sábado, 12 de dezembro de 2009

Meu Senhor (My Sweet Lord)

E com a proximidade do Natal, nada melhor que lembrarmos canções que nos fazem sentir cada vez mais esse clima, esse Espírito de amor e bondade que o Menino Jesus emite a todos nós! Meu Senhor é uma canção que muito me emociona, seja por sua letra simples, mas direta, seja por seu arranjo, por seu solo de guitarra, seu côro de vozes gritando Aleluia. Penso como seria conversar com Jesus em um banco como esses da imagem, compreender seus conselhos, aprender a sempre aplicar suas ideias para um mundo melhor e ser merecedor de tudo isso, mesmo sendo uma pessoa simples e comum que pouco tem a oferecer, como diz a canção!

Uma versão de Cláudio Fontanna para My Sweet Lord, canção de George Harrison e gravada por Chitãozinho e Xororó no álbum Em família, de 1997 e todo dedicado ao repertório natalino, Meu Senhor traz esse sentimento de simplicidade do começo à última nota. É difícil como uma letra muito simples, seja tão tocaante, de uma forma profunda, como poucas mensagens que trazem em poucas palavras tudo que se deseja transmitir, toda a informação desejada:

Meu senhor (My Sweet Lord)
(George Harrison e Cláudio Fontanna)

Meu Senhor!
Hum Senhor!
Como eu queria
Te ajudar descer da cruz
Ah! Que bom seria
Conversar com você, Jesus

Meu Jesus
Hum Senhor!
Dividir teus sonhos
Amar todos em cada um
Mas, eu não te engano
Sou apenas um homem comum

Meu senhor!
Hum! Bom senhor!
Meu senhor!
Ah! Como eu queria
Ah! como eu queria
Ah! Que bom seria
Conversar com você, Jesus

Meu Jesus!
Hum Senhor!
Oh! Meu senhor

Dividir teus sonhos
Amar todos em cada um
Mas eu não te engano
Sou apenas um homem comum

Meu bom Senhor (Aleluia)!
Oh! Meu Senhor (Aleluia)...!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Erasmo Carlos - Minha fama de mau

Um dos grandes presentes para esse Natal e para qualquer momento é o livro de memórias do tremendão Erasmo Carlos, lançado esse ano pela editora Objetiva. Minha fama de mau conta as histórias do pai do rock sob sua ótica, desde sua infância até os momentos atuais, passando por grandes e inesquecíveis passagens de uma vida cheia de muitas emoções!

Em alguns capítulos, o tremendão revela fatos de sua vida que julga importantes e felizes, no melhor clima de É preciso saber viver, mesmo diante das dificuldades de menino pobre que foi. Histórias que trouxe consigo em cada jornada, na cabeça do homem e no coração de menino que carrega, como diz a canção que seu parceiro o dedicou.

Aliás, um capítulo é dedicado à amizade mais célebre da música brasileira de todos os tempos: Roberto e Erasmo não são apenas letra e música da canção Amigo, mas são como letra e melodia de todas as canções maravilhosas inspiradas por Deus. E essa verdadeira amizade é descrita através de passagens como por exemplo surgiram composições como Cavalgada (1977), em que brincavam pensando nas estrelas "se empurrando" para verem cenas de amor; ou Ilegal, imoral ou engorda (1976), em que fizeram por telefone; ou ainda O tempo e o vento (1989), em que o rei se questionou em que direção o vento levou aquele amor, para trazê-lo no mesmo sentido!

Outras passagens cômicas também são citadas como por exemplo, quando o rei o indicou que lavasse as mãos antes de ir ao sanitário, ou o "soco" que deu e salvou a vida do Milton Nascimento, ou ainda as ligações que recebia recheadas de deboche do Tim Maia, ou ainda o remédio que comprou para uma doença sexual na época e que fez o farmacêutico pensar que era para o Jorge Benjor. Enfim, não vou contar muito porque indico e espero que os amigos adquiram mais esse presente que o Erasmo nos proporciona e que nada tem de mau, pois retrata a vida de um homem, de um ídolo que só plantou o bem entre nós!

Um forte abraço a todos!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Blog Música do Brasil - 2º aniversário!!!

O tempo passa e nem percebemos. Hoje, esse espaço já comemora dois anos! Como uma criança ainda temos muito a aprender. Estamos apenas engatinhando nessa arte que envolve o mundo: a música. O que dizer além de agradecer aos colegas que por aqui passam, deixam seus comentários, suas impressões ou apenas, de passagem, consigo colaborar mesmo que de forma ínfima? Um obrigado parece ser tão pouco! Uma fatia do bolo musical se soma à generosidade de tantos que compreendem e colaboram com esse trabalho de divulgação!

Esse ano demos continuidade a um trabalho simples, mas feito com muita dedicação, movido pela paixão que nutre a arte musical. São quase 500 postagens e quase cem mil acessos! Incrível como esses números triplicaram em um ano, o que comprova que estamos no caminho certo em divulgar os grandes artistas da nossa música, sem preconceito ou qualquer discriminação, mas com o respeito que desperta cada trabalho relatado! O novo banner recém divulgado resume isso e dá o tom certo ao Blog, a nota musical que buscava desde seu começo e agora posso dizer que está definitivo.

Deus aparece em cada boa canção que toca o ser humano, que enaltece os bons sentimentos e planta em cada um a paz e o amor que deriva de Sua essência. Deus é o Maestro dos maestros, O Ser que rege todos nossos corações em torno de melodias afinadíssimas que são as trilhas sonoras de nossas vidas! Mesmo algumas sendo dissonantes, são nossas vidas! Então só me resta pedir que Ele encha os vossos corações de bênçãos musicais, de amor e de bondade e que podemos estar sempre juntos em festas como essas regadas à boa música brasileira!

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Paralamas ao vivo - Vamo batê lata

Em 1995, a grande banda de rock nacional Paralamas do Sucesso lançaram o cd duplo Vamo batê lata, contendo um cd ao vivo e outro cd com quatro canções até então inéditas, gravadas em estúdio. Do cd de estúdio, as quatro canções  foram bem recebidas pelo público: Uma brasileira, de Carlinhos Brown e em dueto com Djavan, Saber amar, Luís Inácio e Esta tarde.

No show, clássicos da banda que todo mundo canta, sucessos como A novidade, Dos margaritas, Vamo batê lata, Alagados, Caleidoscópio, Meu erro, O Rio Severino, Lanterna dos Afogados,  O beco, Romance ideal, Não estrague o dia, além de interpretações bem sucedidas de outros compositores como Trac-trac, de Fito Paez, Um a um (sucesso de Jackson do Pandeiro), Você e Gostava tanto de você (sucessos de Tim Maia),além de citações de Sol e chuva (Alceu Valença) em Não estrague o dia, Soul Sacrifice (Santana Band) em Meu erro e Paraíba (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) em O Rio Severino.

Em 2005, foi lançado o vídeo desse show, com direito a quatro canções que não constaram no cd como Navegar impreciso, Perplexo, Whole Lotta Love e Cagaço. Esse é mais um grande trabalho dessa banda competentíssima que faz do rock nacional uma paixão, não apenas para eles mesmos, mas para todos que curtem seu trabalho e o vivenciam como algo que muito acrescenta na vida dos amantes da boa música brasileira!

Um forte abraço a todos!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Entreolhares (The Way You’re Looking At Me)

Entreolhares é o novo hit de Ana Carolina que não para de tocar nas rádios. Gravada esse ano para seu novo álbum intitulado Nove, é um dueto com John Legend, onde Ana faz a parte em português e John, a parte em inglês.

Uma canção que fala de amor, de conquista, de uma paquera, típico do jovem, do povo brasileiro, coisa que a Ana sabe cantar tão bem, por isso tem sido considerada uma das mais bem sucedidas cantoras dos últimos tempos e esse sucesso só demonstra tudo isso, com direito a dueto no final entre as duas grandes vozes:

Entreolhares
(Ana Carolina, Antônio Villeroy e John Legend)

Se ficar assim me olhando
Me querendo, procurando
Não sei não, eu vou me apaixonar

Eu não tava nem pensando
Mas você foi me pegando
E agora não importa onde vá
Me ganhou vai ter que me levar

Você me vê assim do jeito que eu sou
É e faz de mim, tudo que bem quer
Eu que sei tão pouco de você
E você que teme em me querer

Se ficar assim me olhando
Me querendo, procurando
Não sei não, eu vou me apaixonar

Eu não tava nem pensando
Mas você foi pegando
E agora não importa onde vá
Me ganhou, vai ter que me levar
Com você é bom qualquer lugar

The way you're looking at me
You go with me, you want me
Can't help myself I gotta be in love

I wasn't even thinking
And now you got me sinking
I need you baby, I can't get enough
You got me

That's where I'll always be
I know you see me just the way I am
But just think of me
What you want me to be

I know you found the moment that we met
It's giving me a love I won't forget

Se ficar assim me olhando
Me querendo, procurando
Não sei não eu vou me apaixonar

Eu não tava nem pensando
Mas você foi pegando
I need you baby I can't get enough

You got me, that's where I'll always be
I'll go there, go anywhere with you

Se ficar assim me olhando
Me querendo, procurando
Não sei não eu vou me apaixonar

I wasn't even thinking
And now you got me sinking
I need you baby, I can't get enough
Me ganhou vai ter que me levar

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Atire a primeira pedra, ai, ai, aquele que não sofreu por amor...

Um dos maiores compositores e cantores, um nome histórico da nossa música, uma figura inesquecível para o samba nacional é Ataulfo Alves de Souza, natural de Miraí/MG e filho de um violeiro, sanfoneiro e repentista. Em 1933 gravou seu primeiro disco com o samba Sexta-feira e tornou-se um dos mais bem sucedidos sambistas dos anos 40 e 50 e também um homem elegante de sua época.

Entre seus inesquecíveis sucessos, encontramos nada mais, nada menos que Ai que saudades da Amélia, Atire a primeira pedra, Errei sim, Leva meu samba, Meus tempos de criança, Mulata assanhada, Na cadência do samba, Nem que chova canivete, Pois é, Saudade dela, Errei erramos, Pra que mais felicidade, Você passa e eu acho graça, A você, etc.

Ataulfo é reconhecido e respeitado por grandes nomes que regravaram e cantam seus sucessos. Carmem Miranda foi quem primeiro o gravou e daí em diante outros intépretes navegaram em seu oceano como Silvio Caldas, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Dalva de Oliveira, Roberto Carlos, Clara Nunes, entre outros. O próprio Chico Buarque afirmou que o samba Quem te viu, quem te vê foi inspirado em Ataulfo, uma inesquecível figura que prestamos nossa singela homenagem!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O novo disco do Roberto Carlos

Esse é o novo cd de Roberto Carlos. Com 10 canções inéditas, quatro em parceria com o tremendão Erasmo Carlos, três sozinho e três de outros compositores comuns à sua obra como Carlos Colla e Mauro Motta, Eduardo Lages e Paulo Sérgio Valle e Isolda, eis os títulos das 10 canções inéditas, sendo que uma delas, todos já conhecem da trilha sonora da novela global Viver a vida:
  1. A mulher que eu amo
  2. Caminhos do amor
  3. O sinônimo (igual a você)
  4. Aquecimento global
  5. Sonho com você
  6. Nossos corações
  7. Pelo retrovisor
  8. Jesus está em nós
  9. Ao redor da felicidade
  10. O tempo todo com você
Um sonho não acham? Ao menos para um fã do Roberto como sou é mais que isso. Sei que muitos vão se perguntar se hoje é mesmo primeiro de dezembro ou primeiro de abril, para encontrarem uma brincadeira como essa! Bom, ao menos a brincadeira serve na medida em que revivemos a verdadeira emoção que se esconde atrás de um evento como esse. A capa foi um presente do meu amigo Zé Jeimis e bem que poderia ser a capa do novo disco de inéditas do Roberto que será lançado em 2010 com as verdadeiras capas e lista das canções. Mas, aos que acham que tomaram um banho de água fria ao serem avisados que tudo passa de uma brincadeira, fica a certeza que daqui a alguns dias, a que tudo indica, estaremos comentando sim sobre o novo cd do rei, que segundo dizem será o show gravado ao vivo no Maracanã do dia 11/07.

Mas, voltando ao novo cd de inéditas do Roberto, êta disco aguardado viu? Lembro de 30/11/1991 quando foi lançado naquele ano o novo disco. Eu, então um menino de 11 anos, fiquei com a maior vontade de comprá-lo e juntei meus trocados até que antes do Natal, tinha o novo disco! Que orgulho, que boa lembrança! Dali em diante, começava a juntar dinheiro em agosto para comprar o disco em dezembro e tamanha era minha emoção em adquirir esse trabalho! Fuçava as rádios atrás de notícias e quando descobria a data do lançamento, estava na porta da loja antes mesmo desta abrir. Era o primeiro de Limoeiro/PE a comprar o disco.

Durante toda a década de 90 pude acompanhar o lançamento do novo disco, que era rodeado de muito mistério e havia uma espécie de glamour e festividade em todo comércio. Era status você exibir o novo disco, tocá-lo em sua residência que tomava ares de felicidade. As pessoas limpavam, pintavam e lavavam suas residências, armavam suas árvores, preparando-se para o Natal, tudo ao som das novas canções, algo que explica bem porque esse homem é o maior artista da música brasileira há meio século. Era o "dia do Roberto Carlos", o Natal enfim tava chegando e com ele, o melhor presente. Nas lojas, o disco estava em todos os lugares, tocando sem parar. Rádios disputavam para serem a primeira a tocar. Especiais com a execução de todo o disco. Reportagens de jornais comparando a tradição do disco ao peru de Natal e ao queijo borboleta, entre outras tradições. Com nenhum outro artista aconteceu isso!

Talvez a pirataria e outros motivos levaram o lançamento de seu novo cd a ser um evento mais comum. Entretanto para os fãs ainda paira aquela ânsia de saber a data, a capa, a lista das canções, as letras, etc. Espero que, se alguém da equipe RC leia esse post, compreendam minha emoção e não me levem a mal. Emoção que revivi quando recebi essa capa do meu amigo Zé Jeimis, quando pensei em escrever esse post, onde apenas compartilho com meus amigos esse momento de felicidade que esse homem abençoado por Deus nos proporciona. Sim, Jesus derramou bênçãos ao Roberto e o elegeu o cantor de sua festa de aniversário no maior país católico do mundo. É apenas um fã revivendo um passado que fica em nossa retina como um momento de felicidade, afinal de contas, revivemos esses momentos lindos sempre que vamos às lojas buscar o novo cd do Roberto Carlos, inédito ou ao vivo!

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de novembro de 2009

Simone ao vivo

Em 2005 Simone lançou um cd/dvd que não é apenas mais um trabalho ao vivo da artista, mas um grande projeto que passeia por todas suas fases e alguns dos mais representativos clássicos de seu repertório. Produzido por Moogie Canázio, o projeto conta com as participações de Ivan Lins, Milton Nascimento e Zélia Duncan. Um trabalho que mescla sambas e canções românticas com a interpretação ímpar da "cigarra", iniciando com a saudação a todos em forma de canção com Saravá Saravá.

Em seguida, um aviso com um clássico: Tô voltando. Uma interpretação arrebatadora (todas são!) para Começar de novo, clássico também do compositor dela que entra na próxima canção, Vitoriosa. Isso mesmo, Simone e Ivan em dueto também na canção Dandara. Na sequência, O que será ( à flor da terra) e outro clássico que ficou no coração de quem escuta: Jura secreta, com Simone em alguns momentos sussurando a canção e indo às lágrimas ao final.

Milton Nascimento aparece em Encontros e despedidas e também na canção Cigarra, que fez anos atrás justamente para a Simone, emprestando esse nome à intérprete. Desenho de giz e Sob medida são as fases boleros, que Simone passeia tão bem com seu público que não para de cantar junto. É o que acontece com a canção É festa e também com Ex-amor e Dia branco, esta última até então inédita em sua voz.

Não vá ainda e Idade do céu são as duas canções que serviram de dueto com a Zélia, parceria que nos anos seguintes teria continuidade no disco que gravaram juntas: Amigo é casa. Pra finalizar, como começamos, com samba: Nós, Parei contigo e O amanhã. De bônus, a canção Então me diz. Um trabalho extraordinário de uma excelente intérprete que dispensa comentários, então é só curtir e se emocionar!

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de novembro de 2009

Quando o amor acontece

Eis uma das canções mais lindas do João Bosco, esse grande músico, grande compositor e cantor da nossa música, em parceria com Abel Silva. Um bolero romântico que reflete o que acontece com todo ser humano quando chega o amor. Ilusão, solidão, sofrimento, tudo vai embora quando nos sentimos rodeados por esse sentimento sublime.

Imagino quantos casais já sorriram ou choraram com essa canção. E mesmo quando parece que o amor nos faz sofrer é que ele pode nos fazer feliz, virando uma mescla de sentimentos totalmente representados nessa belíssima letra:

Quando o amor acontece
(João Bosco e Abel Silva)

Coração
Sem perdão,
Diga fale por mim
Quem roubou toda a minha alegria

O amor me pegou,
Me pegou pra valer
Aí que a dor do querer,
Muda o tempo e a maré
Vendaval sobre o mar azul

Tantas vezes chorei,
Quase desesperei
E jurei nunca mais seus carinhos

Ninguém tira do amor,
Ninguém tira, pois é
Nem doutor, nem pajé,
O que queima e seduz, enlouquece
O veneno da mulher

O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia,
Ilusão

O meu coração marcado
Tinha um nome tatuado
Que ainda doía,
Pulsava só a solidão

O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia,
Esquece sim

Quem mandou chegar tão perto
Se era certo um outro engano
Coração cigano
Agora eu choro assim

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Os Músicos do Brasil - 4

Eis aqui um dos principais músicos da atualidade. Milton Carlos Muniz Guedes é gaitista, saxofonista, flautista, natural do Rio de Janeiro/RJ e um dos mais requisitados músicos na atualidade, seja em shows, seja em gravações de grandes nomes da nossa música. Com um ano de idade foi morar em Brasília e lá, aos 18 anos, cantava e tocava em bares locais.

Foi Oswaldo Montenegro que o viu tocando e o convidou para participar como músico de suas peças no Rio de Janeiro, em 1986. Já em 1988, conhece Lulu Santos e passa a integrar sua banda durante dez anos, onde paralelamente grava álbuns solos e também participa de gravações e shows de outros artistas, com mais ênfase a partir de 1997, quando deixa a banda do Lulu.

Estão entre os músicos com os quais já trabalhou: Roberto Carlos, Fagner, Roupa Nova, Joanna, Eduardo Lages, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Maria Bethânia, Sandra de Sá, Chitãozinho e Xororó, Fábio Jr., Elba Ramalho, Zé Ramalho, Sandy e Jr. entre outros, o que só comprova o talento e a competência desse extraordinário músico que enaltece o profissional brasileiro em todas as partes do mundo.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Os compositores do Brasil - 21

Esse não é apenas mais um grande compositor nacional, mas também um excelente produtor musical, César Augusto Saud Abdala. Atuante na produção e na composição de vários discos e sucessos sertanejos, César Augusto é natural de Jaborandi/SP e tornou-se um dos profissionais mais respeitados no ramo. Seu primeiro sucesso nacional foi Pouco a pouco, em parceria com Martinha, gravada por Gilliard em 1981.

Daí em diante, muitos sucessos como Entre tapas e beijos, Festa de rodeio, Pareço um menino, Eu vou sempre amar você, Coração na contramão, Desculpe mas eu vou chorar, Felicidade que saudade de você, Hoje eu quero te amar, Pra não pensar em você, Preciso ser amado, Um sonhador, Pare, Sinônimos, Antes de voltar pra casa, entre tantas.

Uma coisa difícil nos compositores do Brasil é encontrar relatos sobre eles. Até uma fotografia é algo raro em se tratando de alguns nomes tão importantes como é o caso do César Augusto que já foi gravado por pessoas como Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, Daniel, Chitãozinho e Xororó, Fábio Jr., Roberto Carlos, Bruno e Marrone, entre tantos que levaram seus hits às rádios e a muitos lares e agora, conhecemos um pouco sobre sua figura tão importante.

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de novembro de 2009

Perfil Gilberto Gil

Em 2005 a coletânea Perfil nos presenteou com mais um grande nome da série: Gilberto Gil. Com um diferencial de apresentar 18 canções (geralmente vêm com 14), podemos comprovar uma compilação com alguns dos maiores sucessos desse músico mais que bem sucedido em nosso país!

É o que presenciamos em canções como Vamos fugir, Esperando na janela, Não chore mais, Flora, Super-homem, Índigo blue, Palco, Realce, Punk da periferia, Pessoa nefasta, Andar com fé, Refazenda, Drão, Se eu quiser falar com Deus, A Rita, A novidade, Domingo no Parque e Aquele abraço, muitos desses verdadeiros clássicos da música brasileira e indispensáveis na hora de falar sobre sua contribuição musical.

É claro que toda coletânea sempre deixa esta ou aquela canção de fora. Gosto de algumas canções do Gil como Abri a porta e Estrela, ausentes desse projeto. Mas, em artistas desse porte, com um vasto repertório e com canções tão presentes na vida dos brasileiros, é natural que cada um tenha uma coletânea de suas preferidas a apresentar. E vale destacar que o repertório desse cd é muito bom, além de apresentar encarte com letras das canções e no mais, como diria o próprio Gil, Aquele abraço!

Um forte abraço a todos!

sábado, 21 de novembro de 2009

Chega de mágoa

Nesses dias de intenso calor, me peguei pensando na questão da água doce em nosso planeta. Algo tão essencial e que pode se tornar raro e até acabar se não consumida de forma racional e para isso precisamos construir uma educação ambiental séria entre a sociedade para firmarmos essa ideia. Lembrei-me do projeto Chega de mágoa, que ocorreu em 1985 e, embora abordasse a seca, tivemos a água como tema central.

Em uma criação coletiva e com vozes de grandes nomes de nossa música como Milton Nascimento, Tom Jobim, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Tim Maia, Fagner, Erasmo Carlos, Elizeth Cardoso, Djavan, Rita Lee, Gal Costa, Gonzaguinha, Elba Ramalho, Chico Buarque, Fafá de Belém, Gilberto Gil e outros mais de cem músicos envolvidos em uma campanha benficente onde a música brasileira entrou de frente contra os problemas sociais do Nordeste Brasileiro, através de uma canção que nos chama a pensar melhor em como cultivar a água nesse nosso mundo:

Chega de mágoa
(Criação coletiva)

Nós não vamos nos dispersar
Juntos, é tão bom saber
Que passado o tormento
Será nosso esse chão

Água, dona da vida
Ouve essa prece tão comovida
Chega, brinca na fonte
Desce do monte, vem como amiga

Te quero água de beber
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero orvalho toda manhã

Terra, olha essa terra
Raça valente, gente sofrida
Chama, tem que ter feira
Tem que ter festa, vamos pra vida

Te quero terra pra plantar, ah
Te quero verde
Te quero casa pra morar, ah
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã

Chega de mágoa
Chega de tanto penar

Canto e o nosso canto
Joga no tempo uma semente
Gente, olha essa gente
Olha essa gente, olha essa gente

Te quero água de beber
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada

Te quero terra pra plantar
Te quero verde, hum
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã

Canto (eu canto) e o nosso canto (canto)
Joga no tempo (joga no tempo) uma semente
Gente (quero te ver crescer bonita)
Olha essa gente (quero te ver crescer feliz)
Olha essa gente (olha essa terra, olha essa gente)
Olha essa gente (Gente pra ser feliz, feliz)

Te quero água de beber (me dê um copo)
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada (mulher amada)

Te quero terra pra plantar (plantar)
Te quero verde (te quero verde)
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã

Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Ah!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O meu nome gritou com uma carta na mão...

Natural de São Paulo/SP, Isaura Garcia, mais conhecida como Isaurinha Garcia é um dos maiores nomes da música brasileira, sobretudo da era do rádio. Na infância, ajudava na loja da família a engarrafar vinho, quando seu talento aparece, pois realizava esse trabalho cantando. Aos 13 anos, participara de programas de calouros nas rádios, iniciando ali sua carreira.

Inspirada em Carmem Miranda e Aracy de Almeida, gravou seu primeiro disco em 1941. Com mais de 50 discos, habitou-se a explorar um repertório bastante romântico, interpretando canções inesquecíveis como Mensagem, Corcovado, Não se esqueça de mim, Só louco, Por causa de você, Preciso aprender a ser só, Matriz ou filial, Bom dia Tristeza, Apelo, Chove lá fora, Fim de Caso, Trocando em miúdos, Folhetim, Meditação, Castigo, Vingança, Nunca, Eu sei que vou te amar, entre outros.

Isaurinha foi ao andar de cima em 1993 e continua sempre lembrada como uma das maiores intérpretes não apenas do rádio, mas da história geral da nossa música brasileira. Muitas de nossas cantoras atuais a citam como grande influência e é bom saber que existe nomes como esse que representa bem a música romântica desse país!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Não é pouco o que eu gosto de você...

Natural de Natal/RN, Gilliard Cordeiro Marinho é um cantor/compositor que traz na bagagem muito sucesso, principalmente no final dos anos 70 e por toda década de 80. Canções que pintavam, ora nos rádios, ora nos programas mais populares da televisão da época o tornaram um dos artistas mais requisitados para shows, cumprindo uma agenda de apresentações país afora até hoje, embora esbarre em uma mídia injusta na atualidade com artistas como ele.

Começou a cantar aos oito anos de idade e já adolescente trabalhava em rádios. No final dos anos 70 vai para o Rio de Janeiro, onde grava no final de 79 seu grande sucesso nacional: Aquela nuvem. Nem todos o reconhecem hoje, mas para muitos, é algo inesquecível canções como Coisas de nós dois, Como posso te chamar de amiga se chamei de amor, Coração materno, Doce paixão, Festa dos insetos, Pouco a pouco, Você só pensa em você, Eu amo amar você, Não diga nada, Pensamento, Quem me dera, Flor mamãe, entre outros.

Existe muita discriminação, muito preconceito, mas muitos artistas persistentes em levar seu trabalho a um público que reflete uma recepção amorosa em virtude de um trabalho que traz alegria às pessoas. Gilliard é um desses artistas que, com muita luta, não esquece aquelas pessoas que cantaram e cantam seus sucessos onde ele se apresentar!

Um forte abraço a todos!

domingo, 15 de novembro de 2009

Djavan ao vivo

Um dos melhores dvds da carreira do Djavan, fruto do show e do disco ao vivo, gravado no Rio de Janeiro em 1999, este trabalho apresenta clássicos de sua carreira até então, além de depoimentos do artista retratado em Barcelona. Além disso podemos desfrutar de canções que não estão no cd duplo como Maçã, Doidice, Dupla traição, Irmã de Neon, Pára-raio e Capim.

E são nos grandes clássicos do Djavan que existe a maior interação entre público e astro, seja em canções com novos arranjos como Meu bem querer e Oceano que não perdem o poder de tocar os fãs e se unem a eternos clássicos de seu repertório como  Samurai, Nem um dia, Cigano, Açaí, Fato consumado, Faltando um pedaço, Flor de Lis, Eu te devoro, Se, Sina, Pétala e Lilás, transformando esse num de seus maiores projetos em 25 anos de carreira até então.

Com a produção do próprio Djavan que também toca violão ao lado de seu filho Max Viana e de toda sua banda, temos ainda outras canções menos radiofônicas, mas não menos importantes em um show como esse: Azul, Álibi, Um amor puro, Amar é tudo, Acelerou, A carta, Boa noite e Seduzir completam o excelente repertório. De bônus, além da entrevista com o cantor, também três clipes de Eu te devoro, Acelerou e Esquinas.

O dvd é um retrato de um dos maiores artistas da nossa música, um cara que tem um público fiel e um respeito enorme vindo dos colegas. Esse projeto só vem a enaltecer que mesmo aqueles que não curtem seu trabalho, suas grandes interpretações românticas, reconhecem em Djavan um nome que expõe um trabalho valiosíssimo para a boa música brasileira!

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de novembro de 2009

Não posso ficar nem mais um minuto sem você...

Adoniran Barbosa é o nome artístico de João Rubinato, um dos maiores músicos, ator, cantor e compositor que nossa música teve. Natural de Valinhos/SP, Adoniran Barbosa era um dos personagens que Rubinato apresentava nas rádios e acabou se firmando, pela sua popularidade. Considerado o Noel Rosa paulista, Adoniran foi figura imprescindível para o samba, entrando para a história como um dos maiores nomes da cultura e produção artística paulista.

Suas primeiras composições foram Minha vide se consome e Socorro. Foi nos programas de rádio, se apresentando também fazendo radioteatro, que Adoniran iniciou sua carreira artística. Mais tarde, participa da formação inicial do grupo Demônios da garoa e seu primeiro disco vem em 1951 com os sucessos Os mimosos colibri e Saudosa maloca. Seu primeiro disco solo viria em 1974, registrando antigas e novas canções.

Outros sucessos de sua autoria são Bom dia tristeza, Iracema, Samba do Arnesto, Tiro ao Álvaro, Trem das onze, As mariposas, Aguenta a mão João, Despejo na favela, Malvina, Vila esperança, Torresmo à milanesa, Um samba do bixiga, entre tantas relembradas por outros intérpretes como Elis Regina, Djavan, Gal Costa, Mpb 4 e outros nomes que reconhecem nele mais uma figura fundamental para a história da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

As cidades cantadas - 9

Ontem foi aniversário da cidade de Cachoeiro de Itapemirim e hoje prestamos nossa homenagem a essa cidade do interior do Espírito Santo, com nossa série As cidades cantadas. Cachoeiro é como toda cidade provinciana, com a pracinha, a igrejinha, Estação ferroviária, relevo marcado por serras e cortada pelo rio Itapemirim e é conhecida nacionalmente como a terra do rei Roberto Carlos. Mas, Cachoeiro também abriga a origem do escritor Rubem Braga, a bailarina Luz Del Fuego e os cantores Sérgio e Raul Sampaio.

E é do Raul Sampaio, na voz do rei Roberto Carlos, a canção que retrata toda geografia da cidade, além da saudade que os filhos ilustres expressam enquanto estão distantes. Meu pequeno Cachoeiro teve sua gravação original em 1970, obtendo regravação em 2005, numa versão mais raiz:

Meu pequeno Cachoeiro
(Raul Sampaio)

Eu passo a vida recordando
de tudo quanto aí deixei
Cachoeiro, Cachoeiro
vim ao Rio de Janeiro
p'ra voltar e não voltei!

Mas te confesso na saudade
as dores que arranjei pra mim
pois todo o pranto destas mágoas
ainda irei juntar nas águas
do teu Itapemirim

Meu pequeno Cachoeiro
vivo só pensando em ti
ai que saudade dessas terras
entre as serras
doce terra onde eu nascí!

Recordo a casa onde eu morava
o muro alto, o laranjal
meu flamboyant na primavera
que bonito que ele era
dando sombra no quintal

A minha escola, a minha rua
os meus primeiros madrigais
ai como o pensamento voa
ao lembrar a Terra boa
coisas que não voltam mais!

Meu pequeno Cachoeiro
vivo só pensando em ti
ai que saudade dessas terras
entre as serras
doce terra onde eu nascí

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Fazer sinais de fogo pra você me ver...

Mais uma daquelas que se pode dizer "filho de peixe, peixinho é": Preta Maria Gadelha Gil Moreira, ou simplesmente Preta Gil. Natural do Rio de Janeiro, embora todos achem que também é da Bahia, além de cantora, é atriz e produtora. Em 2002 lançou-se como cantora e em 2003 sai seu primeiro trabalho contendo canções inéditas de compositores como Ana Carolina, Pedro Baby e Davi Moraes, além da regravação de Espelhos d´água. Também coincide com o ano de estreia de Preta em novelas.

Em 2005 lança segundo trabalho com canções de Adriana Calcanhoto, Sandra de Sá, Pedro Luís e Moraes Moreira, entre outros. Entre seus sucessos, podemos citar Sinais de fogo, Mutante, Cheiro de amor, Medida do amor, Toda menina baiana, Estéreo, Estágio no perigo, Vá lá, Calor da Bahia, entre outros.

Preta pretende gravar seu primeiro dvd e mesmo estando no início de sua carreira, comprova a cada trabalho que não é apenas a filha do grande Gilberto Gil e sim, mais um nome promissor na música brasileira que se renova em trabalhos bem sucedidos como os que apresenta e com os quais conquista cada vez mais um bom público.

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de novembro de 2009

elas cantam Roberto Carlos

O Natal chega mais cedo aos amantes da boa música. Desde a semana passada está nas lojas o dvd elas cantam Roberto Carlos. O cd já havia sido lançado mês passado, ambos frutos do especial ocorrido em maio desse ano, transmitido em parte pela Rede Globo e comentado aqui nesse espaço como parte das comemorações pelos 50 anos de carreira do maior artista da música brasileira!

Dizer que o show está um primor é mais que esperado para um fã do Roberto, mas esse trabalho extrapola o requinte e a elegância, desde o figurino das cantoras até a excelente qualidade gráfica. O making off é um capítulo a parte, pois além de ser algo inédito em dvds do rei e muito bem recebido por seus fãs, retrata toda a sinceridade de um trabalho primoroso, onde várias intérpretes, dos mais variados estilos, reverenciam o rei da música brasileira, através de seus depoimentos.

São canções com uma nova roupagem que arrasam qualquer coração romântico. O que dizer de Zizi Possi interpretando Proposta? Alcione arrasando em Sua estupidez? Fafá, com toda sua perfomance em Desabafo? Martn´ália mandando ver em Só você não sabe, samba altamente estilizado! Nana em Não se esqueça de mim, dispensa comentários! Claudinha Leite surpreendendo em Falando Sério! Marina, improvisando e dizendo que tudo está deserto, sem Roberto em Como dois e dois é demais! Aliás, é esse sentimento que passa em mim quando alguém canta Roberto: uma saudade de sua figura carismática no palco. Mas, essa saudade dura pouco, pois Ivete, após seu número com Eduardão no piano, chama o rei ao palco que, após nos presentear com suas eternas Emoções, divide o vocal com todas as 20 divas em um encontro histórico e inesquecível número: 21 vozes em torno de Como é grande o meu amor por você, comprovando que elas cantaram mesmo Roberto e em grande estilo!

O dvd aborda um Roberto como vimos nesses 50 anos de carreira: um repertório ímpar e uma seleção que abrange todos os ritmos, todas as classes, sem espaço para nenhuma discriminação ou preconceito. É claro que ficaram alguns outros grandes nomes de fora e sempre ficaríam, afinal, além da questão de seus compromissos, tem todo um processo de marketing e patrocínio que acaba vetando algumas das pessoas que gostaríamos que ali estivesse. Mas, é inegável que o resultado expõe, além de grandes interpretações, uma verdadeira e sincera reverência por parte das grandes cantoras brasileiras, aqui representadas por 20 divas, as divas do rei!

Um forte abraço a todos!

sábado, 7 de novembro de 2009

Retrovisor

Uma das minhas canções preferidas do repertório do Fagner, Retrovisor, lançada em 1990 e regravada em 1998 em dueto com Zezé di Camargo e Luciano, retrata amor e saudade através da velocidade. Um tema apaixonante para quem dirige e junta a isso a saudade daquele velho amor!

Com algumas metáforas, Retrovisor é uma das letras mais lindas desse cearense que possui uma legião muito grande de fãs e que o classifico como dos meus favoritos. Mais uma parceria bem sucedida com outro grande compositor, Fausto Nilo, essa canção apresenta trechos fantásticos como "De repente a velocidade chora..., no espelho a minha solidão... sou levado pelo movimento que tua falta faz..." Demais, demais! Grande Fagner, Grande Fausto Nilo:

Retrovisor
(Raimundo Fagner e Fausto Nilo)

Onde a máquina me leva não há nada
Horizontes e fronteiras são iguais
Se agora tudo que eu mais quero já ficou prá trás

Qualquer um que leva a vida nessa estrada
Só precisa de uma sombra prá chegar
A saudade vai batendo e o coração dispara

Mas de repente a velocidade chora
Não vejo a hora de voltar prá casa
A luz do teu olhar no fim do túnel
E no espelho a minha solidão

O céu da ilusão que não se acaba
A música do vento que não pára
Será que a luz do meu destino vai te encontrar?

Vejo a manhã de sol entrando em casa
Iluminando os gritos das crianças
Os momentos mais bonitos na lembrança não vão se apagar

Ai quem me dera encontrar contigo agora
E esquecer as curvas dessa estrada
Eu prefiro sonhar com os rios e lavar minh'alma

Alguém sentando à beira do caminho
Jamais entenderá o que é que eu sinto agora
Sou levado pelo movimento que tua falta faz

Havia tanta paz no teu carinho
Na despedida fez um dia lindo
Quem sabe tudo estará sorrindo quando eu voltar...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Os Músicos do Brasil - 3

Grande nome da Bossa Nova e um dos maiores violonistas brasileiros, além de extraordinário compositor. Assim é Baden Powell de Aquino, natural de Itaperuna/RJ. Filho de violonista, apesar de canhoto, tocava o instrumento como destro, o explorando de forma única, desde os oito anos de idade.

Iniciou sua carreira musical aos 15 anos e com a autorização do Juizado de Menores, tocava na noite carioca. Acompanhou diversos artistas como Ângela Maria, Silvinha Telles, Maysa, Claudette Soares, Elis Regina, Elizeth Cardoso, entre outros. Como compositor, sua primeira canção foi Samba triste, em parceria com Billy Blanco, gravada em 1959 por Lúcio Alves.

A parceria com Vinícius foi das mais sólidas e entre suas composições com este e com outros grandes parceiros, podemos citar Apelo, Samba da bênção, A volta, Lapinha, Quaquaraquaquá, entre outras também em parcerias com Paulo César Pinheiro, outro grande compositor com quem dividiu canções. Baden foi ao andar de cima em 2000, mas continua presente na memória do país como um dos maiores e mais representativos músicos que o Brasil possui!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Os compositores do Brasil - 20

Natural de Niterói/RJ e um dos fundadores do Clube da esquina, Ronaldo Bastos Ribeiro é o homenageado da série Os compositores do Brasil. Compositor e produtor musical, desde criança já compunha suas marchinhas carnavalescas. Sua carreira artística começou no Clube da esquina, compondo com Milton Nascimento as canções Três pontas, Nada será como antes e Fé cega faca amolada.

Entre outras canções de sua autoria com diversos parceiros, podemos citar Cravo e canela, Um certo alguém, Nada mais, Quando te vi, Amor de índio, A força do amor, Cais, Canção do sonho bom, Chuva de prata, Cigarra, Samba do soho, Sol de primavera, Todo azul do mar.

Ronaldo já foi interpretado pelos mais variados nomes da nossa música e só pra citar alguns, temos Tom Jobim, Caetano Veloso, Djavan, Milton Nascimento, Flávio Venturinni, Beto Guedes, Roberto Carlos, Gal Costa, Roupa Nova, Cauby Peixoto, Elis Regina, Nana Caymmi, Maria Bethânia, Lulu Santos, Ed Motta, Paralamas do Sucesso, entre tantos. E com um leque de tantas criações e com tantos grandes intérpretes, Ronaldo Bastos merecia essa singela homenagem onde retratamos um pouco de sua obra e contribuição musical!

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de novembro de 2009

Tim Maia - Vale tudo

E aproveitando as Bienais de livros que ocorrem, sobretudo nessa época do ano, indicarei dois livros que andei lendo e que muito gostei! O primeiro, Vale Tudo, de Nelson Motta (de quem ano passado havíamos comentado sobre outra obra aqui mesmo no Blog, o Noites Tropicais), uma biografia sobre o eterno síndico Tim Maia. O segundo, Diário de um salafrário, um livro de contos do meu amigo Vinícius Faustini.

Vale tudo, lançado pela Ed. Objetiva em 2008, aponta várias passagens da vida do Tim, desde sua infância, juventude, formação musical ao lado de Ben, Roberto e Erasmo, a turma da Tijuca, a ida aos Estados Unidos, as primeiras composições e gravações, seus discos, shows presentes e shows ausentes, e tantas histórias que envolveram a figura polêmica, mas sobretudo musical de um dos maiores astros de todos os tempos que a música brasileira conheceu.

Diário de um salafrário é o primeiro trabalho do meu amigo Vinícius Faustini, que apresenta seus contos e toda habilidade literal de um escritor que, sem sombra de dúvidas, ainda irá nos presentear com outros grandes trabalhos, reflexos de textos inteligentes que encontramos nessa obra. Lançado em setembro de 2009 pela Editora Litteris, não é um livro musical, mas seus textos nos convidam a viajar na mesma arte, de quem conhece bem as palavras e sabe manipular as ideias de uma forma que o som das palavras chegue no mais perfeito tom! Elegância total! E por enquanto, em termos de literatura, ficamos por aqui, mas voltaremos em breve para falarmos sobre o lançamento do Erasmo - Minha fama de mau!

Um forte abraço a todos!

sábado, 31 de outubro de 2009

Migalhas

Erasmo Carlos merecidamente está em alta, graças a Deus! Além de seu novo show, onde divulga seu novo trabalho, está na trilha sonora da novela Viver a vida, na voz de Simone, com a belíssima canção Migalhas.

Simone empresta todo seu incontestável talento de grande intérprete de nossa música para essa canção que deve se tornar mais um clássico de seu repertório. Com uma letra que mescla romantismo e filosofias, Migalhas explora uma mulher que busca sua independência, reconhecendo seus valores e seus anseios! E o tremendão entende bem da alma feminina, o que comprova a letra abaixo:

Migalhas
(Erasmo Carlos)

Sinto muito, mas não vou medir palavras
Não se assuste com as verdades que eu disser
Quem não percebeu a dor do meu silêncio
Não conhece O coração de uma mulher

Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz, não quero migalhas
Do seu amor… do seu amor…

Quem começa um caminho pelo fim
Perde a glória do aplauso na chegada
Como pode alguém querer cuidar de mim
Se de afeto esse alguém não entende nada

Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz, não quero migalhas
Do seu amor… do seu amor…

Não foi esse o mundo que você me prometeu
Que mundo tão sem graça, mais confuso do que o meu
Não adianta nem tentar maquiar antigas falhas
Se todo o amor que você tem pra me oferecer são migalhas, migalhas...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Só danço samba...

E hoje falaremos sobre Elza da Conceição Soares, cantora e compositora, sambista, natural do Rio de Janeiro/RJ. Participou de programas de calouros como o de Ary Barroso e como crooner e já no final dos anos 50, fez shows na Argentina. Trabalhou na rádio e em 1959 gravou seu primeiro trabalho em um 78 rpm com a canção Se acaso você chegasse, que posteriormente foi o título do seu primeiro lp.

Em 62 representou o Brasil na Copa do mundo, se apresentando no Chile e conheceu Garrincha com quem casaria mais tarde. Alguns de seus sucessos são Boato, Cadeira vazia, Só danço samba, Mulata assanhada, Aquarela brasileira, Rosa morena, Eu bebo sim, Beija-me, Castigo, Dindi, Espumas ao vento, O meu guri, Brasileirinho, Malandro, Mas que nada, entre outras.

Elza tem uma carreira bastante sólida e com mais de 50 anos de carreira, é reconhecida tanto no Brasil como no exterior como um grande nome de nossa música e hoje, prestamos uma singela homenagem, comentando um pouco sobre sua obra e sua contribuição à melhor música do planeta!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

No rádio toca uma canção que me faz lembrar você...

Uma das bandas de maior expressão dos anos 80 foi a Blitz, formada por Evandro Mesquita, Fernanda Abreu, Márcia Bulcão, Ricardo Barreto, Antônio Pedro Fortuna, William Forghieri e Juba. Lobão participou apenas do início da banda, que se surgiu no Rio de Janeiro em 1980.

Apresentando um trabalho baseado em rock irreverente, típico da época, seu primeiro trabalho já foi sucesso absoluto: Você não soube me amar! O sucesso foi mesmo estrondoso em discos, shows e hits como A dois passos do paraíso, Egotrip, Biquini de bolinha amarelinho, Bete balanço, Perdidos na selva, Mais uma de amor, entre outras.

Atualmente, a Fernanda segue carreira solo e vez por outra, desde 1997, os integrantes da Blitz com Carla Morais, Eliane Tassis e Germana Guilherme, que substituíram Fernanda e Márcia se unem para tocarem juntos e reviverem o grande sucesso que influenciou tantas outras bandas dos anos 80 e da atualidade! Na foto, a formação atual.

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de outubro de 2009

Maria Bethânia ao vivo - As canções que você fez pra mim

Em 1995, Maria Bethânia lançou o cd As canções que você fez pra mim ao vivo, resultado da turnê do disco homônimo onde explorava o repertório de Roberto e Erasmo. Agora, em 2009, foi lançado o dvd com algumas faixas desse show que privilegia também alguns clássicos da "abelha rainha" e canções inéditas em sua voz.

Tanto o cd quando o dvd apresentam a maioria das faixas em comum, entretanto algumas estão apenas no cd, outras apenas no dvd. É o caso de Eu e água, Tudo de novo, Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu (trecho), Faixa de cetim, Meu primeiro amor e Mar e lua, presentes apenas no cd; e Eu preciso de você e O que é o que é, presentes apenas no dvd.

Estão lá em ambas as mídias Fera ferida, Fé cega faca amolada, As canções que você fez pra mim, Genipapo absoluto, Mané fogueteiro, Ronda, Onde o rio é mais baiano, Lua, Lua branca, Detalhes, Costumes, Você não sabe, Explode coração, Bárbara, Você, Reconvexo, Todo sentimento e Emoções.

Algumas canções da turnê de Bethânia na época como Fogueira, Adeus bye bye, Vida vã, Medalha de São Jorge, Seu corpo e Eu velejava em você não fizeram parte do projeto que apresenta áudio e vídeo como registros da época. E, embora alguns reclamem desse fator, áudio e vídeo regulares, não podemos negar que um show como esse deve fazer parte da coleção de todo amante da boa música e da obra da Bethânia!

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de outubro de 2009

As cidades cantadas - 8

Vamos homenagear duas cidades co-irmãs: Petrolina/PE e Juazeiro/BA. Separadas apenas pelo Rio São Francisco, formam o maior aglomerado urbano do sertão nordestino. Petrolina faz aniversário em 21 de setembro e destaca-se pela grande produção vinícola, a segunda do país. Juazeiro aniversaria em 15 de julho e é uma cidade mais industrial, destacando-se por ser a terra de Ivete Sangalo e João Gilberto.

Mas, quem prestou homenagem a essas cidades foi Jorge de Altinho com sua Petrolina Juazeiro, gravada posteriormente por Elba Ramalho, Alceu Valença e Trio Nordestino, entre outros e que serve como destaque em nossa viagem musical e geográfica de hoje:

Petrolina/Juazeiro
(Jorge de Altinho)

Na margem do São Francisco, nasceu a beleza
E a natureza ela conservou
Jesus abençoou com sua mão divina
Pra não morrer de saudade, vou voltar pra Petrolina

Do outro lado do rio tem uma cidade
Que em minha mocidade eu visitava todo dia
Atravessava a ponte ai que alegria
Chegava em Juazeiro, Juazeiro da Bahia

Hoje eu me lembro que nos tempos de criança
Esquisito era a carranca e o apito do trem
Mas achava lindo quando a ponte levantava
E o vapor passava num gostoso vai e vem

Petrolina , Juazeiro, Juazeiro, Petrolina
Todas duas eu acho uma coisa linda
Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Trabalho cantando, a terra é a inspiração...

Quem escuta os sucessos atuais e quem viu a última novela global das seis, reconhece que a dupla Victor e Léo vem conquistando seu espaço, conquistando um imenso público fiel com grandes sucessos. Naturais de Ponta Nova/MG, os irmãos Victor Chaves Zapalá Pimentel e Leonardo Chaves Zapalá Pimentel foram criados no interior de Minas, acostumados a ouvir e cantar música sertaneja.
Aos onze anos, Victor já aprendia violão e Léo participava de conjunto musical, quando em 1992 decidiram cantar juntos, participando de festivais, festas locais e bares, posteriormente em Belo Horizonte. Já em São Paulo, em 2001, gravam seu primeiro disco, sem obter sucesso imediato. Só vieram a tornar-se conhecido nacionalmente em 2006, já com o terceiro álbum gravado ao vivo e que despontou do interior para todo o país, mesmo sem gravadora e forte divulgação para a dupla, que geralmente compõem suas próprias canções.
Estima-se que a dupla tornou-se, além de artistas reconhecidos e cultuados até por quem não curte muito o gênero, os mais pirateados em termos de cds e dvds. Mas, também são os atuais campeões de shows e hits, com destaque para Fada, Vida boa, Amigo apaixonado, Fotos, Tem que ser você, Borboletas, Você sabia, Nada normal, Deus e eu no sertão, Sinto falta de você, Lembranças de amor, Paraíso, Quem de nós dois, etc. O jeito ímpar de cantarem seus sucessos com interpretações marcantes, com seus violões e suas vozes calmas garantem uma associação à renovação pela qual a música sertaneja passa, atingindo novas gerações e públicos!
Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Na beleza desse teu olhar eu quero estar o tempo inteiro...

Um dos sambistas mais populares desse país, pouco lembrado nos dias atuais é Antônio Gilson Porfírio, ou simplesmente Agepê, como é conhecido no meio musical. Natural do Rio de Janeiro, seu nome artístico é uma adaptação da fonética de suas iniciais. Técnico projetista, abandonou a profissão para seguir carreira artística.

Integrante da ala de compositores da Portela, seu sucesso começou quando gravou Moro onde não mora ninguém, em 1975. Fez escola com seu estilo de samba romântico e vendeu muitos discos que continham grandes sucessos como Menina dos cabelos longos, Cheiro de primavera, Me leva, Moça criança, Cama e mesa, De todas as formas, Atalhos, Diz que me ama, Dona do meu ser e Deixa eu te amar, seu maior sucesso de vendas e regravado recentemente por Simone.

Agepê foi ao andar de cima em 1995, mas suas canções são lembradas pois entram no hall das boas músicas que serão inesquecíveis, unindo-se a isso nossa singela colaboração de estarmos lembrando pessoas como ele que cantaram o amor de muitas gerações de uma forma ímpar! Na foto, uma das capas de seus discos.

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de outubro de 2009

Perfil Jorge Vercilo

Em 2003 a coletânea Perfil apresentou ao público a edição do Jorge Vercilo, compreendendo seus maiores sucessos até então. Jorge pode ser considerado um dos nomes contemporâneos que mais apresenta hits radiofônicos, reunidos nesse projeto que também inclui encarte com letra das canções que, em sua maioria, se tornaram clássicos de seu repertório e imprescindíveis em seus shows.

É o caso da faixa que abre o cd: Que nem maré, um megahit. Na sequência, Leve, Penso em ti e Final feliz, esta última com direito a dueto com Djavan, para quem ainda tinha dúvida sobre os timbres vocais desses dois grandes nomes de nossa música. Outros hits na sequência como Homem-aranha, Em órbita, Avesso e Raios da manhã.

Podemos encontrar ainda alguns sucessos temas de novela global como Praia nua (Tropicaliente) e Encontro das águas (Mulheres de areia). E, por fim, temos Amanheceu, Um segredo e um amor, O reino das águas claras e uma versão remix de Que nem maré. Como toda coletânea, essa também deixou de fora aquele sucesso, aquela canção que gostamos! Isso acontece com artistas do porte do Jorge que a cada lançamento enaltece a música brasileira com sua arte!

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de outubro de 2009

Sobe o morro e não se cansa...

Já que falamos um pouco sobre Emilinha Borba, vamos lembrar também a Marlene, ou melhor Vitória Bonaiutti de Martino. Também outro grande nome da era dos rádios, Marlene é natural de São Paulo/SP e tal qual Emilinha, brilhou nos rádios e no cinema nacional durante vários anos. Descendente de família italiana, conviveu em um colégio interno após a morte de seu pai, onde se destacou no coro juvenil da igreja. Já na adolescência, frequentou rádios onde recebeu seu nome artístico: Marlene.

Oscilando entre várias rádios, Marlene grava seu disco em 1946. E foi no carnaval do ano seguinte que emplacou seu primeiro sucesso: a marchinha Coitadinho do papai, abrindo espaço para aparecer em programas de televisão. E entre sucessos posteriores, podemos destacar: Macapá, Qui nem jiló, Brigas nunca mais, Bom que doi, Canoeiro, Lata d´água, Marlene meu bem, O casamento de Rosa, Saudosa maloca, Sapato de pobre, entre outras.

Marlene é daqueles nomes inesquecíveis e juntamente com Emilinha Borba, compõe as grandes vozes do rádio nacional, época que revelou tantos artistas renomados e influenciou outros tantos, além de propagar o trabalho dos cantores mais populares dessa época. Seus fãs travavam disputas históricas, mas sempre de uma forma saudável. Talvez essa coisa de fã-clube tenha começado graças a essas duas estrelas da nossa música!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Anjos da guarda

Se você procurar canções que remetam à data de hoje, dia dos professores, observará o seguinte: até na música brasileira esse tema é esquecido, ignorado ou simplesmente tratado como algo menor. Como professor penso o quão é difícil seguir uma profissão que todos sabem de sua importância, mas que poucos a reconhecem como deveriam. E isso parece acontecer em toda parte do mundo!

Você entra em sala de aula, tenta fazer o melhor que, vez por outra parece quase nada diante do interesse e da recepção de todos e ainda não obtem reconhecimento, seja por parte de um sálario digno, seja pela sociedade que não dá sua devida importância a quem verdadeiramente pode mudar uma nação!

Felizmente encontrei no repertório de Leci Brandão, uma sambista de primeira grandeza, acostumada a olhar pelas minorias dentre a sociedade, uma canção que parece ser uma contradição a tudo que falei! Tomara que um dia possa ver o quanto as coisas mudaram de quando eu escrevi essas simples palavras!

Anjos da guarda
(Leci Brandão)

Professores
Protetores das crianças do meu país
Eu queria, gostaria
De um discurso bem mais feliz

Porque tudo é educação
É matéria de todo o tempo
Ensinem a quem sabe tudo

A entregar o conhecimento
Na sala de aula
É que se forma um cidadão
Na sala de aula
Que se muda uma nação

Na sala de aula
Não há idade, nem cor
Por isso aceite e respeite
O meu professor

Batam palmas pra ele
Batam palmas pra ele
Batam palmas pra ele
Que ele merece...

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Por onde for quero ser seu par...

Filho de peixe, peixe é! Tenho defendido isso aqui com filhos que possuem no sangue a arte musical de seus pais. É o caso de Danilo Cândido Tostes Caymmi. Filho do grande Caymmi, Danilo já tocava violão e flautas na adolescência. Também compositor, atuou como flautista em seu primeiro grande sucesso: Andança, interpretado por Beth Carvalho, no Festival da Canção em 1968.

Mas, sua primeira gravação como flautista foi em 1964 no álbum Caymmi visita Tom. Nos anos seguintes participou dos discos de vários artistas até que em 1983 passou a integrar a banda que acompanhou Tom Jobim em diversos espetáculos mundo afora. Depois de vários shows também com sua família, iniciou carreira solo na década de 90, lançando seu cd em 1992.

Entre os vários intérpretes de sua obra estão Beth Carvalho, Nana Caymmi, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Jobim, Dominguinhos, Joyce, Milton Nascimento e Fagner. Alguns de seus sucessos: Casaco marrom, Caminhos do mar, A mulher e o mar, O bem e o mal, Por toda a eternidade, Anos dourados, Esquecendo você, Vatapá, Ponta negra. Danilo é um artista consagrado na música brasileira, respeitado por seu trabalho refinado que ecoa entre os grandes nomes da canção nacional!

Um forte abraço a todos!

domingo, 11 de outubro de 2009

Skank MTV ao vivo

Lançado em 2001, esse dvd retrata um show realizado em Ouro Preto/MG da banda mineira Skank, que durante todo o ano realizou uma votação em seu site e selecionou o repertório, que preza pelos clássicos da banda até então. O cd apresenta 17 canções, enquanto o dvd oferece o show completo com 27 faixas, além de entrevistas. A produção é por conta do próprio Skank e de Liminha.

Os sucessos do Skank, banda formada por Samuel Rosa, Henrique Portugal, Haroldo Ferretti e Lelo Zaneti são bastante radiofônicos e conhecidos por uma grande legião de fãs, país afora. E foi na histórica praça Tiradentes que o grupo começou o show à tarde e terminou já no começo da noite, entoando clássicos como Fica, É uma partida de futebol, Esmola, Pacato cidadão, Amolação, Indignação, A cerca, Rebelião, Zé Trindade, Jackie Tequila, Balada do amor inabalável, Três lados, Ela desapareceu, Tão seu, Saideira, Tanto, Resposta, Te ver, Mandrake e os cubanos, Siderado, Canção noturna, Garota nacional e É proibido fumar.

O grupo também lançou um novo hit: Acima do sol, além de interpretar em espanhol a canção Estare prendido em tus dedos, versão de Wrapped Around Your Finger, do grupo The Police. É um grandidoso show de uma magnífica banda que a cada ano só mostra o quanto a música brasileira é valiosa e o quanto as novas gerações dão continuidade à essa ideia.

Um forte abraço a todos!

sábado, 10 de outubro de 2009

A força do amor

Acho difícil alguém não curtir o Roupa Nova. Suas canções românticas, que encantaram tantos casais apaixonados nos anos 80, foram redescobertas recentemente e estão aí para provar que a boa música nunca passa!

A força do amor apresenta, além de um arranjo lindíssimo, melodia e letra em prol de um sentimento divino entre os seres humanos, e depois de conhecer e desfrutar dessa canção, alguém ainda duvida?

A força do amor
(Cleberson Hortsh e Ronaldo Bastos)

Abriu minha visão o jeito que o amor
Tocando o pé no chão alcança as estrelas
Tem poder de mover as montanhas
Quando quer acontecer, derruba as barreiras

Para o amor não existem fronteiras
Tem a presa quando quer
Não tem hora de chegar e não vai embora

Chamou minha atenção a força do amor
Que é livre prá voar, durar para sempre
Quer voar, navegar outros mares
Dá um tempo sem se ver, mas não se separa

A saudade vem quando vê não tem volta
Mesmo quando eu quis morrer
De ciúme de você, você me fez falta

Sei! Não é questão de aceitar
Sim! Não sou mais um a negar
A gente não pode impedir
Se a vida cansou de ensinar
Sei que o amor nos dá asa
Mas volta prá casa...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Só faz o que manda o seu coração...

Vamos viajar no tempo, mais precisamente à era do rádio e das marchinhas carnavalescas de Emília Savana da Silva Borba, ou simplesmente Emilinha Borba. Natural do Rio de Janeiro, Emilinha foi uma das maiores cantoras do seu tempo. Aos 14 anos já frequentava e vencia os programas de calouros. Sua primeira gravação em discos aconteceu em 1939 com a marchinha Pirulito.

Daí em diante, abraçou grandes êxitos em programas de rádio, filmes e vários discos e sucessos. Em 1949 gravou um de seus maiores sucessos: Chiquita bacana. Também nesse ano, iniciou-se uma das mais comentadas "rivalidades" da música brasileira, entre Emilinha e Marlene, outro grande nome do rádio nacional. Tido apenas como disputa entre fãs-clubes, no ano seguinte as duas gravaram os duetos Eu já vi tudo, Casca de arroz e A bandinha do Irajá.

Outros sucessos de Emilinha foram Paraíba, Baião de dois, Vai com jeito, Escandalosa, Se queres saber, Benzinho, Dez anos, Pó de mico, Tomara que chova, entre outras que comprovavam seu namoro com outros estilos musicais além das marchinhas. Emilinha também foi tida como a "preferida da Marinha", além de ser musa inspiradora de artistas como Roberto Carlos, Caetano Veloso e Clara Nunes. Foi ao andar de cima em 2005, um grande nome não apenas da era dos rádios, mas da memória da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Os Músicos do Brasil - 2

Dando continuidade à série que homenageia nossos grandes músicos nacionais, abordaremos hoje um fruto do Clube da Esquina, o maestro Wagner Tiso Veiga, natural de Três Pontas/MG. Um dos maiores músicos não só do Brasil, mas do mundo, Wagner Tiso sempre foi autodidata, mas aperfeiçoou-se em teoria musical com Paulo Moura, especializando-se em teclado. Sua carreira começou oficialmente em 1958.

Mais tarde, já nos anos 60, participou como compositor nos festivais e acompanhou gente como Maysa e Cauby Peixoto. Nos anos 70, fez arranjos para Gonzaguinha e para o próprio Milton Nascimento a quem tem sua carreira bastante atrelada até os dias atuais. Lançou seu primeiro disco solo em 1978. Sempre compôs com Milton e foi com ele que fez um de seus maiores sucessos, um hino nesse país: Coração de estudante.

Tiso possui em seu currículo grandes nomes da nossa música, seja acompanhando em shows, especiais ou em discos, além dos já citados, atuou ao lado de Ney Matogrosso, Nana Caymmi, Alceu Valença, Adriana Calcanhoto, Ana Carolina, Djavan, Edu Lobo, Elis Regina, Emílio Santiago, Fafá de Belém, Fagner, Gilberto Gil, Ivan Lins, Joanna, João Bosco, Lenine, Simone, Paulinho da Viola, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Gal Costa, entre outros. Inclusive, foi maestro em um dos discos mais lindos da Gal, seu Acústico Mtv. Estes são apenas alguns pontos de uma carreira mais que bem sucedida, que inclui trilhas de novelas, filmes, teatros, entre outros trabalhos desse músico de qual o país muito se orgulha!

Um forte abraço a todos!