliz nos braços teus
És o presente que pedi a Deus

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

É que eu sambo direitinho, assim bem miudinho...

Filho de peixe, peixinho é! Incontestável é esse ditado também no mundo do samba, pois a música brasileira tem o prazer de desfrutar do trabalho de Mart´nália Mendonça Ferreira. Filha do sambista Martinho da Vila e de Anália da Vila, seu nome é uma fusão do nome dos pais. Aliás, fez durante muito tempo backing vocal para o pai em seus shows.

Natural da Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, cresceu no berço do samba. Muitos pensam que seu sucesso é recente, mas seu primeiro disco saiu em 1987. Tendo trabalhado com artistas como Ivan Lins, Caetano Veloso e Maria Bethânia, sua experiência se reflete em seus deliciosos sambas, recheados com sua típica malandragem.

Entre vários sucessos de Mart´nália, temos Cabide, Chega, Pé no meu samba, Benditas, Essa mania, Tava por aí, Alegre menina, Sem compromisso, Deixe a menina, Fato consumado, Menino do rio, Boto meu povo na rua, Entretanto, Alguém me avisou, Sonho meu, Tiro ao Álvaro, etc. Tenho certeza que ainda ouviremos muito a falar sobre esse grande talento que o mundo do samba nos oferece através de sua musicalidade!

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de julho de 2009

Nelson Gonçalves Duetos

Uma das grandes vozes brasileiras, Nelson Gonçalves sempre foi generoso com seus colegas e vez por outra, gravou com eles canções memoráveis, algumas delas presentes nessa coletânea: Duetos, lançado em 2006. Antes mesmo desse tipo de projeto se tornar rentável e comum, Nelson já brilhava nessa área, chegando a gravar os discos Nós, Ele e elas Vol. 1 e 2, e Ele e eles, na década de 80.

É o que se pode verificar em Renúncia, fox clássico de seu repertório em dueto com o outro vozeirão Tim Maia. Maria Bethânia, clássico de Capiba na voz do Nelson, fez Caetano não só apontar esse nome à sua maninha, mas também participar dessa releitura histórica junto com o ídolo. Isso mesmo! Nelson é um ídolo para esses colegas, é o que afirma Alcione, que participa da faixa Louco. Fagner diz o mesmo quando empresta sua composição e voz em Mucuripe. E a própria Maria Bethânia aparece em Caminhemos, clássico da obra do Nelson.

Inusitado é Nelson e Gonzagão cantando Asa branca, clássico do rei do baião, e eles deixando claro, na conversa animada que apresentam no final da faixa, que ingressaram na mesma gravadora praticamente juntos. Outros fãs aparecem na sequência, como Chico Buarque em Valsinha, Martinho da Vila em Lembranças, Gal Costa em Dos meus braços tu não sairás e Zizi Possi em Castigo.

Nana Caymmi é recrutada para interpretar um medley do eterno Caymmi em Não tem solução, Só louco e Nem eu. Linda e clássica é a interpretação de O negócio é amar com Fafá de Belém. A coletânea chega ao fim em Perfídia, com Montserrat e Nunca, em dueto póstumo com Ivo Pessoa. Nelson teve outros duetos memoráveis com esses e outros artistas que não dão pra reunir em uma única coletânea. Entretanto, a música brasileira e o público que aprecia esse tipo de projeto e curte a voz inconfundível e memorável do Nelson aplaude esse lançamento e torce para que venham outros que perpetuem ainda mais seu trabalho!

Um forte abraço a todos!