terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Os sonhos mais lindos sonhei...

Vamos viajar mais no tempo da nossa música e encontrar mais uma voz ímpar da era do rádio nacional: Catello Carlos Guagliardi, mais conhecido por Carlos Galhardo. Descendente de italiano, foi alfaiate antes de ingressar na música ao ser ouvido pela primeira vez por um time formado por Francisco Alves, Mário Reis e Lamartine Babo, que o aconselharam o rádio.

Ainda nos anos 30 lança seu primeiro disco, com as marchas Você não gosta de mim e Que é que há. Conhecido como "o cantor que dispensa adjetivos", Galhardo é lembrado por ser o artista que mais cantou temas que remetem a datas festivas como Boas Festas, Mãezinha querida, Bodas de prata, Papai do meu coração, Tempo de criança, Olha lá um balão, Valsa dos namorados, etc.

Além disso, constam em seu repertório clássicos da nossa música como Fascinação, Alá-la-ô, A você, Devolve e  Será?, entre outras. Carlos Galhardo partiu para a eternidade em 1985. E quem já o viu cantar, ouviu sua voz, suas interpretações, sabe que ele é daqueles grandes cantores que realmente dispensam adjetivos, por já ser um bom adjetivo!

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dominguinhos Especial - 70 anos de estrada

A Rede Globo Nordeste exibiu ontem, 12/02, um especial em homenagem aos 70 anos de vida do Dominguinhos, cantor, compositor, instrumentista, amigo, nordestino e com tantas outras qualidades que não lhe cabem em uma simples postagem ou em um único programa televisivo. Com quase uma hora de duração, a história é contada pelo próprio Sr. Domingo, com direito a depoimentos e participação de amigos e familiares.

Dominguinhos falou da sua infância, família, carreira e também de como conheceu Luiz Gonzaga, que foi seu maior influenciador musical e artístico. Depoimentos de Fausto Nilo, com quem já compôs diversas canções, e Fagner, com quem já gravou e se apresentou em diversos momentos. Também visitou a casa de Waldonis, um de seus principais afilhados musicais, em Fortaleza/CE.

Aqui em Aldeia, bairro de Camaragibe/PE, gravou uma "roda de sanfona" com a presença de Nádia Maia, Genival Lacerda, Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Ivan Ferraz, além da eterna parceira de composições Anastácia e de sua filha Liv Moraes. Várias canções foram entoadas como Eu só quero um xodó, Forró no escuro, Tenho sede, Lamento sertanejo, Xote das meninas, Amizade sincera, entre outras, tudo para justificar que por mais que pareça pouco é sempre necessário reverenciar estrelas como Dominguinhos, a quem o público brasileiro aplaude e contempla em seu aniversário e sempre!

Um forte abraço a todos!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Vieste

São muitas as canções do Ivan Lins que merecem destaque. Essa por exemplo é das minhas preferidas. Vieste foi tema da novela global Sonho meu, em 1993 e marcou pelo seu romantistmo, pela sua construção melódica, pela sua harmonia, típicos de criações do Ivan.

E o mais curioso é que a letra é feita apenas em duas estrofes, com frases simples, mas ao mesmo tempo completa e nisso se dá o sucesso dessa canção: não deve ser fácil fazer uma canção simples, com poucas palavras e dizer tudo aquilo que se deseja de forma tão perfeita! Ponto do Ivan para a música brasileira!

Vieste
(Ivan Lins e Vítor Martins)

Vieste na hora exata
Com ares de festa e luas de prata
Vieste com encantos, vieste
Com beijos silvestres colhidos prá mim

Vieste com a natureza
Com as mãos camponesas plantadas em mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Meu amor

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Não deixe de pensar nenhum minuto em mim...

A Jovem Guarda também apresentou duplas e entre elas, destacamos na postagem de hoje Os Vips, formada pelos irmãos Ronaldo Luís Antonucci e Márcio Augusto Antonucci. Curioso é que ao contrário de várias duplas que posteriormente se separam, eles começaram separados e depois seguiram juntos. E na Jovem Guarda foram destaque, além de especificamente o Márcio se destacar como produtor musical posteriormente.

Os grandes sucessos da dupla são composições do Roberto Carlos, como A volta, Emoção, Faça alguma coisa pelo nosso amor, É preciso saber viver, Largo tudo e venho te buscar. Outros sucessos da dupla, no decorrer de todos esses anos foram Menina linda, Coisas que acontecem, Obrigado garota, Coruja, etc.

Eles não se encontram apenas para reviver a Jovem Guarda. Os Vips continuam a fazer shows concorridíssimos país afora e todos cantam suas canções mais que apaixonadas e marcantes na vida de seu público eterno e fiel!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

É pagode pra valer...

Esse é o grupo de Ademir Batera, Flavinho Silva, Ronaldinho do Banjo, Sereno do Cacique, Bira Presidente, Ubirany e de todos os brasileiros que adoram samba e reconhecem na banda Fundo de Quintal uma das melhores referências desse estilo brasileiríssimo. Formado em 1980 no Cacique de Ramos, foi porta para o sucesso de sambistas famosos como Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Mário Sérgio, Sombrinha e Almir Guineto.

Tornando-se a maior referência para outras bandas que surgiriam posteriormente, sobretudo nos anos 90, o grupo Fundo de Quintal se destacaram por sucessos como A amizade, O show tem que continuar, Nosso grito, Só pra contrariar, Insensato destino, Do fundo do nosso quintal, A batucada dos nossos Tantãs, E eu não fui convidado, Boca sem dente, Ô Irene, Miudinho, entre outros.

Beth Carvalho, como de costume, é madrinha do grupo. Digo, costume, porque Beth é uma descobridora nata de talentos para o nosso samba. E o grupo Fundo de Quintal segue em suas rodas de sambas e em seus shows, reencontrando seu público fiel e apresentando esse samba gostoso e tradicional que a música brasileira oferece em nomes e grupos como este!

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 2

Começando essa série, resolvi falar mais uma vez do João Gilberto, coisa que já tinha feito antes em uma postagem geral sobre ele e depois, quando falei de um de seus discos, Eu sei que vou te amar, de 1994. Mas, falar sobre o João nunca é demais e o intérprete e lendário João Gilberto não cabe em uma, duas ou três postagens apenas. Ele, com seu violão único, com sua voz mansa que quebrou a ideia de que cantor só aquele que possui vozeirão, é simplesmente a maior influência para a maioria dos outros grandes intérpretes que ainda abordaremos por aqui.

O papa da Bossa Nova é citada por uma geração que, posteriormente daria continuidade não à sua escola, mas a essa universidade que se credita ao estilo manso, sereno, carregado de harmonias dissonantes e de uma forma ímpar de interpretar as canções que ganham o prêmio de passar por sua voz. João compôs pouco e talvez por isso mesmo tenha se destacado como intérprete, solidificando a Bossa Nova ainda nos anos 50 no mundo inteiro e sendo uma referência dela.

Como intérprete navega fluentemente no repertório do Tom Jobim, imortalizando canções como Desafinado, Eu sei que vou te amar, Wave, Fotografia, Garota de Ipanema e a mais marcante Chega de saudade, entre outras. Mas, João também deixa sua marca na obra do Caymmi, levando os ouvintes ao delíro quando interpreta coisas como Você não sabe amar, Rosa Morena e Saudade da Bahia. Só por aí, já lhe renderia o posto máximo da interpretação nacional. Mas, navega em uma faixa que vai da obra do Caetano, passando pelo Carlos Lyra e chegando até o Lobão.

Que João é uma lenda da nossa música, isso já é de praxe para todos. Mas, o que mais chama atenção é a sua forma de interpretação, numa musicalidade diferenciada e única. Às vezes, parece omitir notas, outras vezes, lapidá-las. Às vezes pensamos que só ele mesmo se acompanharia daquela forma e para uns passa a impressão de que ele está cantando rápido demais. Eu sei que há que não o entenda, há quem não o suporte. Mas, existe um time que ouve, se fascina e nunca mais se esquece e eu faço parte deste!

Um forte abraço a todos!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Só louco

A mais recente novela global Insensato coração teve seu título inspirado nessa canção de Dorival Caymmi. Só louco é talvez  a mais famosa e mais típica canção do Caymmi pois traz consigo todas as característica desse mestre da nossa música: sua simplicidade e sofisticação musical ímpar. Um fato curioso é que essa canção data de 1956 e não fez tanto sucesso com seu autor.

Em 1976 Gal Costa deu a interpretação que imortalizou essa canção, embora tantos outros intérpretes já tenham se arriscado a interpretá-la como Nana Caymmi, Leila Pinheiro, Jane Duboc, Renato Russo e Nelson Gonçalves. A simplicidade na letra, na volta que ela dá, o charme de estar completa de romantismo, de dizer tudo em poucas palavras é sem dúvida o seu segredo e o que a torna um grande clássico.

Só louco
(Dorival Caymmi)

Só louco!
Amou como eu amei
Só louco!
Quis o bem que eu quis

Ah! insensato coração
Porque me fizeste sofrer
Porque de amor para entender
É preciso amar, porque...

Só louco!...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Espinho não machuca a flor...

Esta é Leny de Andrade Lima, conhecida por Leny Andrade. Aos seis anos, essa consagrada cantora já tocava piano e estudou música em conservatório na adolescência. Natural do Rio de Janeiro/RJ, no fim da década de 50 já atuava como crooner de boate. Na década de 60 em diante, alcança sucesso nacional, sobretudo por seus shows em parceria com Pery Ribeiro.

E entre os sucessos dessa grande intérprete, temos Estamos aí, Samba de rei, Vai amigo, A resposta, Águas de março, Como dois e dois, Nós, Cantor da noite, Flor de lis, A flor e o sorriso, O negócio é amar, Trocando em miúdos, As rosas não falam, Acontece, O mundo é um moinho, A ilha, Wave, Corcovado, Dindi, Se todos fossem iguais a você, etc.

Talvez a mídia não seja tão atenciosa e justa com essa intérprete que o país possui e preza por sua voz, algo bastante evidente em seus shows e no público fiel que a acompanha há muitos anos. Isso também é fato quando percebemos que aqui temos mais uma grande voz para canções de Tom, Vinícius, Djavan, Cartola, Ivan e tantos outros bons mestres da composição nacional!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Somos sempre mensageiros esperando a tua voz...

Sá & Guarabyra
Sá & Guarabyra é a dupla formada pelos cantores Luís Carlos Pereira de Sá e Guttemberg Nery Guarabyra Filho, um natural do Rio de Janeiro/RJ e o outro, de Barra/Ba. Curioso é que começaram suas carreiras solos e só depois se uniram a Zé Rodrix (famoso sobretudo por ter composto a canção Casa no campo), formando a banda de rock rural Sá, Rodrix & Guarabyra. Zé permaneceu pouco tempo, ficando posteriormente a dupla.

E emplacaram alguns sucessos, constando como intérpretes e também em alguns casos como compositores, apresentando canções como Sobradinho, Espanhola, Pássaro, Roque santeiro, Dona, Verdades e mentiras, Harmonia, Sete Marias, Cheiro mineiro de flor, Caçador de mim, etc.

Com suas vozes mansas, um canto tranquilo, uma música que acalma os corações, a dupla voltou a ser trio na década de 2000, com o retorno do Zé. Infelizmente, Zé Rodrix nos deixou há pouco tempo, mas Sá  & Guarabyra continuam a fazer shows e encontrando seu público fiel e seus eternos sucessos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dvd Uma noite em 67

E com essa postagem encerramos não apenas a semana dedicada ao Terceiro Festival da Música Popular Brasileira, mas também ao mês de janeiro, quando dedicamos postagens a filmes que se destacam no cenário nacional e que possuem alguma ligação com a música brasileira. Lançado em 2010, o documentário apresenta as cinco canções mais bem colocadas, retratadas em postagem dessa semana.

Junto a elas estão depoimentos inéditos de seus intérpretes sobre aquele e outros momentos que marcaram o ano de 67. Sérgio Ricardo, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, MPB - 4, Gilberto Gil e Edu Lobo comentam sobre suas atuações e sobre os acontecimentos que envolveram suas apresentações e o que ficou disso tudo. Outros artistas jurados ou produtores do evento como Nelson Motta, Zuza Homem de Mello, Sérgio Cabral, Chico Anísio e Paulo Machado de Carvalho também prestam suas impressões em depoimentos que enriquecem o documentário.

Nos extras, as outras canções do Festival e seus intérpretes: Jair Rodrigues, Dory Caymmi, Nana Caymmi, além de causos contados também por Maria Medalha, Ferreira Gullar e Johny Alf. Com direção de Ricardo Calil e Renato Terra, além das canções apresentadas, temos entrevistas de bastidores da época complementando um trabalho histórico que também oferece imagens raras da então passeata da música brasileira contra as guitarras de 1967 que reuiniu alguns dos nomes do Festival contra o rock da época, nos extras.

Aquele Festival, aquele ano foi decisivo para a música brasileira e para esses e outros artistas que beberam dessa fonte. É claro que outros acontecimentos sucederam esse momento nas carreiras de nossos astros, mas é fantástico imaginar um trabalho desses que representa uma constelação, pois poucos foram os momentos em que tivemos tantas estrelas juntas!

Um forte abraço a todos!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Alegria, alegria

Essa não foi a canção vencedora do Terceiro Festival da Música Popular Brasileira. Ficou com a quarta posição, embora apresentasse justamente os requisitos daquele evento: uma canção de protesto às condições políticas atuais. Mas, até hoje é lembrada e requisitada nos shows do Caetano. Nas aulas de história, quando se estuda o período da ditadura, ela está entre as cinco canções (se não for a primeira), a ser citada como exemplo de protesto desse momento.

Realmente, foi uma ousadia do Caetano apresentá-la em um Festival em um momento em que a Política dizia: Não pode!, por conta de sua letra carregada de protestos (Vou sem lenço, sem documento... Em caras de presidentes,... em bandeiras, ..., guerrilhas,..., Sem livros e sem fuzil, sem fome, sem telefone no coração do Brasil, ...) e que a própria música brasileira mais conservadora dizia: Não pode! pela canção agregar elementos do rock em seu arranjo, no caso as guitarras elétricas, coisa patética que o Caetano sabiamemente soube dar fim e ao mesmo tempo fazer surgir o movimento que teria sua marca: A Tropicália.

Alegria, alegria
(Caetano Veloso)

Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...

O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...

O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia

Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos

Eu vou
Por que não, por que não...

Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento
Eu vou...

Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...

Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...

Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...

Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...

Por que não, por que não

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Terceiro Festival da Música Popular Brasileira - 1967 - Parte 02

5º lugar:  Maria, Carnaval e Cinzas
Continuando com o Festival que foi um marco na música brasileira, apresentaremos hoje as cinco mais bem colocadas: em quinto lugar temos Maria, canaval e cinzas, do compositor Luiz Carlos Paraná, defendida pelo Roberto Carlos. Sob vaias, presenciamos um artista que faria justiça ao título de rei, pois mesmo diante das adversidades do preconceito apresentado pela maior parte do público e até por colegas, o rei exibiu uma performance invejável, ao interpretar um samba que não era muito sua praia, nem se tornou algo tão significante em seu repertório.

4º lugar: Alegria, alegria
O quarto lugar veio com Caetano Veloso e sua Alegria, alegria, canção que marcaria a obra deste compositor, o acompanhando até hoje como um de seus maiores hits e também tornou-se um hino de protesto contra a ditadura que emergia em nossa política. Creio que foi uma das canções que ficaram desse movimento e também o estopim para acabar com a besteira de que a música brasileira deveria repudiar a guitarra elétrica, típica do rock nacional e internacional.

3ºlugar: Roda viva
Em terceiro lugar, tivemos Chico Buarque e o MPB - 4 com Roda viva. Em um arranjo vocal que era um espetáculo a parte do grupo MPB - 4, essa canção foi bastante aclamada, embora hoje figure no repertório mais esquecido do Chico, que lançou muitas outras canções que se tornariam clássicos em seu repertório e na música brasileira e que ofuscariam Roda viva na lista das grandes canções desse grande compositor.

2º lugar: Domingo no parque
A medalha de prata ficou com Gilberto Gil e Os Mutantes, que juntos defenderam Domingo no parque, do Gil. Vale a mesma observação para a canção do Caetano: a guitarra foi o diferencial, embora aqui a letra, a harmonia, toda a criação seja um espetáculo. Nascia a Tropicália e, talvez por isso, as duas canções, a de Caetano e a de Gil, são as mais lembradas desse evento. Destaque também para a Rita Lee que fazia parte do grupo Os Mutantes, que acompanharam Gil na interpretação.

1º lugar: Ponteio.
O primeiro lugar ficou com Edu Logo e Maria Medalha, que defenderam Ponteio, do Edu. E, embora essa canção tenha sido a vencedora e tenha rendido grandes oportunidades ao Edu, hoje pouco se sabe, pouco se lembra de Ponteio, canção esquecida no repertório dos grandes clássicos brasileiros, até por seu criador. Outras canções do Festival e seus respectivos intérpretes foram O cantador (Elis Regina), A estrada e o violeiro (Nara Leão), Bom dia (Nana Caymmi), Gabriela (MPB - 4) e Samba de Maria (Jair Rodrigues).

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Terceiro Festival da Música Popular Brasileira - 1967 - Parte 01

Em virtude do lançamento do Dvd Uma noite em 67, vamos comentar durante as postagens de hoje até domingo sobre esse Festival que mudou a história da música brasileira, sem desmerecer os demais. O terceiro Festival da Música Popular Brasileira é hoje lembrado simplesmente como Festival da Record de 1967 ou mais sucintamente como o Festival de 67.

É claro que esse tema não se trata como algo sucinto, pela grandiosidade que foi esse evento. Mas, vamos tentar lembrar um pouco o que foi um marco na carreira de muitos artistas envolvidos e dos rumos que a música brasileira tomava naquele instante, diante de tantos acontecimentos que envolvia o país há mais de 40 anos atrás!

De um modo geral, os Festivais foram importantes porque deles surgiram grandes intérpretes que aí estão e fazem escola, sendo tais acontecimentos portas para o acontecimento nacional de vários artistas, como é o caso de Milton Nascimento, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Djavan, Sandra de Sá, Guilherme Arantes, Emílio Santiago, etc. Movimentos musicais também fincaram suas raízes nesses eventos, como é o caso da Tropicália.

Sérgio Ricardo quebra e lança o violão à platéia, sob vaias.
Mas, creio que a importância do Festival de 67 se dá pelo motivo de solidificar o evento como algo importantíssimo dentro da música brasileira e ao mesmo tempo reunir tantos grandes nomes emergentes ou não em um só palco. Sem falar do público que virou um espetáculo a parte com suas vaias e suas surpresas, como o episódio em que Sérgio Ricardo, já descontente com tanta vaia e desrespeito por não conseguir apresentar seu número Beto bom de bola, quebrou o violão, o arremessando à platéia, em uma imagem histórica não só dos Festivais, mas para a Televisão Brasileira!

Na próxima quinta: as cinco canções mais bem colocadas no Terceiro Festival da Música Popular Brasileira, que aconteceu na noite do dia 21 de outubro de 1967, no Teatro Paramount em São Paulo, apresentado pela Tv Record e que reuniu em um mesmo palco nomes como Edu Lobo, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque e Roberto Carlos, além de Elis Regina, Nara Leão, Dori Caymmi, Rita Lee, Nana Caymmi, Jair Rodrigues, Martinho da Vila e o grupo MPB - 4, entre outros.

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Deus é brasileiro

Em 2003 o cinema nacional lançou um dos filmes mais interessantes dessa nova safra: Deus é brasileiro. Com um elenco que reune Antônio Fagundes, Paloma Duarte, Wagner Moura, Hugo Carvana, Stepan Nercessian, entre outros e sob a direção de Cacá Diegues, essa comédia dividiu opiniões quanto ao seu enredo. Alguns gostaram, outros foram ao extremo e o classificaram como um erro.

A história gira em torno de Deus (vivido pelo Antônio Fagundes) que, cansado de tantos erros cometidos pela humanidade decide tirar uma férias em alguma estrela distante. Para isso, precisa de um substituto, enquanto tiver fora e decide procurar no Brasil, por este ser um país bastante católico, embora ainda não apresentasse nenhum santo reconhecido oficialmente. Taoca (Wagner Moura) é então seu guia e buscam em vários pontos do país pela pessoa ideal.

Destaque para várias paisagens lindas que o país oferece e que presenciamos no filme que questiona essa nossa falta de percepção das coisas boas que temos e atribuímos todas as nossas dificuldades aos cuidados divinos.  No campo musical temos Djavan (Lua de abertura e Melodia sentimental), Lenine (A vida do viajante), Luiz Gonzaga (também em A vida do viajante), Roberta Miranda (Vá com Deus), etc. Vale a pipoca de janeiro, sim!

Um forte abraço a todos!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Amor cigano

Eu adoro ouvir a Fafá de Belém. Eu só, não! O Brasil inteiro, o mundo inteiro sem sombra de dúvidas! Aqui uma das canções mais lindas de seu repertório, lançada em 1989 e composta pela dupla campeã de hits Michael Sullivan e Paulo Massadas, ambos já homenageados na série Os compositores do Brasil, pelo nosso Blog.

Amor cigano retrata aquele amor partido, mas difícil ou quase impossível de ser esquecido, de ser superado. É o que a letra segue questionando por todo seu desenrolar: como esquecer algo inesquecível, algo que deixou sua marca como uma eterna tatuagem! E a Fafá entra para dar seu toque inesquecível de grande intérprete que nós brasileiros temos o orgulho de desfrutar!

Amor cigano
(Michael Sullivan e Paulo Massadas)

Como vou dizer que não te amei
Se eu ainda penso em você
Se eu ainda tenho a ilusão
De encontrar para nós a solução

Como vou dizer que te esqueci
Se eu não aprendi a te esquecer
Se eu não consigo mais dormir
Sonho acordada com você

Mesmo sem querer eu vou lembrar
Coisas impossíveis de apagar
É pra mim difícil entender
A vida sem você

Dói se você diz que não me quer
Mas eu não consigo te deixar
Faço tudo que esse amor quiser
Pra você ficar

Vida minha, vida minha
Meu amor cigano
Como posso me enganar
Fingir que não te amo

Vida minha,vida minha
Não me deixe agora
Logo quando eu mais
Preciso de você

Diz pra mim que não deixou
de me querer...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Loja de discos

Logomarca de loja fonográfica famosa do Recife
Li recentemente que uma famosa e antiga loja de discos do Rio de Janeiro simplesmente fechou as portas, depois de tanto tempo operando com esse mercado e não suportou a crise fonográfica que aportou no mundo e em nosso país, sobretudo nessa década passada. Aqui em Pernambuco e mais precisamente no Recife, presenciamos uma rede de discos frequentadíssima e com várias franquias também desaparecer nos últimos anos: a famosa Aky Discos. É claro que os tempos são outros: lojas virtuais, músicas vendidas pela internet e o pior, a pirataria assessorada pelos downloads ilegais que 95% das pessoas realizam, vamos ser francos e honestos!

Não conheço os donos da Rede e apenas expresso meu sentimento de lamentação por não ter mais uma loja que tanto visitei. Não que eu queira ser saudosista, embora meus textos sempre caminham para essas tendências, mas eu sinto falta das lojas de discos que depois se tornaram lojas de cds, mas que hoje são apenas portas fechadas. Lembro que grandes magazines possuíam um setor apenas para esses produtos, que garantiam a atratividade de aficcionados por música, como eu.

E não apenas os grandes magazines, mas grandes lojas de discos eram pontos de visitas regulares de quem gostava de saber quais as novidades. Os vinis, antigos bolachões, e posteriormente os cds sempre foram produtos cobiçados por amantes do ramo, atraíam uma clientela frequente. Hoje em dia, lojas como essas são raras e mesmo assim não podem viver unicamente desse produto. Não tenho o direito de ir contra o progresso, mas como diz a canção do Roberto (O progresso), apelaria para o bom senso: seria legal se tivéssemos mais lojas dessaspor aí!

Não sei o que seria necessário para que isso acontecesse, talvez um combate rigoroso à pirataria e um incentivo fiscal satisfatório por parte do governo, aliado a um trabalho de conscientização da sociedade fosse o começo. Sei que não dá para entrar no mérito da discussão entre o preço cobrado por uma loja e o mesmo cobrado por uma barraca de cds piratas, pois vejo esse lado de direito autoral do músico um assunto que dá pano para muitas mangas e não podemos parar por aqui! Mas, não posso deixar de registrar a falta que faz encontrar boas lojas de discos, como eram chamadas!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora...

Este é José Bezerra da Silva, o inesquecível sambista Bezerra da Silva. Descobri há pouco tempo que Bezerra é natural do Recife/PE e ainda na infância, tocava zabumba e cantava coco. Aos 15 anos partiu para o Rio de Janeiro em um navio, onde começou a trabalhar como pedreiro e pintor.  Ingressou na música sobretudo por sua paixão por instrumentos de percussão. Tornou-se o embaixador do morro, cantando seus problemas sociais através de seus partidos altos.

Entre os sucessos emplacados estão Malandragem dá um tempo, Sequestraram minha sogra, Defunto caguete, Bicho feroz, Overdose de cocada, Malandro não vacila, Meu pirão primeiro, Lugar macabro, Piranha, Pai véio 171, Candidato caô caô, Malandro é malandro e Mané é Mané, Pagode na casa do gago, Se Leonardo da vinte..., O bagaço da laranja, Se gritar pega ladrão, etc.

Bezerra partiu para a eternidade em 2005, mas sua música simples, social e direta com o coração do público, garantiram a perpetuação de seu trabalho que se reflete em novas gerações que divulgam seu trabalho e afirmam ter em Bezerra da Silva uma escola de muitas influências.

Um forte abraço a todos!

domingo, 16 de janeiro de 2011

O Cangaceiro trapalhão

Já ressaltei em outra postagem, quando do relançamento dos filmes dos trapalhões, toda minha admiração por esse quarteto que fez parte da minha infância. A saudade me faz visitar a obra de Didi, Dedé, Mussum e Zacarias e encontrar em seus filmes um pouco do que aprendi na vida. Um dos meus favoritos foi este, O Cangaceiro Trapalhão, lançado em 1983.

Em meio a cangaceiros, ao rei do cangaço Lampião e sua Maria Bonita, os trapalhões vivem no Sertão Nordestino várias aventuras e emboscadas em torno da semelhança de Didi com o rei do cangaço. O objetivo é recuperar a filha de Lampião e devolvê-la ao pai. Temos a participação de atores como Nelson Xavier, José Dumont e Tarcísio Meira e das atrizes Tânia Alves, Regina Duarte e Bruna Lombardi.

Com direção de Daniel Filho, temos a trilha sonora de Guto Graça Melo e Rita Lee, que conta com interpretações de Ney Matogrosso, Tânia Alves e Os Trapalhões. São vários títulos do quarteto que podem ser sugeridos. Vou indicando os meus favoritos, que podem ser encontrados a preços bastante acessíveis nas lojas do ramo, atualmente. Mais um ponto na saudade e na pipoca do mês de janeiro!

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Fim de festa

Todo mundo sabe que aprecio muito o trabalho do Adilson Ramos, retratado aqui em algumas postagens. Foi em um mês de janeiro, Festa de São Sebastião em Limoeiro/PE, que presenciei um show seu e nunca mais deixei de dizer que sou seu fã! Seu jeito animado, com uma energia positiva de um artista sempre dedicado à música conquista qualquer fã.

E essa é uma das canções de seu repertório que não pode faltar em seus shows, pois ressalta a pureza de uma paixão de adolescentes. É uma das que mais canto em casa quando escuto seus cds. O estilo dessa canção reflete tudo isso que falei sobre o Adilson, um cantor que poderia ter o mesmo reconhecimento nacional e internacional que obtém aqui em Pernambuco: um artista indispensável ao repertório romântico de todo apaixonado da música brasileira!

Fim de festa
(Júlio César, Rodrigo Otávio e José Elias)

Onde está você
Que já me esqueceu
E eu não consigo tirar
Você do pensamento

Essa paixão tão antiga
A sua mão tão amiga
Sem ter você nessa vida
Eu já não aguento

Saio por aí
Pra lhe procurar
E pelos bailes da vida
Eu já não te vejo

Danço com gente estranha
A solidão me apanha
Por mais que eu tente esquecer
É você que eu desejo

Quero que no fim da festa
Você apareça
E chame pra dançar

E num longo abraço
Vamos esquecer
Vamos dar um show
Pra todo mundo ver
Você vai dizer
Depois de um longo beijo
É você que eu desejo

Sha, la, la la, la...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Programa Globo de Ouro

Com o Youtube, várias pessoas, sobretudo as mais jovens têm acesso a programas que não são exibidos atualmente, mas que já foram campeões de audiência. Entre eles, destacaria o Globo de Ouro. Exibido durante as décadas de 70, 80 e início de 90, o programa estreou em 1972 com o subtítulo "A super parada mensal", que elencava as 10 canções que mais tocaram nas rádios naquele mês.

Ao longo de todo esse tempo, o Globo de ouro teve diversos diretores e também apresentadores, que geralmente atuavam aos pares. Só pra citar alguns, apresentaram por lá nomes como Tony Ramos e Christiane Torloni, Dennis Carvalho e Myrian Rios, Cláudia Raia e César Filho , Isabela Garcia e Guilherme Fontes, etc. Entre os tantos diretores, podemos citar Aloysio Legey, Walter Lacet, Márcio Antonucci, Dennis Carvalho, Roberto Talma e J.B de Oliveira, o Boninho.

O programa chegou a ser semanal em alguns períodos e sua importância se reflete na apresentação dos maiores nomes da nossa música contemporânea. Só pra citar, passaram pelo palco do Globo de Ouro artistas como Tim Maia, Sandra de Sá, Djavan, Roberto Carlos, Chico Buarque, Caetano Veloso, Tom Jobim, Titãs, Zeca Pagodinho, Nelson Gonçalves, Legião Urbana, Cazuza, Simone, Gal Costa, Guilherme Arantes, Alcione, etc.

A última edição do programa aconteceu em 28/12/1990, num especial daquele fim de ano. Na atual programação das emissoras abertas e até fechadas, penso porque não voltarem com algo dessa natureza, pois estamos muito carentes de programas musicais. Quem dera se programas desse tipo tivessem ao menos 25% das atenções que têm programas esportivos ou de fofocas, ou de culinárias ou tantos outros que são exibidos atualmente!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Eu me entendo escrevendo...

Uma das novas cantoras dessa nova geração da música brasileira é a Mariana Aydar. Natural de São Paulo/SP, desde pequena convive com astros da música brasileira empresariados por sua mãe, Bia Aydar. Sua carreira artística teve início em 2000, quando começou a cantar e integrar banda nas noites paulistas.

Em 2005 conhece Seu Jorge e excursiona com este pela Europa, abrindo seus shows. Lança seu primeiro cd em 2006. Entre os sucessos já emplacados em seu repertório estão Prainha, Minha missão, Deixa o verão, Lá vem a menina, Deixa o caroço, Na gangorra, Palavras não falam, Peixes pássaros e pessoas, Aqui em casa, etc.

Além de cantora, também é compositora e muitos ainda não devem conhecer seu talento, entretanto Mariana integra essa nova safra da boa música moderna e brasileira que se renova em nomes como o seu, quando encontram a tão almejada oportunidade!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Lisbela e o Prisioneiro

Uma das comédias nacionais que mais aprecio é Lisbela e o prisioneiro, com direção de Guel Arraes, lançado em dvd em 2003. Com um elenco que reune Selton Mello, Débora Falabella, Marco Nanini, Virginia Cavendish, Heloisa Perissé, Bruno Garcia, Aramis Trindade, André Mattos, Lívia Falcão e Tadeu Mello, a história foi toda gravada aqui em Pernambuco.

O enredo gira em torno do romance entre o malandro Leléu e a mocinha Lisbela, que de casamento marcado, desiste de tudo para ficar com seu novo amor, mesmo lutando contra suas próprias dúvidas e contra a vontade de personagens como seu pai, seu ex-noivo e todos os outros que perseguem Leléu como Inaura (amante de Leléu) e Frederico (o marido traído de Inaura e pistoleiro por profissão), que deseja matar Leléu.

A trilha sonora foi composta por artistas como Zé Ramalho (A dança das borboletas), Elza Soares (Espumas ao vento), Los Hermanos (Lisbela) e Cordel do Fogo Encantado (O amor é filme), entre outros. Entretanto, em termos de música, nada foi mais marcante que o resgate que Caetano Veloso fez para a música Você não me ensinou a te esquecer, de Fernando Mendes, pois o sucesso da canção foi além do filme, resgatando o Fernando para a música brasileira e ressaltando ainda mais o lado precioso do intérprete Caetano.

Um forte abraço a todos!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Mulher sem razão

O Brasil tem grandes vozes femininas e Adriana Calcanhoto é uma delas, além de grande compositora, temos nela uma extraordinária intérprete. Dá um tom todo original e próprio às canções que interpreta de outros artistas. É o caso dessa canção do repertório do Cazuza e da Bebel Gilberto, também interpretada pelo Ney Matogrosso.

Mulher sem razão reforça o amor próprio que o sexo feminino precisa despertar diante dos maus tratos e da falta de reconhecimento e carinho do companheiro. É como se uma nova voz falasse à ela como promessa de que proporcionaria tudo aquilo que ainda não foi capaz de desfrutar por possuir más companhias! Genialidades da nossa música:

Mulher sem razão
(Cazuza, Dé e Bebel Gilberto)

Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou

Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou

Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som

Dos meus toques pra você mudar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem

Ouve o teu coração
No final da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio

Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dá um pouco de atenção

Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não tá com nada
É uma festa na prisão

Nosso tempo é bom
Temos de montão
Deixa eu te levar então

Pra onde eu sei que a gente vai brilhar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem

Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Os Intérpretes do Brasil

Começamos o ano com uma nova série, originada das demais já apresentadas. Se falamos sobre os Compositores desse país, por que não explorar os grandes intérpretes que temos? A maioria deles já foi retratada por aqui, mas de um modo geral e não específicamente destacando uma qualidade que grandes nomes de nossa música têm de sobra.

E essa característica não é algo restrito à um certo grupo ou sexo. Temos grandes cantores, cantoras, duplas, bandas, grupos que se dedicam a dar um toque todo pessoal às composições, geralmente as deixando imortais. E temos ainda aqueles artistas que compõem e geralmente cantam o que criam, mas não perdem o poder de lapidar obras, algo bastante evidente quando resolvem gravar algo de outro artista, mesmo que isso seja algo raro em suas carreiras.

A série visa retratar tudo isso e a partir da próxima postagem envolvendo esse tema, vamos explorar mês a mês os maiores intérpretes brasileiros e algumas de suas imortais leituras musicais. O leitor já pode desde já citar, se desejar, alguma obra que considera imortal e, de preferência, destacando o intérprete da valiosa obra!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Eu tiro onda pra onda não me tirar...

Ano passado comentamos sobre a Luciana, filha do Jair Rodrigues. Esse ano, começamos falando sobre outra boa herança que o eterno pai do rap proporciona à música brasileira: seu filho Jair Rodrigues Melo de Oliveira, antigamente conhecido como Jairzinho e mais atualmente, Jair de Oliveira. Natural de São Paulo/SP, Jair já está no batente desde pequeno, quando integrou o elenco do grupo Balão Mágico na década de 80.

Após o fim do grupo, seguiu carreira em dupla com Simony, também do Balão, até migrar para os estúdios de música nos Estados Unidos. Atualmente, além de cantor é também músico e produtor. Entre sucessos de sua carreira solo, temos Você por perto, Disritmia, Tiro onda, Instruções, Bom dia anjo, Sou teu nêgo, Falso amor, Amor e saudade, entre outros.

Jair integra o grupo de novos nomes da música brasileira. E torcemos que outros nomes também surjam a partir de 2011, para dar uma renovada e uma arejada à música moderna que o Brasil produz, cada vez mais trabalhada por gente assim como esse artista!

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Trilogia RC - parte 3

Capa do dvd do filme.
Com essa postagem encerramos a Trilogia de filmes do Roberto Carlos e iniciamos os filmes indicados nesse mês de janeiro, como fizemos ano passado. Esse foi o primeiro filme em que o rei foi protagonista da história, com um enredo meio conturbado, mas que só pelos números musicais e pelas imagens da época, somadas à atuação do cara, já vale a "pipoca". É pena que esse dvd também esteja fora de catálogo.

Capa clássica do filme
Com direção de Roberto Farias e com a participação de atores como José Lewgoy, Reginaldo Farias e alguns integrantes da banda do rei, que na época ainda era RC - 7, a história gira em torno de bandidos internacionais que perseguem o astro da juventude, com o intuito de levá-lo aos Estados Unidos. Com mais de 2,5 milhões de espectadores, nesse filme, RC vive todas as cenas perigosas, dispensando dublê. Além disso, temos cenas acrobáticas como um helicóptero passando por um túnel e o artista dentro de um carro descendo pendurado num guindaste.

Capa do Lp, K7 e Cd de 1967.
A trilha sonora é um espetáculo a parte e foi lançada em novembro de 1967, no disco do Roberto com o mesmo nome do filme, que você confere a capa ao lado e com as canções: Eu sou terrível, Como é grande o meu amor por você, Por isso corro demais, Você deixou alguém a esperar, De que vale tudo isso, Folhas de outuno, Quando, É tempo de amar, Você não serve pra mim, E por isso estou aqui, O sósia, Só vou gostar de quem gosta de mim, com algumas delas, sendo apresentadas em clipes no filme. Outras canções já vinham do seu disco anterior como Namoradinha de um amigo meu, Eu te darei o céu e Negro gato, além de Canzone per te, lançada em disco no ano seguinte e que faria de Roberto o vencedor do Festival de San Remo de 1968, fato esse que comentaremos em outro momento!

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Amor imenso

Feliz 2011 a todos! Que tenhamos um ano novo com grandes realizações positivas em nossas vidas. Sempre com muita saúde, empenho em nossos trabalhos e paz interna e externa é o que desejamos a todos! E vamos começar 2011 com esse mesmo Amor imenso que cada um de nós traz em seu coração!

Essa canção é um clássico do repertório do Nando Cordel e um clássico entre as canções que exaltam paz, coisas que o Nando sabe fazer tão bem. Em poucas palavras, ele consegue sintetizar o sentimento fraternal de todos que buscam a paz, mesmo aqueles que a buscam sem saber como plantá-la nos corações alheios e nos próprios corações:

Amor imenso
(Nando Cordel)

Vem, tá difícil viver sem você por aqui
Vem colorir nosso mundo e me fazer feliz
Traz teu amor, que é tão forte e de muita beleza
Meu coração não consegue viver na incerteza

Abre a porta e deixe entrar
Essa paz que faz o amor imenso, imenso

Vamos deixar o amor enramar essa terra
Vamos deixar essa paz enraizar todo o mundo
Vamos deixar a pureza invadir nossos corações
Se transformar em corrente, em busca de soluções

Abre a porta e deixe entrar
Essa paz que faz o amor imenso, imenso

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!

Essa é uma postagem especial para desejar a você, amigo do Blog Música do Brasil, uma ótima passagem de ano e um 2011 cheio de boas realizações em sua vida! Você que por aqui passa, pesquisa, comenta ou apenas lê o que comentamos sobre a melhor música do mundo, muito obrigado e espero contar com essa parceria em 2011!

Um ano novo com boas realizações, saúde, paz e claro, muita música em nossos corações. Vamos torcer para que em 2011 nossos artistas estejam cada vez mais empenhados em seus trabalhos, inspirados em suas composições e que sejamos brindados com os bons frutos disso tudo, seus lançamentos que poderão ser comentados por aqui.

Também não vamos esquecer daqueles que colaboraram com essa que é e sempre será a melhor música do planeta, para amantes como eu e você que a cultuam todos os dias em cds, dvds, shows, programas, em qualquer detalhe que envolva esse sentimento musical. E diariamente estaremos por aqui juntos e contemplando mais um Feliz Ano Novo Musical, seguindo por essa estrada musical, pela qual tanto gostamos de passear!

Boas Festas e Um forte abraço a todos!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Os Músicos do Brasil - 17

Essa Série também se desenvolveu mês a mês e acabamos compreendendo um pouco da importância de vários instrumentistas como tantos outros que ainda abordaremos e como esse que vos apresento: Wilson das Neves. Natural do Rio de Janeio/RJ, embora também figure como cantor e compositor, Wilson é mesmo "a referência" em termos de baterista nesse país.

Desde muito jovem já tocava seu instrumento e tem em seu currículo os mais variados artistas, pois começou a acompanhar nomes da música brasileira ainda na década de 50, até os dias atuais, trabalhando na banda de Chico Buarque desde os anos 80. Além do Chico, já acompanhou Elza Soares, Elis Regina, Wilson Simonal, Elizeth Cardoso, Roberto Carlos, Ney Matogrosso, Tom Jobim, Francis Hime, Zeca Pagodinho, João Donato, Sarah Vaughan, Michel Legrand, Clara Nunes, Nara Leão, Maria Bethânia, João Bosco, Emílio Santiago, Gal Costa, Nelson Gonçalves, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Alcione, Beth Carvalho, entre mais de 600 nomes.

Wilson também é compositor, tendo dividido obras com o próprio Chico Buarque, Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro, dentre outros. E depois de perceber um currículo como esse, marcante em várias gravações e shows de tantas personalidades importantes desse país, não sobram dúvidas de que estamos diante de um grande mestre em termos de instrumentistas de nosso país!

Um forte abraço a todos!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Roberto Carlos Especial 2010!

Rei no especial 2010 cantando Emoções
Como faz desde 1974, recebemos ontem o presente de Natal vindo diretamente do papai Noel da Música do Brasil: Roberto Carlos e seu tradicional especial de fim de ano, que aconteceu para nós telespectadores, quase ao vivo da praia de Copacabana no Rio de Janeiro. Apesar de parecer abatido por conta de problemas no joelho, o que o fez cantar quase todo show em um banquinho, o rei não perdeu a majestade e mais uma vez emocionou seu público!

O melhor número da noite. Cortesia do Zé Jeimis.
Após a abertura instrumental, o rei manda ver em Emoções, Além do horizonte e para surpresa de muitos, o rei reverencia a praia, cantando Copacabana (princesinha do mar) do João de Barro, e afirmando sonhar morar em Copacabana quando veio de Cachoeiro do Itapemirim/ES. Na sequência, Eu te amo te amo te amo, Amor perfeito e Cama e mesa, até chamar ao palco a primeira convidada: Paula Fernandes, com quem fez o melhor número da noite, a meu ver onde travaram uma espécie de diálogo musical com Eu te adoro meu amor, Eu sou terrível, Eu te darei o céu, Na paz do seu sorriso, Ciúme de você, Não quero ver você triste e Nossa canção.

Sentado ao banquinho por problemas no joelho.
O rei teve seus momentos solos em números como Detalhes, Lady Laura, Mulher pequena, Proposta, O côncavo e o convexo e Todos estão surdos. Também dividiu o microfone mais uma vez com Bruno e Marrone em Dormi na praça, da dupla que também cantaram sozinhos Desabafo, numa alusão ao projeto Emoções sertanejas; e Exaltasamba em um medley que envolvia canções da banda como Tô vendo aquela lua e Fugidinha, e Nêga e Além do horizonte do Roberto, em ritmo de samba, passo para chamar a Beija-flor com sua bateria e com Neguinho, que cantou o tema da Escola em 2011, em homenagem ao rei.

Por fim, tivemos Noite Feliz com o Coral da Escola de Música da Rocinha e Jesus Cristo, finalizando a noite com a tradicional chuva de flores. Com todo esforço possível e levando paz ao Rio, ao Brasil, ao Mundo, Roberto Carlos nos dá mais uma vez esse grande presente, essa tradição de anos, sempre com muitas emoções aos nossos corações apaixonados! Junto a sua equipe, ao maestro, aos músicos, à toda parte técnica, nos dá um exemplo de dedicação e profissionalismo e só posso oferecer em troca meu humilde agradecimento de fã!

Um forte abraço a todos!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Noite feliz

Essa sim está entre os dez maiores clássicos natalinos e não pode faltar em qualquer cd que se queira falar sobre essa época. Talvez seja a canção mais famosa dessa época, Noite feliz foi composta em 1818 na Áustria, pelo padre Joseph Mohr e sua tradução em português mais conhecida e divulgada (pois houveram outras), foi feito pelo frei Pedro Sinzig, tornando-se por seu tempo Domínio público.

Noite feliz é cantada em toda a parte do mundo. Lembro que na infância, aprendemos essa canção na escola e sempre foi muito lindo ver crianças cantando essa canção dentre os corais apresentados nessa época. Curioso é que além de Simone, Chitãozinho e Xororó e Roupa Nova, diversos artistas já registraram suas versões para esse clássico como Andrea Bocelli, Dionne Warwick, José Carreras, Luciano Pavarotti, Plácido Domingos, Nat King Cole, Whitney Houston, entre outros.

Natal simboliza reflexão, esperança, paz, amor fraterno, respeito humano e todos os elementos que Jesus Cristo nos dedica com esse gesto de se fazer homem para nos salvar, nascendo na forma mais humilde possível. Desejo a todos que esses e outros elementos cristãos estejam em todas as famílias hoje e que todos os dias possam ser Natal em nossos corações!

Noite feliz (Silent Night)
(Joseph Mohr, Franz Gruber e Frei Pedro Sinzig)

Noite Feliz, Noite Feliz
Oh! Senhor, Deus de amor
Pobrezinho, nasceu em Belém
Eis na lapa, Jesus, nosso bem
Dorme em paz, oh! Jesus!
Dorme em paz, oh! Jesus!

Noite Feliz, Noite Feliz
Oh! Jesus, Deus da luz!
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar!
E a nós todos salvar!

Noite Feliz, Noite Feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores, os anjos no céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador!
De Jesus Salvador!

Feliz Natal e um forte abraço a todos!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Olhando as estrelas - 11

Na gravação do dvd da marrom em 2003.
Essa série nasceu esse ano, retratando encontro entre grandes nomes, estrelas, divas, astros da nossa música. E finalizamos com a décima primeira edição onde resgatamos os encontros entre Maria Bethânia e Alcione. Uma, diva da música brasileira, outra, diva do samba nacional, já se encontraram em alguns momentos de suas carreiras em shows e discos.

Em discos, por exemplo, estão os melhores momentos desses encontros como nos duetos das canções O meu amor, de Chico Buarque, no cd Álibi da Bethânia em 1978, ou Ternura Antiga, de Dolores Duran, mais recentemente no Dvd Alcione ao vivo 2, de 2003. Temos ainda outros duetos em discos como Linda flor em 1998, no cd Celebração da Alcione e Roda ciranda, no cd Da cor do Brasil de 1984, da mesma.

Em 2009, na festa de D. Canô.
Segundo relatos que encontramos sobre esses encontros na internet, Bethânia gravar com Alcione foi muito importante para quebrar algumas cadeias de preconceitos existentes em relação a sambistas como ela. Bethânia sempre soube das coisas e a Marrom é mesmo aquela estrela de voz inconfundível, então a música brasileira só tem a ganhar com a grandeza dessas duas em suas respectivas carreiras e também em momentos ímpares, quando estiveram juntas, nos premiando com isso!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Os compositores do Brasil - 34

E a Série chega a sua última edição de 2010 com um dos maiores nomes da nossa música brasileira: Roberto Zenóbio Affonso de Carvalho, ou simplesmente Roberto de Carvalho como é conhecido no meio artístico. Natural do Rio de Janeiro/RJ, é o esposo e parceiro principal nas composições de Rita Lee. Como músico é guitarrista, pianista e maestro da banda que acompanha Rita, além de ter trabalhado também com outros nomes como Ney Matogrosso, Jorge Mautner e Arnaldo Antunes.

É nas composições que mais contribui na música brasileira, em parcerias históricas com a Rita em canções como Lança perfume, Saúde, Jardins da Babilônia, Doce vampiro, Nem luxo nem lixo, Flagra, Desculpe o auê, Mania de você, Caso sério, Baila comigo, Amor e sexo, Alô alô marciano, Banho de espuma, Chega mais, Coisas da vida, Mutante, Pega rapaz, Só de você, Ti ti ti, entre outras.

Roberto além de sensacional músico talentoso, é dono dessas canções não apenas interpretadas pela Rita, mas por outros artistas como Kid Abelha, Fábio Jr., Maria Bethânia, Frejat, Milton Nascimento, Ed Motta, Elis Regina, Roupa Nova, Daniela Mercury, Hebe, entre outros que só ressaltam em seus respectivos repertórios o talento de mais um grande compositor que o Brasil possui!

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de dezembro de 2010

CD e DVD Emoções Sertanejas

Fim de ano no Brasil é sinônimo de novo disco de Roberto Carlos, como falei nos outros anos. Esse ano temos o cd e dvd Emoções sertanejas, resultado do show gravado em março, proporcionando o cd duplo, lançado em abril e o dvd, lançado em setembro. Ambos com o mesmo repertório, tratam-se de um projeto em que o rei da música brasileira reverencia os astros da música sertaneja, que tanto já lhe renderam homenagens ao longo de suas carreiras, nas quais Roberto é uma referência marcante.

O repertório é todo com canções de sua majestade com A distância (Milionário e Zé Rico), Proposta (Cesar Menotti e Fabiano), As curvas da estrada de Santos (Nalva Aguiar), Eu te amo te amo te amo (Gian e Giovani), Alô (Martinha), Desabafo (Bruno e Marrone), Caminhoneiro (Dominguinhos e Paula Fernandes), Todas as manhãs (Sérgio Reis), O quintal do vizinho (Almir Sater), Esqueça (Elba Ramalho), Jesus Cristo (Victor e Léo), Eu disse adeus (Roberta Miranda), O portão (Zezé di Camargo e Luciano), Quando (Zezé di Camargo e Luciano e Daniel), Do fundo do meu coração (Daniel), Sentado à beira do caminho (Rio Negro e Solimões), Por amor (Leonardo), Eu preciso de você (Chitãozinho e Xororó) e É preciso saber viver (Leonardo e Chitãozinho e Xororó).

No dvd temos extras como a abertura instrumental com o maestro Eduardo Lages, que também produz o trabalho, além de trechos dos ensaios, depoimentos dos artistas, uma homenagem a Tinoco e claro, o encerramento (também no cd) com Roberto cantando Como é grande o meu amor por você e Eu quero apenas com todas as vozes juntas. Destaco como faixas mais emocionantes O quintal do vizinho, Eu disse adeus, Por amor e Caminhoneiro, que me levou às lágrimas com Paula e Dominguinhos. Esse é o produto do rei, que mesmo não saindo no final do ano como tradicionalmente acontecia é o trabalho que ele oferta a seus fãs sempre com "muitas emoções", dessa vez com um tom de interior do Brasil!

Um forte abraço a todos!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Então é Natal

Eu ainda devo aos meus leitores algumas postagens sobre os Beatles. Prometo isso para 2011. Por enquanto, vamos a mais um clássico do Natal, e porque não dizer também um clássico do John Lennon em parceria com a Yoko Ono. Simone a gravou em 1995 numa versão bem sucedida de Cláudio Rabello, posteriormente também gravada pelo Pe. Marcelo Rossi e Roupa Nova.

Composta em 1971, essa canção tinha a função de pedir pela paz no Vietnã. E só veio ganhar sucesso mundial depois de 1980, quando seu autor já partira para a eternidade. Sua letra questiona nossas atitudes, nossa união, enfatizando que se trata de uma festa para todos sem distinção, coisas que só o Natal oferece para a humanidade, com uma festa repleta de sinos, brilho, iluminação, elementos que remetem à paz sonhada pelo John e por todos nós!

Então é Natal (Happy Christmas)
(John Lennon, Yoko Ono e Cláudio Rabello)

Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina e nasce outra vez
Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo, do amor como um todo.

Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem

Então é Natal, pro enfermo e pro são
Pro rico e pro pobre, num só coração
Então bom Natal, pro branco e pro negro
Amarelo e vermelho, pra paz afinal

Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem

Então é Natal, o que a gente fez?
O ano termina, e começa outra vez
E Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo, o amor como um todo

Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem
Harehama, Há quem ama, Harehama, ha...
Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez
Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...
É Natal, É Natal, É Natal!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fui eu que consegui ficar e ir embora...

Os artistas da Jovem Guarda também receberam destaque em diversas postagens esse ano e fechamos com uma grande cantora dessa época: Vanusa Santos Flores. Natural de Cruzeiro/SP, quem presenciou nos últimos meses polêmicas envolvendo essa cantora talvez nem saiba de seu talento, que vem de muito cedo pois aprendeu violão muito jovem e aos 16 anos já cantava em conjuntos de rock.

Iniciou sua carreira em 1966 já nos últimos momentos da Jovem Guarda, quando cantou seu primeiro sucesso Pra nunca mais chorar. Mas, seu maior sucesso foi Manhãs de setembro, já nos anos 70. Outros sucessos de seu repertório são: Paralelas, Mudanças, Hino ao amor, Como vai você, Sonho de um palhaço, Caminhemos, Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones, O Homem de Nazareth, etc.

Com uma grande voz, Vanusa tem um público fiel, alheio a todas essas polêmicas envolvendo seu nome. Afinal, quem nunca errou em uma canção ou desafinou ou se apresentou sem estar 100%? É triste que em momentos assim, as pessoas preferem abrilhantar os erros, ofuscando os acertos que cobrem a carreira do artista que também é um ser humano e os admiradores da Vanusa sabem muito bem disso!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tornei-me um ébrio...

Esse ano, comentamos bastante sobre os artistas da Era do rádio, nomes que de repente nunca foram ouvidos pelas novas gerações, mas que ajudaram a construir a música brasileira que tanto apreciamos. E um deles foi Antônio Vicente Felipe Celestino ou simplesmente Vicente Celestino. Natural do Rio de Janeiro/RJ, ele foi um dos maiores nomes do gênero romântico da primeira metade do século passado.

Com uma voz de tenor e uma pinta de galã, Vicente Celestino emplacou vários sucessos radiofônicos de sua época como O ébrio, sua canção mais lembrada até hoje. E, além dessa, também cantou Conceição, Creio em ti, Se todos fossem iguais a você, Ai ioiô (Linda flor), Coração materno, Porta aberta, Patativa, Noite cheia de estrelas, Mia Gioconda, Ontem ao luar, entre outras.

Vicente partiu para a eternidade em 1968, quando participaria de uma homenagem realizada pelo pessoal da Tropicália. Será sempre lembrado não apenas por seu vozeirão ou por seu clássico O ébrio, mas sobretudo por sua contribuição à música brasileira como um todo e por suas influências aos artistas posteriores que o citam como uma inspiração em seus trabalhos!

Um forte abraço a todos!